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CoronaVac: doses paradas estão em negociação para uso internacional


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CoronaVac: doses paradas estão em negociação para uso internacional
Divulgação/Governo do Estado de São Paulo

CoronaVac: doses paradas estão em negociação para uso internacional

As 15 milhões de doses de  vacina CoronaVac paradas no  Instituto Butantan podem ter destino internacional. É o que explicou o diretor da instituição, Dimas Covas. De acordo com ele, há negociações de distribuição para países das Américas e da África.

“Estamos em negociação com outros países, inclusive em uma conversa para o fornecimento à Organização Panamericana de Saúde, por meio do mecanismo Covax (ligado à OMS), e, com esse problema todo na África, estamos vendo a possibilidade de usar essas vacinas lá”, disse.

O diretor explicou que aguardava a resposta do Ministério da Saúde para saber do interesse em receber esse pacote adicional de imunizantes — o Butantan já forneceu 100 milhões de doses desta vacina ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) desde janeiro — mas a resposta foi negativa.

Dimas Covas afirmou, porém, que atualmente há dificuldade de comercialização da vacina para países vizinhos. Segundo ele, as nações têm dificuldade em arcar com os custos da vacina. Daí a necessidade de incluir a CoronaVac no mecanismo Covax Facility, uma aliança de distribuição de imunizantes ligada à Organização Mundial da Saúde.

“Acho um erro, oficiamos (a disponibilidade em oferecer as doses) e recebemos a resposta ontem que não havia interesse. É a vacina mais usada no mundo, hoje o presidente da Sinovac adiantou que cerca de 2 bilhões de unidades dessa vacina já estão em uso”, afirmou Covas.

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Em nota enviada à reportagem, o Ministério da Saúde informou que contará, no ano que vem, “com um saldo remanescente de 134 milhões de imunizantes de 2021, somada à aquisição de 100 milhões de doses da Pfizer e 120 milhões de AstraZeneca. Essas duas vacinas foram escolhidas por terem o registro definitivo na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a aprovação por parte da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec)”.

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Sobre o registro — que é a aprovação definitiva da Anvisa aos fármacos em geral — Dimas Covas diz que o interesse do instituto é entrar com o pedido junto à agência ainda no final deste ano. Porém, ele defende que a vacina deveria ser considerada mesmo com liberação de uso emergencial, que é temporária.

“É uma desculpa para não incorporar (a vacina ao PNI). Como quem não incorporou em agosto, em setembro do ano passado. Agora tem uma nova justificativa. A vacina está autorizada para uso emergencial enquanto durar a pandemia. A pandemia não acabou e não vai acabar ano que vem, é apenas retórica do Ministério da Saúde para justificar a sua escolha”, aponta o diretor do Butantan.

Por conta dessa falta de demanda nacional, o Butantan está desde o final de outubro sem produzir novas doses. As 15 milhões de doses ociosas foram envasadas em agosto deste ano e, portanto, têm validade prevista para até 12 meses após essa data.

Fonte: IG SAÚDE

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Governador entrega veículo para Coordenadoria da Saúde

Na sexta-feira, 14 de fevereiro, o governador Eduardo Leite entregou 50 veículos novos à Secretaria da Saúde (SES) em Porto Alegre

Os veículos, sendo 25 sedans e 25 caminhonetes 4×4, custaram cerca de R$ 8,1 milhões, com recursos do Estado e do governo federal. Destinados às 18 coordenadorias regionais da SES e ao nível central, os carros visam melhorar a prestação de serviços de saúde.

 

A cerimônia contou com autoridades, como o próprio Governador Eduardo Leite, o deputado Frederico Antunes e a Secretária da Saúde, Arita Bergmann.

Entre os beneficiados estava a 10ª Coordenadoria de Saúde, representada por Haracelli Fontoura.

 

 

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Saúde

Aumento da depressão em idosos preocupa no Brasil

Dados do IBGE revelam que 13,2% dos idosos entre 60 e 64 anos sofrem de depressão, superando a média nacional. Solidão e perdas agravam depressão entre idosos

A incidência de depressão entre idosos no Brasil tem apresentado um aumento preocupante, com 13,2% das pessoas entre 60 e 64 anos diagnosticadas com a condição, superando a média nacional de 10,2% para indivíduos acima dos 18 anos, conforme dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Este aumento é ainda mais acentuado entre aqueles com 75 anos ou mais, registrando um crescimento de 48% entre 2013 e 2019. A história de Ciro Martins, 71 anos, reflete essa realidade. Após perder sua esposa em 2023, Ciro enfrentou uma profunda solidão que o levou à depressão.

A intervenção de um ex-colega de trabalho o encorajou a buscar ajuda profissional, resultando em um diagnóstico de depressão e um tratamento eficaz que revitalizou seu interesse pelas atividades diárias e pela socialização.

Especialistas apontam que a depressão em idosos é causada por uma combinação de fatores biológicos, como alterações nos níveis de neurotransmissores e o uso de medicamentos que podem agravar os sintomas, e sociais, principalmente o isolamento social e a solidão.

Alfredo Cataldo Neto, professor da Escola de Medicina da Pucrs, destaca a importância de uma abordagem diferenciada no tratamento da depressão em idosos, observando que os sintomas muitas vezes se manifestam de maneira distinta, com queixas físicas frequentemente substituindo expressões diretas de sofrimento emocional.

A solidão, agravada pela perda de cônjuges e mudanças familiares, é um dos principais desafios enfrentados pelos idosos. A taxa de suicídio entre essa faixa etária tem crescido no Brasil, evidenciando a gravidade da situação.

No Rio Grande do Sul, a expectativa de que 40% da população terá mais de 60 anos até 2070 ressalta a urgência de implementar políticas públicas voltadas para a saúde mental dos idosos.

Com informações do JC

 

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Saúde

O perigo que vem da China. Infectologistas recomendam precaução contra Metapneumovírus

 Sem vacina para HMPV, medidas como uso de máscaras e higiene são essenciais, dizem especialistas

Um surto de Metapneumovírus Humano (HMPV) foi identificado na China, levantando preocupações devido ao aumento de casos em algumas regiões do país.

Este vírus, responsável por sintomas como febre, tosse e congestão nasal, foi reportado nesta 3ª feira (08 de jan. de 2025). Apesar das preocupações, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e especialistas em infectologia descartam a possibilidade de uma nova pandemia no momento.

A OMS comunicou que mantém contato constante com as autoridades chinesas, que têm tranquilizado tanto a população quanto a comunidade internacional.

As informações indicam que a intensidade e a escala da doença são inferiores às de anos anteriores. O governo de Pequim adotou um novo protocolo de monitoramento para gerenciar a situação.

Segundo a infectologista Emy Gouveia, do Hospital Israelita Albert Einstein, a circulação do HMPV é comum, especialmente durante o inverno no hemisfério norte. Ela destacou a ausência de vacinas contra o HMPV e recomendou medidas preventivas como distanciamento social, uso de máscaras e higiene das mãos.

“Não existe um antiviral específico, e o tratamento para o paciente em casa consiste em medicamentos sintomáticos, repouso e hidratação,” afirmou Gouveia.

O HMPV foi identificado pela primeira vez em 2001 na Holanda, embora já circulasse antes dessa data. No Brasil, o vírus foi detectado em crianças menores de três anos em Sergipe, em 2004.

Gouveia observou que as mutações do HMPV são mais estáveis e raras em comparação com a Covid-19, o que facilita a gestão da doença.

A transmissão do HMPV ocorre por vias aéreas e contato com secreções contaminadas. O período de incubação varia de cinco a nove dias. Estudos indicam que a maioria das crianças até cinco anos já teve contato com o vírus.

Gouveia também alertou sobre o risco do HMPV em agravar doenças pulmonares pré-existentes, especialmente em crianças, devido à inflamação prolongada e hiperprodução de secreção.

 

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