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Covid longa pode afetar apetite e deixar crianças ‘chatas para comer’


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Como covid longa pode afetar apetite e deixar crianças 'chatas para comer', segundo especialistas
Reprodução: BBC News Brasil

Como covid longa pode afetar apetite e deixar crianças ‘chatas para comer’, segundo especialistas

Crianças que recentemente ficaram “chatas para comer” podem estar exibindo um distúrbio pós-covid ligado ao paladar e ao olfato, segundo especialistas.

A parosmia, problema que faz com que pessoas a experimentem estranhas distorções de olfato, é um efeito colateral já bem documentado em adultos que tiveram a covid-19 e parte do que ficou conhecido como “covid longa”.

Agora a Universidade de East Anglia (UEA) , no Reino Unido, e a entidade beneficente Fifth Sense criaram um guia para reconhecer o fenômeno também em crianças .

“Eu imagino que haja muitos pais intrigados and realmente preocupados”, disse o professor Carl Philpott, da UEA. “Em muitos casos, a condição está afastando crianças da comida, e muitas podem estar tendo dificuldades em comer qualquer coisa.”

Pacientes adolescentes

Segundo Philpott, estima-se que a parosmia tenha afetado 25 mil adultos no Reino Unido como resultado da covid-19. O distúrbio pode fazer com que pessoas sintam um odor desagradável vindo de alimentos, como o de carne estragada ou elementos químicos.

Philpott, otorrinolaringologista na escola de medicina da universidade, na cidade inglesa de Norwich, disse que começou a atender pacientes adolescentes com parosmia pela primeira vez em sua carreira.

“É algo que até agora não foi realmente reconhecido por profissionais de medicina, que apenas acham que as crianças estão sendo difíceis para comer, sem perceber o problema por trás disso”, afirma.

“Para algumas crianças — e particularmente aquelas que já têm dificuldades com a alimentação ou outras condições, como autismo — pode ser bem difícil.”

‘Ele simplesmente parou de comer’

Desde que pegou covid em setembro de 2021, Malisse Kafi, de 11 anos, passou a ter dificuldades em comer ou beber porque tudo tem “gosto de cocô ou ovo podre”.

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Sua mãe, Dawn Kafi, de Liverpool, norte da Inglaterra, disse que a comida voltava e o fazia engasgar. Em dois meses, ele foi levado às pressas ao hospital sofrendo de desidratação, tendo perdido 2 quilos. “Foi horrível”, disse ela.

“Foi realmente difícil saber o que fazer. Tentamos de tudo para fazer com que ele se alimentasse, cozinhamos seus pratos prediletos, mas tudo o deixava realmente enjoado.”

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Malisse foi diagnosticado com parosmia e recebeu um spray nasal de esteroide, mas isso não ajudou. No hospital, ele precisou ser alimentado por meio de um tubo.

“Nós nunca tínhamos ouvido falar de parosmia”, afirmou Dawn Kafi. “Foi de partir o coração vê-lo deteriorar. Ele parou de vez de comer.”

Segundo sua mãe, Malisse estava “extremamente cansado e frio, o tempo todo” e tinha problemas de saúde. Agora ele recebe alimentos seguros, incluindo salmão e Dairylea (uma espécie de queijo).

Alimentos seguros e treinamento

Duncan Boak, da Fifth Sense, uma entidade beneficente para pessoas afetadas por distúrbios de olfato e paladar, disse ter ouvido falar de muitos casos de crianças com muita dificuldade com sua alimentação depois de terem contraído a covid-19.

“Ouvimos de alguns pais, cujos filhos têm enfrentado problemas nutricionais e perderam peso, mas médicos dizem que se trata apenas de crianças chatas para comer”, disse ele. “Nós estamos muito dispostos a compartilhar mais informação sobre essa questão com o setor de saúde, para que eles estejam cientes de que existe um problema maior aqui.”

O guia, elaborado pelo professor Philpott e a Fifth Sense, mostra como pais podem ajudar seus filhos mantendo um diário com uma relação de alimentos seguros e outros que podem disparar os sintomas da parosmia.

As crianças deveriam ser incentivadas a experimentar comidas com gosto mais leve, para verificarem o que elas conseguem comer ou gostar e mesmo tentar comer com um pregador de roupa no nariz, para bloquear sabores.

O guia também defende uma técnica simples de “treinamento do olfato”. Ela consiste em ficar cheirando pelo menos quatro odores diferentes, duas vez ao dia, durante vários meses, para auxiliar na recuperação da criança.


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Fonte: IG SAÚDE

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Saúde

O perigo que vem da China. Infectologistas recomendam precaução contra Metapneumovírus

 Sem vacina para HMPV, medidas como uso de máscaras e higiene são essenciais, dizem especialistas

Um surto de Metapneumovírus Humano (HMPV) foi identificado na China, levantando preocupações devido ao aumento de casos em algumas regiões do país.

Este vírus, responsável por sintomas como febre, tosse e congestão nasal, foi reportado nesta 3ª feira (08 de jan. de 2025). Apesar das preocupações, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e especialistas em infectologia descartam a possibilidade de uma nova pandemia no momento.

A OMS comunicou que mantém contato constante com as autoridades chinesas, que têm tranquilizado tanto a população quanto a comunidade internacional.

As informações indicam que a intensidade e a escala da doença são inferiores às de anos anteriores. O governo de Pequim adotou um novo protocolo de monitoramento para gerenciar a situação.

Segundo a infectologista Emy Gouveia, do Hospital Israelita Albert Einstein, a circulação do HMPV é comum, especialmente durante o inverno no hemisfério norte. Ela destacou a ausência de vacinas contra o HMPV e recomendou medidas preventivas como distanciamento social, uso de máscaras e higiene das mãos.

“Não existe um antiviral específico, e o tratamento para o paciente em casa consiste em medicamentos sintomáticos, repouso e hidratação,” afirmou Gouveia.

O HMPV foi identificado pela primeira vez em 2001 na Holanda, embora já circulasse antes dessa data. No Brasil, o vírus foi detectado em crianças menores de três anos em Sergipe, em 2004.

Gouveia observou que as mutações do HMPV são mais estáveis e raras em comparação com a Covid-19, o que facilita a gestão da doença.

A transmissão do HMPV ocorre por vias aéreas e contato com secreções contaminadas. O período de incubação varia de cinco a nove dias. Estudos indicam que a maioria das crianças até cinco anos já teve contato com o vírus.

Gouveia também alertou sobre o risco do HMPV em agravar doenças pulmonares pré-existentes, especialmente em crianças, devido à inflamação prolongada e hiperprodução de secreção.

 

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Saúde

Saquinhos de chá liberam milhões de microplásticos, alerta estudo

Pesquisa internacional mostra contaminação por plásticos em chás e possíveis impactos na saúde humana

Pesquisadores do projeto PlasticHeal, em colaboração com a Universitat Autònoma de Barcelona (UAB) e o Centro Helmholtz de Investigação Ambiental de Leipzig, Alemanha, descobriram que bolsitas de chá comerciais liberam milhões de microplásticos e nanoplásticos (MNPL) nas infusões.

 

Este estudo, divulgado em 03.jan.2025, revela que essas partículas podem penetrar nas células intestinais humanas e potencialmente alcançar a corrente sanguínea, destacando a necessidade de abordar a contaminação por plásticos em produtos de consumo diário.

A pesquisa focou em bolsitas de chá feitas de polímeros como nailon-6, polipropileno e celulose. Os resultados mostraram que o polipropileno foi o material que mais liberou partículas, com aproximadamente 1.200 milhões por mililitro de infusão.

As técnicas analíticas avançadas utilizadas incluíram microscopia eletrônica de barrido (SEM), microscopia eletrônica de transmissão (TEM), espectroscopia infravermelha (ATR-FTIR), dispersão dinâmica de luz (DLS), velocimetria laser Doppler (LDV) e análise de seguimento de nanopartículas (NTA), afirmou Alba García, investigadora da UAB.

O estudo também observou a interação dessas partículas com células intestinais humanas, descobrindo que as células produtoras de muco absorvem uma quantidade significativa desses MNPL, que podem inclusive penetrar no núcleo celular.

Isso sugere um papel crucial do muco intestinal na absorção dessas partículas e ressalta a necessidade de investigar mais a fundo os efeitos da exposição crônica a MNPL na saúde humana.

Os pesquisadores enfatizam a importância de desenvolver métodos padronizados para avaliar a contaminação por MNPL em materiais plásticos em contato com alimentos e a necessidade de políticas regulatórias para mitigar essa contaminação. 

 

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Saúde

Alegrete convoca doadores para enfrentar escassez de sangue O-

Com estoque crítico, Hemocentro de Alegrete organiza coleta externa e estende horários para receber doações

O Hemocentro Regional de Alegrete enfrenta uma situação crítica em seu estoque de sangue, com especial urgência para o tipo O-. A instituição possui apenas uma unidade disponível e busca atender às crescentes demandas por transfusões.

 

 

A crise levou ao pedido de auxílio ao Hemocentro de Santa Maria, que foi solicitado a enviar mais bolsas de sangue. A situação foi divulgada nesta 4ª feira (26 de dezembro de 2024), com o objetivo de mobilizar a comunidade para doações urgentes.

Fernanda Soares, assistente social do Hemocentro, destacou a necessidade de doações. “Devido à alta demanda por sangue do tipo O- e outras tipagens, foi lançada uma campanha de urgência para mobilizar doadores a comparecerem ao hemocentro e realizarem suas doações,” afirmou.

A meta é alcançar dez unidades até o final da manhã de 6ª feira (27 de dezembro de 2024).

Para facilitar o acesso dos doadores, o Hemocentro de Alegrete manterá o atendimento normal nesta 5ª e 6ª feira. Uma coleta externa está programada para a próxima 2ª feira (30 de dezembro de 2024) na cidade de Itaqui. “Fazemos um apelo para que a população se dirija ao Hemocentro de Alegrete e contribua com as vidas que dependem dessas doações,” reforçou Soares.

Localizado na Rua General Sampaio, 10, bairro Canudos, o Hemocentro opera das 7h às 13h. A necessidade de sangue do tipo O- é urgente devido à sua capacidade de ser transfundido em pacientes de qualquer tipo sanguíneo, o que o torna vital em emergências.

 

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