Agro Notícia
Natal com enfeites artesanais e naturais
Com a proximidade do fim do ano, muitas famílias seguem a tradição de decorar a casa com enfeites de Natal. As peças artesanais são cada vez mais procuradas para esta finalidade, ganhando espaço entre os itens de decoração e criando oportunidades para se tornar uma alternativa para complementar a renda familiar. A participante Ana Paula Martins Luis Patrone, de 51 anos, embarcou nessa ideia. Ela mora em Atibaia e via na internet algumas peças as quais tentava reproduzir, mas sem conhecimento técnico. “Eu fazia de enxerida mesmo”, diz ela.
Tudo mudou quando, no começo desse ano, ela resolveu participar de um curso de artesanato do SENAR-SP, buscando conhecer o assunto mais a fundo. Vendeu alguns produtos de imediato, oferecendo o que produzia primeiro para amigos e parentes. Com a divulgação “boca a boca”, o número de interessados foi aumentando. Foi quando ela participou do curso “Artefatos artesanais para datas comemorativas” e aprendeu a fazer guirlandas e anjos. Além de Páscoa e Natal, o curso também aborda datas como Dia das Mães, Dia dos Pais e Dia das Crianças, em que os alunos aprendem a fazer peças como cavalinhos de pau, porta-joias e outras para presentear a família.
O curso oferece ainda uma abordagem empreendedora. “Os professores estão sempre nos assessorando, mesmo depois que acaba o curso. Eu tive ideia, por exemplo, de colocar luzes com LED no anjo e a professora me ajudou. Além da guirlanda, o anjo agora é o mais procurado”, explica Ana Paula, que já vendeu várias peças para as festas deste final de ano e continua recebendo encomendas – ela já tem até pedidos para a Páscoa do ano que vem: os coelhos de bucha vegetal que aprendeu a fazer são o destaque.
Ana Paula continua participando dos cursos do SENAR-SP e insiste que mesmo uma pessoa que nunca fez artesanato antes, como ela, também pode aprender. “Virou quase um vício, você faz um curso e está sempre querendo mais. O retorno do que aprendemos é muito rápido”, comemora. Para 2022, pretende divulgar seu artesanato por meio de um site, podendo aumentar suas encomendas.
Ela ressalta que o SENAR-SP aborda aspectos relativos à comercialização e organização em grupos. “Nas aulas os professores ensinam também a calcular os valores de cada peça, que é algo, às vezes, nos deixa em dúvida”, aponta.
Outro aspecto importante do artesanato decorativo, que é tema dos cursos, é sobre os materiais utilizados pelos alunos e sua relação com a sustentabilidade. Produtos sustentáveis são mais procurados e valorizados pelos compradores. “A maioria dos materiais é natural. Por exemplo, as guirlandas são feitas com cipó. Aprendemos a fazer flores com palha de milho e folhas com plantas tingidas.”
Esses materiais, segundo Ana Paula, são fáceis de ser encontrados pelos alunos que moram em áreas rurais, por isso o custo fica mais em conta. Ela destaca ainda a questão ambiental envolvida. “Hoje o apelo pela natureza, por evitar desperdício, é um foco bem importante. As pessoas procuram mais isso, não querem o industrializado. Usamos materiais que encontramos no próprio local onde moramos. Dá para usufruir disso e as pessoas aceitam muito bem. A maioria das peças que estou vendendo agora é para pessoas que moram em São Paulo, porque lá não conseguem encontrar esse tipo de artesanato com facilidade. Em tudo que eu faço, coloco um carinho maior para atender o gosto de cada cliente”, conclui.
Para saber mais sobre os cursos de artesanato e outros cursos do SENAR/SP, acesse o site http://educacao.faespsenar.com.br/ ou procure o Sindicato Rural da sua cidade.
Anjo com iluminação de LED: as asas são feitas com “folhas esqueletizadas” da árvore Pata-de-vaca (a “esqueletização” preserva a celulose pura da folha, mantendo sua durabilidade). As flores são feitas de folhas de mangueira.
Agro Notícia
Pedidos de recuperação judicial crescem entre produtores rurais
No segundo trimestre de 2024, solicitações aumentaram mais de três vezes, com produtores de soja liderando
Fatores como juros altos e custos de produção elevados impactam negativamente o setor, especialmente em MG e MT. Agricultores enfrentam dificuldades financeiras crescentes e o primeiro semestre de 2024 registra alta em pedidos de recuperação judicial, refletindo a pressão sobre o agronegócio.
Um levantamento da Serasa Experian, divulgado nesta terça-feira (23 de outubro de 2024), mostrou um aumento nos pedidos de recuperação judicial por produtores rurais no Brasil. No segundo trimestre de 2024, o número de solicitações cresceu de 34 para 121. Esse aumento representa um crescimento de mais de três vezes em relação ao mesmo período do ano anterior. Os produtores de soja lideram com 53 pedidos.
Marcelo Pimenta, chefe de agronegócios da Serasa Experian, atribuiu o crescimento a uma série de fatores adversos. “O aumento dos juros, o preço ameno das commodities e os custos mais altos para a produção impactaram de forma negativa aqueles que já estavam comprometidos financeiramente”, afirmou. Essa situação destaca as dificuldades enfrentadas pelo setor, marcado por custos elevados e retornos financeiros incertos.
Minas Gerais e Mato Grosso foram os estados mais afetados, com 31 e 28 pedidos, respectivamente. No primeiro semestre de 2024, 207 produtores rurais buscaram recuperação judicial, um número significativamente maior que no mesmo período de 2023. Além disso, 94 empresas do agronegócio também solicitaram recuperação judicial no segundo trimestre de 2024, um aumento de 71% em comparação ao ano anterior.
Os desafios financeiros não se limitam a produtores individuais. O setor agrícola como um todo enfrenta problemas, afetando desde pequenos produtores até grandes corporações. A situação dos produtores de soja é particularmente preocupante, com preços desfavoráveis e custos de produção elevados. A volatilidade dos preços das commodities e o aumento dos custos de insumos, como fertilizantes e combustíveis, exercem pressão adicional sobre os agricultores, muitos dos quais operam com margens de lucro reduzidas
Agro Notícia
Crianças vivenciam o agro na prática durante à Exposição Agropecuária
Associação De olho no material escolar? Isto mesmo existe uma associação criada no RS, dentro da Farsul, que está se espalhando pelo Brasil inteiro. Na Exposição Agropecuária de Alegrete ela está atuando para um público que participa ativamente. Tem sido assim manhã e tarde.
A Comissão Jovem do SRA, através do projeto Vivenciando a prática, abraçou à idéia Associação de olho no material escolar, a partir da associada Martha Louzada e aí às aulas fluiram.
Nesta quinta-feira foi uma turma do Colégio Luíza de Freitas Valle Aranha. Os alunos são acolhidos e inicia um tour pelo parque.
O objetivo do “De olho”, segundo Martha é “gerar um conhecimento sobre a importância do agro no cotidiano destas crianças”.
A caminhada inicia com a entrega de uma folha com as respectivas estações que ao longo do percurso vão sendo preenchidas com adesivos até à chegada na mina do tesouro. Cataventos para orientação climática e meio ambiente.
Eles são levado às baias, tocam nos cavalos, são sensibilizados sobre a importância dos animais na lida do campo, já no box dos bovinos, a turma pode falar e aprender um pouco mais sobre a produção leiteira e carne, e tiveram ainda a experiência de um couro estaqueado, sendo preparado para os guasqueiros.
Em todas estas paradas, eles
portanto, ali na prática, dezenas de crianças tomaram ciência de outro vasto léque de produtos feitos à partir do couro com impacto no cotidiano das pessoas, como gelatinas, capsulas, shampus e é claro, calçados, cintas e outros subprodutos.
Os alunos ainda visitaram os bretes dos ovinos, interagindo e aprendendo mais sobre os diversos usos tanto da carne como da lã.
Depois fizeram fotos e a caminhada prosseguiu. No setor de máquinas agrícolas outra aula entusiasmada, alegre e interativa. A penúltima.
Conduzidos pela turma da Comissão Jovem, em todo o trajeto, não escondem a expectativa do fechamento fo circuíto. Enfim, chegaram ao estande do Sicredi.
Lanche, atividade lúdica, com filme da turma da Mônica, sobre educação financeira e questionamentos sobre mesada, como gastar o dinheiro, uso racional da renda familiar, pagamentos das despesas, o que o dinheiro compra e o que não compra(valores éticos, afetivos e morais) e até sonho das carreiras profissionais.
Este era o tesouro, acompanhado de brinde e um baita lanche, fotos e muita alegria e novos aprendizados.
“Este projeto vem crescendo, porque nasceu da necessidade de termos dados para contrapor a base curricular injusta e preconceituosa com relação ao agro”, explica Martha Louzada.
Os sindicatos rurais, outras entidades e associados particulares, pagam para que insituições como a USP e a Embrapa façam levantamentos e criem acervos robustos em defesa do agro, para que sejam semeadas versões pedagógicas para públicos que vão desde alunos da primeira infância, até contrapontos na esfera política.
“Os dados levados à Brasília, junto à congressistas fez adiar a aprovação do novo texto do Plano Nacional de Educação. “O texto distorcia e tornava o agro como bandido na bibliografa que seria distribuída massivamente nas escolas brasileiras”, dispara Martha.
A difusão deste projeto está tomando corpo para “evitar os estragos de uma pedagogia distorcidade sobre à produção agropecuária e sua vasta cadeia produtiva” assegura ela.
Agro Notícia
Produtores de Alegrete se somam ao grande protesto do agro gaúcho
Em Alegrete a concentração dos tratores, máquinas e caminhões acontece próximo do posto Texacão, na Br 290.
O movimento divulgou a pauta e o apartidarismo dos produtores.
Confira os 10 pontos que mobiliza o agro neste dia 8.
❌❌ *REGRAS
Nosso objetivo é o *direito para os produtores*, totalmente pacífico, buscando defender os produtores:
01. Unindo os produtores rurais em uma frente unificada em prol dos interesses e direitos dos produtores da *agricultura e pecuária e toda sua cadeia produtiva* no estado do Rio Grande do Sul.
02. Inclusão e Representatividade:
• *Todos os produtores*, independentemente do porte ou especialização (seja na agricultura familiar, pequena, média, grande, do setor leiteiro, pecuária, orizicultura, uva, psicultura, apicultura, soja, hortaliças, fruticultura, *toda a cadeia produtiva*, etc.), são essenciais e bem-vindos.
03. Apartidarismo e Foco no Produtor:
• Nosso movimento é *apartidário*, *sem uso de quaisquer bandeiras*, centrado nos desafios e necessidades dos produtores, acima de quaisquer interesses políticos. Todo aquele que tiver interesse contrário, pedimos que se retire voluntariamente, e se, identificado será retirado do grupo e responderá por quaisquer atitudes que não seja as do objetivo do grupo. Buscamos aqui *renegociação* de dívidas que os produtores já vêm sofrendo primeiro com a seca dos últimos 3 anos e por último as chuvas que devastaram parte de nosso Estado. *Se esse não for seu objetivo ou não concordar com estas regras pode se retirar do movimento SOS AGRO RS.*
04. Apoio à Farsul e a FETAG:
• Comprometemos-nos integralmente com as demandas e propostas apresentadas pela Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (FARSUL), e pela FETAG.
05. *Defesa da Agricultura e Pecuária e de toda sua cadeia produtiva*
• Nossa missão é assegurar que as políticas públicas atendam efetivamente às demandas da agricultura e pecuária gaúcha, garantindo sua *viabilidade* e crescimento sustentável.
06. Transparência e Democracia:
•Todas as decisões do movimento serão tomadas de forma transparente e democrática, assegurando a participação *igualitária* de todos os membros.
07. Mobilização Responsável:
• Nosso engajamento será sempre *pacífico* e responsável, respeitando integralmente as leis e regulamentações vigentes.
08. Diálogo e Negociação:
• Priorizamos o diálogo contínuo com autoridades e instâncias pertinentes, buscando a negociação como principal meio de alcançar nossos objetivos.
09. Respeito e Solidariedade:
• Celebramos a diversidade de opiniões e experiências entre os produtores, promovendo um ambiente de respeito mútuo e solidariedade.
10. Compromisso com o Futuro:
• Assumimos o compromisso de trabalhar incansavelmente pelo futuro próspero da agricultura e pecuária no Rio Grande do Sul, garantindo sua sustentabilidade para as gerações vindouras.
Queremos possibilitar a permanência dos agricultores no setor e assim contribuir para reerguer o *ESTADO* do Rio Grande do Sul.”
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