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Mudança de profissão: a dúvida entre o sonho e a vida real
Escolher uma profissão pode não ser uma tarefa fácil. Especialmente na adolescência, saindo do Ensino Médio, existe uma pressão para ingressar rapidamente na universidade, mas nem sempre as decisões tomadas naquele período são as que serão seguidas pelo resto da vida. Há quem tenha medo de se arriscar e sair de um emprego bem-sucedido para seguir um sonho, mas tem quem se atira sem medo de ser feliz.
Nas Olimpíadas de 2020 , acompanhamos a história da jogadora de vôlei Rosamaria , que abandonou a carreira de modelo para seguir o sonho do esporte. Eliana Guerretta, 46, é formada em química, com especialização em vigilância sanitária, e atuou como gestora de grandes empresas de bens de consumo. Há três anos, ela decidiu apostar também em um sonho antigo: a confeitaria. Antes de, de fato, tornar seu desejo realidade, ela já tinha pensado na possibilidade durante o período na universidade.
“Uma universidade em São Paulo estava inaugurando o curso de gastronomia. Tive muita vontade de desistir da química e iniciar o curso, porém, faltava apenas um ano para me formar e eu já atuava na indústria na área há três anos. Decidi postergar esse sonho, pois já estava me consolidando na empresa que atuava”, conta.
Depois de anos trabalhando exclusivamente no ramo dos cosméticos, Guerretta resolveu enfim seguir o coração e apostar na confeitaria. Ela conta que estava passando por um momento difícil, decidiu sair da empresa que trabalhava por motivos pessoais e abrir a própria consultoria. “Sou apaixonada por doces. Desde a minha infância aprendi a fazer pudim com a minha avó, confeiteira”, diz. Ver a presença dos pudins nas confraternizações de família só aumentou o desejo da confeiteira de investir nos doces.
Angela Barreto era estilista e gerente de produto antes de seguir sua paixão e também apostar na gastronomia. Ela conta que mudou de profissão para realmente trabalhar com o que a deixava feliz, e que após um problema de saúde, a cura a motivou a correr atrás deste sonho. “Sempre fiz cursos e me atualizei na área. Não tomava a coragem de mudar de área devido a minha instabilidade financeira. Não queria trocar o certo pelo duvidoso”, conta.
Quando a “chave” finalmente virou e a fez perseguir o amor pela gastronomia, ela conta que escutou muitos conselhos de pessoas dizendo que não deveria largar a antiga profissão . “Claro, não foi fácil, porque eu já estava em uma idade em que começar tudo novamente até se estabilizar seria um longo processo. Até hoje eu ainda ouço: ‘como teve coragem?'”.
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Diferente de Barreto, Guerretta contou com o apoio de familiares e amigos para conciliar suas duas profissões. Ela conta que no início da carreira na confeitaria, encontrou muitas dúvidas e desafios, já que nunca teve experiência em vender doces. Nas primeiras vendas, ficava insegura, mas com o apoio do marido e colegas, seguiu em frente.
O medo de quem quer mudar de profissão, mas não tem coragem é justamente se arrepender de sair de um emprego confortável e investir em algo novo. Ambas as chefs contam que a mudança é um processo difícil mesmo, e que demanda certo tempo. Guerreta pretende se aprofundar ainda mais na nova profissão, para no futuro, se manter em apenas uma área. Barreto ressalta que não se arrepende de ter feito a mudança. “Não cheguei ainda onde realmente almejo, mas já estou bem próxima. A alegria de fazer o que se ama é uma força a mais para a conquista no caminho”, completa.
Perseguindo a mudança
Ficar em um emprego que te faz infeliz, além de render mau desempenho, também pode afetar a saúde mental. A psicóloga Sirlene Ferreira explica que fazer o que se gosta faz a diferença na vida de qualquer pessoa, independente do gênero, e que abrir mão de uma carreira promissora para investir em outra profissão pode gerar mais felicidade na vida de quem a faz.
“Dedicar-se a uma atividade que você gosta e que te dá prazer é saudável, e as chances de se desenvolver cada vez mais nessa atividade é muito grande. Somos seres movidos por emoções, a emoção do prazer é a que mais buscamos nas nossas vidas, encontrá-la no trabalho é o sucesso pessoal monetizado. O sonho de todos”, afirma.
Se ainda segue preso no medo de se frustrar e não conseguir um bom retorno na profissão dos sonhos, a psicóloga alerta que pior do que tentar e não dar certo, é não tentar e viver na dúvida. “Toda tentativa é acompanhada de 50% de chance de vitória e de 50% de chance de derrota, na vida adulta essa regra é válida para tudo. Portanto, tentar ainda é o melhor. Não deu certo, é partir pra próxima com o aprendizado da tentativa”, completa.
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Neste domingo, escritora alegretense será entrevistada na TV Cultura
Escritora Eliana Rigol aborda a história oculta das mulheres no Café Filosófico .Programa da TV Cultura vai ao ar no próximo domingo, dia 3, às 19h
A escritora gaúcha Eliana Rigol será a convidada do próximo Café Filosófico, que vai ao ar no domingo, dia 3, às 19h, na TV Cultura. No programa, ela irá abordar o tema da história oculta das mulheres, como parte da série “Novas mulheres, antigos papeis”, gravada em maio, no Instituto CPFL, em Campinas (SP), com curadoria da historiadora e roteirista Luna Lobão.
Para Eliana, que atualmente vive em Barcelona, na Espanha, foi uma honra ter sido convidada a subir no palco de um programa do qual sempre foi fã, mas onde, normalmente, só via homens sendo entrevistados. “Foi uma alegria genuína estar representando tantas e tantas mulheres no Brasil e no mundo que não tiveram momento para fala e escuta nesse mundo desenhado por homens e para homens”, conta.
Nascida em Alegrete, Eliana já morou em São Paulo, Toronto e Lisboa. Advogada de formação e escritora por vocação, ela atua com mentoria de mulheres (Jornada da Heroína) Ela é autora de quatro livros: Moscas no Labirinto (Pergamus, 2015), indicado ao Prêmio AGES, Afeto Revolution, finalista do Prêmio Jabuti, Herstory e Parir é sexual, os três últimos publicados pela editora Zouk, de Porto Alegre.
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Câncer de Mama: Proposta estabelece prazo para substituir implantes mamários
Com o objetivo de garantir bem-estar e dignidade às pacientes com câncer de mama, o deputado Gustavo Victorino protocolou, na Assembleia Legislativa, Projeto de Lei 350/23 que estabelece prazo para procedimentos cirúrgicos e garante acompanhamento às mulheres em tratamento.
A proposta determina o limite de 30 dias para substituição do implante mamário sempre que ocorrerem complicações inerentes à cirurgia de reconstrução da mama, bem como garante o acompanhamento psicológico e multidisciplinar especializado às pacientes que sofrerem mutilação total ou parcial de mama decorrente do tratamento de câncer.
Conforme o parlamentar, a proposição, que modifica o Estatuto da Pessoa com Câncer no Rio Grande do Sul (Lei nº 15.446/20), é um direito previsto na Lei Federal (no 14.538/2023), garantindo assim, um cuidado integral e humanizado à saúde da mulher: “Física e emocionalmente, o câncer de mama é devastador para a mulher e é nessa hora que o suporte médico e psicológico deve se fazer presente”, pontua o deputado Gustavo Victorino.
Crédito: Paulo Garcia Agência ALRS
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Bolsonaro sanciona lei de enfrentamento à violência contra às mulheres
Está publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (5), a Lei 14.330/22 que inclui o Plano Nacional de Prevenção e Enfrentamento à Violência contra a Mulher como instrumento de implementação da Política Nacional de Segurança Pública e Defesa Social.
A norma determina a previsão de ações, estratégias e metas específicas sobre esse tipo de violência que devem ser implementadas em conjunto com órgãos e instâncias estaduais, municipais e do Distrito Federal, responsáveis pela rede de prevenção e de atendimento das mulheres em situação de violência.
Depois de passar pela Câmara, o texto foi aprovado pelo Senado em março, como parte da pauta prioritária da campanha 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher.
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