A cerveja artesanal marca o paladar dos consumidores e tem a perspectiva de crescimento no mercado nacional. Alegrete já tem produção local e de mais de uma marca. Nesta semana, duas produções alegretenses se destacaram no segmento: a La Pampa Arrozal e o chopp Grahn Bier.

Fátima Marchezan recebe prêmio pela Associação dos Arrozeiros

A Associação dos Arrozeiros recebeu o troféu “Tá na Mesa”, um prêmio da Federasul, pela parceria com a Microcervejaria La Pampa na criação da cerveja a base de arroz – La Pampa Arrozal. O troféu, na categoria Serviço de Apoio ao Agronegócio, foi recebido pela presidente da associação, Fátima Marchezan. O Prêmio do Agronegócio tem como objetivo identificar iniciativas que envolvam negócios dentro do complexo da produção rural, do Agrovarejo, Agroindustria, Agroserviço.

Na mesma linha de sucesso, o chopp Grahn Bier é destaque na Casa do Alegrete e na Casa do Hereford durante a Expointer. A marca, que tem a representação regional do Luíz Fernando Martinez, tem entrado com força e conquistado apreciadores fiéis do segmento de cervejarias artesanais de alto rendimento não só em Alegrete, mas em Uruguaiana e Quaraí.

O alegretense que visitar a Expointer 2017 tem espaço cativo no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. A tradicional “Casa do Alegrete” é um estrutura que recebe lançamentos, conversas e apresentações. Lá, os expositores, empreendedores e visitantes alegretenses podem socializar e divulgar um pouco das potencialidades do município no setor do agronegócio. Na 40ª edição, realizada de 26 de agosto até 03 de setembro, participam 152 animais de Alegrete.

Confira a programação do espaço.

Foto: Pablo Marzulo

O início de um estudo para estruturar a Agência Gaúcha da Carne e modernizar a pecuária de corte no Rio Grande do Sul foi anunciado neo domingo (27), durante a 40ª Expointer. O primeiro projeto, o site Observatório da Carne Gaúcha, foi apresentado ao governador José Ivo Sartori e ao ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi. O projeto é da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi), entidades do setor, federações, empresários e produtores da cadeia, e deve ser lançado em seis meses.

O melhor modelo para a agência será desenvolvido em conjunto por todos os representantes do setor, criando um espaço de elaboração de estratégias de crescimento na área. O Observatório é resultado de um grande estudo de inteligência da pecuária gaúcha, que já traz dados disponibilizados pela Defesa Agropecuária, vinculada à Seapi, e que vai agrupar informações de outros setores como exportação, circulação de animais, entre outros.

“Este é o primeiro passo a caminho de alcançarmos o que desejamos. Só vamos proteger o setor quando ele estiver unido. Nosso papel, como poder público, é modernizar o Estado”, afirmou Sartori durante o encontro. Ele acrescentou que muitas mudanças já foram feitas no setor, em parceria com as entidades.

Procedência de qualidade

Para Blairo Maggi, o projeto vai trazer garantia para os consumidores em termos de qualidade e procedência da carne. “O Brasil é um grande produtor, mas somos um exportador invisível. Se quisermos participar desse mercado temos que nos modernizar. O que vocês estão propondo é total transparência visando a qualidade da carne gaúcha”, enfatizou, ao comentar sobre a expansão de vendas do mercado brasileiro.

Segundo a coordenadora do projeto, Andréa Veríssimo, da empresa Avelã Public Affaris, contratada para conduzir o estudo e estruturar a agência, o projeto tem três etapas. “Num primeiro momento é reunir dados de inteligência. Depois, elaborar diretrizes de normatização. E por fim, gerar a promoção da carne gaúcha”, detalhou.

O vice-governador José Paulo Cairoli falou da importância de envolver todos os setores na construção do Estado, “que não é um projeto de governo”, para que o Rio Grande do Sul seja mais valorizado e tenha carne de qualidade.