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Opinião: Temos um tanto a comemorar, mas muito mais a conquistar


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Maíra Calidone Recchia
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Maíra Calidone Recchia, advogada e presidente do Observatório Eleitoral da OAB SP

Sou um pouco contra a romantização dessa data, embora o dia seja necessário para relembrarmos e celebrarmos a luta árdua de nossas antecessoras para a conquista de direitos mínimos.

Contudo, precisamos muito avançar!

Conquistamos o direito ao voto, mas ainda não estamos a contento nos espaços de poder político.

Depois de muito tempo conquistamos o direito ao divórcio, mas as mães ainda são irresponsavelmente  acusadas de alienação parental.

Tivemos aprovações de leis importantes como a lei Maria da Penha, a lei  do Feminicídio, da importunação sexual, e do minuto seguinte mas o Brasil ainda é campeão nos índices de violência contra a mulher e violência sexual contra crianças – sim, o lugar mais perigoso para mulheres e meninas continua sendo dentro de casa.

Estamos nos postos de trabalho, conquistamos nossa independência financeira mas ganhamos 30% menos que os homens nas mesmas posições, ainda que precisemos gastar mais pelos padrões estéticos (com os quais não coaduno) para sair de casa.

Somos rotineiramente assediadas, interrompidas, julgadas, silenciadas, sexualizadas e nossas competências são postas a todo o momento à prova.

Ainda nos perguntam nas entrevistas de emprego se temos filhos, se queremos ter, se casamos, se nos separamos com quem nossos filhos ficam e tantas outros questionamentos que os homens jamais escutaram.

Estamos sempre magras demais, gordinhas demais, assertivas demais, agressivas demais, passivas demais. Às vezes somos as loucas e as desequilibradas.

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Na verdade a única certeza que querem que acreditemos é que nunca seremos suficientes.

De todos os avanços que tivemos, dos mais tímidos aos mais robustos, o fato é que ainda não alcançamos nossa emancipação social.

Os congressos se mantêm sem a observância da pluralidade de gênero e raça, mulheres são tolhidas ou não citadas em espaços de entrevistas (mesmo quando a matéria é de um precedente alcançado por elas) e temos pouca presença feminina nos postos de liderança.

Como se apesar das conquistas, a sociedade ainda não nos reconhecesse como apta a ocupar os espaços públicos em uma vã tentativa para nos manter umbilicalmente atrelada nos ambientes privados das residências.

Finalmente como parte de um sistema de opressão fomos ensinadas a competir, a julgar mais ferozmente as decisões umas das outras, a apontar o dedo, a colocar a culpa sempre em uma de nós, em uma estrutura machista e patriarcal onde os homens são sempre poupados.

Meu desejo do 08 de março é de união genuína. Que a sororidade seja uma prática e não uma teoria distante. Que não nos dividamos e não nos machuquemos. Que sejamos degraus umas para as outras em verdadeiros arrimos de luta. Que mantenhamos a ternura e o colo afetuoso quando necessário.

Precisamos urgentemente contrariar esse sistema patriarcal dominante que nos coloca em categorias subjugadas.

Só ganharemos quando estivermos todas onde sonhamos. Enquanto faltar uma de nós, não poderemos descansar!

Viva 8M e que a mudança seja feminina!

Fonte: IG Mulher

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Neste domingo, escritora alegretense será entrevistada na TV Cultura

Escritora Eliana Rigol aborda a história oculta das mulheres no Café Filosófico .Programa da TV Cultura vai ao ar no próximo domingo, dia 3, às 19h

A escritora gaúcha Eliana Rigol será a convidada do próximo Café Filosófico, que vai ao ar no domingo, dia 3, às 19h, na TV Cultura. No programa, ela irá abordar o tema da história oculta das mulheres, como parte da série “Novas mulheres, antigos papeis”, gravada em maio, no Instituto CPFL, em Campinas (SP), com curadoria da historiadora e roteirista Luna Lobão.

Para Eliana, que atualmente vive em Barcelona, na Espanha, foi uma honra ter sido convidada a subir no palco de um programa do qual sempre foi fã, mas onde, normalmente, só via homens sendo entrevistados. “Foi uma alegria genuína estar representando tantas e tantas mulheres no Brasil e no mundo que não tiveram momento para fala e escuta nesse mundo desenhado por homens e para homens”, conta.

Nascida em Alegrete, Eliana já morou em São Paulo, Toronto e Lisboa. Advogada de formação e escritora por vocação, ela atua com mentoria de mulheres (Jornada da Heroína) Ela é autora de quatro livros: Moscas no Labirinto (Pergamus, 2015), indicado ao Prêmio AGES, Afeto Revolution, finalista do Prêmio Jabuti, Herstory e Parir é sexual, os três últimos publicados pela editora Zouk, de Porto Alegre.

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Câncer de Mama: Proposta estabelece prazo para substituir implantes mamários

 

Com o objetivo de garantir bem-estar e dignidade às pacientes com câncer de mama, o deputado Gustavo Victorino protocolou, na Assembleia Legislativa, Projeto de Lei 350/23 que estabelece prazo para procedimentos cirúrgicos e garante acompanhamento às mulheres em tratamento.

A proposta determina o limite de 30 dias para substituição do implante mamário sempre que ocorrerem complicações inerentes à cirurgia de reconstrução da mama, bem como garante o acompanhamento psicológico e multidisciplinar especializado às pacientes que sofrerem mutilação total ou parcial de mama decorrente do tratamento de câncer.

Conforme o parlamentar, a proposição, que modifica o Estatuto da Pessoa com Câncer no Rio Grande do Sul (Lei nº 15.446/20), é um direito previsto na Lei Federal (no 14.538/2023), garantindo assim, um cuidado integral e humanizado à saúde da mulher: “Física e emocionalmente, o câncer de mama é devastador para a mulher e é nessa hora que o suporte médico e psicológico deve se fazer presente”, pontua o deputado Gustavo Victorino.

 

Crédito: Paulo Garcia Agência ALRS

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Bolsonaro sanciona lei de enfrentamento à violência contra às mulheres

Está publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (5), a Lei 14.330/22 que inclui o Plano Nacional de Prevenção e Enfrentamento à Violência contra a Mulher como instrumento de implementação da Política Nacional de Segurança Pública e Defesa Social.

A norma determina a previsão de ações, estratégias e metas específicas sobre esse tipo de violência que devem ser implementadas em conjunto com órgãos e instâncias estaduais, municipais e do Distrito Federal, responsáveis pela rede de prevenção e de atendimento das mulheres em situação de violência.

Depois de passar pela Câmara, o texto foi aprovado pelo Senado em março, como parte da pauta prioritária da campanha 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher.

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