Agro Notícia
Produtores rurais buscam alternativas para os altos custos e risco de escassez dos fertilizantes
Dependente mais de 80% da importação de fertilizantes, a agricultura brasileira precisa de soluções que reduzam os impactos na produtividade. Enquanto isso, produtores buscam alternativas para possível escassez de fertilizantes em meio aos impasses entre Ucrânia e Rússia.
A guerra entre Rússia e Ucrânia trouxe à tona a dependência da importação dos fertilizantes, que são largamente utilizados pelo setor agrícola brasileiro. Cerca de 85% deles são importados, sendo a Rússia um os principais fornecedores do produto ao Brasil. Em decorrência da guerra instaurada, o país não tem conseguido trazer os fertilizantes, por consequência, pode atingir diretamente o desenvolvimento do agronegócio brasileiro.
Dois fatos devem ser levados em consideração neste momento. O primeiro é que o aumento dos preços vem acontecendo antes mesmo da guerra na Ucrânia por causa do aumento da cotação do gás natural e o produtor já vem buscando alternativas mais sustentáveis para o agronegócio. Por meio das capacitações do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar Sergipe), aquele que busca o conhecimento tem assistência técnica e gerencial e acompanha as tendências. Além disso, os produtores que planejam sua atividade estocaram fertilizantes desde o início dos constantes aumentos. Em Sergipe, as culturas mais importantes para economia do estado, com maior consumo de fertilizantes são o milho, a cana-de-açúcar e a laranja.
Sobre os preços dos fertilizantes, a Federação de Agricultura e Pecuária de Sergipe (Faese), vem acompanhando a elevação dos preços de insumos cada vez mais dolarizados e escassos e encaminhou ofício ao Governo do Estado, em janeiro deste ano, sugerindo a redução ou até mesmo isenção de impostos sobre os insumos na agropecuária, até o momento aguardamos o posicionamento do governo.
O segundo fato a ser apresentado, embora importe a maior parte dos fertilizantes consumidos, o Brasil possui a sétima maior reserva de potássio do mundo, uma delas está em Sergipe, a outra bacia sedimentar está no Amazonas-Solimões. Essa é uma questão de soberania nacional, o governo precisa encontrar soluções para a viabilidade da produção nacional de fertilizantes e tornar o mercado competitivo, uma solução a longo prazo, mas que em situações como essa colocam a pauta como prioridade para reduzir a dependência das importações. A retomada da produção dos fertilizantes nitrogenados em Laranjeiras, pela Unigel, foi muito importante, além da retomada do Projeto Carnalita, que também deve gerar emprego.
Preocupada com a atual situação, a Federação de Agricultura e Pecuária de Sergipe, ressalta a relevância em discutir políticas estruturantes e trazer medidas para fortalecer o setor agropecuária diante da eminente situação. “O mercado de fertilizantes precisa de incentivos tributários para atração de investimentos, além disso, incentivo em pesquisa de mapeamento das jazidas e tecnologias mais apropriadas, algo que vem complementar como solução a médio e longo prazo. Precisamos buscar a autossuficiência em fertilizantes”, explica o presidente do Sistema Faese/Senar, Ivan Sobral.
Alternativas para o produtor rural
Ainda que a escassez de fertilizantes seja uma realidade prevista pelo Ministério da Agricultura para o segundo semestre, com a alta dos preços, produtores já trabalham com redução de custos e buscam alternativas a curto prazo.
A engenheira Agrônoma, Paula Yaguiu é técnica de campo do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar Sergipe) e orienta os produtores da Assistência Técnica e Gerencial a realizarem a análise de solo para ter maior precisão de quais fertilizantes a planta precisa e em qual momento.
“Uma outra alternativa é o uso de condicionadores de solo, ou pó de rocha, que tem a função de “resgatar” uma parte dos fertilizantes já aplicados no solo, reduzindo custos”, orienta a engenheira agrônoma. A comprovação da eficácia deve ser feita com análises de solo antes e depois da aplicação. A adubação orgânica também tem sido bastante utilizada.
Além disso, o produtor rural que vem fazendo manejo correto da fertilidade do solo poderá encontrar uma reserva de nutrientes do solo, mesmo o produtor reduzindo a quantidade de fertilizante aplicado, a produtividade não terá grandes impactos, explicou a engenheira agrônoma, Julianne Goveia, especialista em solo e nutrição de plantas.
Agro Notícia
Produtores de Alegrete se mobilizam por solução para dívidas
Nesta sexta-feira, 16 de maio de 2025, produtores rurais de Alegrete, iniciaram uma importante mobilização para chamar a atenção para a crescente crise de endividamento que afeta o setor agrícola local.
O ponto central do protesto foi a concentração de um grande número de produtores com suas máquinas agrícolas ao longo da BR-290. Essa ação visou dar visibilidade à urgência da situação e pressionar por uma resposta efetiva das autoridades.
A principal reivindicação dos produtores é a securitização de suas dívidas. Essa medida permitiria o alongamento dos prazos de pagamento, oferecendo um fôlego financeiro essencial para a continuidade de suas atividades. Eles também clamam por uma ação urgente do governo federal para encontrar soluções concretas para a crise que se instalou no campo.
A mobilização é resultado da difícil situação financeira enfrentada pelos agricultores de Alegrete. Nos últimos tempos, eventos climáticos extremos, como secas e inundações, impactaram severamente as produções, dificultando o cumprimento de seus compromissos financeiros.
O movimento conta com o apoio de diversas organizações ligadas ao setor agropecuário, como a Compre Rural e a SOS Agro RS, que também defendem a necessidade de medidas emergenciais para amparar os produtores rurais do estado.
Os produtores de Alegrete esperam que a sua mobilização sensibilize as autoridades e resulte em ações que possibilitem a renegociação de suas dívidas e garantam a sustentabilidade econômica das famílias que dependem da agricultura na região.
A situação demonstra a fragilidade do setor diante de eventos climáticos adversos e a importância de políticas públicas que ofereçam suporte e segurança aos produtores rurais.
Agro Notícia
China suspende importações de carne de frango do Brasil devido à gripe aviária no RS
A China suspendeu a compra de carne de frango do Brasil por 60 dias após o País registrar o primeiro caso de gripe aviária em uma granja comercial, informou o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, nesta sexta-feira (16). A doença foi detectada em Montenegro, no Vale do Rio Caí.
“Então, a partir de hoje [desta sexta], por 60 dias, a China não estará comprando carne de frango brasileira”, afirmou Fávaro.
O Ministério da Agricultura reforçou que a gripe aviária não é transmitida pelo consumo de carne de aves ou ovos. “O risco de infecções em humanos pelo vírus da gripe aviária é baixo e, em sua maioria, ocorre entre tratadores ou profissionais com contato intenso com aves infectadas vivas ou mortas”, afirmou a pasta.
Com a confirmação da doença, a granja em Montenegro foi isolada, e as aves sacrificadas. A Secretaria da Agricultura do RS está investigando se há outros casos em um raio inicial de 10 km da região da identificação do foco.
Agro Notícia
Fronteira Oeste já colheu 95% da lavoura de arroz
Nesta quinta-feira (24), a colheita do arroz no Rio Grande do Sul atingiu 85,7% da área semeada. A Fronteira Oeste e a Planície Costeira Externa são as regionais mais próximas de concluir a colheita, com 95,3% e 95,1% da área já colhida, respectivamente.
A Planície Costeira Interna contabiliza 86,4% da área colhida seguida pela Zona Sul com 83,9%, Campanha com 76,3% e Região Central com 65,5%.
Segundo Luiz Fernando Siqueira, gerente da Divisão de Assistência Técnica e Extensão Rural, apesar das condições climáticas favoráveis, o período diário de trabalho na lavoura é menor, fazendo com que a colheita avance lentamente.
De acordo com os dados do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), até o momento a produtividade média do grão é de 9.022 kg por hectare. No entanto, a tendência é que a média se ajuste com a colheita das lavouras tardias.
“A produtividade final poderemos dar apenas quando todas as regionais concluírem a safra, mas sabemos que a média poderá cair”, avalia Siqueira.
Os dados sobre a colheita do arroz são coletados e divulgados semanalmente pelo Irga, por meio da plataforma Safra, que oferece informações precisas e detalhadas sobre o andamento da semeadura e da colheita. A plataforma é alimentada pelos 37 escritórios do Irga distribuídos em todas as regiões arrozeiras do Estado.
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