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Legislativo promove debate regional sobre violência de gênero

A iniciativa da Procuradoria Especial da Mulher da Câmara Municipal contou com a participação de lideranças comunitárias, imprensa, sindicatos, associações e escolas.

A Câmara de Vereadores de Alegrete promoveu nesta terça-feira (06) o evento “Mulheres em Debate”, reunindo autoridades e representantes de diversas cidades da região para discutir a crescente violência de gênero e o feminicídio. 

O encontro, que lotou o plenário da Câmara, teve como foco a necessidade de ações concretas para combater a violência contra a mulher, especialmente após os nove casos de feminicídio registrados no feriado de abril. Representantes do legislativo, executivo e judiciário local e regional destacaram a importância da conscientização, do apoio às vítimas e da punição dos agressores.

Durante os debates, o juiz Rafael Echevarria Borba alertou jovens sobre relacionamentos abusivos e a importância da educação familiar. A coordenadora do CRAM (Centro de Referência de Atendimento à Mulher), Tainandria Passos, enfatizou a necessidade de disseminar informações sobre os serviços de apoio às vítimas.

A prefeita de Santana do Livramento, Ana Tarouco, manifestou preocupação com a impunidade nos casos de feminicídio.

Um dos principais resultados do evento foi a entrega de um requerimento à Procuradoria Especial da Mulher da Assembleia Legislativa do RS, solicitando a implementação da Delegacia da Mulher no município de Alegrete. A delegada Daniela Borba explicou sobre as medidas protetivas e a iniciativa da Sala das Margaridas, um espaço de acolhimento para vítimas de violência que passará a funcionar 24 horas.

Representando a Procuradoria Especial da Mulher da Assembleia Legislativa, Fabi Dutra falou sobre a Patrulha Maria da Penha e a importância da participação masculina nos debates sobre violência de gênero.

Além do requerimento pela Delegacia da Mulher, foi entregue uma moção de apoio à criação da Secretaria Estadual da Mulher. A vereadora e Procuradora da Mulher de Alegrete, Firmina Soares, informou que as sugestões colhidas durante o evento serão analisadas para a construção de um documento a ser enviado ao Governo do Estado.

O evento demonstrou a união de diversos setores da sociedade na busca por soluções para a violência de gênero em Alegrete e na região, com um foco claro na necessidade urgente da criação de uma Delegacia da Mulher no município.

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Urgente: Corrente de Solidariedade por Paola Rodrigues da Silva

Aos 29 anos, a alegretense Paola Rodrigues da Silva luta pela vida após um grave acidente na BR-290, em Eldorado do Sul, na última quinta-feira (24). Internada em estado crítico no Hospital Cristo Redentor, em Porto Alegre, Paola e seus familiares enfrentam um momento delicado e incerto.

Diante da necessidade de amparo durante o longo período de recuperação e tratamento intensivo, amigos e familiares se mobilizaram para criar uma vaquinha online.

O objetivo é arrecadar recursos para cobrir despesas essenciais como alimentação, hospedagem e deslocamento para a família, que se deslocou de outras cidades para acompanhar Paola na capital.

“Precisamos de apoio urgente. Não há previsão de alta, e o estado de saúde dela é crítico”, relata uma amiga próxima. Paola, funcionária de um consultório odontológico em Alegrete e querida por todos, estava a caminho de férias em Santa Catarina quando o veículo em que viajava colidiu frontalmente com um caminhão.

Neste momento de fragilidade, a união e a solidariedade são fundamentais para oferecer suporte a Paola e seus familiares. Qualquer contribuição faz a diferença para garantir que eles possam estar presentes e focados na recuperação dela.

Junte-se a esta corrente de amor e ajude a Paola a vencer esta batalha!

A vaquinha solidária está disponível no link:

https://www.vakinha.com.br/5466595.

Os organizadores destacam que qualquer valor é bem-vindo e, caso não seja possível contribuir financeiramente, o compartilhamento do link já representa uma grande ajuda.

 

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PRF atende tombamento de ônibus em São Borja

 

Na manhã deste domingo (13), a Polícia Rodoviária Federal atendeu um acidente no km 421 da BR-472, próximo a ponte do rio Butuí, envolvendo um ônibus de linha intermunicipal, onde uma pessoa teve lesões leves.

Os policiais verificaram um coletivo, que faz a linha entre Uruguaiana a São Borja, saiu da pista e tombou fora da rodovia. O motorista relatou que perdeu o controle da direção após ter sido atingido por uma abelha. Uma passageira, de 55 anos, residente em São Borja, foi socorrida pelo SAMU e encaminhada para avaliação médica, após relatar dores nas costas. No veículo haviam 4 pessoas, sendo que as outras não tiveram lesões.

O motorista realizou o teste do bafômetro com resultado negativo para a presença de álcool. O veículo permanece no local para posterior remoção.

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Caso Márcio dos Anjos. Tios do bebê morto pelo pai, também irão à Júri

Os dois réus, tios do menino Márcio dos Anjos Jaques, de 1 ano e 11 meses, morto em agosto de 2020, devem ir à júri popular. A decisão é do Juiz de Direito Rafael Echevarria Borba, titular da Vara Criminal da Comarca de Alegrete, proferida em sentença de pronúncia nesta segunda-feira (7/4). Cabe recurso da decisão.

Eles respondem por homicídio qualificado majorado, na forma comissiva por omissão, por terem se omitido nos cuidados com a criança entre os dias 14 e 16/8/20, quando o menino já havia sido agredido pelo pai. Os réus respondem também pelo crime de maus-tratos majorado, ocorrido entre maio e agosto de 2020, contra pessoa menor de 14 anos.

Conforme a denúncia do Ministério Público, o crime de homicídio foi cometido com crueldade, contra pessoa vulnerável, e os tios tinham assumido a responsabilidade de impedir o resultado ao ficarem cuidando da criança. Inicialmente, os tios estavam no processo apenas por maus-tratos seguidos de morte, mas após a decisão do magistrado, a denúncia foi aditada para incluir homicídio qualificado majorado e maus-tratos majorado.

Na sentença de pronúncia, o Juiz destacou que há elementos nos autos que apontam para a possível responsabilização dos réus pela omissão diante do sofrimento da criança. Segundo o magistrado, “uma vertente da prova existente nos autos indica a possibilidade de ambos os réus terem exposto a perigo a vida e a saúde do infante, privando-o de cuidados indispensáveis e omitindo-se diante das agressões realizadas por Luís Fabiano (pai). Posteriormente, estando a criança espancada aos seus cuidados, não buscaram atendimento médico para o infante”.

Ainda, conforme a decisão, ao assumirem a guarda da criança enquanto o pai trabalhava os réus passaram a responder pelo dever de proteção e cuidado, e, ao não agirem, por omissão.

Como pontuou o juiz: “essa prova indica que ambos os réus ficaram com a guarda fática da criança espancada, enquanto o genitor estava trabalhando na campanha, razão pela qual, em tese, assumiram a responsabilidade de impedir o resultado ao assumir a proteção da criança de forma tal a conduzir o garantido a uma decisiva dependência em relação aos sujeitos garantes enquanto da ausência do genitor”.

O Caso

O Ministério Público, inicialmente, imputou aos réus o crime de maus-tratos que resultou em morte. No entanto, após decisão judicial, o Ministério Público aditou a denúncia no caso Márcio dos Anjos, incluindo os tios da vítima como acusados pelo crime de homicídio qualificado majorado por omissão.

Eles passaram a responder criminalmente por maus-tratos majorado pela idade da vítima no período de maio até agosto de 2020 e, também, entre os dias 14 e 16/8/20, pelo crime de homicídio qualificado majorado, pois, mesmo cientes das agressões sofridas pelo menino, praticadas pelo pai, Luís Fabiano Quinteiro Jaques, não o levaram para atendimento médico.

Durante esse período, os tios deixaram de prestar os cuidados básicos indispensáveis à saúde da vítima, o que agravou seu estado clínico. A criança apresentava lesões graves, como hemorragia subdural e edema cerebral, e só foi levada ao hospital em 16/8/20, já em estado crítico. Ela faleceu no dia seguinte, 17/8/20.

O pai da vítima foi pronunciado e julgado, em outubro de 2023, pelo Tribunal do Júri, sendo condenado por homicídio qualificado majorado, com emprego de tortura, além do crime de tortura por submeter o filho a intenso sofrimento físico e mental por meio de castigos repetitivos.

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