Saúde
Em decisão inédita no país, Botucatu aplica 4ª dose da Covid em idosos
A cidade de Botucatu , no interior paulista, começou a aplicar neste domingo a quarta dose de vacina contra a Covid-19 em todos os idosos com 70 anos ou mais. O Ministério da Saúde recomenda esse segundo reforço apenas para pessoas imunossuprimidas.
A exigência na cidade é que os idosos tenham recebido a terceira dose há, pelo menos, quatro meses. Por isso, assim que esse intervalo for completado, a Secretaria Municipal de Saúde vai estender a medida para pessoas com mais de 60 anos.
Botucatu já vinha aplicando a quarta dose nos idosos internados em instituições de longa permanência, além de nas pessoas imunossuprimidas.
A vacina usada nesta etapa da campanha é, preferencialmente, da Pfizer ou, de maneira alternativa de acordo com a disponibilidade, a da AstraZeneca.
A Comissão de Acompanhamento, Controle, Prevenção e Tratamento da Covid-19 do Município de Botucatu emitiu nota técnica na qual justifica a aplicação da quarta dose. O grupo cita a “redução da efetividade das vacinas contra a Covid-19 com o passar do tempo, a partir de 3 a 4 meses de sua aplicação e de forma mais evidente após 5 meses”, a “transmissão elevada com aumento de casos graves, hospitalizações e óbitos” provocados pela Ômicron e a “um processo de envelhecimento (senescência) do sistema imunológico dentre os idosos, o que pode contribuir para que os níveis de imunidade atingidos sejam menores”.
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O grupo cita ainda estudos preliminares recentes desenvolvidos em Israel, que demonstram, após aplicação de uma segunda dose de reforço (quarta dose), aumento de cinco vezes no número de anticorpos. Nesse contexto, baseado em recomendações de um painel de especialistas, o governo de Israel iniciou no começo de janeiro, de forma pioneira, a aplicação da quarta dose em indivíduos com 60 anos de idade ou mais, após 4 meses de intervalo da aplicação da terceira dose.
O infectologista Alexandre Naime Barbosa, chefe do departamento de Infectologia da Unesp, apoia a iniciativa.
“Os imunossuprimidos têm dificuldade de produzir anticorpos e de mantê-los por mais tempo, o que torna a resposta vacinal menos intensa e mais efêmera. Então existe o raciocínio de que os idosos em geral sejam uma população também vulnerável como imunossuprimidos, em razão da imunossenescência [envelhecimento imunológico]. Os estudos estão em andamento. Mas vivemos um momento de muita infecção, a Ômicron está aí. Trocar o pneu do carro com ele andando é muito difícil”, afirma.
O município tem tido destaque na vacinação, em particular em função da realização do estudo de efetividade da vacina da Astrazeneca, realizado em parceria entre a prefeitura, Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Unesp, Universidade de Oxford, Fundação Gates e Ministério da Saúde.
Saúde
Alegrete enfrenta desafio com nova onda de covid-19
Com mais de 520 casos confirmados em 2024, a cidade intensifica testagem e vacinação para conter a pandemia
Em Alegrete a situação da covid-19 tem gerado preocupações, conforme dados atualizados até 14 de novembro de 2024. A cidade, com uma população estimada de 73.589 habitantes, registrou um aumento no número de casos positivos da doença, alcançando mais de 520 casos confirmados neste ano.
Este cenário ocorre apesar de uma expressiva campanha de vacinação, que já aplicou 190.385 das 206.315 doses recebidas, representando uma cobertura de 92,3%. A secretaria de saúde local tem acompanhado de perto a evolução da pandemia, especialmente no mês de outubro, quando foram registrados 45 novos casos.
Segundo informações da Vigilância Epidemiológica de Alegrete, destacou o aumento de casos positivos, com 211 pacientes diagnosticados com a doença entre 1º de outubro e 4 de novembro.
Nesta semana tivemos 5 internados com covid, porém foram internações por outros motivos além da doença viral. A covid nestes casos não é a principal causa da internação, segundo informações daquele setor.
A estratégia da Secretaria de Saúde para conter o avanço da doença inclui a ampliação da testagem e a continuidade da vacinação conforme o cronograma estipulado pelo Ministério da Saúde e orientado pelo Estado do Rio Grande do Sul.
Até o final de outubro, o município contabilizou 28 hospitalizações, sendo uma em UTI, o que reforça a importância da vacinação. A população precisa completar o esquema vacinal, principalmente grupos de risco, como idosos e pessoas com comorbidades. A vacinação é essencial para garantir que não haja um aumento significativo de internações e complicações graves, pontua a Vigilância Epidemiilógica.
Nos últimos dois meses, o aumento dos casos de covid-19 em Alegrete exigiu um cuidado redobrado dos agentes de saúde, incluindo a recomendação do uso de máscaras em ambientes fechados e a higienização das mãos.
A colaboração da comunidade é fundamental para manter os cuidados básicos e buscar a imunização nas unidades de saúde.
Mulher
Câncer de Mama: Proposta estabelece prazo para substituir implantes mamários
Com o objetivo de garantir bem-estar e dignidade às pacientes com câncer de mama, o deputado Gustavo Victorino protocolou, na Assembleia Legislativa, Projeto de Lei 350/23 que estabelece prazo para procedimentos cirúrgicos e garante acompanhamento às mulheres em tratamento.
A proposta determina o limite de 30 dias para substituição do implante mamário sempre que ocorrerem complicações inerentes à cirurgia de reconstrução da mama, bem como garante o acompanhamento psicológico e multidisciplinar especializado às pacientes que sofrerem mutilação total ou parcial de mama decorrente do tratamento de câncer.
Conforme o parlamentar, a proposição, que modifica o Estatuto da Pessoa com Câncer no Rio Grande do Sul (Lei nº 15.446/20), é um direito previsto na Lei Federal (no 14.538/2023), garantindo assim, um cuidado integral e humanizado à saúde da mulher: “Física e emocionalmente, o câncer de mama é devastador para a mulher e é nessa hora que o suporte médico e psicológico deve se fazer presente”, pontua o deputado Gustavo Victorino.
Crédito: Paulo Garcia Agência ALRS
Saúde
CAPS II completa 34 ANOS
Na última quarta-feira (19/07), o Centro de Atenção Psicossocial – CAPS II completou 34 anos de atuação em Alegrete. A história teve inicio em 2003 com a Lei da Reforma Psiquiátrica que mudou os paradigmas de tratamento em saúde mental, instituindo o cuidado em Atenção Psicossocial, através de equipes multidisciplinares. O serviço prima pelo tratamento em liberdade e pela abordagem inclusiva.
A busca do serviço oferecido pela prefeitura, por meio da Secretaria de Saúde, garante os direitos e proteção à pessoas com sofrimento psíquico ou transtornos mentais com estratégias de reinserção social, respeitando o posicionamento da pessoa na escolha do tratamento. Também oferta suporte às famílias, através de atendimentos individuais e visitas domiciliares, buscando o fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários.
A equipe multidisciplinar atualmente é composta por médico psiquiatra, médicos residentes em psiquiatria, psicólogos, assistentes sociais, oficineiros, enfermeiras, atendentes, estagiários, técnicos em enfermagem, zeladores, terapeuta ocupacional, profissionais da higiene e psicopedagoga, que prestam atendimento em grupos ou de forma individual a cerca de 900 pessoas mensalmente.
A prefeitura parabeniza a todos que fazem parte desta história!
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