Saúde
Ansiosos, pais e crianças estão à espera da vacina contra covid-19
“Eu quero ser vacinada”. Foi com esse desejo que a pequena Luiza, de 7 anos, começou 2022. Ela é uma das 20 milhões de crianças entre 5 a 11 anos no Brasil aptas a receberem a imunização contra a covid-19.
A questão virou alvo de uma grande polêmica principalmente por desagradar parte do governo. Até mesmo o presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou que não vai vacinar a filha Laura, 11. Enquanto Bolsonaro rechaça a vacina, pais e mães se mostram muito ansiosos por esse momento. É o caso da mãe de Luiza, a astróloga e jornalista Titi Vidal.
“É um assunto debatido em todos os grupos que eu faço parte, da escola, de amigas com filhos, é recorrente, a ansiedade e expectativa de vacina. Vejo muita gente insegura em relação à vacinação, principalmente por conta das fake news”, conta ela.
Desde o início da pandemia até 6 de dezembro, o Brasil registrou 308 mortes de crianças entre 5 a 11 anos em decorrência da covid-19. No período, cerca de 34 mil foram internadas.
O sentimento da mãe Titi é compartilhado por Marcelo Carneiro Cunha, pai de uma criança de 10 anos. Para ele, a polêmica sobre vacinar ou não crianças “não tem sentido”. “Polêmica é quando existe uma dúvida razoável sobre alguma coisa. Eu não vejo dúvida nenhuma nesse caso”, diz.
O escritor afirma que a sociedade como um todo deveria observar a questão das vacinas como um medicamento qualquer. “Todos os remédios trazem algum tipo de risco para um número muito pequeno de pessoas que podem ter reações. Mas esse risco pode ser comparado como risco já conhecido de contrair a doença. No caso da covid-19, os riscos já são enormes! E os da vacina, com bilhões de pessoas vacinadas, são imensamente pequenos”, opina.
Segundo o Ministério da Saúde, um novo lote com as doses infantis da Pfizer deve chegar ao país no fim da primeira quinzena de janeiro. As embalagens serão diferentes para evitar que doses sejam administradas por engano.
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O medo da contaminação, no entanto, não fica só restrito aos pais. Titi conta que Laura não só tem medo da doença, como já apresenta alguns efeitos colaterais, por assim dizer, do isolamento.
“Ela tem medo de pegar, medo que a família pegue. Ano passado, perdemos um tio já vacinado. Era alguém próximo, foi muito triste, e ela sentiu muito medo e preocupação. Laura é muito responsável, as vezes acham que até demais para a idade dela. Fica sempre observando se as pessoas estão de máscara, não deixa ninguém chegar muito perto para abraçar e beijar”, conta.
“Inclusive ela desenvolveu medos que não tinha. Na virada do ano, perguntamos o que ela esperava e desejava para 2022. E a resposta dela foi: ‘quero que a vacina chegue para as crianças. Quero ser vacinada”.
Marcelo aponta que esses efeitos – mesmo que não verbalizados – podem ser sentidos pelos pais no dia a dia.
“Existem efeitos visíveis, e e outros sutis. Mas as crianças começam a mostrar fobias, comportamentos mais agressivos, e atitudes que podem ser ligadas ao longo período sem aulas presenciais, a falta da companhia dos colegas e amigos, e o medo de algo que pode causar danos aos pais, aos parentes, aos amigos e a eles. Não é algo verbalizado, mas é claro que eles percebem, vivem, e somatizam.”
No Rio de Janeiro, a previsão é de que a vacina comece a ser aplicada nessa faixa ainda na primeira semana de fevereiro. Em São Paulo, ainda não há calendário. O Ministério da Saúde também não oficializou nenhuma data para vacinação.
Saúde
Alegrete enfrenta desafio com nova onda de covid-19
Com mais de 520 casos confirmados em 2024, a cidade intensifica testagem e vacinação para conter a pandemia
Em Alegrete a situação da covid-19 tem gerado preocupações, conforme dados atualizados até 14 de novembro de 2024. A cidade, com uma população estimada de 73.589 habitantes, registrou um aumento no número de casos positivos da doença, alcançando mais de 520 casos confirmados neste ano.
Este cenário ocorre apesar de uma expressiva campanha de vacinação, que já aplicou 190.385 das 206.315 doses recebidas, representando uma cobertura de 92,3%. A secretaria de saúde local tem acompanhado de perto a evolução da pandemia, especialmente no mês de outubro, quando foram registrados 45 novos casos.
Segundo informações da Vigilância Epidemiológica de Alegrete, destacou o aumento de casos positivos, com 211 pacientes diagnosticados com a doença entre 1º de outubro e 4 de novembro.
Nesta semana tivemos 5 internados com covid, porém foram internações por outros motivos além da doença viral. A covid nestes casos não é a principal causa da internação, segundo informações daquele setor.
A estratégia da Secretaria de Saúde para conter o avanço da doença inclui a ampliação da testagem e a continuidade da vacinação conforme o cronograma estipulado pelo Ministério da Saúde e orientado pelo Estado do Rio Grande do Sul.
Até o final de outubro, o município contabilizou 28 hospitalizações, sendo uma em UTI, o que reforça a importância da vacinação. A população precisa completar o esquema vacinal, principalmente grupos de risco, como idosos e pessoas com comorbidades. A vacinação é essencial para garantir que não haja um aumento significativo de internações e complicações graves, pontua a Vigilância Epidemiilógica.
Nos últimos dois meses, o aumento dos casos de covid-19 em Alegrete exigiu um cuidado redobrado dos agentes de saúde, incluindo a recomendação do uso de máscaras em ambientes fechados e a higienização das mãos.
A colaboração da comunidade é fundamental para manter os cuidados básicos e buscar a imunização nas unidades de saúde.
Mulher
Câncer de Mama: Proposta estabelece prazo para substituir implantes mamários
Com o objetivo de garantir bem-estar e dignidade às pacientes com câncer de mama, o deputado Gustavo Victorino protocolou, na Assembleia Legislativa, Projeto de Lei 350/23 que estabelece prazo para procedimentos cirúrgicos e garante acompanhamento às mulheres em tratamento.
A proposta determina o limite de 30 dias para substituição do implante mamário sempre que ocorrerem complicações inerentes à cirurgia de reconstrução da mama, bem como garante o acompanhamento psicológico e multidisciplinar especializado às pacientes que sofrerem mutilação total ou parcial de mama decorrente do tratamento de câncer.
Conforme o parlamentar, a proposição, que modifica o Estatuto da Pessoa com Câncer no Rio Grande do Sul (Lei nº 15.446/20), é um direito previsto na Lei Federal (no 14.538/2023), garantindo assim, um cuidado integral e humanizado à saúde da mulher: “Física e emocionalmente, o câncer de mama é devastador para a mulher e é nessa hora que o suporte médico e psicológico deve se fazer presente”, pontua o deputado Gustavo Victorino.
Crédito: Paulo Garcia Agência ALRS
Saúde
CAPS II completa 34 ANOS
Na última quarta-feira (19/07), o Centro de Atenção Psicossocial – CAPS II completou 34 anos de atuação em Alegrete. A história teve inicio em 2003 com a Lei da Reforma Psiquiátrica que mudou os paradigmas de tratamento em saúde mental, instituindo o cuidado em Atenção Psicossocial, através de equipes multidisciplinares. O serviço prima pelo tratamento em liberdade e pela abordagem inclusiva.
A busca do serviço oferecido pela prefeitura, por meio da Secretaria de Saúde, garante os direitos e proteção à pessoas com sofrimento psíquico ou transtornos mentais com estratégias de reinserção social, respeitando o posicionamento da pessoa na escolha do tratamento. Também oferta suporte às famílias, através de atendimentos individuais e visitas domiciliares, buscando o fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários.
A equipe multidisciplinar atualmente é composta por médico psiquiatra, médicos residentes em psiquiatria, psicólogos, assistentes sociais, oficineiros, enfermeiras, atendentes, estagiários, técnicos em enfermagem, zeladores, terapeuta ocupacional, profissionais da higiene e psicopedagoga, que prestam atendimento em grupos ou de forma individual a cerca de 900 pessoas mensalmente.
A prefeitura parabeniza a todos que fazem parte desta história!
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