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MP consegue condenar a 30 anos autor de feminicídio em Alegrete

Após denúncia do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), o Tribunal do Júri em Alegrete condenou nesta terça-feira, 25 de março, a 30 anos de reclusão, homem que agrediu sua companheira até a morte no ano de 2023.

Na madrugada do dia 20 de novembro, após uma discussão com a companheira, o denunciado a espancou com diversos golpes pela cabeça e pelo corpo, fugindo logo após e deixando a vítima inconsciente e agonizando por horas, até ser encontrada por uma vizinha e socorrida pelo SAMU.

A mulher foi encaminhada ao hospital, mas não resistiu à gravidade dos ferimentos, indo a óbito no dia seguinte.

O crime foi praticado por meio cruel, uma vez que o denunciado agiu com brutalidade desmedida ao espancar a vítima na região da cabeça, o que acarretou fratura do crânio e hemorragia cerebral, causando-lhe sofrimento desnecessário, e por razões da condição de sexo feminino (feminicídio).

“Os jurados foram chamados à responsabilidade de encerrar esse ciclo de violência em que a vítima se encontrava, garantindo a punição do responsável, e, ao acolher integralmente o pedido do Ministério Público, indicaram que a sociedade não tem mais nenhuma tolerância com a violência contra as mulheres”, destacou a promotora de Justiça Maura Lelis Guimarães Goulart, que atuou em plenário.

O juiz determinou a imediata execução da pena do condenado, que respondeu preso a todo o processo, e fixou indenização mínima de 30 salários mínimos em favor dos familiares da vítima, a título de reparação pelos danos morais provocados pelo crime.

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Obra particular rompe rede e cinco bairros estão sem água.

Obra particular rompe rede de água, e abastecimento em cinco bairros deve retornar durante a madrugada

Uma obra particular rompeu uma rede de água na Rua Olegário Vitor Antônio José de Vargas, em Alegrete, na noite desta quarta-feira, 26, e o abastecimento foi interrompido na região da Coxilha e nos bairros Fronteira Oeste, Maria do Carmo, Novo Lar e Vila Inês.

A Corsan está realizando o reparos, com previsão de que o retorno do fornecimento de água ocorra durante a madrugada desta quinta-feira, 27, de forma gradual.

Para mais informações, podem ser usados os canais de relacionamento da Corsan com o cliente: app Corsan, site www.corsan.com.br (na Unidade de Atendimento Virtual), WhatsApp (51) 99704-6644 e ligações gratuitas pelo 0800.646.6444.

A Corsan está permanentemente disponível nesses canais e recomenda que a população utilize esses meios de contato com a Companhia para solicitações, pedidos de informação ou para fazer comunicados. Isso agiliza a tomada de providências e a mobilização das equipes de serviço.

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Cidade

Pavimentação asfáltica iniciada pela manhã já está entregue

Projeto experimental busca avaliar benefícios em durabilidade e manutenção frente à pavimentação rígida comum

 

O Sindicato da Indústria da Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplanagem do Rio Grande do Sul (SICEPOT-RS) doou 100 metros de pavimentação asfáltica com polímero para a Prefeitura de Alegrete.

Prefeito Jesse recebe o trecho piloto com pavimento flexível de asfalto

 

Houve um convite informal agora no final da tarde no trecho na avenida Tiaraju. O prefeito Jesse Trindade recebeu do engenheiro Luís Henrique Bento Leal, da Construtora Alegretense.

A iniciativa busca oferecer uma opção mais sustentável e técnica em comparação à pavimentação rígida, comumente adotada em vias urbanas sem o necessário planejamento técnico.

A doação inclui todo o material necessário para a base e sub-base, priorizando recursos naturais da região e métodos que reduzem a emissão de carbono.

Sinalização de acesso ao prédio da OAB

Essa ação do SICEPOT-RS responde a um problema crescente em pequenas e médias cidades do Rio Grande do Sul, onde a escolha pela pavimentação rígida tem causado problemas estruturais, como rachaduras e desnivelamentos, elevando os custos de manutenção para o governo.

Com a pista experimental, será possível comparar diretamente as duas tecnologias de pavimentação, avaliando qual oferece o melhor custo-benefício, durabilidade e facilidade de manutenção.

 

Em Alegrete, a escolha pela pavimentação flexível se mostra mais adequada, especialmente devido às frequentes necessidades de manutenção na rede de abastecimento de água.

A pavimentação flexível, predominante em mais de 95% das rodovias e vias urbanas na América do Norte e Europa, destaca-se por sua economia, facilidade de manutenção e capacidade de adaptação às mudanças do solo.

Além disso, é uma opção mais ecológica, permitindo a reciclagem completa ao fim de sua vida útil, ao contrário do pavimento rígido, que necessita de demolição e reconstrução.

A promoção da pavimentação rígida por parte de grupos ligados ao setor de cimento e concreto, especialmente em municípios sem equipes técnicas especializadas, tem resultado em falhas estruturais graves.

 

A pista doada pelo SICEPOT-RS, construída com técnicas e materiais avançados, permitirá estudos técnicos detalhados, com o apoio de especialistas da Universidade Federal do Pampa (Unipampa).

 

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Ruas de concreto. Experimentos Prematuros Levantam Dúvidas Sobre Durabilidade e Custos

A iniciativa, impulsionada por indústrias de cimento e concreto, busca alternativas de pavimentação, mas enfrenta críticas quanto à aplicação de padrões técnicos

 

Seis meses após a implementação de pavimentos de concreto em vias urbanas de municípios gaúchos, projetos-piloto em Itaqui e Santo Ângelo já apresentam sinais de desgaste. Estes episódios concretos levantam dúvidas sobre a eficácia e a viabilidade da técnica, em contraponto ao asfalto tradicional.

As obras, que visavam demonstrar a durabilidade do concreto, exibem patologias como rachaduras, desníveis e falhas nas juntas de dilatação, conforme mostram fotos apresentadas durante coletiva nesta segunda-feira.

Especialistas apontam que a redução de camadas de base, motivada pela busca de economia, compromete a vida útil dos pavimentos, que poderiam durar anos se seguissem protocolos de padrões técnicos já conhecidos na engenharia de pavimentação.

A intervenção em Alegrete, que se apresenta como um experimento, também enfrenta questionamentos. A exemplo de Itaqui e Santo Ângelo, o projeto não segue os padrões técnicos exigidos, com a remoção da camada de macadame e a redução da espessura do concreto.

A falta de barras de transferência, que auxiliam na distribuição de cargas, também é apontada como um fator de risco.

Durante coletiva de imprensa, a secretária municipal de Planejamento, que possui formação em engenharia civil, afirmou que o projeto seguirá o memorial descritivo original, mesmo após a necessidade de refazer parte do pavimento devido a danos causados por veículos.

A decisão de manter as medidas estruturais, mesmo com a redução da espessura, visa baratear os custos, que ainda se mostram superiores aos do asfalto.

 

A Universidade Federal do Pampa (Unipampa), que figura como parceira no projeto, confirmou que não acompanha a execução das obras. A instituição se limitará a analisar os resultados do experimento, comparando o desempenho do concreto e do asfalto.

A ausência de acompanhamento técnico levanta dúvidas sobre a validade do experimento e a possibilidade de replicar os resultados em outras vias.

A situação em Alegrete reacende o debate sobre a viabilidade do concreto como alternativa de pavimentação. A experiência em Itaqui e Santo Ângelo, somada aos questionamentos sobre o projeto em Alegrete, levanta dúvidas sobre a durabilidade e os custos da técnica, bem como a necessidade de rigor técnico na execução de obras públicas.

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