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Como a mobilização que parou o Brasil afeta Alegrete

Dez dias já se passaram desde o início da mobilização dos caminhoneiros no país.  Todos os setores – em todos os cantos do Brasil, foram afetados. Em Alegrete, a realidade não é diferente. Ainda assim, mesmo em situação de emergência preventiva, o município reduz o período de serviços, mas mantém atendimentos na maioria das esferas. No final da tarde de ontem (29), a prefeita municipal esteve reunida com representes de segmentos para avaliar o cenário atual na cidade.

Saúde garante medicamentos, mas enfrenta problemas no deslocamento de pacientes

Na Santa Casa de Alegrete, a situação é estável. Segundo a diretora operacional, Tailise Lemos, o que está em falta são apenas hortifrúti. O estoque de medicamentos e materiais foi reposto para mais 15 dias e não há problemas na entrega. “Nosso estoque está sendo mantido pelos fornecedores, com um pouco de lentidão, mas sem transtornos”, afirma a diretora. Na Clínica Renal, há reserva de mantimentos hospitalares para realização dos procedimentos, porém a preocupação é com o transporte dos pacientes que é realizado pela Secretaria de Saúde do município. A 10ª Coordenadoria Regional de Saúde tem garantido os atendimentos, mas também enfrenta dificuldades fora do domicílio, em razão do transporte.

Segurança Pública com patrulhamento reduzido

No quesito Segurança Pública, a frota da Brigada Militar está abastecida. Os carros recebem combustível em Manoel Viana. Ainda assim, o patrulhamento foi reduzido e é feito em pontos estratégicos.

Atendimentos de água e energia só em chamados emergênciais

A Corsan tem combustível para a manutenção dos serviços até a metade da próxima semana. A RGE também está com a frota abastecida e realiza serviços emergenciais.

Transporte público só até segunda

As linhas de ônibus operam com 100% da frota, mas com horários reduzidos desde ontem. Os coletivos trafegam das 06h até às 19h30min. No feriado do dia 30 e no domingo (03), não haverá circulação. Se o abastecimento de combustível não for retomado, a partir de segunda-feira (04), as linhas não vão operar.

Frigorífico sem atendimento externo

A planta do Marfrig está sem atuação até sexta-feira (1º) e os funcionários estão dispensados, conforme afirma o presidente do Sindicato da Alimentação, Marcos Rosse. Na CAAL, o expediente é realizado somente em caráter interno. Já a Associação dos Arrozeiros emitiu nota na qual afirma afastamento da mobiliação.

Mais de 170 mil litros de leite desperdiçados

Os produtores de leite também sentem o reflexo da mobilização. Mais de 30 mil litros de leite são comercializados para fora da cidade por dia. De acordo com a presidente da Acrip Leite, Sueli Macedo, a estimativa é que mais de 170 mil litros de leite deixaram de ser recolhidos nesse período.

Mercados com oferta reduzida

As redes de super mercados que atuam na cidade trabalham com número menor de itens. No setor de hortifrutigranjeiros, o abastecimento que, normalmente, é realizado três vezes por semana está reduzido. Algumas unidades possuem estoque maior de produtos e insumos. Ainda assim, produtos da cesta básica já começam a faltar e não há previsão de reposição total.

Postos sem gasolina

A busca por gasolina na cidade só cresce. Na manhã desta quarta (30), o Texacão, da BR 290, recebeu 5 mil litros de gasolina. Em poucos minutos, a fila já somava mais de 50 carros.  O limite de abastecimento por veículo é de 20 litros, R$ 100 reais. Para os demais postos ainda não tem previsão.

Município vai pedir escolta para reabastecimento de combustível

A Prefeitura Municipal informou que vai solicitar, ao Gabinete de Crise, a escolta de combustíveis para a cidade. Desde domingo (27), 192 caminhões foram acompanhados pela Brigada Militar e pelo Corpo de Bombeiros. Eles carregaram combustível, ração, gás e alimentos para mais de 30 municípios gaúchos. Após a liberação dessa escolta, o abastecimento será direcionado para o posto de combustível que atende os veículos oficiais do município, instituições de segurança pública, hospital e transporte coletiva urbano.

 

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Júri do “Caso Priscila” ainda em andamento

 Iniciou nesta sexta-feira, dia 26 de abril, no Foro de Alegrete, o julgamento de quatro acusados pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) por extorsão e morte da enfermeira Priscila Ferreira Leonardi, de 40 anos. Ela desapareceu dia 19 de junho de 2023, após vir da Irlanda para o Brasil. O corpo foi encontrado às margens do Rio Ibirapuitã no dia 6 de julho.

Os réus foram denunciados pela promotora de Justiça Rochelle Jelinek, no final de novembro do ano passado, após realizar a negociação da primeira delação premiada da história do município da Fronteira Oeste. Eles respondem por extorsão qualificada com restrição da liberdade da vítima e resultado morte, além de ocultação de cadáver.

O julgamento iniciou nesta sexta-feira com a audiência de instrução para ouvir as testemunhas. Após o término da audiência, o juiz Rafael Echevarria Borba, titular da Vara Criminal da Comarca de Alegrete, deve proferir a sentença. No entanto, a audiência pode se estender até outro dia devido ao grande número de pessoas que prestam depoimentos.

 DENÚNCIA

O MPRS havia denunciado nove suspeitos após três meses de apuração envolvendo oitiva de testemunhas e dezenas de medidas cautelares como quebras de sigilo bancário, fiscal, interceptações telefônicas, mandados de busca e apreensão de celulares, extração de dados telemáticos de mensagens. O juiz da comarca entendeu que não havia provas suficientes em relação aos outros cinco suspeitos. Assim como, pelos mesmos motivos, não recebeu a acusação em relação à associação criminosa de todos os nove investigados.

A promotora Rochelle Jelinek recorreu deste afastamento do delito de associação criminosa para todos e também da decisão do magistrado de indeferir a acusação contra os demais cinco envolvidos. O julgamento do recurso ainda é aguardado, portanto, o processo segue em relação a quatro acusados. Dos quatro acusados que estão respondendo ao processo, o primo da vítima é apontado como o mandante do crime e os outros três são apontados como integrantes de uma facção que teriam executado o sequestro e morte.

 JULGAMENTO

De acordo com a promotora Rochelle, é importante deixar claro que os réus — no caso da enfermeira morta em Alegrete — não serão julgados pelo Tribunal do Júri. No entendimento do MPRS, o objetivo do crime era extorquir a vítima, que acabou morrendo durante o sequestro em decorrência de agressões sofridas, o que elimina um caso de homicídio propriamente dito (quando a intenção principal é de matar).

“É o que a gente entende por adequação ou enquadramento da conduta criminosa à lei. No crime de homicídio, o investigado tem a intenção principal de matar a vítima. Neste caso da Priscila, porém, o objetivo principal do grupo era extorqui-la, mas, algo deu errado durante o sequestro e ela acabou morta. Não foi possível identificar o motivo, ou seja, se foi um acidente, se algo deu errado no plano, se ela tentou fugir e então a mataram, ou, até mesmo, se algum deles decidiu, durante o sequestro, assassiná-la. Mas sabemos que queriam transferir o dinheiro das contas da enfermeira durante o sequestro. Este foi o objetivo desde o começo e por isso respondem por extorsão com resultado morte”, ressalta Rochelle.

A promotora ainda destaca que a pena da extorsão com resultado morte, de 24 a 30 anos de prisão, é maior que a de homicídio doloso qualificado, de 12 a 30 anos de reclusão. Rochelle Jelinek diz que a lei considera mais forte, mais repugnante, o crime de extorsão com resultado morte, porque o interesse é financeiro. Segundo ela, a pena é maior porque é ainda mais grave que o homicídio. Dessa forma, os quatro réus serão julgados pelo juiz e não pelo Tribunal do Júri, que é reservado apenas para casos de crimes contra a vida (homicídio consumado ou tentado).

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Santa Casa disponibiliza cirurgia de catarata pelo SUS

Com ênfase na prevenção e na manutenção da saúde ocular, a Santa Casa está ofertando para a população da região cirurgias de catarata. Os atendimentos estão disponibilizados para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), no Ambulatório de Especialidades da Santa Casa.

Em 2023, foram realizadas 316 cirurgias. A ideia da diretoria, é que no decorrer deste ano esse número atinja a marca de 400 cirurgias de catarata.

Para ter acesso ao serviço, que é uma parceria com as secretarias Estadual e Municipal da Saúde, o paciente deve passar por uma avaliação médica para analisar se é necessário, ou não, a realização do procedimento.

Na Secretaria Municipal de Saúde são feitos os trâmites necessários ao procedimento e a Santa Casa executa a cirurgia de catarata, realizada pelo médico oftalmologista Gustavo da Rosa.

Para pacientes do CariSaúde, o atendimento também está disponível, com ações pré e pós cirúrgicos, com agendamento feito diretamente na Santa Casa.

O que é a cirurgia de catarata?

A cirurgia de catarata ou facectomia é a remoção do cristalino do olho, uma lente natural, que com o passar dos anos e devido às variações metabólicas das fibras do cristalino, perde a transparência, ficando opaca, amarelada. Isso é o que é chamado de catarata.

A perda de transparência do cristalino causa diminuição da acuidade visual. Durante a cirurgia a lente natural é removida e substituída por uma lente sintética e transparente.

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PRF participa de evento em comemoração ao dia mundial de conscientização do autismo

O evento foi organizado pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) e ocorreu em Alegrete_

Na manhã de hoje (02), juntamente com a APAE e Guarda Municipal, a Polícia Rodoviária Federal marcou presença no evento “Caminhada Azul” que ocorreu na Praça Getúlio Vargas no centro da cidade de Alegrete. Mais de 150 pessoas estiveram presentes, incluindo crianças, jovens e adultos com Transtorno do Espectro Autista (TEA), além de familiares, alunos e professores da APAE

 

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De acordo com a presidente da APAE em Alegrete, a instituição atualmente conta com 426 alunos. A realização de eventos como este tem como objetivo principal aumentar a conscientização e promover a inclusão, buscando também maior apoio e respeito por parte da sociedade.

 

Hoje, em todo o Brasil, a PRF está engajada em atividades educativas sobre o tema, em colaboração com outros órgãos de segurança viária, com o intuito de ampliar o alcance das iniciativas de conscientização sobre o autismo, enquanto cumpre sua função e atribuição constitucional.

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