Contato

Manchete

Polícia detona falso sequestro e vítima  agora é investigada

Reportagem especial da ediçao impressa do jornal Em Questao…leia…compartilhe
 
Enfim, iniciou a apuração oficial do registro de uma falsa queixa crime, em que uma funcionária da Santa Casa de Caridade será investigada, por conta de um suposto sequestro relâmpago e roubo. Tudo começou no dia 22 de outubro, quando a funcionária ligou para sua chefia naquele instituição dando conta que estava na Br 290, onde fora levada depois de ser esfaqueada, por um homem negro, cabeludo, relativamente jovem, que a abordara na rua dos Andradas, depois que fora ao Banco do Brasil retirar uma senha para atendimento.
 
Ela deixara seu carro trancado e no retorno, quando desbloqueou a trave o homem entrou no carro e anunciou o assalto. Esta é apenas uma das versões da suposta vítima.
 
 
Assim foi levada para fora da cidade. Antes do trevo que faz conexão entre Manoel Viana e a Br 290, o bandido teria lhe acertado um pontaço de faca no abdomen. No mesmo instante em que ligou da Br 290, desligou o celular. O chefe da dela ligou então e ela deu a posição, que estava perto do trevo de acesso à Manoel Viana. Colegas dela foram deslocados urgentemente, enquanto o interlocutor ligou para a Brigada Militar informando sobre o caso. 
 
Uma guarnição se junto na busca da vítima, e lograram êxito em localizá-la na Br 290, perto do Posto Texcação. Ela estava com um corte na altura da cintura e dali foi levada às pressas para atendimento de emergência, no ambulatório da Santa Casa de Caridade, apesar do corte não ser profundo. Uma folha de cheque teria sido o motivo da pontada de faca. A funcionária rasgou a folha do tal cheque, por impulso, tendo então entregue ao bandido o valor de R$ 3.500,00 em notas.
 
Segundo a primeira versão, dali da rua dos Andradas ela foi abastecer num posto de Gasolina no centro da cidade, onde ficou calçada na faca e depois dali partiu em direção à Zona Leste, e na ponte Borges de Medeiros passou a ser seguida por uma moto. Este veículo acompanhou seu carro até o local determinado pelo sequestrador. Quando, então, ela teve que parar o carro e de moto o sequestrador fugiu levando o dinheiro de carona na moto.
 
A investigação iniciou minuciosamente, sendo que as câmeras de videomonitoramento na rua dos Andradas, mostram a funcionária saindo do veículo, sem travá-lo, e vai em direção à rua General Vitorino, onde fica a agência do Banco do Brasil. No carro existe a sombra de uma pessoa dentro do carro dela. A mulher retorna minutos depois, sem precisar destravar o carro, entra e o vulto se mexe dentro do veículo. É o que assegura o primeiro relatório realizado pela Polícia Civil. 
Então ela foi reinquirida para prestar mais depoimentos e a casa começou a cair.
 
Rica em detalhes, mas os fatos
não batem com a narrativa
 
No primeiro depoimento, a mulher conta que ao retornar ao carro, o tal sequestrador, enrolou o rosto numa camiseta e ordenou que ela seguisse em direção à rua Venâncio Aires, e depois pegou a avenida Alexandre Lisboa, para em seguir passar a ponte e ir em direção ao bairro Saint Pastous.
 
Na ponte ele pegou o celular e ligou para alguém, e que a uma moto seguiu o veículo. Que foram em direção à Zona Leste e que havia um trecho interrompido, e que seguiram por estradinha de terra até a Br 290, e que foi perto do Posto Texacão que levou um pontaço, porque rasgou uma folha de cheque, no valor de R$ 4.850,00, que deveria depositar no Bradesco, segundo seu chefe, mas segundo ela era para o Banrisul.
 
Que havia R$ 3.000,00 em espécie no porta luva do carro, que seria depositado no Banco do Brasil e mais R$ 290,00 num boleto.
 
Como ficou claro desde a primeira imagem, de que ninguém entra no carro, na rua dos Andradas, ela foi reinquirida para um segundo depoimento, contando uma história diferente, com novo roteiro do suposto sequestro.
 
 
 
Na segunda versão existe um fato novo.
Mas a prova não fica parada em pé
 
No segundo depoimento, já sabendo que na câmera da rua dos Andradas ninguém entrou no carro, ela disse que cedo da manhã, antes das 8hs, deixou o filho na EMEI onde ele estuda e foi até a casa de um familiar na Zona Sul da cidade para levar um exame médico e que não encontrou este parente em casa. Ao retornar, estacionou o carro para trocar os calçados e neste instante, então, entrou um cara, negro, cabeludo, magro de cerca de 20 anos, que lhe calçou na faca e anunciou o assalto. O referido bandido disse que a conhecia e sabia onde estudava o filhinho dela. A mulher então disse que não tinha dinheiro e só mais tarde.
 
O determinado bandido então disse que iria com ela. A ex funcionária conduziu o assaltante até o estacionamento da Santa Casa, onde ele teria ficado toda a manhã, aguardando quietinho, enquanto ela foi para o trabalho e não comunicou a ninguém que estava transportando um bandido chantagista.
 
No final da manhã foi almoçar na casa de uma amiga, antes, porém, já havia recebido o dinheiro para depositar, foi ao posto de gasolina abastecer e depois se deslocou à rua dos Andradas, sempre com o tal assaltante no banco do carona.
A segunda parte do fato é mais ou menos o que contou anteriormente, a não ser o fato de que foi deixada já no trevo em direção à Manoel Viana. Que apesar de ter mantido o bandido por cerca de seis horas dentro do carro não denunciou o fato por medo de vingança, uma vez que ele ele demonstrava saber muito de sua rotina.
 
Daí na segunda câmera, no posto de gasolina, mostram a funcionária fazendo movimentos dentro do carro, inclusive se inclinando para o banco traseiro, mas ali não há nenhuma companhia dentro do carro, além da motorista. Nem a frentista, lembrou de ter abastecido o carro, mas não recorda de haver alguém na companhia da referida motorista, segundo laudo da investigação datado do dia 29 de outubro.
 
Em terceiro depoimento, na presença do advogado, a suspeita não falou, não se pronunciou e não disse sequer se estava arrependida do que fez, ao ser inquirida sobre um falso sequestro. Também não disse onde está o dinheiro do suposto sequestro.
Publicidade
Comentários

Manchete

PRF atende tombamento de ônibus em São Borja

 

Na manhã deste domingo (13), a Polícia Rodoviária Federal atendeu um acidente no km 421 da BR-472, próximo a ponte do rio Butuí, envolvendo um ônibus de linha intermunicipal, onde uma pessoa teve lesões leves.

Os policiais verificaram um coletivo, que faz a linha entre Uruguaiana a São Borja, saiu da pista e tombou fora da rodovia. O motorista relatou que perdeu o controle da direção após ter sido atingido por uma abelha. Uma passageira, de 55 anos, residente em São Borja, foi socorrida pelo SAMU e encaminhada para avaliação médica, após relatar dores nas costas. No veículo haviam 4 pessoas, sendo que as outras não tiveram lesões.

O motorista realizou o teste do bafômetro com resultado negativo para a presença de álcool. O veículo permanece no local para posterior remoção.

Continue lendo

Manchete

Caso Márcio dos Anjos. Tios do bebê morto pelo pai, também irão à Júri

Os dois réus, tios do menino Márcio dos Anjos Jaques, de 1 ano e 11 meses, morto em agosto de 2020, devem ir à júri popular. A decisão é do Juiz de Direito Rafael Echevarria Borba, titular da Vara Criminal da Comarca de Alegrete, proferida em sentença de pronúncia nesta segunda-feira (7/4). Cabe recurso da decisão.

Eles respondem por homicídio qualificado majorado, na forma comissiva por omissão, por terem se omitido nos cuidados com a criança entre os dias 14 e 16/8/20, quando o menino já havia sido agredido pelo pai. Os réus respondem também pelo crime de maus-tratos majorado, ocorrido entre maio e agosto de 2020, contra pessoa menor de 14 anos.

Conforme a denúncia do Ministério Público, o crime de homicídio foi cometido com crueldade, contra pessoa vulnerável, e os tios tinham assumido a responsabilidade de impedir o resultado ao ficarem cuidando da criança. Inicialmente, os tios estavam no processo apenas por maus-tratos seguidos de morte, mas após a decisão do magistrado, a denúncia foi aditada para incluir homicídio qualificado majorado e maus-tratos majorado.

Na sentença de pronúncia, o Juiz destacou que há elementos nos autos que apontam para a possível responsabilização dos réus pela omissão diante do sofrimento da criança. Segundo o magistrado, “uma vertente da prova existente nos autos indica a possibilidade de ambos os réus terem exposto a perigo a vida e a saúde do infante, privando-o de cuidados indispensáveis e omitindo-se diante das agressões realizadas por Luís Fabiano (pai). Posteriormente, estando a criança espancada aos seus cuidados, não buscaram atendimento médico para o infante”.

Ainda, conforme a decisão, ao assumirem a guarda da criança enquanto o pai trabalhava os réus passaram a responder pelo dever de proteção e cuidado, e, ao não agirem, por omissão.

Como pontuou o juiz: “essa prova indica que ambos os réus ficaram com a guarda fática da criança espancada, enquanto o genitor estava trabalhando na campanha, razão pela qual, em tese, assumiram a responsabilidade de impedir o resultado ao assumir a proteção da criança de forma tal a conduzir o garantido a uma decisiva dependência em relação aos sujeitos garantes enquanto da ausência do genitor”.

O Caso

O Ministério Público, inicialmente, imputou aos réus o crime de maus-tratos que resultou em morte. No entanto, após decisão judicial, o Ministério Público aditou a denúncia no caso Márcio dos Anjos, incluindo os tios da vítima como acusados pelo crime de homicídio qualificado majorado por omissão.

Eles passaram a responder criminalmente por maus-tratos majorado pela idade da vítima no período de maio até agosto de 2020 e, também, entre os dias 14 e 16/8/20, pelo crime de homicídio qualificado majorado, pois, mesmo cientes das agressões sofridas pelo menino, praticadas pelo pai, Luís Fabiano Quinteiro Jaques, não o levaram para atendimento médico.

Durante esse período, os tios deixaram de prestar os cuidados básicos indispensáveis à saúde da vítima, o que agravou seu estado clínico. A criança apresentava lesões graves, como hemorragia subdural e edema cerebral, e só foi levada ao hospital em 16/8/20, já em estado crítico. Ela faleceu no dia seguinte, 17/8/20.

O pai da vítima foi pronunciado e julgado, em outubro de 2023, pelo Tribunal do Júri, sendo condenado por homicídio qualificado majorado, com emprego de tortura, além do crime de tortura por submeter o filho a intenso sofrimento físico e mental por meio de castigos repetitivos.

Continue lendo

Manchete

Tragédia no Vale do Taquari: Acidente com ônibus de estudantes da UFSM deixa ao menos oito mortos em Imigrante

Imigrante, Vale do Taquari (RS) – Uma grave tragédia abalou o município de Imigrante, no Vale do Taquari, na manhã desta sexta-feira (4). Um acidente de trânsito envolvendo um ônibus resultou na morte de pelo menos oito pessoas.

O veículo transportava estudantes e docentes do curso de Paisagismo do Colégio Politécnico da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), que realizavam uma visita técnica.

Segundo informações preliminares fornecidas pelo subcomandante-geral da Brigada Militar (BM), coronel Douglas da Rosa Soares, o ônibus teria perdido os freios e capotado em uma ribanceira. O Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM) detalhou que o veículo seguia no sentido Teutônia/Imigrante quando saiu da pista pelo lado esquerdo, vindo a perder o controle e despencar.

Além das oito vítimas fatais, um número ainda não confirmado de feridos foi socorrido e encaminhado para hospitais da região. A rodovia chegou a ser totalmente bloqueada nos dois sentidos para o atendimento da ocorrência, sendo liberada posteriormente.

O grupo de estudantes e professores da UFSM estava em Imigrante para uma visita técnica ao cactário Horst. Em nota oficial, a universidade manifestou profundo pesar e informou que está deslocando uma equipe multidisciplinar para prestar apoio às vítimas e seus familiares. A instituição também decretou luto oficial de três dias em decorrência da fatalidade.

Os corpos das vítimas foram encaminhados para o Instituto Médico Legal (IML) de Lajeado para os procedimentos legais. A Prefeitura de Imigrante informou que os feridos resgatados foram distribuídos entre o Hospital Ouro Branco, em Teutônia, o Hospital Estrela e o Hospital Bruno Born, em Lajeado, para receberem atendimento médico.

As causas precisas do acidente ainda serão investigadas pelas autoridades competentes. A comunidade acadêmica da UFSM e os moradores do Vale do Taquari lamentam profundamente a perda irreparável de vidas nesta trágica ocorrência.
Com informações do CP
Imagem: BM

Continue lendo

Popular