Saúde
RJ: dois casos suspeitos da variante Ômicron são descartados
O secretário municipal de Saúde do Rio, Daniel Soranz, informou nesta terça-feira que a cidade teve mais dois casos suspeitos da variante Ômicron, ambos já descartados. O primeiro foi identificado no fim de novembro e descartado no início deste mês. Até agora, o Rio não tem nenhum caso confirmado da nova cepa.
“Os dois novos casos suspeitos da variante foram de viajantes que apresentaram sintomas respiratórios. Eles testaram negativo para a Covid-19, por isso foram descartados”, disse Soranz a jornalistas em agenda oficial na manhã desta terça.
Ele destaca ainda que o número de casos de Covid-19 na cidade é cada vez mais baixo.
“De cada 100 testes realizados, 0,4 são positivos para a Covid-19, 95 são positivos para a influenza A, subtipo H3N2, e mais ou menos 4 são positivos para vírus sincicial respiratório (VSR)”, afirma o secretário.
Segundo Soranz, aproximadamente 29 mil pessoas foram diagnosticadas com influenza desde quando os primeiros surtos localizados da doença foram observados este ano, em meados de novembro. No entanto, diz ele, a epidemia de gripe parece ter parado de crescer nos últimos dias.
“Aparentemente o número de pessoas com gripe parou de aumentar, entramos numa estabilidade. E é claro que isso se deve à quantidade imensa de vacinas colocadas na rua. Batemos recorde de vacinação para influenza. Já são 2,5 milhões vacinadas para a influenza no Rio de Janeiro, o maior número da nossa história. Ainda temos 350 mil doses para serem aplicadas”, afirma.
A reportagem solicitou à Secretaria municipal de Saúde (SMS) dados sobre casos confirmados de influenza no Rio nas últimas semanas, assim como de testes realizados, mas ainda não obteve resposta.
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Segundo o painel Covid-19 da prefeitura, o número de casos de síndrome gripal saltou 17% entre as semanas epidemiológicas 47 (21 a 27 de novembro) e 48 (28 de novembro a 4 de dezembro). Uma variação menor do que a observada no período anterior, entre as semanas 46 (14 a 20 de novembro) e 47, quando o número cresceu 60%. O indicador pode incluir quadros de gripe com outras causas além da influenza, como o VSR e o próprio SARS-Cov-2, bem como casos não confirmados de influenza.
Soranz diz que ainda aguarda um posicionamento do Ministério da Saúde sobre as 240 mil doses da vacina contra a influenza solicitadas em razão da epidemia.
“Nesse momento o ministério diz que está com o estoque zerado, mas o Instituto Butantan já informou que tem 3 milhões de doses disponíveis se o ministério solicitar.”, finaliza.
Festas de fim de ano
Com a temporada de comemorações de Natal e Ano Novo, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) elaborou uma segunda edição para sua cartilha de redução de riscos para festas e reuniões.
No documento, os pesquisadores do instituto reforçam que o principal cuidado é garantir que todos os presentes estejam vacinados. Adultos devem estar com o esquema vacinal completo. Quem estiver com a segunda dose atrasada deve tomá-la pelo menos 14 dias antes das comemorações. Pessoas de 12 anos ou mais também devem estar vacinadas com as duas doses.
Além da vacinação, a cartilha aborda outros aspectos da prevenção do contágio. Um dos cuidados sugeridos é limitar o número de pessoas de acordo com o espaço para evitar aglomerações. Outro é dar preferência a lugares abertos e bem ventilados, evitando o uso do ar-condicionado. Além disso, as toalhas de pano devem ser trocadas pelo papel nos banheiros (que não podem, aliás, ficar sem sabão), entre outras recomendações.
O documento também traz dicas para quem vai viajar, como o uso de máscaras PFF2 e a realização de um teste entre dois e três dias antes do embarque. Leia a cartilha na íntegra.
Saúde
O perigo que vem da China. Infectologistas recomendam precaução contra Metapneumovírus
Sem vacina para HMPV, medidas como uso de máscaras e higiene são essenciais, dizem especialistas
Um surto de Metapneumovírus Humano (HMPV) foi identificado na China, levantando preocupações devido ao aumento de casos em algumas regiões do país.
Este vírus, responsável por sintomas como febre, tosse e congestão nasal, foi reportado nesta 3ª feira (08 de jan. de 2025). Apesar das preocupações, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e especialistas em infectologia descartam a possibilidade de uma nova pandemia no momento.
A OMS comunicou que mantém contato constante com as autoridades chinesas, que têm tranquilizado tanto a população quanto a comunidade internacional.
As informações indicam que a intensidade e a escala da doença são inferiores às de anos anteriores. O governo de Pequim adotou um novo protocolo de monitoramento para gerenciar a situação.
Segundo a infectologista Emy Gouveia, do Hospital Israelita Albert Einstein, a circulação do HMPV é comum, especialmente durante o inverno no hemisfério norte. Ela destacou a ausência de vacinas contra o HMPV e recomendou medidas preventivas como distanciamento social, uso de máscaras e higiene das mãos.
“Não existe um antiviral específico, e o tratamento para o paciente em casa consiste em medicamentos sintomáticos, repouso e hidratação,” afirmou Gouveia.
O HMPV foi identificado pela primeira vez em 2001 na Holanda, embora já circulasse antes dessa data. No Brasil, o vírus foi detectado em crianças menores de três anos em Sergipe, em 2004.
Gouveia observou que as mutações do HMPV são mais estáveis e raras em comparação com a Covid-19, o que facilita a gestão da doença.
A transmissão do HMPV ocorre por vias aéreas e contato com secreções contaminadas. O período de incubação varia de cinco a nove dias. Estudos indicam que a maioria das crianças até cinco anos já teve contato com o vírus.
Gouveia também alertou sobre o risco do HMPV em agravar doenças pulmonares pré-existentes, especialmente em crianças, devido à inflamação prolongada e hiperprodução de secreção.
Saúde
Saquinhos de chá liberam milhões de microplásticos, alerta estudo
Pesquisa internacional mostra contaminação por plásticos em chás e possíveis impactos na saúde humana
Pesquisadores do projeto PlasticHeal, em colaboração com a Universitat Autònoma de Barcelona (UAB) e o Centro Helmholtz de Investigação Ambiental de Leipzig, Alemanha, descobriram que bolsitas de chá comerciais liberam milhões de microplásticos e nanoplásticos (MNPL) nas infusões.
Este estudo, divulgado em 03.jan.2025, revela que essas partículas podem penetrar nas células intestinais humanas e potencialmente alcançar a corrente sanguínea, destacando a necessidade de abordar a contaminação por plásticos em produtos de consumo diário.
A pesquisa focou em bolsitas de chá feitas de polímeros como nailon-6, polipropileno e celulose. Os resultados mostraram que o polipropileno foi o material que mais liberou partículas, com aproximadamente 1.200 milhões por mililitro de infusão.
As técnicas analíticas avançadas utilizadas incluíram microscopia eletrônica de barrido (SEM), microscopia eletrônica de transmissão (TEM), espectroscopia infravermelha (ATR-FTIR), dispersão dinâmica de luz (DLS), velocimetria laser Doppler (LDV) e análise de seguimento de nanopartículas (NTA), afirmou Alba García, investigadora da UAB.
O estudo também observou a interação dessas partículas com células intestinais humanas, descobrindo que as células produtoras de muco absorvem uma quantidade significativa desses MNPL, que podem inclusive penetrar no núcleo celular.
Isso sugere um papel crucial do muco intestinal na absorção dessas partículas e ressalta a necessidade de investigar mais a fundo os efeitos da exposição crônica a MNPL na saúde humana.
Os pesquisadores enfatizam a importância de desenvolver métodos padronizados para avaliar a contaminação por MNPL em materiais plásticos em contato com alimentos e a necessidade de políticas regulatórias para mitigar essa contaminação.
Saúde
Alegrete convoca doadores para enfrentar escassez de sangue O-
Com estoque crítico, Hemocentro de Alegrete organiza coleta externa e estende horários para receber doações
O Hemocentro Regional de Alegrete enfrenta uma situação crítica em seu estoque de sangue, com especial urgência para o tipo O-. A instituição possui apenas uma unidade disponível e busca atender às crescentes demandas por transfusões.
A crise levou ao pedido de auxílio ao Hemocentro de Santa Maria, que foi solicitado a enviar mais bolsas de sangue. A situação foi divulgada nesta 4ª feira (26 de dezembro de 2024), com o objetivo de mobilizar a comunidade para doações urgentes.
Fernanda Soares, assistente social do Hemocentro, destacou a necessidade de doações. “Devido à alta demanda por sangue do tipo O- e outras tipagens, foi lançada uma campanha de urgência para mobilizar doadores a comparecerem ao hemocentro e realizarem suas doações,” afirmou.
A meta é alcançar dez unidades até o final da manhã de 6ª feira (27 de dezembro de 2024).
Para facilitar o acesso dos doadores, o Hemocentro de Alegrete manterá o atendimento normal nesta 5ª e 6ª feira. Uma coleta externa está programada para a próxima 2ª feira (30 de dezembro de 2024) na cidade de Itaqui. “Fazemos um apelo para que a população se dirija ao Hemocentro de Alegrete e contribua com as vidas que dependem dessas doações,” reforçou Soares.
Localizado na Rua General Sampaio, 10, bairro Canudos, o Hemocentro opera das 7h às 13h. A necessidade de sangue do tipo O- é urgente devido à sua capacidade de ser transfundido em pacientes de qualquer tipo sanguíneo, o que o torna vital em emergências.
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