Estado
“Operação Zero Pontos” desmantela esquema de comércio ilegal de multas no RS
Ação do MPRS busca desarticular rede que facilita evasão de penalidades de trânsito, comprometendo a segurança viária
Na manhã desta quinta-feira (13/03), o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) deflagrou a “Operação Zero Pontos”, com o objetivo de desarticular um esquema de comércio ilegal de multas de trânsito no estado.
A ação, conduzida pela Promotoria de Justiça Especializada Criminal de Porto Alegre, cumpriu mandados de busca e apreensão em escritórios de autônomos que atuam na área de recursos de infrações em quatro cidades: Sapiranga, São Leopoldo, Viamão e Pelotas.
Investigados e crimes
A investigação apura a participação de oito autônomos, de quatro escritórios, em crimes como organização criminosa, fraude processual, falsificação de documentos e uso de documentos falsos.
Os investigados são suspeitos de captar clientes com excesso de pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e oferecer serviços ilegais para anular multas e evitar a suspensão do direito de dirigir.
Como funcionava o esquema:
O esquema fraudulento operava de duas maneiras principais:
* Multas durante abordagens:
* Em casos de flagrante por agentes de trânsito, os investigados transferiam a CNH dos infratores para o estado de Santa Catarina, utilizando documentos falsos de residência.
* O valor cobrado pela fraude chegava a R$ 3 mil, permitindo que os motoristas continuassem dirigindo com uma nova CNH, sem os pontos das infrações.
* Multas sem abordagem:
* Em casos de multas por radares ou agentes sem abordagem, os investigados ingressavam na Justiça após o prazo administrativo para indicação do condutor responsável.
* Eles indicavam um “hospedeiro” (geralmente um integrante do escritório ou familiar) como responsável pela infração, anulando a pontuação do infrator original.
* O valor cobrado nesse caso chegava a R$ 300.
* Como as decisões judiciais determinam que o DETRAN anule a infração e proceda a transferência da pontuação, estes pontos geralmente acabam prescrevendo sem gerar prejuízo ao “hospedeiro”. A multa é cancelada e o seu valor não pode ser recolhido.
Prejuízos e consequências.
A fraude causou prejuízos aos cofres públicos municipais, estaduais e federais, cujos valores ainda estão sendo contabilizados. Além disso, permitiu que motoristas cometeram infrações de trânsito circulassem impunemente, colocando em risco a segurança viária.
Participação e próximos passos
A operação contou com a participação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), do Departamento de Trânsito (DETRAN/RS) e da Brigada Militar.
O MPRS está solicitando ao DETRAN/RS a atualização do sistema para impedir a transferência fraudulenta de CNHs para outros estados.
Estado
Fraudes em laudos médicos visavam prisão domiciliar para líderes de facções
Operação do Ministério Público expõe esquema com documentos falsos para benefício humanitário
Na manhã desta terça-feira (25 de fevereiro de 2025), o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) – Núcleo Capital – e da 8ª Promotoria de Justiça Especializada Criminal de Porto Alegre, iniciou a Operação Hipocondríacos.
A ação ocorreu no Rio Grande do Sul e teve como objetivo desmantelar um esquema de fraudes em laudos médicos. O esquema visava obter benefícios de prisão domiciliar humanitária para apenados considerados de alta periculosidade e líderes de facções criminosas.
A investigação identificou um padrão de atuação criminosa que envolvia a produção de documentos médicos falsos. Esses documentos tinham o propósito de induzir magistrados ao erro, facilitando a concessão do benefício da prisão domiciliar humanitária.
Os crimes investigados incluem falsidade ideológica, uso de documentos falsos, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
O grupo criminoso falsificava documentos que atestavam cirurgias ou tratamentos médicos desnecessários. Esses documentos eram usados para presos preventivos e apenados com condenações extensas, sem possibilidade de progressão de regime.
Flávio Duarte, promotor de Justiça e coordenador do Núcleo Capital do GAECO/MPRS, destacou que o esquema sempre alegava problemas leves ou inexistentes de coluna, dramatizados em laudos como graves.
A operação também revelou a participação de um médico traumatologista, advogados e um intermediário da facção. Eles determinavam o conteúdo dos documentos falsificados. Em alguns casos, os documentos eram elaborados para parecerem mais graves, a pedido de uma advogada envolvida.
Além da fraude documental, a operação investiga o financiamento do esquema. Empresas administradas pela facção, em setores como construção civil e consultoria de recursos humanos, em nome de terceiros, eram utilizadas para financiar as despesas e honorários médicos dos líderes criminosos.
Em resposta, o MPRS adotou três frentes de atuação. Alessandra Moura Bastian da Cunha, promotora de Justiça e coordenadora do Centro de Apoio Operacional Criminal (CAOCRIM) e do Núcleo de Assessoramento em Execução Penal (NAEP) do MPRS, explicou as medidas.
A primeira foca na investigação e responsabilização dos envolvidos. A segunda busca a articulação de um protocolo de atendimento de saúde dentro do sistema prisional. A terceira participa do Programa de Dissuasão Focada, visando o incremento do atendimento médico dentro do sistema prisional.
Estado
Rio Grande do Sul anuncia concursos com 204 vagas
Oportunidades variam de R$ 1,5 mil a R$ 19 mil em salários, abrangendo diversos níveis de escolaridade
No Rio Grande do Sul, 11 órgãos e entidades estaduais anunciaram a abertura de concursos públicos, oferecendo um total de 204 vagas em diversas áreas de atuação e níveis de escolaridade.
As remunerações variam de R$ 1,5 mil a R$ 19 mil. Este anúncio foi feito em 16.fev.2025, refletindo o esforço do estado em fortalecer seu quadro de servidores e oferecer oportunidades em diferentes regiões.
A Prefeitura de Erebango, situada no norte do estado, destaca-se ao oferecer o maior salário, R$ 19 mil, para o cargo de médico clínico geral. Os interessados devem ter registro no conselho de classe e CNH.
Por outro lado, a Prefeitura de Igrejinha, localizada a cerca de 90 quilômetros de Porto Alegre, disponibiliza mais de 80 vagas com salários que variam de R$ 1.762 a R$ 14.108, abrangendo desde o Ensino Médio até o Superior.
O Ibama também se destaca com 460 vagas a nível nacional, incluindo posições para analista administrativo e analista ambiental no Rio Grande do Sul, com salários de R$ 9.994,60.
Instituições como a Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), o Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul (CRCRS), o Ministério Público da União (MPU) e o Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS) estão com seleções abertas para diversos perfis profissionais.
Além das prefeituras de Erebango e Igrejinha, municípios como Horizontina, Arvorezinha, Lagoa dos Três Cantos e a Câmara de Vereadores de Vila Nova do Sul estão com processos seletivos em andamento.
Estes concursos abrangem cargos de nível fundamental a superior em áreas como saúde, educação, engenharia e administração.
Estado
Manoel Viana tem o “estado de emergência” reconhecido pela união
O Rio Grande do Sul enfrenta uma grave estiagem, com um aumento no número de municípios que declararam situação de emergência
Em apenas dois dias, o número saltou de 50 para 65 municípios afetados. Até o momento, dois desses decretos foram reconhecidos pela União: Santa Margarida do Sul e Manoel Viana, que estão sem chuvas há quase dois meses.
A Defesa Civil do Rio Grande do Sul explicou que o registro do desastre é feito tanto pelo órgão quanto pelas Coordenadorias Municipais de Proteção no Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2IC).
“Se o município precisar de auxílio, pode se utilizar desse trâmite para solicitar a homologação do Estado e o reconhecimento em esfera federal e, posteriormente, encaminhar sua demanda por recursos“, informou a Defesa Civil.
Este processo é crucial para que os municípios possam acessar recursos e auxílios dos governos federal e estadual, visando mitigar os impactos da estiagem na população e na produção agrícola.
A situação é particularmente crítica para os produtores rurais, que enfrentam perdas significativas em suas lavouras. Em Santa Margarida do Sul, o secretário de Administração, Rogério Neves, destacou o impacto devastador da estiagem na produção de soja, com perdas que variam de 50% a 100%.
“O cenário nas lavouras de soja é entristecer”, lamentou Neves, enfatizando a necessidade de suporte do governo federal para os produtores rurais afetados.
Além dos prejuízos na agricultura, a falta de chuva também tem causado problemas no abastecimento de água para consumo humano e animal. Tanto em Santa Margarida do Sul quanto em Manoel Viana.
As prefeituras têm realizado a entrega de água por meio de caminhões-pipa para atender às necessidades da população. “Está faltando água para beber. Se está faltando para os humanos, imagina para os animais”, disse Neves, evidenciando a gravidade da situação.
A Defesa Civil do Estado informou que está em andamento a aquisição de caminhões-cisterna e reservatórios de água para apoiar as comunidades afetadas pela estiagem. Essas medidas visam garantir o abastecimento de água e mitigar os efeitos da seca nos municípios em situação de emergência.
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