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Nigéria só vacinou 3% da população mas vai destruir 1 milhão de doses


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Covid: o país que só vacinou 3% da população, mas vai destruir 1 milhão de doses vencidas
Redação – BBC News Mundo

Covid: o país que só vacinou 3% da população, mas vai destruir 1 milhão de doses vencidas

Redação – BBC News Mundo

É o país mais populoso da África, mas também um dos mais atrasados ​​do continente na vacinação contra o coronavírus: apenas cerca de 3% da população da Nigéria receberam duas doses de vacina contra a covid-19.

A taxa é muito baixa, mesmo em comparação com outros países da África. A África do Sul, por exemplo, tem 24% da população totalmente vacinada.

No entanto, as informações são de que a Nigéria tem um grande estoque de vacinas vencidas que não usou — segundo a agência de notícias Reuters, esse estoque pode chegar a um milhão de doses.

O Ministério da Saúde da Nigéria afirma que todas as vacinas vencidas foram retiradas e serão destruídas.

Quais vacinas foram enviadas para a Nigéria?

A Nigéria, como outros países africanos, teve dificuldade para acessar as vacinas contra covid-19 no início de 2021 porque os fabricantes deram prioridade às nações mais ricas, que haviam assinado acordos previamente.

Muitas nações africanas também confiaram no esquema da Covax, que no início do ano enfrentou dificuldades para cumprir seus compromissos de fornecimento de vacinas, especialmente na África.

Vacinação em Abuja, Nigéria

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A Nigéria lançou no mês passado uma campanha para encorajar mais pessoas a serem vacinadas

Nas últimas semanas, no entanto, a entrega melhorou: os países mais ricos começaram a liberar as reservas que possuíam, principalmente por meio do sistema Covax.

A Nigéria recebeu 700 mil doses da vacina AstraZeneca do Reino Unido em agosto, 800 mil do Canadá em setembro e outras 500 mil da França em outubro.

Na mesma época, a Nigéria também recebeu 4 milhões de doses de Moderna e 3,6 milhões de doses de Pfizer dos Estados Unidos.

Cartaz pede comprovante de vacinação na Nigéria

Getty Images
O governo nigeriano exige prova de vacinação para entrar em alguns edifícios públicos

Por quanto tempo as vacinas podem ser mantidas?

As doses de AstraZeneca normalmente seriam seguras para armazenamento por pelo menos seis meses a partir do momento da fabricação, em condições adequadas. Mas o Ministério da Saúde da Nigéria diz que algumas das vacinas doadas foram entregues perto do vencimento, apresentando sérios desafios logísticos.

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“Isso nos deixou muito pouco tempo, em alguns casos apenas semanas, para usá-las — com o tempo para transportá-las, distribuí-las e entregá-las aos usuários”, disse o ministro da Saúde, Osagie Ehanire.

Ele disse, ainda, que ocasionalmente surgem gargalos, com a chegada das vacinas uma após a outra.

O governo agora diz que as vacinas vencidas serão destruídas e “educadamente recusa todas as doações de vacinas que têm pouco tempo útil antes do vencimento ou aquelas que não podem ser entregues no prazo.”

seringa com vacina contra covid

Getty Images
Nigéria é um dos países da África mais atrasados ​​na vacinação contra a covid

Vacinas vencidas foram problema em outros países?

Outros países africanos também ficaram com vacinas vencidas, incluindo Malawi e Sudão do Sul.

Já a República Democrática do Congo devolveu vacinas não utilizadas para serem distribuídas em outros países para evitar o vencimento.

Em julho, a Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que cerca de 450 mil doses haviam expirado em oito países africanos, antes que pudessem ser administradas devido ao curto prazo de validade.

A OMS e os Centros Africanos de Controle e Prevenção de Doenças pediram recentemente uma mudança na forma como as doações de vacinas são feitas, para evitar o desperdício.

“Ter que planejar no curto prazo e garantir o consumo de doses com curto prazo de validade aumenta exponencialmente a carga logística dos sistemas de saúde que já estão sobrecarregados”, afirmaram em nota.

As duas organizações solicitaram que as vacinas doadas tenham um prazo de validade mínimo de dois meses e meio antes de chegarem ao país de destino. E que os países destinatários fiquem cientes das doações um mês antes delas serem entregues.

Além disso, eles esperam que essas doses sejam despachadas com suprimentos essenciais adicionais, como seringas.


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Fonte: IG SAÚDE

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Saúde

O perigo que vem da China. Infectologistas recomendam precaução contra Metapneumovírus

 Sem vacina para HMPV, medidas como uso de máscaras e higiene são essenciais, dizem especialistas

Um surto de Metapneumovírus Humano (HMPV) foi identificado na China, levantando preocupações devido ao aumento de casos em algumas regiões do país.

Este vírus, responsável por sintomas como febre, tosse e congestão nasal, foi reportado nesta 3ª feira (08 de jan. de 2025). Apesar das preocupações, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e especialistas em infectologia descartam a possibilidade de uma nova pandemia no momento.

A OMS comunicou que mantém contato constante com as autoridades chinesas, que têm tranquilizado tanto a população quanto a comunidade internacional.

As informações indicam que a intensidade e a escala da doença são inferiores às de anos anteriores. O governo de Pequim adotou um novo protocolo de monitoramento para gerenciar a situação.

Segundo a infectologista Emy Gouveia, do Hospital Israelita Albert Einstein, a circulação do HMPV é comum, especialmente durante o inverno no hemisfério norte. Ela destacou a ausência de vacinas contra o HMPV e recomendou medidas preventivas como distanciamento social, uso de máscaras e higiene das mãos.

“Não existe um antiviral específico, e o tratamento para o paciente em casa consiste em medicamentos sintomáticos, repouso e hidratação,” afirmou Gouveia.

O HMPV foi identificado pela primeira vez em 2001 na Holanda, embora já circulasse antes dessa data. No Brasil, o vírus foi detectado em crianças menores de três anos em Sergipe, em 2004.

Gouveia observou que as mutações do HMPV são mais estáveis e raras em comparação com a Covid-19, o que facilita a gestão da doença.

A transmissão do HMPV ocorre por vias aéreas e contato com secreções contaminadas. O período de incubação varia de cinco a nove dias. Estudos indicam que a maioria das crianças até cinco anos já teve contato com o vírus.

Gouveia também alertou sobre o risco do HMPV em agravar doenças pulmonares pré-existentes, especialmente em crianças, devido à inflamação prolongada e hiperprodução de secreção.

 

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Saúde

Saquinhos de chá liberam milhões de microplásticos, alerta estudo

Pesquisa internacional mostra contaminação por plásticos em chás e possíveis impactos na saúde humana

Pesquisadores do projeto PlasticHeal, em colaboração com a Universitat Autònoma de Barcelona (UAB) e o Centro Helmholtz de Investigação Ambiental de Leipzig, Alemanha, descobriram que bolsitas de chá comerciais liberam milhões de microplásticos e nanoplásticos (MNPL) nas infusões.

 

Este estudo, divulgado em 03.jan.2025, revela que essas partículas podem penetrar nas células intestinais humanas e potencialmente alcançar a corrente sanguínea, destacando a necessidade de abordar a contaminação por plásticos em produtos de consumo diário.

A pesquisa focou em bolsitas de chá feitas de polímeros como nailon-6, polipropileno e celulose. Os resultados mostraram que o polipropileno foi o material que mais liberou partículas, com aproximadamente 1.200 milhões por mililitro de infusão.

As técnicas analíticas avançadas utilizadas incluíram microscopia eletrônica de barrido (SEM), microscopia eletrônica de transmissão (TEM), espectroscopia infravermelha (ATR-FTIR), dispersão dinâmica de luz (DLS), velocimetria laser Doppler (LDV) e análise de seguimento de nanopartículas (NTA), afirmou Alba García, investigadora da UAB.

O estudo também observou a interação dessas partículas com células intestinais humanas, descobrindo que as células produtoras de muco absorvem uma quantidade significativa desses MNPL, que podem inclusive penetrar no núcleo celular.

Isso sugere um papel crucial do muco intestinal na absorção dessas partículas e ressalta a necessidade de investigar mais a fundo os efeitos da exposição crônica a MNPL na saúde humana.

Os pesquisadores enfatizam a importância de desenvolver métodos padronizados para avaliar a contaminação por MNPL em materiais plásticos em contato com alimentos e a necessidade de políticas regulatórias para mitigar essa contaminação. 

 

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Saúde

Alegrete convoca doadores para enfrentar escassez de sangue O-

Com estoque crítico, Hemocentro de Alegrete organiza coleta externa e estende horários para receber doações

O Hemocentro Regional de Alegrete enfrenta uma situação crítica em seu estoque de sangue, com especial urgência para o tipo O-. A instituição possui apenas uma unidade disponível e busca atender às crescentes demandas por transfusões.

 

 

A crise levou ao pedido de auxílio ao Hemocentro de Santa Maria, que foi solicitado a enviar mais bolsas de sangue. A situação foi divulgada nesta 4ª feira (26 de dezembro de 2024), com o objetivo de mobilizar a comunidade para doações urgentes.

Fernanda Soares, assistente social do Hemocentro, destacou a necessidade de doações. “Devido à alta demanda por sangue do tipo O- e outras tipagens, foi lançada uma campanha de urgência para mobilizar doadores a comparecerem ao hemocentro e realizarem suas doações,” afirmou.

A meta é alcançar dez unidades até o final da manhã de 6ª feira (27 de dezembro de 2024).

Para facilitar o acesso dos doadores, o Hemocentro de Alegrete manterá o atendimento normal nesta 5ª e 6ª feira. Uma coleta externa está programada para a próxima 2ª feira (30 de dezembro de 2024) na cidade de Itaqui. “Fazemos um apelo para que a população se dirija ao Hemocentro de Alegrete e contribua com as vidas que dependem dessas doações,” reforçou Soares.

Localizado na Rua General Sampaio, 10, bairro Canudos, o Hemocentro opera das 7h às 13h. A necessidade de sangue do tipo O- é urgente devido à sua capacidade de ser transfundido em pacientes de qualquer tipo sanguíneo, o que o torna vital em emergências.

 

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