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OMS: ômicron é ‘muito transmissível’, mas não deve ser motivo para pânico


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Ômicron: o que se sabe sobre os três casos confirmados no Brasil
André Biernath – @andre_biernath – Da BBC News Brasil em São Paulo

Ômicron: o que se sabe sobre os três casos confirmados no Brasil

A cientista-chefe da Organização Mundial da Saúde, Soumya Swaminathan, disse à Reuters nesta sexta-feira que, embora a nova variante do coronavírus Ômicron pareça ser muito transmissível, a resposta certa é estar preparado, com cautela e sem pânico.

A OMS pediu aos países que aumentem a capacidade de saúde e vacinem seu povo para combater o aumento de casos de Covid-19 causados ​​pela variante Ômicron, dizendo que as restrições às viagens podem ganhar tempo, mas por si só não são a resposta.

“Até que ponto devemos ficar preocupados? Precisamos estar preparados e cautelosos, não entrar em pânico, porque estamos em uma situação diferente de um ano atrás”, disse Swaminathan durante uma entrevista na conferência Reuters Next.

Embora o surgimento da nova variante não seja bem-vinda, ela disse que o mundo estava muito mais bem preparado devido ao desenvolvimento de vacinas desde o início da pandemia de Covid-19.

Desde que foi descoberta na África do Sul, vários países fecharam suas fronteiras e restringiram voos vindos da região sul do continente africano como uma tentativa de evitar a transmissão da nova cepa. No entanto, mais de 20 países já identificaram a Ômicron em seu território, inclusive o Brasil, que tem cinco casos confirmados.

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“Precisamos esperar, espero que seja mais branda … mas é muito cedo para concluir sobre a variante como um todo”, disse Swaminathan ao ser questionada sobre o que se sabia da Ômicron. “A Delta é responsável por 99% das infecções em todo o mundo. Esta variante teria que ser mais transmissível para competir e se tornar dominante em todo o mundo. É possível, mas não dá para prever.”

A principal cientista da OMS disse que a variante Ômicron parecia estar causando três vezes mais infecções do que as experimentadas anteriormente na África do Sul, o que significa que “parece ser capaz de superar parte da imunidade natural de infecções anteriores”.

As vacinas pareciam estar surtindo algum efeito.

“O fato de não estarem ficando doentes … isso significa que as vacinas ainda oferecem proteção e esperamos que continuem a fornecer proteção”, disse Swaminathan.

Questionada sobre a necessidade de reforços de vacinas anuais, ela disse que “a OMS está se preparando para todos os cenários”, que poderia incluir uma dose adicional, particularmente entre alguns grupos de idade ou setores vulneráveis ​​da população, ou uma vacina modificada.

“A infecção natural atua como um impulsionador”, disse a cientista da OMS, acrescentando que embora a nova variante “pudesse ter se originado em um país onde não há muito sequenciamento do genoma”, suas origens não eram conhecidas.

“Talvez nunca saibamos”, finalizou.

Fonte: IG SAÚDE

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Saúde

O perigo que vem da China. Infectologistas recomendam precaução contra Metapneumovírus

 Sem vacina para HMPV, medidas como uso de máscaras e higiene são essenciais, dizem especialistas

Um surto de Metapneumovírus Humano (HMPV) foi identificado na China, levantando preocupações devido ao aumento de casos em algumas regiões do país.

Este vírus, responsável por sintomas como febre, tosse e congestão nasal, foi reportado nesta 3ª feira (08 de jan. de 2025). Apesar das preocupações, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e especialistas em infectologia descartam a possibilidade de uma nova pandemia no momento.

A OMS comunicou que mantém contato constante com as autoridades chinesas, que têm tranquilizado tanto a população quanto a comunidade internacional.

As informações indicam que a intensidade e a escala da doença são inferiores às de anos anteriores. O governo de Pequim adotou um novo protocolo de monitoramento para gerenciar a situação.

Segundo a infectologista Emy Gouveia, do Hospital Israelita Albert Einstein, a circulação do HMPV é comum, especialmente durante o inverno no hemisfério norte. Ela destacou a ausência de vacinas contra o HMPV e recomendou medidas preventivas como distanciamento social, uso de máscaras e higiene das mãos.

“Não existe um antiviral específico, e o tratamento para o paciente em casa consiste em medicamentos sintomáticos, repouso e hidratação,” afirmou Gouveia.

O HMPV foi identificado pela primeira vez em 2001 na Holanda, embora já circulasse antes dessa data. No Brasil, o vírus foi detectado em crianças menores de três anos em Sergipe, em 2004.

Gouveia observou que as mutações do HMPV são mais estáveis e raras em comparação com a Covid-19, o que facilita a gestão da doença.

A transmissão do HMPV ocorre por vias aéreas e contato com secreções contaminadas. O período de incubação varia de cinco a nove dias. Estudos indicam que a maioria das crianças até cinco anos já teve contato com o vírus.

Gouveia também alertou sobre o risco do HMPV em agravar doenças pulmonares pré-existentes, especialmente em crianças, devido à inflamação prolongada e hiperprodução de secreção.

 

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Saúde

Saquinhos de chá liberam milhões de microplásticos, alerta estudo

Pesquisa internacional mostra contaminação por plásticos em chás e possíveis impactos na saúde humana

Pesquisadores do projeto PlasticHeal, em colaboração com a Universitat Autònoma de Barcelona (UAB) e o Centro Helmholtz de Investigação Ambiental de Leipzig, Alemanha, descobriram que bolsitas de chá comerciais liberam milhões de microplásticos e nanoplásticos (MNPL) nas infusões.

 

Este estudo, divulgado em 03.jan.2025, revela que essas partículas podem penetrar nas células intestinais humanas e potencialmente alcançar a corrente sanguínea, destacando a necessidade de abordar a contaminação por plásticos em produtos de consumo diário.

A pesquisa focou em bolsitas de chá feitas de polímeros como nailon-6, polipropileno e celulose. Os resultados mostraram que o polipropileno foi o material que mais liberou partículas, com aproximadamente 1.200 milhões por mililitro de infusão.

As técnicas analíticas avançadas utilizadas incluíram microscopia eletrônica de barrido (SEM), microscopia eletrônica de transmissão (TEM), espectroscopia infravermelha (ATR-FTIR), dispersão dinâmica de luz (DLS), velocimetria laser Doppler (LDV) e análise de seguimento de nanopartículas (NTA), afirmou Alba García, investigadora da UAB.

O estudo também observou a interação dessas partículas com células intestinais humanas, descobrindo que as células produtoras de muco absorvem uma quantidade significativa desses MNPL, que podem inclusive penetrar no núcleo celular.

Isso sugere um papel crucial do muco intestinal na absorção dessas partículas e ressalta a necessidade de investigar mais a fundo os efeitos da exposição crônica a MNPL na saúde humana.

Os pesquisadores enfatizam a importância de desenvolver métodos padronizados para avaliar a contaminação por MNPL em materiais plásticos em contato com alimentos e a necessidade de políticas regulatórias para mitigar essa contaminação. 

 

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Saúde

Alegrete convoca doadores para enfrentar escassez de sangue O-

Com estoque crítico, Hemocentro de Alegrete organiza coleta externa e estende horários para receber doações

O Hemocentro Regional de Alegrete enfrenta uma situação crítica em seu estoque de sangue, com especial urgência para o tipo O-. A instituição possui apenas uma unidade disponível e busca atender às crescentes demandas por transfusões.

 

 

A crise levou ao pedido de auxílio ao Hemocentro de Santa Maria, que foi solicitado a enviar mais bolsas de sangue. A situação foi divulgada nesta 4ª feira (26 de dezembro de 2024), com o objetivo de mobilizar a comunidade para doações urgentes.

Fernanda Soares, assistente social do Hemocentro, destacou a necessidade de doações. “Devido à alta demanda por sangue do tipo O- e outras tipagens, foi lançada uma campanha de urgência para mobilizar doadores a comparecerem ao hemocentro e realizarem suas doações,” afirmou.

A meta é alcançar dez unidades até o final da manhã de 6ª feira (27 de dezembro de 2024).

Para facilitar o acesso dos doadores, o Hemocentro de Alegrete manterá o atendimento normal nesta 5ª e 6ª feira. Uma coleta externa está programada para a próxima 2ª feira (30 de dezembro de 2024) na cidade de Itaqui. “Fazemos um apelo para que a população se dirija ao Hemocentro de Alegrete e contribua com as vidas que dependem dessas doações,” reforçou Soares.

Localizado na Rua General Sampaio, 10, bairro Canudos, o Hemocentro opera das 7h às 13h. A necessidade de sangue do tipo O- é urgente devido à sua capacidade de ser transfundido em pacientes de qualquer tipo sanguíneo, o que o torna vital em emergências.

 

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