Saúde
Variante Ômicron: por que restringir viagens tem efeito limitado
Reality Check – BBC News
O presidente da África do Sul, país onde a nova variante do coronavírus, ômicron, foi inicialmente identificada, criticou as restrições de voos impostas mundialmente a viajantes vindos da África Austral.
“A proibição de viagens não é informada pela ciência, não será eficiente em prevenir o avanço dessa variante”, criticou Cyril Ramaphosa.
O Brasil está entre os países a impor vetos a viajantes. Na sexta-feira passada (26/11), seguindo recomendação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária),o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, publicou no Twitter que a partir desta segunda-feira (29), as fronteiras aéreas estão temporariamente fechadas para passageiros vindos da África do Sul, Botsuana, Essuatini (Suazilândia), Lesoto, Namíbia e Zimbábue.
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Nesta terça-feira (30/11), a Anvisa informou que foram identificados, em um sequenciamento genético preliminar, os dois primeiros casos dessa variante no Brasil , no aeroporto de Guarulhos (SP).
O que dizem as evidências científicas sobre medidas restritivas ao tráfego aéreo?
A posição da OMS
Ainda em fevereiro de 2020, no início da pandemia, a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que restrições a viajantes “geralmente são ineficientes” na tentativa de se prevenir que uma variante chegue a um determinado país, além de ter possíveis impactos econômicos e sociais.
“Medidas de viagens que interferem significativamente com o tráfego internacional só podem ser justificadas no início de uma epidemia, quando permitem que os países ganhem algum tempo”, disse a organização na época.
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Essa posição foi criticada pelo então presidente americano, Donald Trump, que exigiu apoio da OMS para sua decisão, na época, de impedir voos da China (e depois da Europa) rumo aos EUA.
E a mesma recomendação da OMS foi ignorada por muitos países da Ásia, como Cingapura e Taiwan, que restringiram voos da China logo no início da pandemia e depois foram copiados por diversos países ao redor do mundo.
Viajantes brasileiros também foram alvo de diversas restrições, sobretudo durante o período de maior incidência da variante gamma, identificada originalmente no Amazonas.
Desde então, a OMS atualizou suas diretrizes e agora recomenda uma abordagem “baseada em risco” no que diz respeito a restrições de viagens,
As diretrizes sugerem que países levem em conta seus níveis de imunidade (pela vacinação e também pela infecção natural), o avanço da variante em questão e a efetividade de medidas como testagem e quarentena.
Mas agregam que “países (…) preocupados que variantes sejam um risco (…) devem adotar uma abordagem precavida e implementar restrições limitadas” e “proporcionais” à ameaça em questão.
O que diz a ciência?
Estudos feitos após a fase inicial da pandemia, no ano passado, sugerem que restrições a viagens podem ter tido algum impacto inicial em atrasar o avanço no vírus.
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Uma pesquisa publicada no periódico Nature em dezembro de 2000 aponta que essas restrições funcionaram bem no começo da crise global, mas depois foram perdendo eficácia.
Um estudo do centro alemão WZB Berlin Social Science Center, de outubro, chegou a conclusões semelhantes ao analisar fechamento de fronteiras aéreas e índices de mortes por covid-19 em mais de 180 países.
O estudo acrescentou que o maior impacto ocorreu quando os países restringiram as viagens externas antes de alcançar a marca de dez ou mais mortes. E acrescentou que uma quarentena obrigatória para todos os viajantes era mais eficiente do que vetos a entradas com base no país de origem do viajante. Por fim, restrições específicas em determinados países tiveram mais impacto do que restrições a viajantes em geral.
Pesquisas que analisaram os dias iniciais da pandemia no Reino Unido, quando havia poucas restrições vigentes, identificaram que o vírus foi introduzido no país mais de mil vezes, sobretudo de outros países da Europa.
A epidemiologista Deepti Gurdasani, da Universidade Queen Mary, em Londres, disse à BBC News que, embora restrições a viajantes possam ter desacelerado o vírus, está claro que, mesmo àquela altura, ele já estava em várias partes do mundo.
“Em vez de restringir viagens, é preciso criar medidas adequadas de triagem (para identificar passageiros contaminados) e políticas de isolamento, o que reduz o avanço (do vírus)”, afirmou.
Uma diferença crucial em relação aos estágios iniciais da pandemia é que agora temos vacinas sendo aplicadas em todo o mundo.
O problema é que o ritmo de vacinação varia drasticamente – e ainda há incerteza quanto a se as vacinas são ou não igualmente eficazes contra a variante ômicron.
Quem impôs as restrições mais rígidas a viajantes internacionais?
A Austrália reabriu suas fronteiras internacionais pela primeira vez em novembro, depois de 18 meses permitindo que apenas um número limitado de seus cidadãos e visitantes entrasse ou saísse do país.
O país tinha planos de permitir que migrantes qualificados e estudantes internacionais (vacinados) fossem autorizados a entrar em território australiano a partir de 1° de dezembro, mas adiou essa reabertura por conta da variante ômicron.
A Nova Zelândia, enquanto isso, continua com suas fronteiras fechadas, desde o ano passado, e deve mantê-las fechadas até o final do ano – embora seu governo tenha anunciado uma reabertura para cidadãos e para pessoas portadoras de vistos australianos a partir do ano que vem e para visitantes vacinados a partir de abril.
O Vietnã também manteve um dos mais longos vetos a viajantes – só reabriu suas fronteiras neste mês.
Esses três países tiveram relativamente poucos casos de covid-19 até julho deste ano, quando a variante delta, identificada primeiro na Índia, começou a se espalhar.
Mas lockdowns, ampla testagem e medidas de segurança, como uso de boas máscaras, parecem ter sido tão importantes quanto restrições a viajantes no esforço de conter as infecções nos estágios iniciais da pandemia.
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Saúde
Governador entrega veículo para Coordenadoria da Saúde
Na sexta-feira, 14 de fevereiro, o governador Eduardo Leite entregou 50 veículos novos à Secretaria da Saúde (SES) em Porto Alegre
Os veículos, sendo 25 sedans e 25 caminhonetes 4×4, custaram cerca de R$ 8,1 milhões, com recursos do Estado e do governo federal. Destinados às 18 coordenadorias regionais da SES e ao nível central, os carros visam melhorar a prestação de serviços de saúde.
A cerimônia contou com autoridades, como o próprio Governador Eduardo Leite, o deputado Frederico Antunes e a Secretária da Saúde, Arita Bergmann.
Entre os beneficiados estava a 10ª Coordenadoria de Saúde, representada por Haracelli Fontoura.
Saúde
Aumento da depressão em idosos preocupa no Brasil
Dados do IBGE revelam que 13,2% dos idosos entre 60 e 64 anos sofrem de depressão, superando a média nacional. Solidão e perdas agravam depressão entre idosos
A incidência de depressão entre idosos no Brasil tem apresentado um aumento preocupante, com 13,2% das pessoas entre 60 e 64 anos diagnosticadas com a condição, superando a média nacional de 10,2% para indivíduos acima dos 18 anos, conforme dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Este aumento é ainda mais acentuado entre aqueles com 75 anos ou mais, registrando um crescimento de 48% entre 2013 e 2019. A história de Ciro Martins, 71 anos, reflete essa realidade. Após perder sua esposa em 2023, Ciro enfrentou uma profunda solidão que o levou à depressão.
A intervenção de um ex-colega de trabalho o encorajou a buscar ajuda profissional, resultando em um diagnóstico de depressão e um tratamento eficaz que revitalizou seu interesse pelas atividades diárias e pela socialização.
Especialistas apontam que a depressão em idosos é causada por uma combinação de fatores biológicos, como alterações nos níveis de neurotransmissores e o uso de medicamentos que podem agravar os sintomas, e sociais, principalmente o isolamento social e a solidão.
Alfredo Cataldo Neto, professor da Escola de Medicina da Pucrs, destaca a importância de uma abordagem diferenciada no tratamento da depressão em idosos, observando que os sintomas muitas vezes se manifestam de maneira distinta, com queixas físicas frequentemente substituindo expressões diretas de sofrimento emocional.
A solidão, agravada pela perda de cônjuges e mudanças familiares, é um dos principais desafios enfrentados pelos idosos. A taxa de suicídio entre essa faixa etária tem crescido no Brasil, evidenciando a gravidade da situação.
No Rio Grande do Sul, a expectativa de que 40% da população terá mais de 60 anos até 2070 ressalta a urgência de implementar políticas públicas voltadas para a saúde mental dos idosos.
Com informações do JC
Saúde
O perigo que vem da China. Infectologistas recomendam precaução contra Metapneumovírus
Sem vacina para HMPV, medidas como uso de máscaras e higiene são essenciais, dizem especialistas
Um surto de Metapneumovírus Humano (HMPV) foi identificado na China, levantando preocupações devido ao aumento de casos em algumas regiões do país.
Este vírus, responsável por sintomas como febre, tosse e congestão nasal, foi reportado nesta 3ª feira (08 de jan. de 2025). Apesar das preocupações, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e especialistas em infectologia descartam a possibilidade de uma nova pandemia no momento.
A OMS comunicou que mantém contato constante com as autoridades chinesas, que têm tranquilizado tanto a população quanto a comunidade internacional.
As informações indicam que a intensidade e a escala da doença são inferiores às de anos anteriores. O governo de Pequim adotou um novo protocolo de monitoramento para gerenciar a situação.
Segundo a infectologista Emy Gouveia, do Hospital Israelita Albert Einstein, a circulação do HMPV é comum, especialmente durante o inverno no hemisfério norte. Ela destacou a ausência de vacinas contra o HMPV e recomendou medidas preventivas como distanciamento social, uso de máscaras e higiene das mãos.
“Não existe um antiviral específico, e o tratamento para o paciente em casa consiste em medicamentos sintomáticos, repouso e hidratação,” afirmou Gouveia.
O HMPV foi identificado pela primeira vez em 2001 na Holanda, embora já circulasse antes dessa data. No Brasil, o vírus foi detectado em crianças menores de três anos em Sergipe, em 2004.
Gouveia observou que as mutações do HMPV são mais estáveis e raras em comparação com a Covid-19, o que facilita a gestão da doença.
A transmissão do HMPV ocorre por vias aéreas e contato com secreções contaminadas. O período de incubação varia de cinco a nove dias. Estudos indicam que a maioria das crianças até cinco anos já teve contato com o vírus.
Gouveia também alertou sobre o risco do HMPV em agravar doenças pulmonares pré-existentes, especialmente em crianças, devido à inflamação prolongada e hiperprodução de secreção.
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