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Falha no Detran-RS deixa 17 mil infratores sem cassação de CNH

 Mais de 17 mil motoristas com infrações graves no Rio Grande do Sul evitaram a cassação da CNH devido a uma falha administrativa do Detran

No Rio Grande do Sul, uma falha administrativa do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) permitiu que mais de 17 mil motoristas com infrações graves continuassem a dirigir sem passar pelo processo de cassação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

A correção desse problema iniciou-se em outubro de 2024, com a retomada da abertura de processos de cassação, alcançando 7,6 mil casos até agora. A situação, revelada em 14 de dezembro de 2024, destaca a importância de sistemas eficientes de fiscalização e penalização para garantir a segurança no trânsito e a aplicação justa das leis.

A demora na abertura dos processos foi justificada pelo Detran pela necessidade de ajustes após alterações na legislação de trânsito. A mudança nos prazos para a abertura de processos de cassação, que passou de cinco anos para 180 dias, sobrecarregou o sistema.

Isso impediu o andamento adequado dos processos, fazendo com que infrações registradas há mais tempo não fossem processadas.

Além disso, mais de 4 mil desses motoristas foram flagrados dirigindo com a CNH suspensa mais de uma vez, indicando reincidência na conduta infratora. A presidente da Associação Brasileira dos Advogados de Trânsito (Abatran), Rochane Ponzi, criticou a postura do Detran.

“A falta de ação do departamento estimula a impunidade,” afirmou. Ela também esclareceu que as mudanças legislativas mencionadas pelo Detran não afetam o processo de cassação em si, mas sim os processos de suspensão e de multa, destacando uma falha na priorização dos processos pelo órgão.

O Rio Grande do Sul enfrenta outra questão relacionada à suspensão da CNH. Desde abril de 2021, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) é responsável por abrir processos de suspensão nas estradas federais, mas não tem feito isso devido a uma alteração legislativa.

Isso deixa uma lacuna na fiscalização e penalização de infrações de trânsito nessas vias.

 

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“Operação Zero Pontos” desmantela esquema de comércio ilegal de multas no RS

Ação do MPRS busca desarticular rede que facilita evasão de penalidades de trânsito, comprometendo a segurança viária

Na manhã desta quinta-feira (13/03), o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) deflagrou a “Operação Zero Pontos”, com o objetivo de desarticular um esquema de comércio ilegal de multas de trânsito no estado.

A ação, conduzida pela Promotoria de Justiça Especializada Criminal de Porto Alegre, cumpriu mandados de busca e apreensão em escritórios de autônomos que atuam na área de recursos de infrações em quatro cidades: Sapiranga, São Leopoldo, Viamão e Pelotas.
Investigados e crimes

A investigação apura a participação de oito autônomos, de quatro escritórios, em crimes como organização criminosa, fraude processual, falsificação de documentos e uso de documentos falsos.

Os investigados são suspeitos de captar clientes com excesso de pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e oferecer serviços ilegais para anular multas e evitar a suspensão do direito de dirigir.

Como funcionava o esquema:

O esquema fraudulento operava de duas maneiras principais:

* Multas durante abordagens:
* Em casos de flagrante por agentes de trânsito, os investigados transferiam a CNH dos infratores para o estado de Santa Catarina, utilizando documentos falsos de residência.
* O valor cobrado pela fraude chegava a R$ 3 mil, permitindo que os motoristas continuassem dirigindo com uma nova CNH, sem os pontos das infrações.
* Multas sem abordagem:
* Em casos de multas por radares ou agentes sem abordagem, os investigados ingressavam na Justiça após o prazo administrativo para indicação do condutor responsável.
* Eles indicavam um “hospedeiro” (geralmente um integrante do escritório ou familiar) como responsável pela infração, anulando a pontuação do infrator original.
* O valor cobrado nesse caso chegava a R$ 300.
* Como as decisões judiciais determinam que o DETRAN anule a infração e proceda a transferência da pontuação, estes pontos geralmente acabam prescrevendo sem gerar prejuízo ao “hospedeiro”. A multa é cancelada e o seu valor não pode ser recolhido.
Prejuízos e consequências.

A fraude causou prejuízos aos cofres públicos municipais, estaduais e federais, cujos valores ainda estão sendo contabilizados. Além disso, permitiu que motoristas cometeram infrações de trânsito circulassem impunemente, colocando em risco a segurança viária.

 

Participação e próximos passos

A operação contou com a participação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), do Departamento de Trânsito (DETRAN/RS) e da Brigada Militar.

O MPRS está solicitando ao DETRAN/RS a atualização do sistema para impedir a transferência fraudulenta de CNHs para outros estados.

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Estado

Fraudes em laudos médicos visavam prisão domiciliar para líderes de facções

Operação do Ministério Público expõe esquema com documentos falsos para benefício humanitário

Na manhã desta terça-feira (25 de fevereiro de 2025), o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) – Núcleo Capital – e da 8ª Promotoria de Justiça Especializada Criminal de Porto Alegre, iniciou a Operação Hipocondríacos.

A ação ocorreu no Rio Grande do Sul e teve como objetivo desmantelar um esquema de fraudes em laudos médicos. O esquema visava obter benefícios de prisão domiciliar humanitária para apenados considerados de alta periculosidade e líderes de facções criminosas.

A investigação identificou um padrão de atuação criminosa que envolvia a produção de documentos médicos falsos. Esses documentos tinham o propósito de induzir magistrados ao erro, facilitando a concessão do benefício da prisão domiciliar humanitária.

Os crimes investigados incluem falsidade ideológica, uso de documentos falsos, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

O grupo criminoso falsificava documentos que atestavam cirurgias ou tratamentos médicos desnecessários. Esses documentos eram usados para presos preventivos e apenados com condenações extensas, sem possibilidade de progressão de regime.

Flávio Duarte, promotor de Justiça e coordenador do Núcleo Capital do GAECO/MPRS, destacou que o esquema sempre alegava problemas leves ou inexistentes de coluna, dramatizados em laudos como graves.

A operação também revelou a participação de um médico traumatologista, advogados e um intermediário da facção. Eles determinavam o conteúdo dos documentos falsificados. Em alguns casos, os documentos eram elaborados para parecerem mais graves, a pedido de uma advogada envolvida.

Além da fraude documental, a operação investiga o financiamento do esquema. Empresas administradas pela facção, em setores como construção civil e consultoria de recursos humanos, em nome de terceiros, eram utilizadas para financiar as despesas e honorários médicos dos líderes criminosos.

Em resposta, o MPRS adotou três frentes de atuação. Alessandra Moura Bastian da Cunha, promotora de Justiça e coordenadora do Centro de Apoio Operacional Criminal (CAOCRIM) e do Núcleo de Assessoramento em Execução Penal (NAEP) do MPRS, explicou as medidas.

A primeira foca na investigação e responsabilização dos envolvidos. A segunda busca a articulação de um protocolo de atendimento de saúde dentro do sistema prisional. A terceira participa do Programa de Dissuasão Focada, visando o incremento do atendimento médico dentro do sistema prisional.

 

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Rio Grande do Sul anuncia concursos com 204 vagas

Oportunidades variam de R$ 1,5 mil a R$ 19 mil em salários, abrangendo diversos níveis de escolaridade

No Rio Grande do Sul, 11 órgãos e entidades estaduais anunciaram a abertura de concursos públicos, oferecendo um total de 204 vagas em diversas áreas de atuação e níveis de escolaridade.

As remunerações variam de R$ 1,5 mil a R$ 19 mil. Este anúncio foi feito em 16.fev.2025, refletindo o esforço do estado em fortalecer seu quadro de servidores e oferecer oportunidades em diferentes regiões.

A Prefeitura de Erebango, situada no norte do estado, destaca-se ao oferecer o maior salário, R$ 19 mil, para o cargo de médico clínico geral. Os interessados devem ter registro no conselho de classe e CNH.

Por outro lado, a Prefeitura de Igrejinha, localizada a cerca de 90 quilômetros de Porto Alegre, disponibiliza mais de 80 vagas com salários que variam de R$ 1.762 a R$ 14.108, abrangendo desde o Ensino Médio até o Superior.

O Ibama também se destaca com 460 vagas a nível nacional, incluindo posições para analista administrativo e analista ambiental no Rio Grande do Sul, com salários de R$ 9.994,60.

Instituições como a Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), o Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul (CRCRS), o Ministério Público da União (MPU) e o Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS) estão com seleções abertas para diversos perfis profissionais.

Além das prefeituras de Erebango e Igrejinha, municípios como Horizontina, Arvorezinha, Lagoa dos Três Cantos e a Câmara de Vereadores de Vila Nova do Sul estão com processos seletivos em andamento.

Estes concursos abrangem cargos de nível fundamental a superior em áreas como saúde, educação, engenharia e administração.

 

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