Saúde
Anvisa alerta sobre possível falta de remédios contra a gripe
Em meio ao aumento do número de casos de influenza no Brasil desde dezembro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) detectou risco de desabastecimento de medicamentos à base de fosfato de oseltamivir, indicados para o tratamento da gripe em adultos e crianças.
O alerta foi transmitido ao Ministério da Saúde e à Secretaria do Consumidor na terça-feira da semana passada. A droga é conhecida como tamiflu, um dos nomes comerciais.
A demanda pelo medicamento explodiu desde o fim do ano passado, com uma epidemia de gripe causada pelo vírus influenza H3N2. Outubro fechou com uma média de casos por síndrome respiratória aguda grave de 2,7 por dia.
Em novembro, passou para 14,6. E dezembro registrou 264,58 casos diários, na média, segundo dados da Rede Análise/Serripilheira, formado por um grupo de pesquisadores voluntários que fazem divulgação científica com base em informações oficiais.
O Ministério da Saúde distribuiu 8,8 milhões de unidades de oseltamivir somente em dezembro, ante 9,5 milhões repassados de janeiro a novembro aos estados e municípios.
Ao menos 3 milhões de unidades do medicamento já foram distribuídos este ano pela pasta. Os dados foram informados pelo próprio Ministério da Saúde na última reunião tripartite da Saúde, ocorrida na quinta-feira da semana passada.
A pasta destacou ainda, na ocasião, que pediu uma antecipação das entregas programadas para o exercício de 2022 e 2023 à Fiocruz. O laboratório estatal é uma das quatro empresas com registro dos medicamentos à base de fosfato de oseltamivir no Brasil. É dele que o governo federal adquire o produto.
Em nota ao GLOBO, o Ministério da Saúde afirmou que vem “mantendo o abastecimento do medicamento regular em todo o país”, mas destacou que, “em função do aumento de casos de influenza, a Pasta solicitou à Fiocruz antecipação na entrega, com o objetivo de manter o abastecimento da rede do Sistema Único de Saúde (SUS)”.
Roche notifica desabastecimento
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Uma das fornecedoras do remédio ao mercado brasileiro, a Roche já fez uma notificação de desabastecimento temporário junto à Anvisa no início de fevereiro para sinalizar o risco da falta do tamiflu em todas as suas apresentações (cápsula de 30 mg, 45 mg e 75 mg). O motivo, segundo o laboratório, é o “intenso e inesperado aumento de demanda”.
Em nota, a empresa afirmou que “tem se dedicado com máxima urgência, junto aos seus parceiros, para garantir que o medicamento esteja disponível aos pacientes na quantidade necessária, de forma equânime em todo o país”. “A empresa reforça ainda que esta se trata de uma situação pontual e que não há descontinuação de importação ou redução na quantidade importada do produto”, diz no comunicado.
A Roche não é fornecedora do Ministério da Saúde. Mas a notificação feita de desabastecimento temporário de tamiflu aumento o sinal de alerta no governo. Desde o dia 22 de dezembro, a Anvisa monitora os fornecedores para que não falte estoques do remédio no país e repassa os dados ao Ministério da Saúde.
“Em 25/02/2022, a Anvisa comunicou o Ministério da Saúde e a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) sobre o possível risco de desabastecimento de medicamentos à base de fosfato de oseltamivir, devido ao aumento da demanda”, diz nota da Anvisa enviada ao GLOBO.
O Conselho Nacional de Secretários de Saúde dos estados (Conass) informou que houve impactos nos envios dos medicamentos no início do ano, mas que foi informado pelo Ministério da Saúde que a demanda atípica tem sido contornada com aquisições que somam 22,1 milhões de unidades de fosfato de oseltamivir para 2022.
Além de estar disponível no SUS, o remédio também é vendido em farmácias, sem necessidade de receita médica. A facilidade na compra do medicamento traz preocupações sobre um possível uso não racional. Não é recomendado também se fazer estoque do produto em casa.
A sazonalidade para influenza, em geral, ocorre no mês do inverno no Brasil. Este ano, parece ter se antecipado. A localização geográfica, com 21 estados e o Distrito Federal situados em zona de clima tropical, é um dos fatores considerados para o comportamento da doença nas análises do Ministério da Saúde.
Saúde
Governador entrega veículo para Coordenadoria da Saúde
Na sexta-feira, 14 de fevereiro, o governador Eduardo Leite entregou 50 veículos novos à Secretaria da Saúde (SES) em Porto Alegre
Os veículos, sendo 25 sedans e 25 caminhonetes 4×4, custaram cerca de R$ 8,1 milhões, com recursos do Estado e do governo federal. Destinados às 18 coordenadorias regionais da SES e ao nível central, os carros visam melhorar a prestação de serviços de saúde.
A cerimônia contou com autoridades, como o próprio Governador Eduardo Leite, o deputado Frederico Antunes e a Secretária da Saúde, Arita Bergmann.
Entre os beneficiados estava a 10ª Coordenadoria de Saúde, representada por Haracelli Fontoura.
Saúde
Aumento da depressão em idosos preocupa no Brasil
Dados do IBGE revelam que 13,2% dos idosos entre 60 e 64 anos sofrem de depressão, superando a média nacional. Solidão e perdas agravam depressão entre idosos
A incidência de depressão entre idosos no Brasil tem apresentado um aumento preocupante, com 13,2% das pessoas entre 60 e 64 anos diagnosticadas com a condição, superando a média nacional de 10,2% para indivíduos acima dos 18 anos, conforme dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Este aumento é ainda mais acentuado entre aqueles com 75 anos ou mais, registrando um crescimento de 48% entre 2013 e 2019. A história de Ciro Martins, 71 anos, reflete essa realidade. Após perder sua esposa em 2023, Ciro enfrentou uma profunda solidão que o levou à depressão.
A intervenção de um ex-colega de trabalho o encorajou a buscar ajuda profissional, resultando em um diagnóstico de depressão e um tratamento eficaz que revitalizou seu interesse pelas atividades diárias e pela socialização.
Especialistas apontam que a depressão em idosos é causada por uma combinação de fatores biológicos, como alterações nos níveis de neurotransmissores e o uso de medicamentos que podem agravar os sintomas, e sociais, principalmente o isolamento social e a solidão.
Alfredo Cataldo Neto, professor da Escola de Medicina da Pucrs, destaca a importância de uma abordagem diferenciada no tratamento da depressão em idosos, observando que os sintomas muitas vezes se manifestam de maneira distinta, com queixas físicas frequentemente substituindo expressões diretas de sofrimento emocional.
A solidão, agravada pela perda de cônjuges e mudanças familiares, é um dos principais desafios enfrentados pelos idosos. A taxa de suicídio entre essa faixa etária tem crescido no Brasil, evidenciando a gravidade da situação.
No Rio Grande do Sul, a expectativa de que 40% da população terá mais de 60 anos até 2070 ressalta a urgência de implementar políticas públicas voltadas para a saúde mental dos idosos.
Com informações do JC
Saúde
O perigo que vem da China. Infectologistas recomendam precaução contra Metapneumovírus
Sem vacina para HMPV, medidas como uso de máscaras e higiene são essenciais, dizem especialistas
Um surto de Metapneumovírus Humano (HMPV) foi identificado na China, levantando preocupações devido ao aumento de casos em algumas regiões do país.
Este vírus, responsável por sintomas como febre, tosse e congestão nasal, foi reportado nesta 3ª feira (08 de jan. de 2025). Apesar das preocupações, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e especialistas em infectologia descartam a possibilidade de uma nova pandemia no momento.
A OMS comunicou que mantém contato constante com as autoridades chinesas, que têm tranquilizado tanto a população quanto a comunidade internacional.
As informações indicam que a intensidade e a escala da doença são inferiores às de anos anteriores. O governo de Pequim adotou um novo protocolo de monitoramento para gerenciar a situação.
Segundo a infectologista Emy Gouveia, do Hospital Israelita Albert Einstein, a circulação do HMPV é comum, especialmente durante o inverno no hemisfério norte. Ela destacou a ausência de vacinas contra o HMPV e recomendou medidas preventivas como distanciamento social, uso de máscaras e higiene das mãos.
“Não existe um antiviral específico, e o tratamento para o paciente em casa consiste em medicamentos sintomáticos, repouso e hidratação,” afirmou Gouveia.
O HMPV foi identificado pela primeira vez em 2001 na Holanda, embora já circulasse antes dessa data. No Brasil, o vírus foi detectado em crianças menores de três anos em Sergipe, em 2004.
Gouveia observou que as mutações do HMPV são mais estáveis e raras em comparação com a Covid-19, o que facilita a gestão da doença.
A transmissão do HMPV ocorre por vias aéreas e contato com secreções contaminadas. O período de incubação varia de cinco a nove dias. Estudos indicam que a maioria das crianças até cinco anos já teve contato com o vírus.
Gouveia também alertou sobre o risco do HMPV em agravar doenças pulmonares pré-existentes, especialmente em crianças, devido à inflamação prolongada e hiperprodução de secreção.
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