Mulher
Ana Paula Padrão relembra os desafios na profissão
Durante entrevista ao apresentador Celio Ashcar Jr em uma transmissão ao vivo no Youtube do Promoview, no Teatro Raul Cortez, em São Paulo. Ana Paula Padrão relembrou as dificuldades que passou durante carreira já chegando a ouvir que não serviria para o jornalismo na TV.
“Quando eu ouço um ‘não’, eu me sinto mais desafiada. Eu não sou uma pessoa que desiste à toa. No começo da minha profissão, trabalhava em rádio, tentei emprego em uma TV que estava abrindo, na época, a TV Bandeirantes… Olha que ironia do destino, estou há sete anos trabalhando na Band que estava abrindo em Brasília e a pessoa que me atendeu, disse que tinha visto a minha fitinha e que era para eu desistir, que eu nunca seria uma jornalista da TV, que era melhor procurar uma outra coisa. Eu saí de lá e pensei que eu poderia ser uma jornalista de jornal mesmo, eu nem queria fazer televisão, mas não desisti do jornalismo e não parei de sonhar”, desabafa.
A jornalista também relembra que sempre teve coragem para se arriscar na profissão, que gostava de buscar desafios em áreas importantes como política e economia, sem se deixar abater por sua área ser predominantemente masculina.
“O jornalismo, apesar de não ter mulheres em postos de comando nos grandes grupos de mídia, sempre tivemos jornalistas atuando em áreas muito importantes como política e economia. Quando entrei no mercado de trabalho, nos anos 80, já havia muitos colunistas em Brasília. Não havia talvez muitas correspondentes internacionais, muito menos, mulheres dispostas a ir para guerra. Fui para muitas guerras e regiões de conflito, nunca ninguém me pediu isso. Eu sempre me pautei, sempre desejei ir e nunca foi um sacrifício! Sempre foi um prazer, sempre quis estar onde as coisas estivessem acontecendo e fazer coisas que não tivessem sido feitas até então. Começar a sonhar, o sonho grande, desde pequena, faz muita diferença para uma mulher, Não educar a mulher só para ir na sala perguntar se alguém precisa de café, faz muita diferença”, afirma a jornalista.
Ana Paula também abordou durante a entrevista sobre a importância da solidariedade entre as mulheres, e elogiou a ex-colega de trabalho, a chef Paola Carosella, que segundo ela a apoiou muito e ajudou com o seu eu feminino.
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“A Paola me ensinou muito em demonstrar vulnerabilidade. É uma coisa que o jornalismo não treina você. O jornalismo treina você para ser uma pessoa mais dura para estar diante de situações, às vezes, muito triste dramáticas e perigosas, você precisa manter um escudo (..) e se manter minimamente blindada para narrar aquela história. A Paola me ensinou que não tem nada de errado em chorar publicamente, em se manter alegre e demonstrar sentimentos. Acredito que estamos ficando mais solidárias entre as mulheres. Se você prestar atenção no movimento feminista dos anos 70, eram mulheres brancas, as negras não eram incluídas. Hoje, temos grupos muito fortes, que tem voz muito potentes, que são grupos de mulheres negras, de mulheres brancas que se solidarizam com a luta com as questões da mulher negra e acho que isso é o espírito da solidariedade. A gente está mudando”.
Ainda falando sobre feminilidade, ela revelou que já não usa mais sutiã, e até chegou a lembrar de uma propaganda que a marcou durante muito tempo. A campanha do “primeiro sutiã, a gente nunca esquece”, e que agora já mais madura, esse sentimento voltado a mulher recatada não faz mais sentido para ela.
“É uma fase das meninas em que elas estão mudando em tudo (…) e começando a ser olhadas de uma maneira diferente e, naquela época, a gente tinha preocupação em esconder algumas partes do corpo e o sutiã era uma âncora muito importante. Usei sutiã décadas da minha vida, hoje uso muito menos, porque cansei. Acho que nunca encontrei um sutiã 100% confortável e hoje só uso quando é parte da roupa. Eu quero que apareça um pouquinho, porque tem um brilho de renda cor, mas por causa da obrigação de usar um sutiã para parecer uma pessoa mais ou menos recatada, isso eu já ultrapassei Aquela publicidade é uma poesia. É uma profunda sensibilidade para compreender o momento da mulher e o que vivíamos naquela época”.
Mulher
Neste domingo, escritora alegretense será entrevistada na TV Cultura
Escritora Eliana Rigol aborda a história oculta das mulheres no Café Filosófico .Programa da TV Cultura vai ao ar no próximo domingo, dia 3, às 19h
A escritora gaúcha Eliana Rigol será a convidada do próximo Café Filosófico, que vai ao ar no domingo, dia 3, às 19h, na TV Cultura. No programa, ela irá abordar o tema da história oculta das mulheres, como parte da série “Novas mulheres, antigos papeis”, gravada em maio, no Instituto CPFL, em Campinas (SP), com curadoria da historiadora e roteirista Luna Lobão.
Para Eliana, que atualmente vive em Barcelona, na Espanha, foi uma honra ter sido convidada a subir no palco de um programa do qual sempre foi fã, mas onde, normalmente, só via homens sendo entrevistados. “Foi uma alegria genuína estar representando tantas e tantas mulheres no Brasil e no mundo que não tiveram momento para fala e escuta nesse mundo desenhado por homens e para homens”, conta.
Nascida em Alegrete, Eliana já morou em São Paulo, Toronto e Lisboa. Advogada de formação e escritora por vocação, ela atua com mentoria de mulheres (Jornada da Heroína) Ela é autora de quatro livros: Moscas no Labirinto (Pergamus, 2015), indicado ao Prêmio AGES, Afeto Revolution, finalista do Prêmio Jabuti, Herstory e Parir é sexual, os três últimos publicados pela editora Zouk, de Porto Alegre.
Mulher
Câncer de Mama: Proposta estabelece prazo para substituir implantes mamários
Com o objetivo de garantir bem-estar e dignidade às pacientes com câncer de mama, o deputado Gustavo Victorino protocolou, na Assembleia Legislativa, Projeto de Lei 350/23 que estabelece prazo para procedimentos cirúrgicos e garante acompanhamento às mulheres em tratamento.
A proposta determina o limite de 30 dias para substituição do implante mamário sempre que ocorrerem complicações inerentes à cirurgia de reconstrução da mama, bem como garante o acompanhamento psicológico e multidisciplinar especializado às pacientes que sofrerem mutilação total ou parcial de mama decorrente do tratamento de câncer.
Conforme o parlamentar, a proposição, que modifica o Estatuto da Pessoa com Câncer no Rio Grande do Sul (Lei nº 15.446/20), é um direito previsto na Lei Federal (no 14.538/2023), garantindo assim, um cuidado integral e humanizado à saúde da mulher: “Física e emocionalmente, o câncer de mama é devastador para a mulher e é nessa hora que o suporte médico e psicológico deve se fazer presente”, pontua o deputado Gustavo Victorino.
Crédito: Paulo Garcia Agência ALRS
Mulher
Bolsonaro sanciona lei de enfrentamento à violência contra às mulheres
Está publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (5), a Lei 14.330/22 que inclui o Plano Nacional de Prevenção e Enfrentamento à Violência contra a Mulher como instrumento de implementação da Política Nacional de Segurança Pública e Defesa Social.
A norma determina a previsão de ações, estratégias e metas específicas sobre esse tipo de violência que devem ser implementadas em conjunto com órgãos e instâncias estaduais, municipais e do Distrito Federal, responsáveis pela rede de prevenção e de atendimento das mulheres em situação de violência.
Depois de passar pela Câmara, o texto foi aprovado pelo Senado em março, como parte da pauta prioritária da campanha 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher.
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