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Prazo de validade curto da AstraZeneca complica envio para a África


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Prazo de validade curto da AstraZeneca complica envio para a África
Tânia Rêgo/Agência Brasil

Prazo de validade curto da AstraZeneca complica envio para a África

O prazo de validade relativamente curto da vacina AstraZeneca contra a Covid-19 está complicando o envio de doses para as nações mais pobres do mundo, de acordo com autoridades e documentos internos da Organização Mundial da Saúde (OMS).

À medida que a produção de vacinas aumentou globalmente e os países mais ricos começaram a doar doses extras, algumas nações — principalmente da África — agora lutam para administrar os grandes carregamentos, fornecidos principalmente pelo consórcio Covax Facility.

De acordo com um documento da OMS, revisado pela Reuters, a maioria dos 19 países africanos listados tinha doses expiradas do imunizante na primeira semana de fevereiro. Do total de doses vencidas declaradas por esses países no período analisado, cerca de 1,3 milhão eram da AstraZeneca, 280 mil da Johnson & Johnson, 15 mil da Moderna e 13 mil da Sputnik.

Segundo a Reuters, em média, os países africanos usaram apenas dois terços das doses recebidas. Porém, o número cai para 11% no Burundi e 15% no Congo, com outros grandes países, incluindo Madagascar, Zâmbia, Somália e Uganda, tendo usado cerca de apenas um terço dos lotes fornecidos.

Muitas vacinas estão chegando no continente com apenas alguns meses — às vezes semanas — antes de a validade expirar. Devido principalmente à falta de estrutura para armazenar e distribuir os lotes, alguns países tiveram que destruir doses vencidas, incluindo a Nigéria, que jogou fora cerca de um milhão de vacinas da AstraZeneca em novembro.

A necessidade de recusar vacinas com vida útil curta — juntamente com a desigualdade inicial na distribuição de doses em relação aos países mais ricos, a hesitação e outras barreiras — contribuiu para uma taxa de vacinação muito menor na África, onde apenas cerca de 10% das pessoas foram imunizadas, em comparação com mais de 70% em nações mais ricas.

Estima-se que muitas outras doses ainda sejam rejeitadas, pois as nações africanas e o Covax disseram em janeiro que não aceitariam doses com prazo de validade inferior a dois meses e meio.

“Desde janeiro de 2022, o Covax está enviando vacinas sob demanda, garantindo que os países recebam o volume certo no momento certo”, disse a especialista em vacinas da OMS África, Phiona Atuhebwe.

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Questionada sobre o documento interno, ela afirma: “A OMS está totalmente ciente da pressão que as doses de curta duração exercem sobre as estratégias e sistemas de entrega em meio à infraestrutura fraca e à baixa demanda”.

Alarme tocando

Os volumes de vacinas entregues superam amplamente as doses desperdiçadas, mas as perdas foram substanciais graças, em parte, às pressões do tempo. Isso fez com que doses da AstraZeneca fossem recusadas antes mesmo de serem enviadas.

Os ‘caçadores de variantes’: Por dentro do esforço da África do Sul para estancar mutações perigosas

A vida útil curta do imunizante geralmente não é um problema para um país rico com experiência e infraestrutura. Mas, em nações mais pobres, pode ser uma barreira intransponível.

Milhões de doses adicionais de AstraZeneca compartilhadas pela União Europeia, o maior doador do Covax, ainda não foram distribuídas, de acordo com um documento interno. O documento da OMS alertou também que milhões de vacinas Moderna e Pfizer ainda podem ser desperdiçadas nos países africanos.

Prazos de validade prorrogados

A AstraZeneca analisa a possibilidade de solicitar à OMS uma extensão da data de validade das doses, mas as negociações ainda não levaram a um pedido formal.

Um de seus parceiros de produção, o Serum Institute of India, recebeu aprovação da OMS para um prazo de validade de nove meses, mas outros lotes produzidos pela AstraZeneca no resto do mundo têm prazo de apenas seis meses.

“Estamos atualmente em discussões com a OMS, mas essa é uma tarefa complexa que exige que os dados sejam coletados em toda a nossa rede global de fabricação”, disse um porta-voz da AstraZeneca.

Fonte: IG SAÚDE

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Saúde

Alegrete enfrenta desafio com nova onda de covid-19

 Com mais de 520 casos confirmados em 2024, a cidade intensifica testagem e vacinação para conter a pandemia

Em Alegrete a situação da covid-19 tem gerado preocupações, conforme dados atualizados até 14 de novembro de 2024. A cidade, com uma população estimada de 73.589 habitantes, registrou um aumento no número de casos positivos da doença, alcançando mais de 520 casos confirmados neste ano.

Este cenário ocorre apesar de uma expressiva campanha de vacinação, que já aplicou 190.385 das 206.315 doses recebidas, representando uma cobertura de 92,3%. A secretaria de saúde local tem acompanhado de perto a evolução da pandemia, especialmente no mês de outubro, quando foram registrados 45 novos casos.

Segundo informações da Vigilância Epidemiológica de Alegrete, destacou o aumento de casos positivos, com 211 pacientes diagnosticados com a doença entre 1º de outubro e 4 de novembro.

Nesta semana tivemos 5 internados com covid, porém foram internações por outros motivos além da doença viral. A covid nestes casos não é a principal causa da internação, segundo informações daquele setor.

A estratégia da Secretaria de Saúde para conter o avanço da doença inclui a ampliação da testagem e a continuidade da vacinação conforme o cronograma estipulado pelo Ministério da Saúde e orientado pelo Estado do Rio Grande do Sul.

Até o final de outubro, o município contabilizou 28 hospitalizações, sendo uma em UTI, o que reforça a importância da vacinação. A população precisa completar o esquema vacinal, principalmente grupos de risco, como idosos e pessoas com comorbidades. A vacinação é essencial para garantir que não haja um aumento significativo de internações e complicações graves, pontua a Vigilância Epidemiilógica.

Nos últimos dois meses, o aumento dos casos de covid-19 em Alegrete exigiu um cuidado redobrado dos agentes de saúde, incluindo a recomendação do uso de máscaras em ambientes fechados e a higienização das mãos.

A colaboração da comunidade é fundamental para manter os cuidados básicos e buscar a imunização nas unidades de saúde. 

 

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Mulher

Câncer de Mama: Proposta estabelece prazo para substituir implantes mamários

 

Com o objetivo de garantir bem-estar e dignidade às pacientes com câncer de mama, o deputado Gustavo Victorino protocolou, na Assembleia Legislativa, Projeto de Lei 350/23 que estabelece prazo para procedimentos cirúrgicos e garante acompanhamento às mulheres em tratamento.

A proposta determina o limite de 30 dias para substituição do implante mamário sempre que ocorrerem complicações inerentes à cirurgia de reconstrução da mama, bem como garante o acompanhamento psicológico e multidisciplinar especializado às pacientes que sofrerem mutilação total ou parcial de mama decorrente do tratamento de câncer.

Conforme o parlamentar, a proposição, que modifica o Estatuto da Pessoa com Câncer no Rio Grande do Sul (Lei nº 15.446/20), é um direito previsto na Lei Federal (no 14.538/2023), garantindo assim, um cuidado integral e humanizado à saúde da mulher: “Física e emocionalmente, o câncer de mama é devastador para a mulher e é nessa hora que o suporte médico e psicológico deve se fazer presente”, pontua o deputado Gustavo Victorino.

 

Crédito: Paulo Garcia Agência ALRS

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Saúde

CAPS II completa 34 ANOS

Na última quarta-feira (19/07), o Centro de Atenção Psicossocial – CAPS II completou 34 anos de atuação em Alegrete. A história teve inicio em 2003 com a Lei da Reforma Psiquiátrica que mudou os paradigmas de tratamento em saúde mental, instituindo o cuidado em Atenção Psicossocial, através de equipes multidisciplinares. O serviço prima pelo tratamento em liberdade e pela abordagem inclusiva.

A busca do serviço oferecido pela prefeitura, por meio da Secretaria de Saúde, garante os direitos e proteção à pessoas com sofrimento psíquico ou transtornos mentais com estratégias de reinserção social, respeitando o posicionamento da pessoa na escolha do tratamento. Também oferta suporte às famílias, através de atendimentos individuais e visitas domiciliares, buscando o fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários.

A equipe multidisciplinar atualmente é composta por médico psiquiatra, médicos residentes em psiquiatria, psicólogos, assistentes sociais, oficineiros, enfermeiras, atendentes, estagiários, técnicos em enfermagem, zeladores, terapeuta ocupacional, profissionais da higiene e psicopedagoga, que prestam atendimento em grupos ou de forma individual a cerca de 900 pessoas mensalmente.

A prefeitura parabeniza a todos que fazem parte desta história!

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