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Ômicron: 5 boas notícias sobre variante da Covid-19


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Ômicron: 5 boas notícias sobre variante da covid que mantém pandemia em alta
Ignacio López-Goñi – The Conversation*

Ômicron: 5 boas notícias sobre variante da covid que mantém pandemia em alta

Ignacio López-Goñi – The Conversation*

A pandemia ainda não acabou e não sabemos como ou quando vai acabar. O nível de incerteza permanece muito alto.

Ainda há muitas coisas que não sabemos sobre a ômicron e prever como o vírus vai evoluir é muito arriscado. Não podemos até descartar que a situação piorará.

Por outro lado, há algumas boas notícias que nos permitem permanecer moderadamente otimistas.

Mulher hospitalizada

Getty Images
Há evidências crescentes de que infecção por ômicron representa risco menor de hospitalização

1. Infecção por ômicron implica em um menor risco individual de hospitalização e morte

Há evidências crescentes de que a infecção por essa variante representa um risco menor de hospitalização.

As primeiras análises vindas da África do Sul sugerem um risco reduzido de hospitalização entre pessoas infectadas com a ômicron em comparação com aquelas infectadas com outras variantes, no mesmo período de tempo.

Além disso, uma vez hospitalizadas, as pessoas infectadas com ômicron tiveram um risco reduzido de doenças graves em comparação com as pessoas infectadas com delta.

Parte dessa redução provavelmente se deve à alta imunidade da população.

Em outros países, a dissociação entre os infectados por ômicron e o número de pacientes admitidos na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e que morrem por Covid-19 também fica cada vez mais evidente, embora ainda seja difícil determinar se a nova variante é menos virulenta ou se isso é um efeito da imunidade da população (infecções anteriores e vacinação), ou uma combinação das duas coisas.

Na África do Sul, 65% menos hospitalizações foram registradas; na Escócia, 60%; e na Inglaterra, 40%.

Um relatório recente da universidade Imperial College London, na Inglaterra, concluiu que as pessoas que contraem a ômicron têm menos probabilidade de necessitar de cuidados hospitalares em comparação com a variante delta.

A UK Health Safety Agency, a agência de vigilância sanitária do Reino Unido, em seu relatório de avaliação de risco para a variante, já classifica a possibilidade de hospitalização pela ômicron como “risco relativo moderado”, em comparação com a delta (embora admita que ainda não haja dados sobre a gravidade uma vez no hospital ou mortalidade).

Mulher sendo vacinada

Getty Images
Infecções por covid vêm caindo em alguns países, muito por causa da vacinação e medidas restritivas

2. Em alguns países, casos despencam

Na Noruega, Holanda, Bélgica, Alemanha, África do Sul ou Áustria, o número de casos já começou a diminuir.

É possível que em vários desses países os efeitos da delta e da ômicron se misturem. Alguns também já estavam há várias semanas com medidas restritivas.

Mas se olharmos para a África do Sul, o efeito da ômicron parece mais evidente, o aumento foi explosivo e exponencial, e a queda também parece ser muito rápida. Alguns dados sugerem de quatro a cinco semanas para que o pico seja atingido e o mesmo tempo para a queda.

Talvez essa seja a melhor notícia.

Embora a possibilidade individual de hospitalização seja menor, uma parede vertical de casos é extremamente perigosa para o sistema de saúde e pode levar a seu colapso. Portanto, a queda no número de casos é uma notícia muito boa.

Ilustração de coronavírus

Getty Images
Novas vacinas universais contra SARS-CoV-2 e todas suas variantes, incluindo ômicron, já estão sendo desenvolvidas

3. Vacinas protegem contra a ômicron

Pessoas com duas doses permanecem protegidas contra hospitalização, mesmo que tenham perdido parte de sua proteção contra infecções.

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Isso provavelmente ocorre porque a maioria das vacinas fornece uma resposta celular que não é afetada por essa variante.

Também há dados que mostram que uma terceira dose de vacinas de RNA mensageiro tem uma potente capacidade de neutralização da ômicron.

Além disso, novas vacinas universais contra SARS-CoV-2 e todas as suas variantes, incluindo a ômicron, já estão sendo desenvolvidas.

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4. Existem medicamentos eficazes contra a ômicron

A revista científica Science apresenta em sua capa o medicamento Paxlovid, um novo antiviral oral, inibidor da protease viral, com capacidade de reduzir o risco de Covid-19 grave em mais de 90%. Esse antiviral já foi aprovado pelo FDA (Food and Drugs Administration), a agência de vigilância sanitária dos Estados Unidos.

O Paxlovid é um inibidor de uma das proteases SARS-CoV-2, chamada 3CL. O tratamento é combinado com outro inibidor da protease, ritonavir, que tem sido usado contra o HIV, o vírus que causa a Aids.

Visto que a variante ômicron não tem mutações nas proteínas que são o alvo do Paxlovid, é altamente provável que essa droga seja igualmente eficaz com a nova variante. Pelo menos, conforme relatado pela empresa Pfizer, testes in vitro comprovam isso.

Além disso, o anticorpo monoclonal Sotrovimab, da GSK, também parece ser eficaz contra a ômicron. É um anticorpo que se liga a uma área específica (epítopo) no SARS-CoV-2 compartilhado com o SARS-CoV-1 (o vírus que causa a SARS), indicando que esse epítopo é altamente conservado. Isso dificulta o desenvolvimento de resistência nas novas variantes.

Remdesivir, um inibidor da RNA polimerase viral, é outro antiviral que, em pacientes não hospitalizados com sintomas de Covid-19, resultou em um risco 87% menor de hospitalização ou morte do que o placebo.

A Gilead, fabricante do Remdesivir, fez uma análise da informação genética da ômicron e não encontrou mutações que afetassem o alvo desse medicamento, por isso, é muito provável que esse antiviral ainda esteja ativo contra essa variante.

Até o momento, a atividade antiviral do Remdesivir foi confirmada in vitro contra todas as outras variantes do SARS-CoV-2, incluindo alfa, beta, gama, delta e épsilon.

Ilustração de coronavírus

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Em testes com células e hamsters, verificou-se que a ômicron infecta menos células do pulmão

5. Ômicron infecta menos as células do pulmão

Testes com células e hamsters indicaram que a ômicron afeta menos as células dos pulmões. É verdade que ainda não se tem dados em humanos, mas existem vários trabalhos preliminares que sugerem que a variante ômicron se multiplica pior nas células do pulmão, o que poderia ser um indicativo de sua virulência mais baixa (embora fosse necessário verificar o que acontece em outros órgãos).

A situação ainda é muito delicada, principalmente pelo aumento explosivo de casos que está levando o sistema de saúde ao colapso.

Se antes 1 em 100 casos acabavam no hospital, agora, graças às vacinas, essa proporção passou de 1 para 1 mil casos.

No entanto, se o número de casos aumentar exponencialmente, as hospitalizações também aumentarão e o sistema entrará em colapso, como já estamos vendo em alguns países. Portanto, devemos ser muito cautelosos.

No entanto, essa notícia, embora preliminar, é uma boa notícia e nos permite manter o otimismo.

Se 2020 foi o ano do vírus e 2021 o das vacinas de RNA mensageiro, com sorte, 2022 será o início do fim da pandemia.

*Ignacio López-Goñi é Professor de Microbiologia da Universidade de Navarra, Espanha.

Este artigo foi publicado originalmente no site The Conversation sob a licença Creative Commons. Clique aqui para ler a versão original.


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Fonte: IG SAÚDE

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Saúde

O perigo que vem da China. Infectologistas recomendam precaução contra Metapneumovírus

 Sem vacina para HMPV, medidas como uso de máscaras e higiene são essenciais, dizem especialistas

Um surto de Metapneumovírus Humano (HMPV) foi identificado na China, levantando preocupações devido ao aumento de casos em algumas regiões do país.

Este vírus, responsável por sintomas como febre, tosse e congestão nasal, foi reportado nesta 3ª feira (08 de jan. de 2025). Apesar das preocupações, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e especialistas em infectologia descartam a possibilidade de uma nova pandemia no momento.

A OMS comunicou que mantém contato constante com as autoridades chinesas, que têm tranquilizado tanto a população quanto a comunidade internacional.

As informações indicam que a intensidade e a escala da doença são inferiores às de anos anteriores. O governo de Pequim adotou um novo protocolo de monitoramento para gerenciar a situação.

Segundo a infectologista Emy Gouveia, do Hospital Israelita Albert Einstein, a circulação do HMPV é comum, especialmente durante o inverno no hemisfério norte. Ela destacou a ausência de vacinas contra o HMPV e recomendou medidas preventivas como distanciamento social, uso de máscaras e higiene das mãos.

“Não existe um antiviral específico, e o tratamento para o paciente em casa consiste em medicamentos sintomáticos, repouso e hidratação,” afirmou Gouveia.

O HMPV foi identificado pela primeira vez em 2001 na Holanda, embora já circulasse antes dessa data. No Brasil, o vírus foi detectado em crianças menores de três anos em Sergipe, em 2004.

Gouveia observou que as mutações do HMPV são mais estáveis e raras em comparação com a Covid-19, o que facilita a gestão da doença.

A transmissão do HMPV ocorre por vias aéreas e contato com secreções contaminadas. O período de incubação varia de cinco a nove dias. Estudos indicam que a maioria das crianças até cinco anos já teve contato com o vírus.

Gouveia também alertou sobre o risco do HMPV em agravar doenças pulmonares pré-existentes, especialmente em crianças, devido à inflamação prolongada e hiperprodução de secreção.

 

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Saúde

Saquinhos de chá liberam milhões de microplásticos, alerta estudo

Pesquisa internacional mostra contaminação por plásticos em chás e possíveis impactos na saúde humana

Pesquisadores do projeto PlasticHeal, em colaboração com a Universitat Autònoma de Barcelona (UAB) e o Centro Helmholtz de Investigação Ambiental de Leipzig, Alemanha, descobriram que bolsitas de chá comerciais liberam milhões de microplásticos e nanoplásticos (MNPL) nas infusões.

 

Este estudo, divulgado em 03.jan.2025, revela que essas partículas podem penetrar nas células intestinais humanas e potencialmente alcançar a corrente sanguínea, destacando a necessidade de abordar a contaminação por plásticos em produtos de consumo diário.

A pesquisa focou em bolsitas de chá feitas de polímeros como nailon-6, polipropileno e celulose. Os resultados mostraram que o polipropileno foi o material que mais liberou partículas, com aproximadamente 1.200 milhões por mililitro de infusão.

As técnicas analíticas avançadas utilizadas incluíram microscopia eletrônica de barrido (SEM), microscopia eletrônica de transmissão (TEM), espectroscopia infravermelha (ATR-FTIR), dispersão dinâmica de luz (DLS), velocimetria laser Doppler (LDV) e análise de seguimento de nanopartículas (NTA), afirmou Alba García, investigadora da UAB.

O estudo também observou a interação dessas partículas com células intestinais humanas, descobrindo que as células produtoras de muco absorvem uma quantidade significativa desses MNPL, que podem inclusive penetrar no núcleo celular.

Isso sugere um papel crucial do muco intestinal na absorção dessas partículas e ressalta a necessidade de investigar mais a fundo os efeitos da exposição crônica a MNPL na saúde humana.

Os pesquisadores enfatizam a importância de desenvolver métodos padronizados para avaliar a contaminação por MNPL em materiais plásticos em contato com alimentos e a necessidade de políticas regulatórias para mitigar essa contaminação. 

 

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Saúde

Alegrete convoca doadores para enfrentar escassez de sangue O-

Com estoque crítico, Hemocentro de Alegrete organiza coleta externa e estende horários para receber doações

O Hemocentro Regional de Alegrete enfrenta uma situação crítica em seu estoque de sangue, com especial urgência para o tipo O-. A instituição possui apenas uma unidade disponível e busca atender às crescentes demandas por transfusões.

 

 

A crise levou ao pedido de auxílio ao Hemocentro de Santa Maria, que foi solicitado a enviar mais bolsas de sangue. A situação foi divulgada nesta 4ª feira (26 de dezembro de 2024), com o objetivo de mobilizar a comunidade para doações urgentes.

Fernanda Soares, assistente social do Hemocentro, destacou a necessidade de doações. “Devido à alta demanda por sangue do tipo O- e outras tipagens, foi lançada uma campanha de urgência para mobilizar doadores a comparecerem ao hemocentro e realizarem suas doações,” afirmou.

A meta é alcançar dez unidades até o final da manhã de 6ª feira (27 de dezembro de 2024).

Para facilitar o acesso dos doadores, o Hemocentro de Alegrete manterá o atendimento normal nesta 5ª e 6ª feira. Uma coleta externa está programada para a próxima 2ª feira (30 de dezembro de 2024) na cidade de Itaqui. “Fazemos um apelo para que a população se dirija ao Hemocentro de Alegrete e contribua com as vidas que dependem dessas doações,” reforçou Soares.

Localizado na Rua General Sampaio, 10, bairro Canudos, o Hemocentro opera das 7h às 13h. A necessidade de sangue do tipo O- é urgente devido à sua capacidade de ser transfundido em pacientes de qualquer tipo sanguíneo, o que o torna vital em emergências.

 

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