Contato

Agro Notícia

Lançamento de livro sobre a história de combate à febre aftosa reúne representantes de diversas gerações em Cuiabá


O lançamento do livro “Adeus ao vírus – Erradicação da febre aftosa: a participação de Mato Grosso na maior epopeia veterinária das Américas” (Entrelinhas Editora) reuniu várias gerações de médicos-veterinários, produtores rurais, jornalistas e outros profissionais ligados ao setor agropecuário, no auditório da Famato, na manhã de quinta-feira (16/12). Escrita pelos de jornalistas Martha Baptista e Sérgio de Oliveira, sob os auspícios do Fundo Emergencial de Saúde Animal do Estado de Mato Grosso (Fesa-MT), a obra resgata em mais de 300 páginas a história de sucesso do combate à febre aftosa, num momento em que o estado está prestes a celebrar 26 anos sem qualquer registro da doença.

No final de setembro de 2020, os autores começaram a ouvir os primeiros depoimentos de pessoas que trabalharam em prol da erradicação da enfermidade de maior impacto econômico na cadeia produtiva da carne. Mais de 70 entrevistas foram realizadas com fontes de Mato Grosso e outros estados, da capital federal, Bolívia e outros países. Diversos protagonistas dessa saga, descrita como a maior epopeia veterinária das Américas, fizeram questão de estar presentes ao evento de lançamento. Entre eles, destaque para os veteranos da Campanha de Combate à Febre Aftosa de Mato Grosso (Cacofa), iniciativa do início dos anos 1970: Waldebrand Coelho, Juarez Molina, Jaime Bom Despacho, João Lozano Ewbank de Campos, Wilton da Silva Santos, Manoel de Aquino Filho e Adair José de Moraes.

Veio gente da Bolívia, como Aldo Vaca, presidente da Asociación de Ganaderos de San Matias (Agasam); de Brasília, como Aluísio Sathler, veterano do Coordenação de Combate à Febre Aftosa (CCFA) do Ministério da Agricultura; e de Santa Catarina, como o professor Clovis Improta, que deu os primeiros cursos de Educação Sanitária e Comunicação para a Saúde em Mato Grosso. Houve quem enviasse seu depoimento em vídeo, como Guilherme Marques, do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea) e do Mapa; Pedro de Camargo, idealizador do Fundepec, o primeiro fundo privado de enfrentamento da febre aftosa no Brasil; Jogi Humberto Oshiai, ex-assessor da Missão do Brasil junto às Comunidades Europeias que muito contribuiu para superar as barreiras que impediam a exportação da carne bovina in natura; e Ivan Suzuki Serpa, ex-servidor do Indea, que representa a mudança de mentalidade na forma de enfrentamento à febre aftosa em Mato Grosso.

“É preciso conhecer o passado para entender o presente e planejar o futuro”, afirmou Serpa em seu depoimento, destacando seu orgulho em ser o personagem do livro.

O resgate da história de combate à febre aftosa torna-se especialmente importante no momento em que Mato Grosso está caminhando para a retirada da vacinação contra a enfermidade em todo o seu território, na opinião de Antonio Carlos Carvalho de Sousa, presidente do Fesa-MT.

“A realização deste resgate histórico foi uma sugestão do saudoso dr. Edson Ricardo de Andrade, ex-conselheiro do Fesa-MT, realizada com êxito pelos jornalistas Martha Baptista e Sérgio de Oliveira. É importante que as novas gerações conheçam e valorizem o trabalho árduo dos pioneiros que contribuíram para a erradicação da doença no país (o Brasil foi declarado livre de aftosa com vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal – OIE em 2018). Mato Grosso está há mais de 25 anos sem registro de febre aftosa e estamos trabalhando pela retirada total da vacinação em novembro de 2022”, comentou o presidente.

“A gente tem que render méritos aos que começaram, como os ex-presidentes da Famato, Zeca D’Ávila (que fundou e presidiu o Fundo Emergencial da Febre Aftosa do Estado de Mato Grosso/Fefa, precursor do Fesa) e Homero Alves Pereira e, principalmente aos produtores rurais, que vacinaram sistemática e rigorosamente todo o rebanho“, comentou o presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato), Normando Corral, que destacou o envolvimento dos órgãos de controle como o Indea-MT nessa luta vitoriosa. O pecuarista Luiz Carlos Meister, ex-vice-presidente do Fefa-MT e representante da indústria frigorífica no fundo pioneiro, também enalteceu a parceria entre a iniciativa privada e o governo de Mato Grosso no combate à febre aftosa em Mato Grosso.

O livro publicado pela Entrelinhas Editora, como parte da série Memória do Agronegócio, conta como o vírus da aftosa foi identificado no século XVI, na Itália, chegando às Américas no século XIX, e como foi sua erradicação em países como os Estados Unidos, onde não circula desde 1929.  Resgata também a traumática experiência de quem lidou com a doença quando ainda não havia disponibilidade de vacinas no país, passando pela fundação de entidades como o Panaftosa, estruturação dos serviços veterinários estaduais, criação dos Fundos Emergenciais privados, produção das primeiras vacinas a serem utilizadas em campanhas e a impressionante evolução desses imunizantes – um dos fatores primordiais para a erradicação da doença em nosso país. A obra traz ainda um panorama da situação atual no continente sul-americano, onde apenas a Venezuela registra casos da doença, e abre espaço para a discussão do momento: se o Brasil está realmente preparado para retirar a vacinação.

O livro não será comercializado e sua distribuição será direcionada pelo Fesa-MT a Sindicatos Rurais, universidades, pesquisadores e órgãos do setor agropecuário. Os interessados em conhecer a obra deverão procurar o Fesa-MT: www.fesamt.com.br.

Fonte: CNA Brasil

Publicidade
Comentários

Agro Notícia

Pedidos de recuperação judicial crescem entre produtores rurais

 No segundo trimestre de 2024, solicitações aumentaram mais de três vezes, com produtores de soja liderando

Fatores como juros altos e custos de produção elevados impactam negativamente o setor, especialmente em MG e MT. Agricultores enfrentam dificuldades financeiras crescentes e o primeiro semestre de 2024 registra alta em pedidos de recuperação judicial, refletindo a pressão sobre o agronegócio.

Um levantamento da Serasa Experian, divulgado nesta terça-feira (23 de outubro de 2024), mostrou um aumento nos pedidos de recuperação judicial por produtores rurais no Brasil. No segundo trimestre de 2024, o número de solicitações cresceu de 34 para 121. Esse aumento representa um crescimento de mais de três vezes em relação ao mesmo período do ano anterior. Os produtores de soja lideram com 53 pedidos.

Marcelo Pimenta, chefe de agronegócios da Serasa Experian, atribuiu o crescimento a uma série de fatores adversos. “O aumento dos juros, o preço ameno das commodities e os custos mais altos para a produção impactaram de forma negativa aqueles que já estavam comprometidos financeiramente”, afirmou. Essa situação destaca as dificuldades enfrentadas pelo setor, marcado por custos elevados e retornos financeiros incertos.

Minas Gerais e Mato Grosso foram os estados mais afetados, com 31 e 28 pedidos, respectivamente. No primeiro semestre de 2024, 207 produtores rurais buscaram recuperação judicial, um número significativamente maior que no mesmo período de 2023. Além disso, 94 empresas do agronegócio também solicitaram recuperação judicial no segundo trimestre de 2024, um aumento de 71% em comparação ao ano anterior.

Os desafios financeiros não se limitam a produtores individuais. O setor agrícola como um todo enfrenta problemas, afetando desde pequenos produtores até grandes corporações. A situação dos produtores de soja é particularmente preocupante, com preços desfavoráveis e custos de produção elevados. A volatilidade dos preços das commodities e o aumento dos custos de insumos, como fertilizantes e combustíveis, exercem pressão adicional sobre os agricultores, muitos dos quais operam com margens de lucro reduzidas

Continue lendo

Agro Notícia

Crianças vivenciam o agro na prática durante à Exposição Agropecuária

Associação De olho no material escolar? Isto mesmo existe uma associação criada no RS, dentro da Farsul, que está se espalhando pelo Brasil inteiro. Na Exposição Agropecuária de Alegrete ela está atuando para um público que participa ativamente. Tem sido assim manhã e tarde.

 

A Comissão Jovem do SRA, através do projeto Vivenciando a prática, abraçou à idéia Associação de olho no material escolar, a partir da associada Martha Louzada e aí às aulas fluiram.

Nesta quinta-feira foi uma turma do Colégio Luíza de Freitas Valle Aranha. Os alunos são acolhidos e inicia um tour pelo parque.

O objetivo do “De olho”, segundo Martha é “gerar um conhecimento sobre a importância do agro no cotidiano destas crianças”.

A caminhada inicia com a entrega de uma folha com as respectivas estações que ao longo do percurso vão sendo preenchidas com adesivos até à chegada na mina do tesouro. Cataventos para orientação climática e meio ambiente.

 

Eles são levado às baias, tocam nos cavalos, são sensibilizados sobre a importância dos animais na lida do campo, já no box dos bovinos, a turma pode falar e aprender um pouco mais sobre a produção leiteira e carne, e tiveram ainda a experiência de um couro estaqueado, sendo preparado para os guasqueiros.

 

Em todas estas paradas, eles
portanto, ali na prática, dezenas de crianças tomaram ciência de outro vasto léque de produtos feitos à partir do couro com impacto no cotidiano das pessoas, como gelatinas, capsulas, shampus e é claro, calçados, cintas e outros subprodutos.

 

Os alunos ainda visitaram os bretes dos ovinos, interagindo e aprendendo mais sobre os diversos usos tanto da carne como da lã.

 

Depois fizeram fotos e a caminhada prosseguiu. No setor de máquinas agrícolas outra aula entusiasmada, alegre e interativa. A penúltima.
Conduzidos pela turma da Comissão Jovem, em todo o trajeto, não escondem a expectativa do fechamento fo circuíto. Enfim, chegaram ao estande do Sicredi.

 

Lanche, atividade lúdica, com filme da turma da Mônica, sobre educação financeira e questionamentos sobre mesada, como gastar o dinheiro, uso racional da renda familiar, pagamentos das despesas, o que o dinheiro compra e o que não compra(valores éticos, afetivos e morais) e até sonho das carreiras profissionais.

Este era o tesouro, acompanhado de brinde e um baita lanche, fotos e muita alegria e novos aprendizados.

 

“Este projeto vem crescendo, porque nasceu da necessidade de termos dados para contrapor a base curricular injusta e preconceituosa com relação ao agro”, explica Martha Louzada.

Os sindicatos rurais, outras entidades e associados particulares, pagam para que insituições como a USP e a Embrapa façam levantamentos e criem acervos robustos em defesa do agro, para que sejam semeadas versões pedagógicas para públicos que vão desde alunos da primeira infância, até contrapontos na esfera política.

 

“Os dados levados à Brasília, junto à congressistas fez adiar a aprovação do novo texto do Plano Nacional de Educação. “O texto distorcia e tornava o agro como bandido na bibliografa que seria distribuída massivamente nas escolas brasileiras”, dispara Martha.
A difusão deste projeto está tomando corpo para “evitar os estragos de uma pedagogia distorcidade sobre à produção agropecuária e sua vasta cadeia produtiva” assegura ela.

Continue lendo

Agro Notícia

Produtores de Alegrete se somam ao grande protesto do agro gaúcho

Em Alegrete a concentração dos tratores, máquinas e caminhões acontece próximo do posto Texacão, na Br 290.
O movimento divulgou a pauta e o apartidarismo dos produtores.
Confira os 10 pontos que mobiliza o agro neste dia 8.

❌❌ *REGRAS 

Nosso objetivo é o *direito para os produtores*, totalmente pacífico, buscando defender os produtores:

01. Unindo os produtores rurais em uma frente unificada em prol dos interesses e direitos dos produtores da *agricultura e pecuária e toda sua cadeia produtiva* no estado do Rio Grande do Sul.

02. Inclusão e Representatividade:

• *Todos os produtores*, independentemente do porte ou especialização (seja na agricultura familiar, pequena, média, grande, do setor leiteiro, pecuária, orizicultura, uva, psicultura, apicultura, soja, hortaliças, fruticultura, *toda a cadeia produtiva*, etc.), são essenciais e bem-vindos.

03. Apartidarismo e Foco no Produtor:

• Nosso movimento é *apartidário*, *sem uso de quaisquer bandeiras*, centrado nos desafios e necessidades dos produtores, acima de quaisquer interesses políticos. Todo aquele que tiver interesse contrário, pedimos que se retire voluntariamente, e se, identificado será retirado do grupo e responderá por quaisquer atitudes que não seja as do objetivo do grupo. Buscamos aqui *renegociação* de dívidas que os produtores já vêm sofrendo primeiro com a seca dos últimos 3 anos e por último as chuvas que devastaram parte de nosso Estado. *Se esse não for seu objetivo ou não concordar com estas regras pode se retirar do movimento SOS AGRO RS.*

04. Apoio à Farsul e a FETAG:

• Comprometemos-nos integralmente com as demandas e propostas apresentadas pela Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (FARSUL), e pela FETAG.

05. *Defesa da Agricultura e Pecuária e de toda sua cadeia produtiva*

• Nossa missão é assegurar que as políticas públicas atendam efetivamente às demandas da agricultura e pecuária gaúcha, garantindo sua *viabilidade* e crescimento sustentável.

06. Transparência e Democracia:

•Todas as decisões do movimento serão tomadas de forma transparente e democrática, assegurando a participação *igualitária* de todos os membros.

07. Mobilização Responsável:

• Nosso engajamento será sempre *pacífico* e responsável, respeitando integralmente as leis e regulamentações vigentes.

08. Diálogo e Negociação:

• Priorizamos o diálogo contínuo com autoridades e instâncias pertinentes, buscando a negociação como principal meio de alcançar nossos objetivos.

09. Respeito e Solidariedade:

• Celebramos a diversidade de opiniões e experiências entre os produtores, promovendo um ambiente de respeito mútuo e solidariedade.

10. Compromisso com o Futuro:

• Assumimos o compromisso de trabalhar incansavelmente pelo futuro próspero da agricultura e pecuária no Rio Grande do Sul, garantindo sua sustentabilidade para as gerações vindouras.
Queremos possibilitar a permanência dos agricultores no setor e assim contribuir para reerguer o *ESTADO* do Rio Grande do Sul.”

Continue lendo

Popular