Saúde
Doença de Parkinson: perda auditiva pode ser sintoma precoce
Pesquisadores da Universidade Queen Mary, de Londres, no Reino Unido, descobriram que a perda auditiva e a epilepsia podem ser sinais precoces para a doença de Parkinson, fatores que até então não eram ligados ao diagnóstico.
O estudo, mais amplo já realizado no país sobre o tema, foi publicado na revista científica JAMA Neurology nesta segunda-feira, e também concluiu que sinais mais conhecidos do distúrbio, como tremores nas mãos e problemas de memória, podem aparecer até uma década antes do diagnóstico.
O trabalho analisou os dados médicos de mais de um milhão de pessoas para entender como a doença de Parkinson pode se manifestar antes mesmo do aparecimento de sinais mais severos, que normalmente levam o paciente a buscar um diagnóstico. Segundo os pesquisadores, o objetivo era que o estudo fosse o mais diverso possível para que não houvesse a sub-representação de determinados grupos.
Os registros eletrônicos de saúde de mais de um milhão de participantes foram, então, analisados, sendo 1.055 de pacientes com a doença de Parkinson e 1.009.523 de pessoas sem o distúrbio que foram incluídas a fim de comparação.
Os dados analisados foram de moradores da região Leste de Londres, uma área considerada mais diversa pelos responsáveis pelo estudo, que utilizaram o atendimento primário de saúde da cidade entre 1990 e 2018. Os pesquisadores levaram um ano para analisar todas as informações e identificaram uma série de sintomas que surgiram até uma década antes dos diagnósticos. Os mais proeminentes foram os já conhecidos tremores nas mãos, até 10 anos antes, e problemas relacionados à memória, até cinco anos antes.
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No entanto, o mais revelador no trabalho foi a alta incidência de casos de perda auditiva e epilepsia em pacientes que futuramente foram diagnosticados com a doença, sintomas que até então não eram ligados ao diagnóstico de Parkinson.
“Nossos resultados revelaram novos fatores de risco e sintomas precoces, a epilepsia e a perda auditiva. É importante que os profissionais do atendimento primário de saúde estejam cientes dessas ligações e entendam o quão cedo os sintomas de Parkinson podem aparecer, para que os pacientes possam obter um diagnóstico o quanto antes e os médicos possam agir cedo para ajudar a controlar a condição”, disse a autora principal do estudo, Cristina Simonet, neurologista e doutoranda da Universidade Queen Mary, em comunicado.
O estudo também identificou que os pacientes com doença de Parkinson eram, em sua maioria, mais velhos que os do grupo de controle, com em média 73 anos contra 40 dos demais participantes.
Além disso, aqueles com o diagnóstico eram majoritariamente homens, sendo 60% do total analisado, enquanto nos demais esse percentual era de, em média, 51%. No mundo, a doença afeta cerca de 10 milhões de pessoas, sendo 200 mil, em média, no Brasil. Depois da doença de Alzheimer, é o segundo distúrbio neurológico mais comum.
Saúde
Alegrete enfrenta desafio com nova onda de covid-19
Com mais de 520 casos confirmados em 2024, a cidade intensifica testagem e vacinação para conter a pandemia
Em Alegrete a situação da covid-19 tem gerado preocupações, conforme dados atualizados até 14 de novembro de 2024. A cidade, com uma população estimada de 73.589 habitantes, registrou um aumento no número de casos positivos da doença, alcançando mais de 520 casos confirmados neste ano.
Este cenário ocorre apesar de uma expressiva campanha de vacinação, que já aplicou 190.385 das 206.315 doses recebidas, representando uma cobertura de 92,3%. A secretaria de saúde local tem acompanhado de perto a evolução da pandemia, especialmente no mês de outubro, quando foram registrados 45 novos casos.
Segundo informações da Vigilância Epidemiológica de Alegrete, destacou o aumento de casos positivos, com 211 pacientes diagnosticados com a doença entre 1º de outubro e 4 de novembro.
Nesta semana tivemos 5 internados com covid, porém foram internações por outros motivos além da doença viral. A covid nestes casos não é a principal causa da internação, segundo informações daquele setor.
A estratégia da Secretaria de Saúde para conter o avanço da doença inclui a ampliação da testagem e a continuidade da vacinação conforme o cronograma estipulado pelo Ministério da Saúde e orientado pelo Estado do Rio Grande do Sul.
Até o final de outubro, o município contabilizou 28 hospitalizações, sendo uma em UTI, o que reforça a importância da vacinação. A população precisa completar o esquema vacinal, principalmente grupos de risco, como idosos e pessoas com comorbidades. A vacinação é essencial para garantir que não haja um aumento significativo de internações e complicações graves, pontua a Vigilância Epidemiilógica.
Nos últimos dois meses, o aumento dos casos de covid-19 em Alegrete exigiu um cuidado redobrado dos agentes de saúde, incluindo a recomendação do uso de máscaras em ambientes fechados e a higienização das mãos.
A colaboração da comunidade é fundamental para manter os cuidados básicos e buscar a imunização nas unidades de saúde.
Mulher
Câncer de Mama: Proposta estabelece prazo para substituir implantes mamários
Com o objetivo de garantir bem-estar e dignidade às pacientes com câncer de mama, o deputado Gustavo Victorino protocolou, na Assembleia Legislativa, Projeto de Lei 350/23 que estabelece prazo para procedimentos cirúrgicos e garante acompanhamento às mulheres em tratamento.
A proposta determina o limite de 30 dias para substituição do implante mamário sempre que ocorrerem complicações inerentes à cirurgia de reconstrução da mama, bem como garante o acompanhamento psicológico e multidisciplinar especializado às pacientes que sofrerem mutilação total ou parcial de mama decorrente do tratamento de câncer.
Conforme o parlamentar, a proposição, que modifica o Estatuto da Pessoa com Câncer no Rio Grande do Sul (Lei nº 15.446/20), é um direito previsto na Lei Federal (no 14.538/2023), garantindo assim, um cuidado integral e humanizado à saúde da mulher: “Física e emocionalmente, o câncer de mama é devastador para a mulher e é nessa hora que o suporte médico e psicológico deve se fazer presente”, pontua o deputado Gustavo Victorino.
Crédito: Paulo Garcia Agência ALRS
Saúde
CAPS II completa 34 ANOS
Na última quarta-feira (19/07), o Centro de Atenção Psicossocial – CAPS II completou 34 anos de atuação em Alegrete. A história teve inicio em 2003 com a Lei da Reforma Psiquiátrica que mudou os paradigmas de tratamento em saúde mental, instituindo o cuidado em Atenção Psicossocial, através de equipes multidisciplinares. O serviço prima pelo tratamento em liberdade e pela abordagem inclusiva.
A busca do serviço oferecido pela prefeitura, por meio da Secretaria de Saúde, garante os direitos e proteção à pessoas com sofrimento psíquico ou transtornos mentais com estratégias de reinserção social, respeitando o posicionamento da pessoa na escolha do tratamento. Também oferta suporte às famílias, através de atendimentos individuais e visitas domiciliares, buscando o fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários.
A equipe multidisciplinar atualmente é composta por médico psiquiatra, médicos residentes em psiquiatria, psicólogos, assistentes sociais, oficineiros, enfermeiras, atendentes, estagiários, técnicos em enfermagem, zeladores, terapeuta ocupacional, profissionais da higiene e psicopedagoga, que prestam atendimento em grupos ou de forma individual a cerca de 900 pessoas mensalmente.
A prefeitura parabeniza a todos que fazem parte desta história!
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