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Saúde

Controle mais estrito sobre medicamentos como Ozempic

Agência considera adoção de normas rigorosas para a venda de análogos ao GLP-1, visando prevenir riscos à saúde dos consumidores

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) considera a adoção de normas mais rigorosas para a venda de medicamentos análogos ao GLP-1, como Ozempic e Wegovy, usados no tratamento de diabetes tipo 2 e obesidade.

A medida, anunciada em 18.dez.2024, busca aumentar a segurança no uso desses produtos. Atualmente, a aquisição desses medicamentos já exige prescrição médica. Contudo, a agência observou que a compra pode estar ocorrendo de forma indiscriminada, o que suscita preocupações sobre o uso adequado e seguro.

A legislação vigente, estabelecida pela Lei 5.991 de 1973 e pela Resolução 44 de 2009, determina que a venda de medicamentos sob prescrição deve ocorrer somente com a apresentação e análise da receita médica.

No entanto, a Anvisa aponta para vendas que, em alguns casos, podem estar acontecendo sem a devida retenção da receita, especialmente em farmácias físicas e aplicativos de venda de medicamentos.

Thamires Cappello, advogada especializada em Direito Médico, mencionou ao Poder360 que projetos de lei estão em tramitação no Congresso para enquadrar medicamentos como Ozempic em uma categoria de controle mais restritiva. Essa mudança exigiria a retenção da receita no ato da compra, prática já adotada para antibióticos.

A audiência pública sobre o tema, realizada em 11.dez.2024, foi convocada pelo deputado Dr. Francisco (PT-PI), relator do PL 2.115 de 2024, de autoria do deputado Fábio Teruel (MDB-SP).

A proposta sugere que a venda desses medicamentos seja condicionada à prescrição médica e à retenção da receita.

Bruno Halpern, presidente da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica, alertou para os riscos do uso desses fármacos para fins estéticos, como a pancreatite.

Halpern destacou a importância de diferenciar o tratamento médico da obesidade do desejo social por emagrecimento, enfatizando que esses medicamentos são destinados ao tratamento de uma condição crônica.

 

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Saúde

Saquinhos de chá liberam milhões de microplásticos, alerta estudo

Pesquisa internacional mostra contaminação por plásticos em chás e possíveis impactos na saúde humana

Pesquisadores do projeto PlasticHeal, em colaboração com a Universitat Autònoma de Barcelona (UAB) e o Centro Helmholtz de Investigação Ambiental de Leipzig, Alemanha, descobriram que bolsitas de chá comerciais liberam milhões de microplásticos e nanoplásticos (MNPL) nas infusões.

 

Este estudo, divulgado em 03.jan.2025, revela que essas partículas podem penetrar nas células intestinais humanas e potencialmente alcançar a corrente sanguínea, destacando a necessidade de abordar a contaminação por plásticos em produtos de consumo diário.

A pesquisa focou em bolsitas de chá feitas de polímeros como nailon-6, polipropileno e celulose. Os resultados mostraram que o polipropileno foi o material que mais liberou partículas, com aproximadamente 1.200 milhões por mililitro de infusão.

As técnicas analíticas avançadas utilizadas incluíram microscopia eletrônica de barrido (SEM), microscopia eletrônica de transmissão (TEM), espectroscopia infravermelha (ATR-FTIR), dispersão dinâmica de luz (DLS), velocimetria laser Doppler (LDV) e análise de seguimento de nanopartículas (NTA), afirmou Alba García, investigadora da UAB.

O estudo também observou a interação dessas partículas com células intestinais humanas, descobrindo que as células produtoras de muco absorvem uma quantidade significativa desses MNPL, que podem inclusive penetrar no núcleo celular.

Isso sugere um papel crucial do muco intestinal na absorção dessas partículas e ressalta a necessidade de investigar mais a fundo os efeitos da exposição crônica a MNPL na saúde humana.

Os pesquisadores enfatizam a importância de desenvolver métodos padronizados para avaliar a contaminação por MNPL em materiais plásticos em contato com alimentos e a necessidade de políticas regulatórias para mitigar essa contaminação. 

 

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Saúde

Alegrete convoca doadores para enfrentar escassez de sangue O-

Com estoque crítico, Hemocentro de Alegrete organiza coleta externa e estende horários para receber doações

O Hemocentro Regional de Alegrete enfrenta uma situação crítica em seu estoque de sangue, com especial urgência para o tipo O-. A instituição possui apenas uma unidade disponível e busca atender às crescentes demandas por transfusões.

 

 

A crise levou ao pedido de auxílio ao Hemocentro de Santa Maria, que foi solicitado a enviar mais bolsas de sangue. A situação foi divulgada nesta 4ª feira (26 de dezembro de 2024), com o objetivo de mobilizar a comunidade para doações urgentes.

Fernanda Soares, assistente social do Hemocentro, destacou a necessidade de doações. “Devido à alta demanda por sangue do tipo O- e outras tipagens, foi lançada uma campanha de urgência para mobilizar doadores a comparecerem ao hemocentro e realizarem suas doações,” afirmou.

A meta é alcançar dez unidades até o final da manhã de 6ª feira (27 de dezembro de 2024).

Para facilitar o acesso dos doadores, o Hemocentro de Alegrete manterá o atendimento normal nesta 5ª e 6ª feira. Uma coleta externa está programada para a próxima 2ª feira (30 de dezembro de 2024) na cidade de Itaqui. “Fazemos um apelo para que a população se dirija ao Hemocentro de Alegrete e contribua com as vidas que dependem dessas doações,” reforçou Soares.

Localizado na Rua General Sampaio, 10, bairro Canudos, o Hemocentro opera das 7h às 13h. A necessidade de sangue do tipo O- é urgente devido à sua capacidade de ser transfundido em pacientes de qualquer tipo sanguíneo, o que o torna vital em emergências.

 

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Saúde

Qual o detox pra limpar o “corpitcho” da ressaca das beberagens e comilanças?

 Especialistas em nutrologia e gastroenterologia explicam os efeitos do álcool no corpo e sugerem medidas para minimizar o desconforto

 

O período festivo de dezembro, marcado pelo aumento no consumo de álcool, traz consigo o desafio das ressacas para muitos. Publicado nesta 3ª feira (25 de dezembro de 2024), um estudo revela que os sintomas como dor de cabeça, indisposição e enjoo são consequências do esforço do fígado em metabolizar o álcool.

Durval Ribas Filho, da Associação Brasileira de Nutrologia, explica que a ressaca ocorre cerca de dez horas após a ingestão de álcool e pode durar até 24 horas. “A ressaca é uma resposta do fígado, que metaboliza o álcool no organismo. Ao aumentar sua atividade, ele passa por um período de intoxicação”, afirmou Ribas Filho.

Ele também menciona que a duração e intensidade dos sintomas variam conforme sexo, peso e genética do indivíduo.

Lucas Nacif, especialista em gastroenterologia, destaca que o álcool irrita a mucosa gástrica, causando inflamação e afetando a produção de muco protetor.

Para aliviar os sintomas da ressaca, Nacif sugere hidratação intensa, alimentação leve e descanso. Ele desaconselha o consumo de “junk food” após o consumo de álcool, pois isso pode piorar a situação. “Curar ressaca com junk food é a pior escolha: o corpo já está sobrecarregado pelo álcool e recebe mais uma dose massiva de açúcar e gordura para se preocupar”, alertou o médico.

Nacif oferece orientações para aliviar os sintomas da ressaca:

Hidratação: Essencial para eliminar toxinas e recuperar o fígado e os rins.

Beba muita água: O álcool é um diurético, o que significa que ele faz com que você perca líquidos. Reponha esses líquidos perdidos bebendo bastante água.

Evitar jejuns prolongados: Uma dieta balanceada com alimentos leves e nutritivos ajuda na digestão.

Consumo de alimentos ricos em fibras: Fibras aceleram o processo digestivo e são encontradas em aveia, vegetais e frutas frescas.

Evite alimentos gordurosos: Alimentos gordurosos podem piorar a indisposição estomacal.

Exercícios leves: Atividades como caminhadas estimulam a digestão e a eliminação de toxinas, mas exercícios intensos devem ser evitados.

Descanso: Uma boa noite de sono é crucial para a recuperação do corpo.

 Soluções isotônicas: Bebidas isotônicas ajudam a repor os eletrólitos perdidos, como sódio e potássio.

Outras dicas úteis:

* Alimentos ricos em vitamina C: A vitamina C ajuda o fígado a processar o álcool.
* Chás: Chás de gengibre e camomila podem ajudar a aliviar a náusea.
* Banho quente: Um banho quente pode ajudar a relaxar os músculos e aliviar a tensão.

Lembre-se que estas são dicas gerais e o que funciona para uma pessoa pode não funcionar para outra. Se você tiver alguma condição médica pré-existente, consulte um profissional de saúde antes de tentar qualquer um desses remédios caseiros.

 

 

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