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Oposição apura se Bolsonaro e Queiroga obstruíram vacinação infantil


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Registro do ministro da Saúde no Senado
Jefferson Rudy/ Agência Senado

Registro do ministro da Saúde no Senado

O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), a deputada Tabata Amaral (PSB-SP) e o secretário de Educação do município do Rio de Janeiro, Renan Carneiro, apresentaram uma “notícia-crime” no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Eles avaliam que houve o “provável cometimento do crime de prevaricação” pela demora em incluir as crianças de cinco a 11 anos entre as pessoas a serem vacinadas contra Covid-19. E pedem que o caso seja enviado para análise do procurador-geral da República, Augusto Aras, para que “proceda à realização das diligências necessárias à apuração dos fatos”.

Os parlamentares lembraram que, apesar de os riscos serem menores entre os mais jovens, 2,5 mil crianças e adolescentes brasileiros morreram em decorrência da doença. Segundo eles, as condutas de Bolsonaro e Queiroga “potencialmente configuram ações deliberadas e coordenadas para retardar a inclusão da vacina contra Covid-19 para crianças de cinco a onze anos no Plano Nacional de Imunização, impondo obstáculos que geram o atraso na definição da estratégia de campanha de vacinação, logística, aquisição, distribuição e monitoramento do processo como um todo”.

O crime de prevaricação tem pena prevista de detenção de três meses a um ano, além de multa.

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Na quinta-feira da semana passada, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou a vacina da Pfizer para quem tem entre cinco e 11 anos. Depois disso, em transmissão nas suas redes sociais, o presidente Jair Bolssonaro lançou novamente suspeitas sobre a vacinação e intimidou os servidores da Anvisa, afirmando que queria divulgar os nomes dos integrantes da agência que aprovaram a utilização da vacina da Pfizer em crianças. Bolsonaro disse que pediu a lista de forma “extra-oficial” para que “todos tomem conhecimento” dos nomes dos técnicos responsáveis pela aprovação. Bolsonaro também foi favor de aplicar a vacina apenas com consentimento dos pais.

Já o ministro da Saúde informou que seria feita uma consulta e uma audiência pública antes de tomar uma decisão sobre a vacinação em crianças. Em outro processo no STF, o ministro Ricardo Lewandowski deu ao governo federal um prazo que vence em 5 de janeiro, quando a consulta e a audiência já terão terminado, para que preste esclarecimentos sobre os assuntos.

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Para os parlamentares que apresentaram a ação no STF, não cabem consultas públicas em decisões baseadas em conhecimento científico. A medida assim, teria sido usada para retardar a vacinação das crianças. Eles também dizem que a estratégia de atrasar a imunização esconde na verdade a omissão do governo federal em combater a pandemia. Por fim, avaliam que o governo age contra a lei que estabelece a possibilidade de vacinação obrigatória.

“A competência para aprovação do uso de determinado imunizante cabe à Anvisa, e não à população em geral por meio de consulta pública, tampouco ao Presidente da República que não possui a expertise técnica fundamental para a tomada de decisão de tamanha importância. Repise-se que as vacinas produzidas pela fabricante Pfizer já adquiriram o registro definitivo na Anvisa, contrariando, mais uma vez, a narrativa do Presidente da República de que a aprovação do imunizante tem caráter experimental, em mais uma manobra para deslegitimar ou enfraquecer as competências da Agência e se furtar de suas obrigações enquanto Chefe de Governo”, diz trecho da ação.

Os parlamentares destacaram ainda que Queiroga disse estar esperando a Anvisa enviar a documentação sobre a vacina, enquanto a agência informou que não recebeu tal pedido do Ministério da Saúde.

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Saúde

O perigo que vem da China. Infectologistas recomendam precaução contra Metapneumovírus

 Sem vacina para HMPV, medidas como uso de máscaras e higiene são essenciais, dizem especialistas

Um surto de Metapneumovírus Humano (HMPV) foi identificado na China, levantando preocupações devido ao aumento de casos em algumas regiões do país.

Este vírus, responsável por sintomas como febre, tosse e congestão nasal, foi reportado nesta 3ª feira (08 de jan. de 2025). Apesar das preocupações, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e especialistas em infectologia descartam a possibilidade de uma nova pandemia no momento.

A OMS comunicou que mantém contato constante com as autoridades chinesas, que têm tranquilizado tanto a população quanto a comunidade internacional.

As informações indicam que a intensidade e a escala da doença são inferiores às de anos anteriores. O governo de Pequim adotou um novo protocolo de monitoramento para gerenciar a situação.

Segundo a infectologista Emy Gouveia, do Hospital Israelita Albert Einstein, a circulação do HMPV é comum, especialmente durante o inverno no hemisfério norte. Ela destacou a ausência de vacinas contra o HMPV e recomendou medidas preventivas como distanciamento social, uso de máscaras e higiene das mãos.

“Não existe um antiviral específico, e o tratamento para o paciente em casa consiste em medicamentos sintomáticos, repouso e hidratação,” afirmou Gouveia.

O HMPV foi identificado pela primeira vez em 2001 na Holanda, embora já circulasse antes dessa data. No Brasil, o vírus foi detectado em crianças menores de três anos em Sergipe, em 2004.

Gouveia observou que as mutações do HMPV são mais estáveis e raras em comparação com a Covid-19, o que facilita a gestão da doença.

A transmissão do HMPV ocorre por vias aéreas e contato com secreções contaminadas. O período de incubação varia de cinco a nove dias. Estudos indicam que a maioria das crianças até cinco anos já teve contato com o vírus.

Gouveia também alertou sobre o risco do HMPV em agravar doenças pulmonares pré-existentes, especialmente em crianças, devido à inflamação prolongada e hiperprodução de secreção.

 

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Saúde

Saquinhos de chá liberam milhões de microplásticos, alerta estudo

Pesquisa internacional mostra contaminação por plásticos em chás e possíveis impactos na saúde humana

Pesquisadores do projeto PlasticHeal, em colaboração com a Universitat Autònoma de Barcelona (UAB) e o Centro Helmholtz de Investigação Ambiental de Leipzig, Alemanha, descobriram que bolsitas de chá comerciais liberam milhões de microplásticos e nanoplásticos (MNPL) nas infusões.

 

Este estudo, divulgado em 03.jan.2025, revela que essas partículas podem penetrar nas células intestinais humanas e potencialmente alcançar a corrente sanguínea, destacando a necessidade de abordar a contaminação por plásticos em produtos de consumo diário.

A pesquisa focou em bolsitas de chá feitas de polímeros como nailon-6, polipropileno e celulose. Os resultados mostraram que o polipropileno foi o material que mais liberou partículas, com aproximadamente 1.200 milhões por mililitro de infusão.

As técnicas analíticas avançadas utilizadas incluíram microscopia eletrônica de barrido (SEM), microscopia eletrônica de transmissão (TEM), espectroscopia infravermelha (ATR-FTIR), dispersão dinâmica de luz (DLS), velocimetria laser Doppler (LDV) e análise de seguimento de nanopartículas (NTA), afirmou Alba García, investigadora da UAB.

O estudo também observou a interação dessas partículas com células intestinais humanas, descobrindo que as células produtoras de muco absorvem uma quantidade significativa desses MNPL, que podem inclusive penetrar no núcleo celular.

Isso sugere um papel crucial do muco intestinal na absorção dessas partículas e ressalta a necessidade de investigar mais a fundo os efeitos da exposição crônica a MNPL na saúde humana.

Os pesquisadores enfatizam a importância de desenvolver métodos padronizados para avaliar a contaminação por MNPL em materiais plásticos em contato com alimentos e a necessidade de políticas regulatórias para mitigar essa contaminação. 

 

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Saúde

Alegrete convoca doadores para enfrentar escassez de sangue O-

Com estoque crítico, Hemocentro de Alegrete organiza coleta externa e estende horários para receber doações

O Hemocentro Regional de Alegrete enfrenta uma situação crítica em seu estoque de sangue, com especial urgência para o tipo O-. A instituição possui apenas uma unidade disponível e busca atender às crescentes demandas por transfusões.

 

 

A crise levou ao pedido de auxílio ao Hemocentro de Santa Maria, que foi solicitado a enviar mais bolsas de sangue. A situação foi divulgada nesta 4ª feira (26 de dezembro de 2024), com o objetivo de mobilizar a comunidade para doações urgentes.

Fernanda Soares, assistente social do Hemocentro, destacou a necessidade de doações. “Devido à alta demanda por sangue do tipo O- e outras tipagens, foi lançada uma campanha de urgência para mobilizar doadores a comparecerem ao hemocentro e realizarem suas doações,” afirmou.

A meta é alcançar dez unidades até o final da manhã de 6ª feira (27 de dezembro de 2024).

Para facilitar o acesso dos doadores, o Hemocentro de Alegrete manterá o atendimento normal nesta 5ª e 6ª feira. Uma coleta externa está programada para a próxima 2ª feira (30 de dezembro de 2024) na cidade de Itaqui. “Fazemos um apelo para que a população se dirija ao Hemocentro de Alegrete e contribua com as vidas que dependem dessas doações,” reforçou Soares.

Localizado na Rua General Sampaio, 10, bairro Canudos, o Hemocentro opera das 7h às 13h. A necessidade de sangue do tipo O- é urgente devido à sua capacidade de ser transfundido em pacientes de qualquer tipo sanguíneo, o que o torna vital em emergências.

 

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