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Reportagem completa sobre a polêmica retirada dos arcos natalinos

 
 
“Já teve, já era e lá tinha”, colaram ao Papai Noel em Alegrete. O motivo é o estilo mãos de tesoura assumido pela atual direção do CEA para sepultar os arcos de decoração da rua dos Andradas. “Não foi uma decisão minha, mas sim da diretora. Já vinha desde a anterior a intenção de resolver esta situação”, disse o Presidente do Centro Empresarial, Francisco Pedroso, ao EQ, na tarde de sexta-feira.
 
Domingo, uma empresa foi contratada para retirar seis arcos de decoração da principal rua comercial da cidade. Eles estavam ali há cerca de seis anos. Um mutirão de empresários havia se mobilizado para dar uma vida, um brilho e criar um ambiente menos árido para a cidade nas festividades de final de ano.
 
Inclusive, durante a Semana Farropilha os tais arcos também eram acionados. 
 
Para a retirada das estruturas de ferro o Presidente alega que no ano passado um deles caiu, na rua dos Andradas quase com a esquina com a Vasco Alves, porque numa forte ventania, a estrutura de placa publicitária da Farmácia Popular voou e se chocou com um dos arcos.
 
Naquele momento, segundo ele, a ex diretoria começou a ficar muito preocupada sobre a responsabilidade dos arcos, porque apesar de terem sidos articulados, promovidos e patrocinados, majoritariamente, por comerciantes das ruas Gaspar Martins e Andradas, seria, tecnicamente, o CEA o responsável?
 
A pergunta que bateu meio à esmo ganhou uma dimensão bem inflada dentro da instituição. Em maio, quando Francisco assumiu a presidência, teria segundo ele e a gerente executiva, procurado os empresários para tratar sobre o Natal. Não houve grande adesão. Mais outras tentativas de reuniões foram tentadas, sem haver interesse pelos lojistas. Outras tentativas também não tiveram êxito. 
 
Diante disto o CEA  contratou uma empresa de engenharia para fazer um laudo e foi recomendada a pronta recuperação e manutenção dos tais arcos, e que como estavam havia o risco de segurança para suportar o peso das decorações natalinas. 
 
Diante disto houve a autorização para a retirada das estruturas, o que aconteceu no domingo, sendo que a empresa que foi contratada para fazer os reparos disse, segundo Francisco, que retirar os tais arcos para saber exatamente a profundidade e a dimensão do problema. 
 
Na rua Gaspar Martins os comerciantes pediram um prazo. Depois disto o caldo entornou. 
 
Neste ano a sensação do “lá tinha” e do “já teve” é total entre empreendedores destas ruas. Houve duas reuniões importantes: uma entre o grupo de comerciantes que foi surpreendido com a poda dos arcos e o prefeito em exercício Márcio Amaral, e uma segunda, destes mesmos comerciantes com a direção do CEA. 
 
De prático e efetivo é que a cidade está sem decoração e a comunidade que se contente em levar o espírito natalino apenas no coração.
 
Papai Noel tem, mas tá em falta
 
As divergências são evidentes entre comerciantes e a principal entidade empresarial da cidade no caso envolvendo a decoração natalina. O empresário Roger Gonçalves, um dos líderes da decoração na rua Gaspar Martins, disse que as tais reuniões convocadas pelo CEA, desde o início foram para tratar sobre a extinção dos arcos. O Presidente Francisco Pedroso, refuta esta informação. 
 
Porém, há um certo consenso no grupo de empresários que se reunião com o Prefeito Márcio Amaral, de que houve precipitação na atitude do CEA, que mesmo que não tivesse encabeçado nenhuma campanha física para promover a principal data comercial da cidade, deveria ter evitado uma decisão radical de extirpar as estruturas. 
 
Ika Picoli, disse que chegou segunda-feira e ficou achando que havia algo errado, e daí as funcionárias é que disseram que os arcos haviam sido arrancados. “Nós não fomos comunicados de nada e nem sabíamos de quem era a iniciativa”, explica. Na mesma manhã outros comerciantes começaram a se comunicar e aos poucos foi sendo montado o quebra-cabeças. 
 
“Conversei com outras empresárias e ninguém foi procurado pelo CEA para tratar do assunto”. Isto contrapõe frontalmente a tese da entidade. A gerente executiva do CEA disse que procurou os comerciantes durante o ano. O Presidente Francisco disse que tem como comprovar que foram feitos os contatos. Existiriam atas e controle dos telefonemas. 
 
Isto é confrontado pela maioria dos descontentes que se dizem surpreendidos. “Isto não é para o comércio, é um patrimônio para a cidade. Nós investimos e entregamos para cidade”, enfatizou Roger, da Art Mil. 
 
Francisco Pedroso disse que sua atitude foi para evitar uma tragédia, e que agora as partes terão que se reunir para o ver o que fazer. “Os arcos estão lá”, disse. Uma das queixas dos comerciantes é que o CEA se auto responsabilizou pela retirada, mas deveria agora, também, resolver a situação. Uma das comerciantes que liderou a instalação destes arcos, pediu anonimato: “para este ano não tem mais o que ser feito. Vamos procurar uma saída para o futuro”, resignou-se. 
 
 
Pedroso, de sua vez, acha que se quiserem arcos natalinos os comerciantes devem se organizar. “Estão falando numa comissão. Não podem só esperar pelo CEA e pela Prefeitura”. Roger, sobre o mesmo assunto, disse que os empresários sempre bancaram, se organizaram. A Gerente Executiva do CEA, Marinez Bandeira diz que houve déficit que a instituição abraçou desde a primeira edição. 
 
O EQ perguntou ao Presidente do Centro, qual era a sua ação para promover o Natal na cidade e ouviu como resposta que existe virtualmente uma campanha iniciada na quinta-feira; “para os consumidores comprarem em Alegrete”. 
 
Enquanto o jogo de empurra empurra namora com a burocracia, os alegretenses retornam ao cenário da primeira década do milênio. Papai Noel tem, mas tá em falta…
 
Márcio recebeu lideranças e ficou de estudar saídas
 

Na manhã de quinta-feira, o Prefeito em Exercício, Márcio Amaral, recebeu a visita de um grupo de empresários lojistas das ruas Gaspar Martins e Andradas. O motivo da visita foi a retirada, para manutenção, dos arcos que eram utilizados para decoração de natal nestas duas ruas do centro de Alegrete.

Os empresários propuseram uma parceria entre o setor privado e a Prefeitura para que os arcos possam ser recolocados nos locais. Neste caso, os lojistas arcariam com as despesas para a reforma e a Prefeitura auxiliaria na colocação e manutenção das estruturas.

O Prefeito em Exercício, solicitou que o grupo encaminhe um documento oficializando a proposta de parceria, que será analisado junto ao setor jurídico da Prefeitura.

O Secretário de Desenvolvimento Econômico, Jesse Trindade, também participou do encontro.

Departamento de Comunicação – PMA

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Condenação para acusado de matar por ciúmes em Alegrete

Rafael Echevarria Borba sentencia Pedro Cesar Fonseca a 23 anos de prisão após homicídio durante transmissão de futebol

Pedro Cesar Fonseca foi condenado a 23 anos e 4 meses de prisão por matar um homem a facadas em Alegrete, no dia 19 de novembro. O crime, ocorrido em 8 de outubro de 2023, foi motivado por ciúmes, segundo o Ministério Público.

A vítima foi atacada numa loja de conveniência durante a transmissão de um jogo de futebol. O juiz Rafael Echevarria Borba determinou o cumprimento imediato da pena e manteve Fonseca em prisão preventiva.

A decisão reflete a gravidade do ato e a importância da justiça em casos de violência.

 

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Juíz determina remoção de presos de Alegrete devido à superlotação

O Juiz de Direito Rafael Echevarria Borba, da Vara Adjunta de Execuções Criminais da Comarca de Alegrete, determinou, nesta segunda-feira (18/11), que a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) faça as remoções de presos do Presídio Estadual de Alegrete necessárias para o cumprimento do teto de 110 pessoas recolhidas no local.

Em inspeção judicial, realizada nesta segunda-feira (18/11), foi constatada a presença de 147 presos. Segundo o magistrado, o presídio foi projetado para receber 59 pessoas, com limite de 110, que é o número de camas existentes.  Durante a enchente, devido à situação de calamidade pública, temporariamente, o teto havia sido relativizado para 140 presos.

“No que diz respeito ao Presídio Estadual de Alegrete, a situação estrutural dele é caótica. Não foram reformadas as celas nem foi feita a reforma da parte elétrica. É urgente, nesse passo, a tomada de medidas drásticas para que sejam obedecidas as decisões judiciais.  O calor na fronteira oeste está absurdo, é absolutamente insalubre dentro das celas superlotadas e, não tendo sido reformada a parte elétrica, o risco de incêndio com a utilização de ventiladores é real”, pontua o magistrado.

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Alegrete em destaque na final do ENART com o Grupo Ibirapuitã

Através do chamamé, o grupo Ibirapuitã visa celebrar a diversidade e riqueza cultural gaúcha em Santa Cruz do Sul

O Grupo Nativista Ibirapuitã garantiu lugar na final do ENART, marcada para este domingo em Santa Cruz do Sul. Destacaram-se com a história do chamamé, ritmo latino influenciado por imigrações europeias.

A preparação envolveu ensaios rigorosos e coreografias de Rafael Machado e Taiara Carus, visando capturar a essência cultural do chamamé.

O ENART reúne grupos de dança tradicional gaúcha, e o Ibirapuitã busca impressionar jurados e público com sua performance. A final promete ser um momento de celebração da cultura gaúcha, com diversidade e riqueza cultural em destaque.

 

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