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Hackers vendem senhas de servidores após invadirem sistemas do governo


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Conecte SUS
Banco de imagens/Pixabay/edit

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Sem investimento em tecnologia de informação, o governo federal, responsável por guardar dados sigilosos de milhões de brasileiros, vive uma “ciberinsegurança”. Ocorrida há mais de dez dias, a invasão de hackers ao ConecteSUS , Painel Coronavírus e DataSUS — que monitoram a evolução da pandemia e da vacinação no país — expôs mais as fragilidades da rede da União do que a habilidade dos criminosos. Isso foi constatado em uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) que, em maio, identificou que 74% dos órgãos da administração federal não têm uma política padrão de backup e 66% das instituições não armazenam arquivos criptografados. Com a consolidação do home office e o processo de digitalização do serviço público, o Brasil virou um terreno fértil para ataques virtuais.

De acordo com o GSI, em 2020 o país bateu o recorde de ocorrências cibernéticas, com 24.300 registradas. Os bancos de dados da Saúde derrubados ainda não foram completamente reestabelecidos, o que sugere, de acordo com especialistas, que o problema é mais complexo e que os invasores podem ter tido acesso à nuvem (arquivo virtual dos dados) dessas instituições.

No início, as autoridades tentaram minimizar a gravidade da invasão e a classificaram como “pichação virtual”. Mas relatórios internos do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e do TCU mostram que a realidade dos sistemas públicos propicia o crime: senhas fracas, ausência de criptografia e de ferramentas de duplo fator de autenticação, baixos investimentos em antivírus e em equipes de Tecnologia da Informação.

Quanto mais aberto e acessível o serviço oferecido pelo sistema aos usuários, maiores são os riscos sem investimento tecnológico.

“Quando ocorre a migração de dados para a nuvem é como se terceirizassem a segurança. E há um dilema: quanto mais eficiente for o sistema, mais aberto e de fácil acesso, menos seguro ele será”, diz o diretor da empresa de segurança cibernética Harpia, Filipe Soares, que já trabalhou por mais de dez anos na Abin.

Os hackers descobriram nessas fragilidades um mercado rentável. O GLOBO teve acesso a prints de um fórum hacker de origem russa com pelo menos sete anúncios de venda de logins e senhas de usuários do Ministério da Saúde, da Controladoria Geral da União (CGU) e da Agência Brasileira de Informação (Abin). Uma das principais linhas de investigação do GSI e Polícia Federal é que a nuvem da pasta da Saúde teria sido invadida por um “perfil legítimo de administrador”. Tanto é que uma das primeiras providências foi a suspensão das credenciais de funcionários terceirizados, licença ou férias.

Fonte: IG SAÚDE

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Saúde

Governador entrega veículo para Coordenadoria da Saúde

Na sexta-feira, 14 de fevereiro, o governador Eduardo Leite entregou 50 veículos novos à Secretaria da Saúde (SES) em Porto Alegre

Os veículos, sendo 25 sedans e 25 caminhonetes 4×4, custaram cerca de R$ 8,1 milhões, com recursos do Estado e do governo federal. Destinados às 18 coordenadorias regionais da SES e ao nível central, os carros visam melhorar a prestação de serviços de saúde.

 

A cerimônia contou com autoridades, como o próprio Governador Eduardo Leite, o deputado Frederico Antunes e a Secretária da Saúde, Arita Bergmann.

Entre os beneficiados estava a 10ª Coordenadoria de Saúde, representada por Haracelli Fontoura.

 

 

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Saúde

Aumento da depressão em idosos preocupa no Brasil

Dados do IBGE revelam que 13,2% dos idosos entre 60 e 64 anos sofrem de depressão, superando a média nacional. Solidão e perdas agravam depressão entre idosos

A incidência de depressão entre idosos no Brasil tem apresentado um aumento preocupante, com 13,2% das pessoas entre 60 e 64 anos diagnosticadas com a condição, superando a média nacional de 10,2% para indivíduos acima dos 18 anos, conforme dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Este aumento é ainda mais acentuado entre aqueles com 75 anos ou mais, registrando um crescimento de 48% entre 2013 e 2019. A história de Ciro Martins, 71 anos, reflete essa realidade. Após perder sua esposa em 2023, Ciro enfrentou uma profunda solidão que o levou à depressão.

A intervenção de um ex-colega de trabalho o encorajou a buscar ajuda profissional, resultando em um diagnóstico de depressão e um tratamento eficaz que revitalizou seu interesse pelas atividades diárias e pela socialização.

Especialistas apontam que a depressão em idosos é causada por uma combinação de fatores biológicos, como alterações nos níveis de neurotransmissores e o uso de medicamentos que podem agravar os sintomas, e sociais, principalmente o isolamento social e a solidão.

Alfredo Cataldo Neto, professor da Escola de Medicina da Pucrs, destaca a importância de uma abordagem diferenciada no tratamento da depressão em idosos, observando que os sintomas muitas vezes se manifestam de maneira distinta, com queixas físicas frequentemente substituindo expressões diretas de sofrimento emocional.

A solidão, agravada pela perda de cônjuges e mudanças familiares, é um dos principais desafios enfrentados pelos idosos. A taxa de suicídio entre essa faixa etária tem crescido no Brasil, evidenciando a gravidade da situação.

No Rio Grande do Sul, a expectativa de que 40% da população terá mais de 60 anos até 2070 ressalta a urgência de implementar políticas públicas voltadas para a saúde mental dos idosos.

Com informações do JC

 

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Saúde

O perigo que vem da China. Infectologistas recomendam precaução contra Metapneumovírus

 Sem vacina para HMPV, medidas como uso de máscaras e higiene são essenciais, dizem especialistas

Um surto de Metapneumovírus Humano (HMPV) foi identificado na China, levantando preocupações devido ao aumento de casos em algumas regiões do país.

Este vírus, responsável por sintomas como febre, tosse e congestão nasal, foi reportado nesta 3ª feira (08 de jan. de 2025). Apesar das preocupações, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e especialistas em infectologia descartam a possibilidade de uma nova pandemia no momento.

A OMS comunicou que mantém contato constante com as autoridades chinesas, que têm tranquilizado tanto a população quanto a comunidade internacional.

As informações indicam que a intensidade e a escala da doença são inferiores às de anos anteriores. O governo de Pequim adotou um novo protocolo de monitoramento para gerenciar a situação.

Segundo a infectologista Emy Gouveia, do Hospital Israelita Albert Einstein, a circulação do HMPV é comum, especialmente durante o inverno no hemisfério norte. Ela destacou a ausência de vacinas contra o HMPV e recomendou medidas preventivas como distanciamento social, uso de máscaras e higiene das mãos.

“Não existe um antiviral específico, e o tratamento para o paciente em casa consiste em medicamentos sintomáticos, repouso e hidratação,” afirmou Gouveia.

O HMPV foi identificado pela primeira vez em 2001 na Holanda, embora já circulasse antes dessa data. No Brasil, o vírus foi detectado em crianças menores de três anos em Sergipe, em 2004.

Gouveia observou que as mutações do HMPV são mais estáveis e raras em comparação com a Covid-19, o que facilita a gestão da doença.

A transmissão do HMPV ocorre por vias aéreas e contato com secreções contaminadas. O período de incubação varia de cinco a nove dias. Estudos indicam que a maioria das crianças até cinco anos já teve contato com o vírus.

Gouveia também alertou sobre o risco do HMPV em agravar doenças pulmonares pré-existentes, especialmente em crianças, devido à inflamação prolongada e hiperprodução de secreção.

 

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