Saúde
Afetados pela guerra podem desenvolver estresse-pós-traumático
Para além de todos os prejuízos possíveis no contexto de uma guerra, como a recuperação da economia, da estabilidade e da estrutura do país, a Ucrânia terá que lidar com uma onda de manifestações psicológicas nos seus cidadãos quando a invasão russa acabar.
Após duas semanas desde o início da ofensiva, ainda não é possível saber onde ou como a guerra vai acabar, mas segundo a psicanalista Andréa Ladislau, as consequências podem resultar no desenvolvimento do estresse-pós-traumático (TSPT), que causa sofrimento intenso e prejuízo em diversos aspectos da vida.
“Normalmente, as pessoas que vivenciam esses traumas, uma guerra, ou um grande desastre, podem desenvolver o estresse-pós-traumático, um tipo de transtorno mental, psicológico, desenvolvido excepcionalmente nesses casos onde há uma ameaça externa. Ele deixa marca eterna no inconsciente do indivíduo, e ele começa a apresentar determinados gatilhos”.
“Uma criança que hoje está na Ucrânia, passando por esses momentos, vendo bombardeios, vai ficar com essas imagens gravadas e recorrentes no inconsciente. Ao longo da vida, ela pode desenvolver gatilhos, e qualquer barulho pode arremeter a mente dela a esse transtorno vivenciado lá atrás”, exemplifica ela, reiterando que o mesmo pode acontecer com pessoas já adultas, que podem apresentar sintomas físicos.
“A pessoa pode desenvolver um quadro de ansiedade generalizada, com muita necessidade de se isolar, dificuldades de sono, diversos sintomas desencadeados cada vez que a mente revive aquela situação que chamamos de ‘evento traumatizante'”, conta.
Cada individuio reage de uma maneira diferente ao evento traumatizante, segundo explica a especialista. Irritabilidade, oscilções de humor, perda de apetite ou compulsão alimentar também aparecem na lista de sintomas, bem como as alterações no ciclo do sono, a ‘urticária emocional’ e a queda de cabelo.
“Esse individuo pode apresentar também sonhos perturbadores, já que o inconsciente pode estar sempre trazendo imagens, os flashbacks. Vem enquanto a pessoa dorme, e começa a causar um sono perturbador. A pessoa não dorme direito, acorda a noite, e aí já não consegue dormir mais. Tem pesadelos constantes, tudo ligado ao evento traumatizante. Podemos destacar também a urticária emocional quando sempre a pessoa começa a se lembrar do processo traumatizante, sente coceira”.
Leia Também
Quem por algum motivo não pode deixar o país durante o conflito, como é o caso dos homens de 18 a 60 anos, convive com gatilhos diferentes. “A pessoa entra em um momento de desesperança, sabe que não vai poder sair dali e começa a se aproximar muito de um processo de finitude, que é ‘amanhã, daqui a pouco, eu posso não estar mais aqui'”, afirma.
“Esse tipo de pensamento se aproxima enquanto você está em meio ao caos. Se a pessoa não conseguir gerenciar as emoções, pode entrar em surto, um excesso de nervosismo. Ela pode simplesmente pode perder o prazer, o ânimo de viver, e até se entregar naquela situação. Acaba acumulando e alimentando sintomas muito mais irreversíveis do que de quem consegue escapar e buscar tratamento, com uma rede de apoio familiar.”
Tratamento
O estresse-pós-traumático demanda um tratamento que pode liderado por psicanalista, psicólogos e psiquiatras, e até contar com o auxílio de medicamentos.
“Existe uma cura, mas o processo é longo, e demanda tratamento psicoterápico com profissional de saúde mental. Ele é quem ajudará a eliminar esses gatilhos. A pessoa não esquece que aconteceu, mas ele deixa de causar tantos impactos psicológicos a ponto dela conseguir viver de forma mais equilibrada”, conta a psicanalista.
“É preciso fazer terapia e, em alguns casos, é necessário a utilização de medicamentos, receitados por um psiquiatra, para esse indivíduo consiga entrar em um equilíbrio e entender que aquele evento passou, que ela conseguiu sobreviver, e que aquilo não pode mais fazer parte da realidade a ponto que ela nao consiga mais viver bem.”
Saúde
Alegrete enfrenta desafio com nova onda de covid-19
Com mais de 520 casos confirmados em 2024, a cidade intensifica testagem e vacinação para conter a pandemia
Em Alegrete a situação da covid-19 tem gerado preocupações, conforme dados atualizados até 14 de novembro de 2024. A cidade, com uma população estimada de 73.589 habitantes, registrou um aumento no número de casos positivos da doença, alcançando mais de 520 casos confirmados neste ano.
Este cenário ocorre apesar de uma expressiva campanha de vacinação, que já aplicou 190.385 das 206.315 doses recebidas, representando uma cobertura de 92,3%. A secretaria de saúde local tem acompanhado de perto a evolução da pandemia, especialmente no mês de outubro, quando foram registrados 45 novos casos.
Segundo informações da Vigilância Epidemiológica de Alegrete, destacou o aumento de casos positivos, com 211 pacientes diagnosticados com a doença entre 1º de outubro e 4 de novembro.
Nesta semana tivemos 5 internados com covid, porém foram internações por outros motivos além da doença viral. A covid nestes casos não é a principal causa da internação, segundo informações daquele setor.
A estratégia da Secretaria de Saúde para conter o avanço da doença inclui a ampliação da testagem e a continuidade da vacinação conforme o cronograma estipulado pelo Ministério da Saúde e orientado pelo Estado do Rio Grande do Sul.
Até o final de outubro, o município contabilizou 28 hospitalizações, sendo uma em UTI, o que reforça a importância da vacinação. A população precisa completar o esquema vacinal, principalmente grupos de risco, como idosos e pessoas com comorbidades. A vacinação é essencial para garantir que não haja um aumento significativo de internações e complicações graves, pontua a Vigilância Epidemiilógica.
Nos últimos dois meses, o aumento dos casos de covid-19 em Alegrete exigiu um cuidado redobrado dos agentes de saúde, incluindo a recomendação do uso de máscaras em ambientes fechados e a higienização das mãos.
A colaboração da comunidade é fundamental para manter os cuidados básicos e buscar a imunização nas unidades de saúde.
Mulher
Câncer de Mama: Proposta estabelece prazo para substituir implantes mamários
Com o objetivo de garantir bem-estar e dignidade às pacientes com câncer de mama, o deputado Gustavo Victorino protocolou, na Assembleia Legislativa, Projeto de Lei 350/23 que estabelece prazo para procedimentos cirúrgicos e garante acompanhamento às mulheres em tratamento.
A proposta determina o limite de 30 dias para substituição do implante mamário sempre que ocorrerem complicações inerentes à cirurgia de reconstrução da mama, bem como garante o acompanhamento psicológico e multidisciplinar especializado às pacientes que sofrerem mutilação total ou parcial de mama decorrente do tratamento de câncer.
Conforme o parlamentar, a proposição, que modifica o Estatuto da Pessoa com Câncer no Rio Grande do Sul (Lei nº 15.446/20), é um direito previsto na Lei Federal (no 14.538/2023), garantindo assim, um cuidado integral e humanizado à saúde da mulher: “Física e emocionalmente, o câncer de mama é devastador para a mulher e é nessa hora que o suporte médico e psicológico deve se fazer presente”, pontua o deputado Gustavo Victorino.
Crédito: Paulo Garcia Agência ALRS
Saúde
CAPS II completa 34 ANOS
Na última quarta-feira (19/07), o Centro de Atenção Psicossocial – CAPS II completou 34 anos de atuação em Alegrete. A história teve inicio em 2003 com a Lei da Reforma Psiquiátrica que mudou os paradigmas de tratamento em saúde mental, instituindo o cuidado em Atenção Psicossocial, através de equipes multidisciplinares. O serviço prima pelo tratamento em liberdade e pela abordagem inclusiva.
A busca do serviço oferecido pela prefeitura, por meio da Secretaria de Saúde, garante os direitos e proteção à pessoas com sofrimento psíquico ou transtornos mentais com estratégias de reinserção social, respeitando o posicionamento da pessoa na escolha do tratamento. Também oferta suporte às famílias, através de atendimentos individuais e visitas domiciliares, buscando o fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários.
A equipe multidisciplinar atualmente é composta por médico psiquiatra, médicos residentes em psiquiatria, psicólogos, assistentes sociais, oficineiros, enfermeiras, atendentes, estagiários, técnicos em enfermagem, zeladores, terapeuta ocupacional, profissionais da higiene e psicopedagoga, que prestam atendimento em grupos ou de forma individual a cerca de 900 pessoas mensalmente.
A prefeitura parabeniza a todos que fazem parte desta história!
-
Cidade4 anos atrás
Cavalarianos desfilam pelas ruas do Alegrete em homenagem ao 20 de Setembro
-
Polícia4 anos atrás
Racismo em Alegrete. Idosa é gravada xingando com injúria racial
-
Manchete3 anos atrás
Jovem médica alegretense morre em acidente na 290
-
Polícia6 meses atrás
Acidente fatal faz vítima fatal mulher jovem de 28 anos
-
Esportes2 anos atrás
Pauleira em baile viraliza nas redes sociais
-
Polícia1 ano atrás
Advogada é surpreendida por depoimento de Emerson Leonardi
-
Cidade5 anos atrás
Folia e diversão no enterro dos ossos da descida dos blocos 2020
-
Polícia4 anos atrás
Atualizado. Carro com placas de Alegrete é esmagado por Scânia em Eldorado