Agro Notícia
Cinza de casca de arroz pode substituir areia na produção de vidros e outros produtos
Uma pesquisa desenvolvida pelos professores Jacson Weber e Chiara Valsecchi, ambos da área de Engenharia da Unipampa do Alegrete, tem demonstrado um enorme potencial para o aproveitamento da casca de arroz.
Queimada a uma temperatura de 1500ºC, a casca produz uma cinza capaz de ser utilizada na produção de vidros e outros subprodutos, como microesferas refletoras, que podem ser misturadas à tinta e utilizada na sinalização horizontal de rodovias.
O projeto foi apresentado na manhã desta quarta-feira (25) para o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Valdeci de Oliveira (PT), através de uma audiência intermediada pelo deputado Mainardi (PT), que conheceu o projeto em uma visita à Unipampa de Alegrete e ficou impressionado com o potencial da pesquisa e a ausência de investimentos na ideia.
A casca de arroz é altamente disponível na Fronteira Oeste, que produz algo em torno de 8 milhões de toneladas de arroz. Segundo o professor Jacson de Menezes, a casca representa cerca de 20% do arroz colhido e, queimada, tem potencial para gerar 20% de cinza, algo em torno de 300 mil toneladas do produto.
Ainda conforme a dupla de pesquisadores, a cinza da casca de arroz substitui com vantagem a areia na produção de vidro e outros subprodutos. “A pesquisa demonstrou esse potencial, mas estamos paralisados pela falta de um forno adequado, que gere calor de 1500º Celsius. Os fornos que temos disponíveis têm limite de 1300º Celsius”, explica Menezes.
O projeto dos professores foi escolhido, junto com outros nove projetos brasileiros, para ser apresentado na Academy Industry Training (AIT), um evento promovido pelo Ministério de Ciência e Tecnologia da Suiça que visa a promover projetos de alto grau de sustentabilidade.
“Sustentabilidade e economia circular são conceitos da nova economia e muito valorizados no mundo. Infelizmente, a Suiça só investe em programas que se desenvolvem por lá”, comenta a professora Valsecchi.
R$ 100 mil para o forno
Para adquirir um forno que permita o desenvolvimento pleno da pesquisa, a Universidade ou alguma instituição parceira precisa investir R$ 100 mil reais. “Este é o investimento que viabiliza a continuidade da pesquisa e a produção da cinza necessária para, praticamente, revolucionar a produção de vidro no estado. Um paradoxo que ainda não tenha acontecido”, sintetiza o deputado Mainardi, incentivador do projeto.
A Unipampa, por conta das restrições orçamentárias, entretanto, não tem condições de adquirir o forno necessário e até agora a pesquisa não encontrou o apoio necessário para deslanchar, apesar do empenho dos professores, do presidente da Câmara de Vereadores do Alegrete, vereador Anilton de Oliveira e do vereador Moises Fontoura (PDT) em ampliar a visibilidade da ideia inovadora.
Sustentabilidade
Além de garantir um novo produto para a produção de vidros e outros subprodutos, como as microesferas refletoras, a utilização da cinza da casca do arroz para este fim daria um destino sustentável para a casca do arroz.
“Atualmente, a maior parte deste produto não tem destino e uma pequena parte é utilizada como fertilizante nas lavouras, mas com um efeito danoso, se repetida, que é a desertificação”, comenta o presidente da Câmara de vereadores do Alegrete.
O deputado Mainardi e o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Valdeci de Oliveira, assumiram o compromisso de intermediar um contato com o governador do Estado, Ranolfo Vieira Júnior, para demonstrar o grande potencial de desenvolvimento da pesquisa e do projeto desenvolvido pelos professores. Ao mesmo tempo, os parlamentares vão apresentar projeto legislativo que garanta incentivos para projetos inovadores como este.
Jornalista responsável: João Ferrer 051 997590416
Agro Notícia
Produtores de Alegrete se mobilizam por solução para dívidas
Nesta sexta-feira, 16 de maio de 2025, produtores rurais de Alegrete, iniciaram uma importante mobilização para chamar a atenção para a crescente crise de endividamento que afeta o setor agrícola local.
O ponto central do protesto foi a concentração de um grande número de produtores com suas máquinas agrícolas ao longo da BR-290. Essa ação visou dar visibilidade à urgência da situação e pressionar por uma resposta efetiva das autoridades.
A principal reivindicação dos produtores é a securitização de suas dívidas. Essa medida permitiria o alongamento dos prazos de pagamento, oferecendo um fôlego financeiro essencial para a continuidade de suas atividades. Eles também clamam por uma ação urgente do governo federal para encontrar soluções concretas para a crise que se instalou no campo.
A mobilização é resultado da difícil situação financeira enfrentada pelos agricultores de Alegrete. Nos últimos tempos, eventos climáticos extremos, como secas e inundações, impactaram severamente as produções, dificultando o cumprimento de seus compromissos financeiros.
O movimento conta com o apoio de diversas organizações ligadas ao setor agropecuário, como a Compre Rural e a SOS Agro RS, que também defendem a necessidade de medidas emergenciais para amparar os produtores rurais do estado.
Os produtores de Alegrete esperam que a sua mobilização sensibilize as autoridades e resulte em ações que possibilitem a renegociação de suas dívidas e garantam a sustentabilidade econômica das famílias que dependem da agricultura na região.
A situação demonstra a fragilidade do setor diante de eventos climáticos adversos e a importância de políticas públicas que ofereçam suporte e segurança aos produtores rurais.
Agro Notícia
China suspende importações de carne de frango do Brasil devido à gripe aviária no RS
A China suspendeu a compra de carne de frango do Brasil por 60 dias após o País registrar o primeiro caso de gripe aviária em uma granja comercial, informou o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, nesta sexta-feira (16). A doença foi detectada em Montenegro, no Vale do Rio Caí.
“Então, a partir de hoje [desta sexta], por 60 dias, a China não estará comprando carne de frango brasileira”, afirmou Fávaro.
O Ministério da Agricultura reforçou que a gripe aviária não é transmitida pelo consumo de carne de aves ou ovos. “O risco de infecções em humanos pelo vírus da gripe aviária é baixo e, em sua maioria, ocorre entre tratadores ou profissionais com contato intenso com aves infectadas vivas ou mortas”, afirmou a pasta.
Com a confirmação da doença, a granja em Montenegro foi isolada, e as aves sacrificadas. A Secretaria da Agricultura do RS está investigando se há outros casos em um raio inicial de 10 km da região da identificação do foco.
Agro Notícia
Fronteira Oeste já colheu 95% da lavoura de arroz
Nesta quinta-feira (24), a colheita do arroz no Rio Grande do Sul atingiu 85,7% da área semeada. A Fronteira Oeste e a Planície Costeira Externa são as regionais mais próximas de concluir a colheita, com 95,3% e 95,1% da área já colhida, respectivamente.
A Planície Costeira Interna contabiliza 86,4% da área colhida seguida pela Zona Sul com 83,9%, Campanha com 76,3% e Região Central com 65,5%.
Segundo Luiz Fernando Siqueira, gerente da Divisão de Assistência Técnica e Extensão Rural, apesar das condições climáticas favoráveis, o período diário de trabalho na lavoura é menor, fazendo com que a colheita avance lentamente.
De acordo com os dados do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), até o momento a produtividade média do grão é de 9.022 kg por hectare. No entanto, a tendência é que a média se ajuste com a colheita das lavouras tardias.
“A produtividade final poderemos dar apenas quando todas as regionais concluírem a safra, mas sabemos que a média poderá cair”, avalia Siqueira.
Os dados sobre a colheita do arroz são coletados e divulgados semanalmente pelo Irga, por meio da plataforma Safra, que oferece informações precisas e detalhadas sobre o andamento da semeadura e da colheita. A plataforma é alimentada pelos 37 escritórios do Irga distribuídos em todas as regiões arrozeiras do Estado.
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