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Covid-19: hospitais particulares registram aumento de internações


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Homem internado em leito de UTI
Ministério da Saúde

Homem internado em leito de UTI

Um levantamento feito pela Associação Nacional de Hospitais Privados, (Anahp) aponta para o crescimento nas internações por Covid-19 no Brasil . O índice de ocupação das UTIs dos hospitais associados passou de 40,84%, entre os dias 25 e 31 de dezembro de 2021, para 58,75% entre 8 e 14 de janeiro de 2022. Nos ambulatórios, o crescimento no mesmo período foi ainda mais expressivo: de 47,31% para 77,07%.

Antônio Britto, diretor-executivo da Anahp, ressalta que apesar do crescimento, o número de internação é considerado baixo, uma vez que a proporção de leitos para Covid-19 em relação ao total ainda é pequena. Desde a melhora dos índices da pandemia no segundo semestre do ano passado, os hospitais reduziram o número de leitos destinados ao tratamento de pessoas infectadas pelo coronavírus e voltaram a atender outras doenças.

“Não estamos, nem de longe, em uma situação terrível como a do ano passado, mas esses dados reforçam a necessidade de cautela porque está havendo um rápido aumento. Até duas semanas atrás, os pronto-atendimentos dos hospitais estavam lotados, mas isso não se refletia nas internações. Esse levantamento mostra que o aumento de pessoas com sintomas e da positivada dos testes já gera consequências em termos de internação nas alas e UTIs Covid”, alerta Britto.

O papel da vacinação

A Anahp não traçou o perfil dos pacientes internados, mas segundo Britto, a cobertura vacinal da população está contribuindo muito para que os casos não sejam graves.

“O relato dos hospitais é que de 70% a 80% dos casos que vão para a UTI são pessoas com vacinação não concluído”, diz o diretor-executivo.

No estado do Rio de Janeiro, de acordo com o diretor da Associação de Hospitais do Estado (Aherj), Graccho Alvim, 90% das pessoas internadas por Covid-19 em hospitais da rede privada não estão com a vacinação em dia. O cenário se repete em São Paulo. No Instituto de Infectologia Emílio Ribas, 76% dos pacientes internados pela doença não se vacinaram ou tem imunização incompleta, segundo informação da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.

Aumento generalizado

De acordo com o levantamento, as internações cresceram em todas as regiões brasileiras. Mas o Sudeste é a região que mais impulsionou o crescimento do índice brasileiro como um todo. Tanto devido ao maior número de hospitais localizados nessa região quanto por um maior aumento na média.

Confira o crescimento das taxas de internação em casa região brasileira:

  • Norte e Centro-Oeste: o índice de internações em UTI passou de 18,37% para 63,57%; em enfermaria, de 17,65% para 66,07%.

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  • Nordeste: o índice de internações em UTI passou de 72,57% para 82,14%; em enfermaria, de 43,4% para 70,72%.

  • Sudeste: o índice de internações em UTI passou de 39,21% para 60,13%; em enfermaria, de 52,59% para 73,22.

  • Sul: o índice de internações em UTI passou de 26,73% para 44,95%; em enfermaria, de 29,73% para 95,15%.

Britto reforça o estado de atenção e cautela para que os índices sigam controlados e que seja ponderada a necessidade de abertura de novos leitos.

Recomendação aos pacientes

Aos pacientes, a Anahp orienta que a busca de atendimento no pronto-socorro dos hospitais deve acontecer apenas nas seguintes situações: sintomas persistentes, sinais de acometimento mais grave (falta de ar, febre persistente, tosse intensa) ou pacientes com doenças crônicas pré-existentes.

“Ir para o hospital sem necessidade só aumenta o processo de contaminação porque quando pessoas com sintomas leves ou sem sintomas vão aos hospitais apenas para fazer o teste ou para um atendimento inicial, elas estão ao lado de pessoas que estão com sintomas fortes e que realmente precisam ser atendidas naquele local”, ressalta Britto.

Por isso, a recomendação é que pessoas com sintomas leves ou assintomáticos que tiveram contato com algum caso confirmado devem priorizar as consultas médicas ambulatoriais, preferencialmente via telemedicina.

Após a avaliação médica, o paciente terá a indicação correta “sobre a necessidade ou não de testagem, assim como de qual tipo de teste é o mais adequado de acordo com os sintomas que apresenta”, diz a Anaph, em comunicado.

Neste momento, também é fundamental ressaltar a importância da manutenção dos cuidados de proteção individual, como uso de máscara, distanciamento social e higienização adequada das mãos.

Fonte: IG SAÚDE

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Saúde

O perigo que vem da China. Infectologistas recomendam precaução contra Metapneumovírus

 Sem vacina para HMPV, medidas como uso de máscaras e higiene são essenciais, dizem especialistas

Um surto de Metapneumovírus Humano (HMPV) foi identificado na China, levantando preocupações devido ao aumento de casos em algumas regiões do país.

Este vírus, responsável por sintomas como febre, tosse e congestão nasal, foi reportado nesta 3ª feira (08 de jan. de 2025). Apesar das preocupações, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e especialistas em infectologia descartam a possibilidade de uma nova pandemia no momento.

A OMS comunicou que mantém contato constante com as autoridades chinesas, que têm tranquilizado tanto a população quanto a comunidade internacional.

As informações indicam que a intensidade e a escala da doença são inferiores às de anos anteriores. O governo de Pequim adotou um novo protocolo de monitoramento para gerenciar a situação.

Segundo a infectologista Emy Gouveia, do Hospital Israelita Albert Einstein, a circulação do HMPV é comum, especialmente durante o inverno no hemisfério norte. Ela destacou a ausência de vacinas contra o HMPV e recomendou medidas preventivas como distanciamento social, uso de máscaras e higiene das mãos.

“Não existe um antiviral específico, e o tratamento para o paciente em casa consiste em medicamentos sintomáticos, repouso e hidratação,” afirmou Gouveia.

O HMPV foi identificado pela primeira vez em 2001 na Holanda, embora já circulasse antes dessa data. No Brasil, o vírus foi detectado em crianças menores de três anos em Sergipe, em 2004.

Gouveia observou que as mutações do HMPV são mais estáveis e raras em comparação com a Covid-19, o que facilita a gestão da doença.

A transmissão do HMPV ocorre por vias aéreas e contato com secreções contaminadas. O período de incubação varia de cinco a nove dias. Estudos indicam que a maioria das crianças até cinco anos já teve contato com o vírus.

Gouveia também alertou sobre o risco do HMPV em agravar doenças pulmonares pré-existentes, especialmente em crianças, devido à inflamação prolongada e hiperprodução de secreção.

 

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Saúde

Saquinhos de chá liberam milhões de microplásticos, alerta estudo

Pesquisa internacional mostra contaminação por plásticos em chás e possíveis impactos na saúde humana

Pesquisadores do projeto PlasticHeal, em colaboração com a Universitat Autònoma de Barcelona (UAB) e o Centro Helmholtz de Investigação Ambiental de Leipzig, Alemanha, descobriram que bolsitas de chá comerciais liberam milhões de microplásticos e nanoplásticos (MNPL) nas infusões.

 

Este estudo, divulgado em 03.jan.2025, revela que essas partículas podem penetrar nas células intestinais humanas e potencialmente alcançar a corrente sanguínea, destacando a necessidade de abordar a contaminação por plásticos em produtos de consumo diário.

A pesquisa focou em bolsitas de chá feitas de polímeros como nailon-6, polipropileno e celulose. Os resultados mostraram que o polipropileno foi o material que mais liberou partículas, com aproximadamente 1.200 milhões por mililitro de infusão.

As técnicas analíticas avançadas utilizadas incluíram microscopia eletrônica de barrido (SEM), microscopia eletrônica de transmissão (TEM), espectroscopia infravermelha (ATR-FTIR), dispersão dinâmica de luz (DLS), velocimetria laser Doppler (LDV) e análise de seguimento de nanopartículas (NTA), afirmou Alba García, investigadora da UAB.

O estudo também observou a interação dessas partículas com células intestinais humanas, descobrindo que as células produtoras de muco absorvem uma quantidade significativa desses MNPL, que podem inclusive penetrar no núcleo celular.

Isso sugere um papel crucial do muco intestinal na absorção dessas partículas e ressalta a necessidade de investigar mais a fundo os efeitos da exposição crônica a MNPL na saúde humana.

Os pesquisadores enfatizam a importância de desenvolver métodos padronizados para avaliar a contaminação por MNPL em materiais plásticos em contato com alimentos e a necessidade de políticas regulatórias para mitigar essa contaminação. 

 

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Saúde

Alegrete convoca doadores para enfrentar escassez de sangue O-

Com estoque crítico, Hemocentro de Alegrete organiza coleta externa e estende horários para receber doações

O Hemocentro Regional de Alegrete enfrenta uma situação crítica em seu estoque de sangue, com especial urgência para o tipo O-. A instituição possui apenas uma unidade disponível e busca atender às crescentes demandas por transfusões.

 

 

A crise levou ao pedido de auxílio ao Hemocentro de Santa Maria, que foi solicitado a enviar mais bolsas de sangue. A situação foi divulgada nesta 4ª feira (26 de dezembro de 2024), com o objetivo de mobilizar a comunidade para doações urgentes.

Fernanda Soares, assistente social do Hemocentro, destacou a necessidade de doações. “Devido à alta demanda por sangue do tipo O- e outras tipagens, foi lançada uma campanha de urgência para mobilizar doadores a comparecerem ao hemocentro e realizarem suas doações,” afirmou.

A meta é alcançar dez unidades até o final da manhã de 6ª feira (27 de dezembro de 2024).

Para facilitar o acesso dos doadores, o Hemocentro de Alegrete manterá o atendimento normal nesta 5ª e 6ª feira. Uma coleta externa está programada para a próxima 2ª feira (30 de dezembro de 2024) na cidade de Itaqui. “Fazemos um apelo para que a população se dirija ao Hemocentro de Alegrete e contribua com as vidas que dependem dessas doações,” reforçou Soares.

Localizado na Rua General Sampaio, 10, bairro Canudos, o Hemocentro opera das 7h às 13h. A necessidade de sangue do tipo O- é urgente devido à sua capacidade de ser transfundido em pacientes de qualquer tipo sanguíneo, o que o torna vital em emergências.

 

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