Saúde
Pílula contra Covid: Canadá aprova medicamento e compra tratamento
A principal autoridade sanitária do Canadá aprovou o uso de um tratamento desenvolvido pela Pfizer contra a covid-19.
O premiê canadense, Justin Trudeau, anunciou a compra de um lote do medicamento – chamado Paxlovid – suficiente para tratar 1 milhão de pessoas.
Trudeau informou ainda que 30 mil tratamentos já chegaram ao país, enquanto outros 120 mil são esperados até o fim de março.
A pílula contra covid-19 da Pfizer reduz em 89% o risco de hospitalização ou morte em adultos considerados de alto risco, segundo dados dos ensaios clínicos, que ainda não foram revisados por outros cientistas.
O medicamento foi aprovado pelas autoridades sanitárias dos Estados Unidos e do Reino Unido.
A presidente da Pfizer no Brasil disse ao jornal O Globo que pedirá o registro local do Paxlovid nas próximas semanas.
Como funciona o Paxlovid?
O medicamento deve ser usado dentro de cinco dias após o aparecimento dos sintomas, por pessoas com alto risco de desenvolver a forma grave da doença.
O medicamento da Pfizer, conhecido como inibidor de protease, é desenvolvido para bloquear uma enzima de que o vírus precisa para se multiplicar.
Quando tomado junto com uma dose baixa de outro comprimido antiviral chamado ritonavir, permanece no corpo por mais tempo.
Três comprimidos devem ser tomados duas vezes ao dia durante cinco dias.
A Pfizer também está estudando o impacto do tratamento em pessoas com baixo risco de contrair a doença.
Por que isso é importante?
De acordo com o presidente da Pfizer, Albert Bourla, a pílula tem “o potencial de salvar a vida dos pacientes, reduzir a gravidade das infecções por covid-19 e eliminar até nove em cada dez hospitalizações”.
A Health Canada, órgão do governo canadense responsável pela aprovação da nova droga, ressaltou que as vacinas contra covid-19 continuam a ser a principal forma de evitar formas graves da doença.
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“Nenhum medicamento, incluindo o Paxlovid, substitui a vacinação. A vacinação continua sendo a ferramenta mais importante na prevenção de doenças graves da infecção por covid-19”, disse a agência.
Mas há uma demanda crescente por tratamentos que podem ser feitos em casa, especialmente para pessoas vulneráveis infectadas.
“Até agora, os medicamentos autorizados para a covid-19 precisavam ser tomados em um hospital ou ambiente de saúde. O Paxlovid é o primeiro [no Canadá] que pode ser tomado em casa”, disse a Health Canada.
O primeiro medicamento deste tipo, o Molnupiravir, já foi aprovado no Reino Unido e nos Estados Unidos.
O que dizem os estudos?
Dados dos testes clínicos do tratamento da Pfizer com 1.219 pacientes de alto risco infectados com covid-19 mostraram que 0,8% dos que tomaram Paxlovid foram hospitalizados, em comparação com 7% dos pacientes que receberam placebo.
Eles foram tratados dentro de três dias após o início dos sintomas da doença.
Foram registradas sete mortes entre aqueles que receberam o placebo — e nenhuma no grupo que tomou a pílula.
Quando o tratamento começou dentro de cinco dias após o aparecimento dos sintomas, 1% do grupo que tomou Paxlovid acabou internado, mas nenhum óbito foi registrado.
Já no grupo placebo, 6,7% dos pacientes foram hospitalizados e 10 mortes contabilizadas.
Os pacientes que participaram do estudo eram idosos ou apresentavam um problema de saúde subjacente que os colocava em maior risco de desenvolver a forma grave da covid-19.
Todos eles apresentavam sintomas leves a moderados da doença.
“Embora os benefícios do Paxlovid superem os riscos, ele pode causar interações com outros medicamentos para alguns pacientes”, alertou a Health Canada.
“Como tal, os pacientes devem discutir os riscos e benefícios do tratamento com seu médico.”
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Saúde
O perigo que vem da China. Infectologistas recomendam precaução contra Metapneumovírus
Sem vacina para HMPV, medidas como uso de máscaras e higiene são essenciais, dizem especialistas
Um surto de Metapneumovírus Humano (HMPV) foi identificado na China, levantando preocupações devido ao aumento de casos em algumas regiões do país.
Este vírus, responsável por sintomas como febre, tosse e congestão nasal, foi reportado nesta 3ª feira (08 de jan. de 2025). Apesar das preocupações, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e especialistas em infectologia descartam a possibilidade de uma nova pandemia no momento.
A OMS comunicou que mantém contato constante com as autoridades chinesas, que têm tranquilizado tanto a população quanto a comunidade internacional.
As informações indicam que a intensidade e a escala da doença são inferiores às de anos anteriores. O governo de Pequim adotou um novo protocolo de monitoramento para gerenciar a situação.
Segundo a infectologista Emy Gouveia, do Hospital Israelita Albert Einstein, a circulação do HMPV é comum, especialmente durante o inverno no hemisfério norte. Ela destacou a ausência de vacinas contra o HMPV e recomendou medidas preventivas como distanciamento social, uso de máscaras e higiene das mãos.
“Não existe um antiviral específico, e o tratamento para o paciente em casa consiste em medicamentos sintomáticos, repouso e hidratação,” afirmou Gouveia.
O HMPV foi identificado pela primeira vez em 2001 na Holanda, embora já circulasse antes dessa data. No Brasil, o vírus foi detectado em crianças menores de três anos em Sergipe, em 2004.
Gouveia observou que as mutações do HMPV são mais estáveis e raras em comparação com a Covid-19, o que facilita a gestão da doença.
A transmissão do HMPV ocorre por vias aéreas e contato com secreções contaminadas. O período de incubação varia de cinco a nove dias. Estudos indicam que a maioria das crianças até cinco anos já teve contato com o vírus.
Gouveia também alertou sobre o risco do HMPV em agravar doenças pulmonares pré-existentes, especialmente em crianças, devido à inflamação prolongada e hiperprodução de secreção.
Saúde
Saquinhos de chá liberam milhões de microplásticos, alerta estudo
Pesquisa internacional mostra contaminação por plásticos em chás e possíveis impactos na saúde humana
Pesquisadores do projeto PlasticHeal, em colaboração com a Universitat Autònoma de Barcelona (UAB) e o Centro Helmholtz de Investigação Ambiental de Leipzig, Alemanha, descobriram que bolsitas de chá comerciais liberam milhões de microplásticos e nanoplásticos (MNPL) nas infusões.
Este estudo, divulgado em 03.jan.2025, revela que essas partículas podem penetrar nas células intestinais humanas e potencialmente alcançar a corrente sanguínea, destacando a necessidade de abordar a contaminação por plásticos em produtos de consumo diário.
A pesquisa focou em bolsitas de chá feitas de polímeros como nailon-6, polipropileno e celulose. Os resultados mostraram que o polipropileno foi o material que mais liberou partículas, com aproximadamente 1.200 milhões por mililitro de infusão.
As técnicas analíticas avançadas utilizadas incluíram microscopia eletrônica de barrido (SEM), microscopia eletrônica de transmissão (TEM), espectroscopia infravermelha (ATR-FTIR), dispersão dinâmica de luz (DLS), velocimetria laser Doppler (LDV) e análise de seguimento de nanopartículas (NTA), afirmou Alba García, investigadora da UAB.
O estudo também observou a interação dessas partículas com células intestinais humanas, descobrindo que as células produtoras de muco absorvem uma quantidade significativa desses MNPL, que podem inclusive penetrar no núcleo celular.
Isso sugere um papel crucial do muco intestinal na absorção dessas partículas e ressalta a necessidade de investigar mais a fundo os efeitos da exposição crônica a MNPL na saúde humana.
Os pesquisadores enfatizam a importância de desenvolver métodos padronizados para avaliar a contaminação por MNPL em materiais plásticos em contato com alimentos e a necessidade de políticas regulatórias para mitigar essa contaminação.
Saúde
Alegrete convoca doadores para enfrentar escassez de sangue O-
Com estoque crítico, Hemocentro de Alegrete organiza coleta externa e estende horários para receber doações
O Hemocentro Regional de Alegrete enfrenta uma situação crítica em seu estoque de sangue, com especial urgência para o tipo O-. A instituição possui apenas uma unidade disponível e busca atender às crescentes demandas por transfusões.
A crise levou ao pedido de auxílio ao Hemocentro de Santa Maria, que foi solicitado a enviar mais bolsas de sangue. A situação foi divulgada nesta 4ª feira (26 de dezembro de 2024), com o objetivo de mobilizar a comunidade para doações urgentes.
Fernanda Soares, assistente social do Hemocentro, destacou a necessidade de doações. “Devido à alta demanda por sangue do tipo O- e outras tipagens, foi lançada uma campanha de urgência para mobilizar doadores a comparecerem ao hemocentro e realizarem suas doações,” afirmou.
A meta é alcançar dez unidades até o final da manhã de 6ª feira (27 de dezembro de 2024).
Para facilitar o acesso dos doadores, o Hemocentro de Alegrete manterá o atendimento normal nesta 5ª e 6ª feira. Uma coleta externa está programada para a próxima 2ª feira (30 de dezembro de 2024) na cidade de Itaqui. “Fazemos um apelo para que a população se dirija ao Hemocentro de Alegrete e contribua com as vidas que dependem dessas doações,” reforçou Soares.
Localizado na Rua General Sampaio, 10, bairro Canudos, o Hemocentro opera das 7h às 13h. A necessidade de sangue do tipo O- é urgente devido à sua capacidade de ser transfundido em pacientes de qualquer tipo sanguíneo, o que o torna vital em emergências.
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