Saúde
Saiba mais sobre o novo tratamento de câncer aprovado pela Anvisa
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta quarta-feira a primeira terapia gênica para o tratamento do câncer. Esta será a primeira terapia do gênero, conhecida como CAR-T, disponível para amplo uso no Brasil. O método é personalizado e associa a imunoterapia à engenharia.
A terapia celular, chamada comercialmente de Kymriah (tisagenlecleucel), foi desenvolvida pela farmacêutica suíça Novartis. Sua indicação é para crianças e adultos de até 25 anos com leucemia linfoblástica aguda que não melhoraram com nenhum outro tratamento. O tratamento está igualmente indicado para pacientes adultos com Linfoma Difuso de Grandes Células B que não melhoraram após duas ou mais linhas de terapia sistêmica.
Um tratamento que usa essa mesma tecnologia está em desenvolvimento pelo Centro de Terapia Celular (CTC-FAPESP-USP) do Hemocentro de Ribeirão Preto, ligado ao Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto. Em 2019, o mineiro Vamberto Luiz de Castro, de 62 anos, foi o primeiro paciente a receber o tratamento no país. No entanto, o procedimento foi realizado em caráter de pesquisa para compassivo, quando o paciente não têm outras opções terapêuticas e é ele que procura a equipe e se oferece para participar do estudo clínico.
Como funciona
Ao contrário dos medicamentos disponíveis atualmente, cada dose do tisagenlecleucel é customizada para cada paciente. A logística para isso é extremamente complexa. Inicialmente, uma máquina remove um pouco de sangue do paciente e retira as células de defesa do sangue do paciente, chamadas leucócitos. Em seguida, essas células são alteradas em laboratório. Um vírus de HIV modificado reprograma geneticamente essas células para que ataquem o câncer.
Esse processo será feito nos Estados Unidos, mesmo para os pacientes brasileiros. De acordo com a Anvisa, é a primeira vez que a agência registra um produto de terapia avançada que envolve o uso de material oriundo do paciente, que é exportado para fabricação nos Estados Unidos e retorna para inoculação.
Uma vez alteradas, essas células extremamente potentes são reintroduzidas no corpo do paciente por meio de uma transfusão sanguínea. Por isso, todo o procedimento deve ser realizado em ambiente hospitalar.
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Logo pós a infusão, as células modificadas se multiplicam e começam seu trabalho. Em geral, no dia seguinte aparece a febre, o primeiro sinal da ação das células CAR-T. Alguns dias depois tem início o momento mais crítico do tratamento. A ação massiva dessa células desencadeia uma inflamação generalizada, conhecida como tempestade de citocinas. Os sintomas desse processo incluem queda súbita de pressão, dificuldade para respirar e inchaço dos órgãos. Em alguns casos, essas reações podem ser fatais.
Apesar dos riscos, os resultados são excelentes. Nos Estados Unidos, o índice de remissão da doença é superior a 80% após 18 meses da realização da terapia celular. Antes das células CAR-T, essa taxa era de apenas 5%.
Outro diferencial do novo tratamento e que ao contrário dos medicamentos comuns, como a quimioterapia ou terapias-alvo, as células CAR-T permanecem por muitos anos no corpo do paciente. A vida útil de uma célula varia entre 30 e 50 anos e enquanto ela estiver viva, o paciente estará ao menos protegido contra esse tipo de tumor.
O Kymriah já está aprovado nos Estados Unidos desde 2017 e também já foi autorizado na na União Europeia e no Japão.
O valor do tratamento no Brasil ainda não foi divulgado. Nos Estados Unidos, o tisagenlecleucel custa 450.000 dólares, 2,25 milhões de reais. O custo total tratamento, incluindo despesas médicas, como internação hospitalar, chega à casa do milhão de dólares (cerca de 5 milhões de reais).
A abordagem está sendo estudada também para outros tipos de câncer, entre eles o de pâncreas, intestino, ovário e pulmão.
Saúde
Alegrete enfrenta desafio com nova onda de covid-19
Com mais de 520 casos confirmados em 2024, a cidade intensifica testagem e vacinação para conter a pandemia
Em Alegrete a situação da covid-19 tem gerado preocupações, conforme dados atualizados até 14 de novembro de 2024. A cidade, com uma população estimada de 73.589 habitantes, registrou um aumento no número de casos positivos da doença, alcançando mais de 520 casos confirmados neste ano.
Este cenário ocorre apesar de uma expressiva campanha de vacinação, que já aplicou 190.385 das 206.315 doses recebidas, representando uma cobertura de 92,3%. A secretaria de saúde local tem acompanhado de perto a evolução da pandemia, especialmente no mês de outubro, quando foram registrados 45 novos casos.
Segundo informações da Vigilância Epidemiológica de Alegrete, destacou o aumento de casos positivos, com 211 pacientes diagnosticados com a doença entre 1º de outubro e 4 de novembro.
Nesta semana tivemos 5 internados com covid, porém foram internações por outros motivos além da doença viral. A covid nestes casos não é a principal causa da internação, segundo informações daquele setor.
A estratégia da Secretaria de Saúde para conter o avanço da doença inclui a ampliação da testagem e a continuidade da vacinação conforme o cronograma estipulado pelo Ministério da Saúde e orientado pelo Estado do Rio Grande do Sul.
Até o final de outubro, o município contabilizou 28 hospitalizações, sendo uma em UTI, o que reforça a importância da vacinação. A população precisa completar o esquema vacinal, principalmente grupos de risco, como idosos e pessoas com comorbidades. A vacinação é essencial para garantir que não haja um aumento significativo de internações e complicações graves, pontua a Vigilância Epidemiilógica.
Nos últimos dois meses, o aumento dos casos de covid-19 em Alegrete exigiu um cuidado redobrado dos agentes de saúde, incluindo a recomendação do uso de máscaras em ambientes fechados e a higienização das mãos.
A colaboração da comunidade é fundamental para manter os cuidados básicos e buscar a imunização nas unidades de saúde.
Mulher
Câncer de Mama: Proposta estabelece prazo para substituir implantes mamários
Com o objetivo de garantir bem-estar e dignidade às pacientes com câncer de mama, o deputado Gustavo Victorino protocolou, na Assembleia Legislativa, Projeto de Lei 350/23 que estabelece prazo para procedimentos cirúrgicos e garante acompanhamento às mulheres em tratamento.
A proposta determina o limite de 30 dias para substituição do implante mamário sempre que ocorrerem complicações inerentes à cirurgia de reconstrução da mama, bem como garante o acompanhamento psicológico e multidisciplinar especializado às pacientes que sofrerem mutilação total ou parcial de mama decorrente do tratamento de câncer.
Conforme o parlamentar, a proposição, que modifica o Estatuto da Pessoa com Câncer no Rio Grande do Sul (Lei nº 15.446/20), é um direito previsto na Lei Federal (no 14.538/2023), garantindo assim, um cuidado integral e humanizado à saúde da mulher: “Física e emocionalmente, o câncer de mama é devastador para a mulher e é nessa hora que o suporte médico e psicológico deve se fazer presente”, pontua o deputado Gustavo Victorino.
Crédito: Paulo Garcia Agência ALRS
Saúde
CAPS II completa 34 ANOS
Na última quarta-feira (19/07), o Centro de Atenção Psicossocial – CAPS II completou 34 anos de atuação em Alegrete. A história teve inicio em 2003 com a Lei da Reforma Psiquiátrica que mudou os paradigmas de tratamento em saúde mental, instituindo o cuidado em Atenção Psicossocial, através de equipes multidisciplinares. O serviço prima pelo tratamento em liberdade e pela abordagem inclusiva.
A busca do serviço oferecido pela prefeitura, por meio da Secretaria de Saúde, garante os direitos e proteção à pessoas com sofrimento psíquico ou transtornos mentais com estratégias de reinserção social, respeitando o posicionamento da pessoa na escolha do tratamento. Também oferta suporte às famílias, através de atendimentos individuais e visitas domiciliares, buscando o fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários.
A equipe multidisciplinar atualmente é composta por médico psiquiatra, médicos residentes em psiquiatria, psicólogos, assistentes sociais, oficineiros, enfermeiras, atendentes, estagiários, técnicos em enfermagem, zeladores, terapeuta ocupacional, profissionais da higiene e psicopedagoga, que prestam atendimento em grupos ou de forma individual a cerca de 900 pessoas mensalmente.
A prefeitura parabeniza a todos que fazem parte desta história!
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