Saúde
Dezembro Laranja: população ‘subestima’ câncer de pele, diz dermatologista
Uma manchinha diferente na pele, uma pinta que mudou de característica. Muitas vezes subestimadas pela população, esses são os sinais do câncer de pele , tipo que mais atinge a população brasileira. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia, o câncer de pele supera os de mama, próstata, cólon e reto, pulmão e estômago, e é responsável por 27% dos tumores malígnos diagnósticados em todo o país.
“As pessoas subestimam porque têm sempre a impressão de que é só um sinal na pele, que é só operar e está resolvido. Muita gente não sabe que temos tipos de câncer de pele muito graves, mesmo os não-melonoma, que podem causar metástase, invadindo a região acometida”, explica a dra. Tatiana Blumetti, assessora do Departamento de Oncologia Cutânea da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), em entrevista ao iG .
O câncer de pele é dividido em três categorias: melanoma, o mais agressivo, com alto índice de mortalidade; carcinoma basocelular (CBC), o mais comum; e carcinoma espinocelular (CEC), segundo mais comum. Cada um atinge uma camada difererente da pele, e tem tratamento e diagnósticos distintos.
Para o diagnóstico ágil e eficiente – em comum com os outros tipos de câncer, o de pele exige a descoberta o mais cedo possível, para que as chances de cura sejam elevadas -, é preciso que o paciente esteja atento aos seus sinais.
“Quando você percebe um sinal como esse, é preciso procurar um dermatologista. Ele é quem vai examinar, e se considerar o caso suspeito de câncer, solicitar a biópsia (remoção de um pequeno fragmento da lesão). Toda vez que uma pessoa notar algo diferente na pele, e não se lembrar se algo causou aquilo, ela deve procurar o médico”, alerta a especialista.
Foi o que aconteceu com o comerciante Humberto do Carmo, 49, em 2015. Sua esposa, Aparecida Ribeiro, 44, notou que uma pinta localizada perto da orelha do marido estava diferente. “Eu ficava de olho, achava que ela estava mudando de formato. Ficava mais escura, era assimétrica… E foi aumentando significativamente”, relata.
Por dois anos, Aparecida notou as diferenças no sinal. Enfermeira, ela tratou de alertar de que poderia se tratar de uma doença. “Eu sempre falava para ele sobre as minhas suspeitas, por tudo que eu já tinha escutado falar. E ele tinha muita resistência, até o dia em que a pinta ficou áspera e com um certo relevo”, relembra.
“Até o dia em que nossa filha passou a unha e sangrou muito. Ele falou que era por conta da unha grande, mas eu peguei as imagens do Google – o Google é ótimo, já acaba com a pessoa. Quando você vai procurar um diagnóstico ele já dá o pior de todos – era idêntico. Ele não conseguia ter uma boa visão por conta do local, e eu tirei fotos para comparar.”
Aparecida conta que o marido não acreditava na possibilidade de um câncer, e que chegou a dizer que pensava na doença porque era enfermeira. Mas diante do acidente com a filha, eles foram ao médico e receberam o diagnóstico correto. Ela lamenta a demora na procura por um especialista, mas exalta que, depois da chegada ao consultório, a ação foi rápida.
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“Apesar de ser bastante comum, e de mortalidade baixa, o câncer tem tratamento. Se descoberto mais cedo, então, maravilha. O dele demorou dois anos, poderia ter sido menos, né? Quando a dermatologista olhou para a pinta, já encaminhou para o cirurgião”. A cirurgia de Humberto para a retirada da pinta foi um sucesso, e hoje, ele segue mais atento aos outros sinais que tem de nascença no corpo.
Grande parte dos tumores de câncer de pele são retirados por meio de cirurgia. Segundo a SBD, entre 2013, quando o Painel de Oncologia Brasil, que monitora os casos, entrou em operação, até 2021, 205 mil novos casos foram registrados no país. Nesse mesmo período, 374 mil pessoas foram internadas e 32 mil morreram em decorrência da doença.
Estima-se que o Brasil tenha cerca de 180 mil casos de câncer de pele não melanoma e 8,5 mil casos de melanoma a cada ano.
A Dra. Tatiana orienta que, ao perceber o primeiro sinal que pode indicar o câncer de pele, o paciente pode procurar por um clínico geral no Sistema Único de Saúde (SUS), e pedir o encaminhamento para o especialista, que dará o encaminhamento correto de acordo com o caso.
O que causa e como se prevenir?
A receita para se prevenir do câncer de pele parece simples: evitar a exposição solar em horários inadequados – entre 10h da manhã e 16h.
“Nesse período, se você se expor ao sol, procure por uma sombra. Use o protetor solar fator 30, no mínimo, e reaplique a cada duas horas se estiver fazendo atividades físicas, entrando na piscina ou no mar. Se possível, é indicado associar outras formas de barreira, como roupas com proteção UV, bonés e óculos escuros”, receita a Dra. Tatiana.
“Não dá só para confiar no protetor solar, ele tem uma limitação. Ele consegue fazer a proteção, é excelente para isso, mas esbarra nesses fatores, a sudorese, areia, mar. E não previne de insolação, que é a desidratação após a exposição ao sol, que pode levar a quadros de desidratação grave”, alerta.
Neste início de dezembro, a SBD lança a campanha Dezembro Laranja, que visa alertar para a prevenção da doença. No momento em que os índices da covid-19 dão uma trégua, espera-se que a população volte a ocupar espaços abertos como praias e clubes.
Saúde
Governador entrega veículo para Coordenadoria da Saúde
Na sexta-feira, 14 de fevereiro, o governador Eduardo Leite entregou 50 veículos novos à Secretaria da Saúde (SES) em Porto Alegre
Os veículos, sendo 25 sedans e 25 caminhonetes 4×4, custaram cerca de R$ 8,1 milhões, com recursos do Estado e do governo federal. Destinados às 18 coordenadorias regionais da SES e ao nível central, os carros visam melhorar a prestação de serviços de saúde.
A cerimônia contou com autoridades, como o próprio Governador Eduardo Leite, o deputado Frederico Antunes e a Secretária da Saúde, Arita Bergmann.
Entre os beneficiados estava a 10ª Coordenadoria de Saúde, representada por Haracelli Fontoura.
Saúde
Aumento da depressão em idosos preocupa no Brasil
Dados do IBGE revelam que 13,2% dos idosos entre 60 e 64 anos sofrem de depressão, superando a média nacional. Solidão e perdas agravam depressão entre idosos
A incidência de depressão entre idosos no Brasil tem apresentado um aumento preocupante, com 13,2% das pessoas entre 60 e 64 anos diagnosticadas com a condição, superando a média nacional de 10,2% para indivíduos acima dos 18 anos, conforme dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Este aumento é ainda mais acentuado entre aqueles com 75 anos ou mais, registrando um crescimento de 48% entre 2013 e 2019. A história de Ciro Martins, 71 anos, reflete essa realidade. Após perder sua esposa em 2023, Ciro enfrentou uma profunda solidão que o levou à depressão.
A intervenção de um ex-colega de trabalho o encorajou a buscar ajuda profissional, resultando em um diagnóstico de depressão e um tratamento eficaz que revitalizou seu interesse pelas atividades diárias e pela socialização.
Especialistas apontam que a depressão em idosos é causada por uma combinação de fatores biológicos, como alterações nos níveis de neurotransmissores e o uso de medicamentos que podem agravar os sintomas, e sociais, principalmente o isolamento social e a solidão.
Alfredo Cataldo Neto, professor da Escola de Medicina da Pucrs, destaca a importância de uma abordagem diferenciada no tratamento da depressão em idosos, observando que os sintomas muitas vezes se manifestam de maneira distinta, com queixas físicas frequentemente substituindo expressões diretas de sofrimento emocional.
A solidão, agravada pela perda de cônjuges e mudanças familiares, é um dos principais desafios enfrentados pelos idosos. A taxa de suicídio entre essa faixa etária tem crescido no Brasil, evidenciando a gravidade da situação.
No Rio Grande do Sul, a expectativa de que 40% da população terá mais de 60 anos até 2070 ressalta a urgência de implementar políticas públicas voltadas para a saúde mental dos idosos.
Com informações do JC
Saúde
O perigo que vem da China. Infectologistas recomendam precaução contra Metapneumovírus
Sem vacina para HMPV, medidas como uso de máscaras e higiene são essenciais, dizem especialistas
Um surto de Metapneumovírus Humano (HMPV) foi identificado na China, levantando preocupações devido ao aumento de casos em algumas regiões do país.
Este vírus, responsável por sintomas como febre, tosse e congestão nasal, foi reportado nesta 3ª feira (08 de jan. de 2025). Apesar das preocupações, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e especialistas em infectologia descartam a possibilidade de uma nova pandemia no momento.
A OMS comunicou que mantém contato constante com as autoridades chinesas, que têm tranquilizado tanto a população quanto a comunidade internacional.
As informações indicam que a intensidade e a escala da doença são inferiores às de anos anteriores. O governo de Pequim adotou um novo protocolo de monitoramento para gerenciar a situação.
Segundo a infectologista Emy Gouveia, do Hospital Israelita Albert Einstein, a circulação do HMPV é comum, especialmente durante o inverno no hemisfério norte. Ela destacou a ausência de vacinas contra o HMPV e recomendou medidas preventivas como distanciamento social, uso de máscaras e higiene das mãos.
“Não existe um antiviral específico, e o tratamento para o paciente em casa consiste em medicamentos sintomáticos, repouso e hidratação,” afirmou Gouveia.
O HMPV foi identificado pela primeira vez em 2001 na Holanda, embora já circulasse antes dessa data. No Brasil, o vírus foi detectado em crianças menores de três anos em Sergipe, em 2004.
Gouveia observou que as mutações do HMPV são mais estáveis e raras em comparação com a Covid-19, o que facilita a gestão da doença.
A transmissão do HMPV ocorre por vias aéreas e contato com secreções contaminadas. O período de incubação varia de cinco a nove dias. Estudos indicam que a maioria das crianças até cinco anos já teve contato com o vírus.
Gouveia também alertou sobre o risco do HMPV em agravar doenças pulmonares pré-existentes, especialmente em crianças, devido à inflamação prolongada e hiperprodução de secreção.
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