Saúde
Segundo cientistas, coronavírus ataca o tecido adiposo
Desde o início da pandemia, a Covid-19 parecia ter como alvo pessoas que carregavam quilos extras. Pacientes com sobrepeso ou obesos tinham maior probabilidade de desenvolver a forma grave da doença e maior probabilidade de morrer.
Embora esses pacientes frequentemente tenham problemas de saúde como diabetes, que aumenta o risco, os cientistas estão cada vez mais convencidos de que sua vulnerabilidade tem algo a ver com a própria obesidade.
Agora, os pesquisadores descobriram que o coronavírus infecta as células de gordura e células do sistema imunológico dentro da gordura corporal, causando uma resposta de defesa prejudicial ao organismo.
“O resultado final é, ‘Oh meu Deus, de fato, o vírus pode infectar células de gordura diretamente’ “, diz Philipp Scherer, um cientista que estuda células de gordura no UT Southwestern Medical Center em Dallas, e que não esteve envolvido na pesquisa. “O que quer que aconteça na gordura não permanece na gordura. Afeta também os tecidos vizinhos”, acrescenta Scherer.
A pesquisa ainda não foi revisada por pares ou publicada em um jornal científico, mas foi postada online em outubro. Se as descobertas se confirmarem, podem esclarecer não apenas por que os pacientes com quilos em excesso são vulneráveis ao vírus, mas também por que certos adultos jovens sem outros fatores de risco ficam tão doentes.
Os autores seniores do estudo, Tracey McLaughlin e Catherine Blish da Escola de Medicina da Universidade de Stanford, sugeriram que as evidências poderiam apontar para novos tratamentos da Covid que visam a gordura corporal.
“Talvez seja o calcanhar de Aquiles que o vírus utiliza para escapar de nossas respostas imunológicas protetoras: escondendo-se neste lugar”, afirma Vishwa Deep Dixit, professora de medicina comparativa e imunologia da Escola de Medicina de Yale.
A descoberta é particularmente relevante para os Estados Unidos, que tem uma das maiores taxas de obesidade do mundo. A maioria dos adultos americanos está acima do peso e 42% têm obesidade. Os negros, hispânicos, americanos nativos e nativos do Alasca nos EUA têm taxas de obesidade mais altas do que os adultos brancos e asiáticos; eles também foram desproporcionalmente afetados pela pandemia, com taxas de mortalidade quase o dobro das dos americanos brancos.
“Isso pode estar contribuindo para doenças graves”, disse Blish. “Estamos vendo as mesmas citocinas inflamatórias que vejo no sangue de pacientes realmente doentes sendo produzidas em resposta à infecção desses tecidos”, completou.
A gordura corporal costumava ser considerada inerte, uma forma de armazenamento. Mas os cientistas agora sabem que o tecido é biologicamente ativo, produzindo hormônios e proteínas do sistema imunológico que agem em outras células, promovendo um estado de inflamação persistente de baixo grau, mesmo quando não há infecção.
A inflamação é a resposta do corpo a um invasor e, às vezes, pode ser tão vigorosa que é mais prejudicial do que a infecção que a desencadeou.
“Quanto mais massa gorda, e em particular massa gorda visceral, pior sua resposta inflamatória”, disse McLaughlin, referindo-se à gordura abdominal que envolve os órgãos internos.
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O tecido adiposo é composto principalmente por células de gordura ou adipócitos. Ele também contém pré-adipócitos, que amadurecem em células de gordura, e uma variedade de células do sistema imunológico, incluindo um tipo chamado macrófagos de tecido adiposo.
McLaughlin, Blish e seus colegas realizaram experimentos para ver se o tecido adiposo obtido de pacientes de cirurgia bariátrica poderia ser infectado com o coronavírus e rastrearam como vários tipos de células respondiam.
As próprias células de gordura podem ser infectadas, descobriram os cientistas, mas não ficam muito inflamadas. Mas certas células imunológicas chamadas macrófagos também podem ser infectadas e desenvolveram uma resposta inflamatória robusta. Ainda mais estranho, os pré-adipócitos não foram infectados, mas contribuíram para a resposta inflamatória. (Os cientistas não examinaram se determinadas variantes eram mais destrutivas a esse respeito do que outras.)
A ideia de que o tecido adiposo pode servir como reservatório para patógenos não é nova, disse Dixit. A gordura corporal é conhecida por abrigar vários deles, incluindo HIV e o vírus influenza.
O coronavírus parece ser capaz de escapar das defesas imunológicas da gordura corporal, que são limitadas e incapazes de combatê-lo com eficácia. E em pessoas obesas, pode haver muita gordura corporal.
Um homem cujo peso ideal é 77 kg, mas que pesa 113 kg, carrega uma quantidade substancial de gordura na qual o vírus pode “se espalhar”, se replicar e desencadear uma resposta destrutiva do sistema imunológico, explica David Kass, professor de cardiologia em Johns Hopkins.
“Se você realmente é muito obeso, a gordura é o maior órgão do seu corpo”, disse Kass.
O coronavírus “pode infectar esse tecido e realmente residir lá”, disse ele.
“Se machuca, mata ou, na melhor das hipóteses, é um lugar para se amplificar — não importa. Torna-se uma espécie de reservatório”.
À medida que a resposta inflamatória aumenta, as citocinas desencadeiam ainda mais inflamação e a liberação de citocinas adicionais. É uma tempestade perfeita.
Blish e seus colegas acreditam que o corpo infectado pode até contribuir para a Covid longa, quando sintomas incômodos, como fadiga, persistem por semanas ou meses após a recuperação da infecção aguda.
Os dados também sugerem que as vacinas e tratamentos da Covid podem precisar levar em consideração o peso do paciente e os estoques de gordura.
“Este documento é mais um alerta para a profissão médica e a saúde pública olharem mais profundamente para as questões de indivíduos com sobrepeso e obesidade, e os tratamentos e vacinas que estamos administrando a eles”, disse Barry Popkin, professor de nutrição na Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill, que estudou o risco elevado que Covid representa para pessoas com obesidade.
“Continuamos documentando o risco que eles correm, mas ainda não estamos tratando deles”.
Saúde
Governador entrega veículo para Coordenadoria da Saúde
Na sexta-feira, 14 de fevereiro, o governador Eduardo Leite entregou 50 veículos novos à Secretaria da Saúde (SES) em Porto Alegre
Os veículos, sendo 25 sedans e 25 caminhonetes 4×4, custaram cerca de R$ 8,1 milhões, com recursos do Estado e do governo federal. Destinados às 18 coordenadorias regionais da SES e ao nível central, os carros visam melhorar a prestação de serviços de saúde.
A cerimônia contou com autoridades, como o próprio Governador Eduardo Leite, o deputado Frederico Antunes e a Secretária da Saúde, Arita Bergmann.
Entre os beneficiados estava a 10ª Coordenadoria de Saúde, representada por Haracelli Fontoura.
Saúde
Aumento da depressão em idosos preocupa no Brasil
Dados do IBGE revelam que 13,2% dos idosos entre 60 e 64 anos sofrem de depressão, superando a média nacional. Solidão e perdas agravam depressão entre idosos
A incidência de depressão entre idosos no Brasil tem apresentado um aumento preocupante, com 13,2% das pessoas entre 60 e 64 anos diagnosticadas com a condição, superando a média nacional de 10,2% para indivíduos acima dos 18 anos, conforme dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Este aumento é ainda mais acentuado entre aqueles com 75 anos ou mais, registrando um crescimento de 48% entre 2013 e 2019. A história de Ciro Martins, 71 anos, reflete essa realidade. Após perder sua esposa em 2023, Ciro enfrentou uma profunda solidão que o levou à depressão.
A intervenção de um ex-colega de trabalho o encorajou a buscar ajuda profissional, resultando em um diagnóstico de depressão e um tratamento eficaz que revitalizou seu interesse pelas atividades diárias e pela socialização.
Especialistas apontam que a depressão em idosos é causada por uma combinação de fatores biológicos, como alterações nos níveis de neurotransmissores e o uso de medicamentos que podem agravar os sintomas, e sociais, principalmente o isolamento social e a solidão.
Alfredo Cataldo Neto, professor da Escola de Medicina da Pucrs, destaca a importância de uma abordagem diferenciada no tratamento da depressão em idosos, observando que os sintomas muitas vezes se manifestam de maneira distinta, com queixas físicas frequentemente substituindo expressões diretas de sofrimento emocional.
A solidão, agravada pela perda de cônjuges e mudanças familiares, é um dos principais desafios enfrentados pelos idosos. A taxa de suicídio entre essa faixa etária tem crescido no Brasil, evidenciando a gravidade da situação.
No Rio Grande do Sul, a expectativa de que 40% da população terá mais de 60 anos até 2070 ressalta a urgência de implementar políticas públicas voltadas para a saúde mental dos idosos.
Com informações do JC
Saúde
O perigo que vem da China. Infectologistas recomendam precaução contra Metapneumovírus
Sem vacina para HMPV, medidas como uso de máscaras e higiene são essenciais, dizem especialistas
Um surto de Metapneumovírus Humano (HMPV) foi identificado na China, levantando preocupações devido ao aumento de casos em algumas regiões do país.
Este vírus, responsável por sintomas como febre, tosse e congestão nasal, foi reportado nesta 3ª feira (08 de jan. de 2025). Apesar das preocupações, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e especialistas em infectologia descartam a possibilidade de uma nova pandemia no momento.
A OMS comunicou que mantém contato constante com as autoridades chinesas, que têm tranquilizado tanto a população quanto a comunidade internacional.
As informações indicam que a intensidade e a escala da doença são inferiores às de anos anteriores. O governo de Pequim adotou um novo protocolo de monitoramento para gerenciar a situação.
Segundo a infectologista Emy Gouveia, do Hospital Israelita Albert Einstein, a circulação do HMPV é comum, especialmente durante o inverno no hemisfério norte. Ela destacou a ausência de vacinas contra o HMPV e recomendou medidas preventivas como distanciamento social, uso de máscaras e higiene das mãos.
“Não existe um antiviral específico, e o tratamento para o paciente em casa consiste em medicamentos sintomáticos, repouso e hidratação,” afirmou Gouveia.
O HMPV foi identificado pela primeira vez em 2001 na Holanda, embora já circulasse antes dessa data. No Brasil, o vírus foi detectado em crianças menores de três anos em Sergipe, em 2004.
Gouveia observou que as mutações do HMPV são mais estáveis e raras em comparação com a Covid-19, o que facilita a gestão da doença.
A transmissão do HMPV ocorre por vias aéreas e contato com secreções contaminadas. O período de incubação varia de cinco a nove dias. Estudos indicam que a maioria das crianças até cinco anos já teve contato com o vírus.
Gouveia também alertou sobre o risco do HMPV em agravar doenças pulmonares pré-existentes, especialmente em crianças, devido à inflamação prolongada e hiperprodução de secreção.
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