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Fim de uma era: Fogo de Chão se apaga no RS após 200 anos

A tradição centenária encerra na Fazenda Boqueirão devido à dificuldade de obter lenha e preocupações ambientais

No interior do Rio Grande do Sul, em São Sepé, o Fogo de Chão, uma tradição de mais de 200 anos, foi apagado em 8 de janeiro deste ano. A decisão, tomada pelos donos da Fazenda Boqueirão, encerra um capítulo importante da cultura gaúcha. A última tora de madeira queimou até o fogo se extinguir completamente.

Claudia Pires Portella, filha dos proprietários, explicou que a dificuldade em obter lenha morta e a preocupação em preservar árvores nativas foram as principais razões para o fim do fogo. Este não era apenas um local de encontro e aquecimento para os gaúchos, mas também um símbolo cultural.

A chama era usada para acender a Chama Crioula durante a Semana Farroupilha e distribuída a entidades tradicionalistas do estado. Além disso, teve um papel histórico ao cruzar com a Tocha Olímpica nos jogos Rio-2016.

A origem do Fogo de Chão data do início do século XIX, mantido pela família Simões Pires, presente no estado desde o século XVIII. Representava o calor, a paixão, a hospitalidade e a coragem do povo gaúcho, sendo um ponto de encontro para cuidar do gado, aquecer-se e compartilhar o chimarrão.

Apesar do fim da tradição, Gilda Maria Faria Pires, proprietária da fazenda, garante que a história e a tradição serão preservadas.

O galpão onde o fogo ficava permanecerá aberto para visitação, mantendo viva a memória dessa prática cultural.

IMPORTANTE RELEMBRAR

Foi uma decisão difícil, muito doloroso para a família, mas decidimos, no dia 8 de janeiro de 2025, dia em que completei 60 anos, apagar o fogo. Muitos fatores contribuíram para essa tomada de decisão.
Nós estávamos também com dificuldades de conseguir lenha morta, e para conseguir essas toras, teríamos que derrubar árvores nativas. Isso nós não queremos, pois a nossa proposta é de preservação da natureza. Essa falta de lenha também pesou na nossa decisão“, relatou Claudia Pires Portella, uma das filhas dos proprietários da Fazenda Boqueirão em São Sepé.

A chama que era alimentada por toras de madeira de lei, se tornou um símbolo da cultura gaúcha.

A história do Fogo de Chão:

O fogo de chão foi aceso pela primeira vez no início do século XIX, quando foi construído o galpão onde se encontra.
A família Simões Pires, que tem raízes no estado desde o século XVIII, era responsável por manter o fogo aceso.
O fogo de chão simboliza o calor, a paixão, a hospitalidade e a coragem do povo gaúcho.

A Chama Crioula é uma tradição que começou em 1947, quando o fogo era apenas um símbolo da pátria.
Na Fazenda Boqueirão, em São Sepé, na Região Central e a cerca de 300 quilômetros de Porto Alegre, vive a família Simões Pires, que tem raízes e presença na história do estado desde o século 18.

Nós associamos à época que o galpão foi construído, que foi no inicio de 1800. Então, provavelmente, desde essa época que existe o fogo. Foram mais de 200 anos mantendo essa tradição. A nossa decisão de apagar o fogo foi muito pensada e vinha sendo construída com a minha família há alguns anos. Mas o mais importante é que a história vai ficar preservada. Vamos manter tudo igual no galpão e as pessoas vão poder continuar a nos visitar” disse Gilda Maria Faria Pires, proprietária da Fazenda Boqueirão na localidade de Vila Block, interior de São Sepé.

Reportagem: Luís Garcia.
Fotos: Divulgação, Reprodução e Prefeitura Municipal.| Jornal do Garcia

Com informações e imagens do site, JORNAL DO GARCIA

 

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Bloqueio total da ponte do Lageadinho em Vila Nova do Sul

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) alerta que está programado para este domingo (13), o bloqueio total da ponte sobre o Arroio Lajeadinho, no km 356,5 da BR-290/RS, em Vila Nova do Sul.  A interrupção de tráfego, em ambos os sentidos, ocorrerá das 8h às 12h.

 
A intervenção é necessária para execução de serviços de manutenção preventiva da estrutura. A autarquia reforça que até a conclusão dos serviços, não será permitido o trânsito de qualquer tipo de veículo sobre a ponte.

 
Durante o período de bloqueio, para quem se desloca no sentido Porto Alegre-Uruguaiana e vice-versa, o DNIT recomenda rotas alternativas. Uma delas é utilizar a BR-392/RS e a BR-158/RS, passando por Santa Maria.
 
Outra opção é seguir pelas BR-153/RS, BR-293/RS e BR-158/RS, passando por Caçapava do Sul, Bagé e Dom Pedrito, até retornar à BR-290/RS.
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UFSM libera a lista oficial dos nomes dos sete mortos no acidente de ônibus

Com profundo pesar, a Universidade Federal de Santa Maria recebeu a confirmação do falecimento de sete estudantes do curso de Paisagismo do Colégio Politécnico no acidente ocorrido na cidade de Imigrante, no Vale do Taquari, no Rio Grande do Sul.

O acidente ocorreu na manhã desta sexta-feira (4) durante viagem para uma visita técnica ao cactário Horst, na mesma cidade.

A UFSM se solidariza com familiares e amigos de Dilvani Hoch, Elizeth Fauth Vargas, Fátima E. R. Copatti, Flavia Marcuzzo Dotto, Janaina Finkler, Marisete Maurer, Paulo Victor Estefanói Antunes.

A força tarefa entre Prefeitura Municipal de Santa Maria, Defesa Civil, Brigada Militar, Ministério Público Estadual e UFSM permanece em contato com as famílias para auxiliá-los com encaminhamento dos trâmites legais e apoio psicológico.

Fonte;
Rádio Web Região Oeste Santa Maria rs

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TJRS nega recurso da Aegea Corsan e determina Perícia Contábil em Erechim

 
O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) rejeitou, na tarde de segunda-feira (31), o agravo apresentado pela Aegea Corsan, em uma decisão que contou com o respaldo de nota conjunta da sociedade civil enviada ao Ministério Público.
 
Com isso, foi mantida a determinação para a realização de uma perícia contábil, que irá apurar o valor real de uma possível indenização envolvendo a concessionária e o município de Erechim.
 
A empresa reivindica mais de R$ 100 milhões, alegando que o montante seria devido pela prefeitura.
A decisão judicial representa um marco no processo de concessão dos serviços de água e esgoto da cidade.
 
Paralelamente à vitória no tribunal, a consulta pública para a concessão avança, abrindo caminho para que a prefeitura publique o edital em breve. A perícia, a ser conduzida por uma empresa contratada pela Agência Reguladora de Erechim (AGER), terá a missão de esclarecer se o município de fato deve à Aegea Corsan ou se, ao contrário, a concessionária deixou de cumprir investimentos previstos, gerando déficits na infraestrutura local.
 
O desfecho do levantamento contábil será decisivo para definir os rumos da disputa e os próximos passos da gestão dos serviços essenciais em Erechim.
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