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Variante Ômicron: o que se sabe sobre os três casos confirmados no Brasil


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Ômicron: o que se sabe sobre os três casos confirmados no Brasil
André Biernath – @andre_biernath – Da BBC News Brasil em São Paulo

Ômicron: o que se sabe sobre os três casos confirmados no Brasil

André Biernath – @andre_biernath – Da BBC News Brasil em São Paulo

O Brasil confirmou os três primeiros casos de covid-19 causados pela  variante ômicron do coronavírus.

Detectada pela primeira vez na África do Sul no final de novembro, essa nova versão do agente infeccioso vem chamando a atenção de especialistas pela quantidade e pela variedade de mutações genéticas.

Por ora, há suspeitas – mas não confirmações – de que essa variante seja mais infecciosa e consiga “driblar” a imunidade obtida após a vacinação ou a recuperação da covid-19. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera desde a semana passada a  ômicron como uma “variante de preocupação”, e um dos motivos é porque ela potencialmente possa provocar mais reinfecções.

Nos últimos dias, a ômicron já foi detectada em todos os continentes. Até o momento, a porção sul da África concentra a maioria dos casos.

Confira a seguir o que já se sabe sobre os três casos confirmados no Brasil.

Primeiro e segundo casos

As notícias de que os primeiros pacientes infectados com a ômicron haviam sido identificados no Brasil começaram a circular no final da tarde do dia 30 de novembro.

A confirmação oficial, feita pelo Instituto Adolfo Lutz e pela Secretaria de Saúde do Governo do Estado de São Paulo, aconteceu algumas horas depois.

Trata-se de um homem de 41 anos e de uma mulher de 37 anos que são missionários na África do Sul e desembarcaram no Aeroporto Internacional de Guarulhos no dia 23 de novembro. Os dois vieram ao país para visitar familiares.

Vale destacar aqui que a descoberta da variante ômicron por pesquisadores sul-africanos só aconteceu no dia seguinte (24/11).

Como retornariam à África do Sul no dia 25 de novembro, eles foram até um laboratório do Hospital Israelita Albert Einstein montado no Aeroporto de Guarulhos para realizar um exame de PCR, que detecta o coronavírus.

Foi justamente esse teste e a análise genética da amostra que deram resultado positivo para a ômicron.

De acordo com informações da Secretaria Estadual de Saúde de SP, os dois tinham sintomas leves e haviam tomado a vacina da Janssen. Até o momento, eles passam bem e estão em isolamento.

As equipes de vigilância de São Paulo acompanham os dois pacientes e estão entrando em contato com todas as pessoas com as quais eles tiveram contato nesses últimos dias.

A ideia é checar se esses outros indivíduos também foram infectados e isolá-los, para evitar o máximo possível a criação de cadeias internas de transmissão da ômicron no Brasil.

Line of passengers inside Schiphol Airport

Getty Images
Aeroportos são a principal porta de entrada de novas variantes no país

Terceiro caso

O Governo de São Paulo confirmou no dia 1° de dezembro a detecção do terceiro paciente com a ômicron no Estado.

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Trata-se de um homem de 29 anos, que também chegou pelo Aeroporto Internacional de Guarulhos num voo da Etiópia no dia 27 de novembro.

Ele tinha sido vacinado anteriormente com duas doses da Pfizer.

O homem foi testado no aeroporto, na hora do desembarque, pelo laboratório CR Diagnósticos.

Segundo as informações divulgadas pela Secretaria de Saúde paulista, ele passa bem, não tem sintomas e está em isolamento.

A equipe de vigilância do município de Guarulhos, a cidade de residência dele, está fazendo o acompanhamento do paciente.

Caso suspeito no RJ

A Prefeitura do Rio de Janeiro anunciou no dia 1° de dezembro que também investiga um caso suspeito de covid causado pela variante ômicron na cidade.

De acordo com o secretário de Saúde Daniel Soranz, a paciente é uma mulher que veio de Johannesburgo, na África do Sul, e desembarcou na capital fluminense no dia 21 de novembro.

Uma amostra foi enviada para a Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz), que deve ter um resultado sobre a presença ou a ausência da ômicron nas próximas horas.

O que dizem as autoridades

Após a confirmação dos primeiros casos, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou uma nota em seu site dizendo que “a Rede Cievs, ligada ao Ministério da Saúde, deve monitorar os casos de acordo com o sistema de vigilância vigente no Brasil, para avaliação das condições de saúde e direcionamento dos indivíduos aos serviços de atenção à saúde, bem como para adoção das medidas de prevenção e controle da covid-19”.

A agência lembra que, desde o dia 27 de novembro, estão proibidos “voos com destino ao Brasil que tenham origem ou passagem pela República da África do Sul, República de Botsuana, Reino de Essuatíni (Suazilândia), Reino do Lesoto, República da Namíbia e República do Zimbábue”.

A medida de limitar a entrada de passageiros de países específicos, porém, é criticada por especialistas, uma vez que a ômicron já foi detectada em todos os continentes.

“Desde a última sexta-feira (26/11), a Anvisa, ao verificar o risco de transmissão da nova variante, já vem atuando para identificar eventuais riscos de sua disseminação no Brasil”, finaliza a agência.

Já a Secretaria de Saúde de SP declarou que faz o acompanhamento das variantes de preocupação, caso de alfa, beta, gama, delta e ômicron, e que “todo e qualquer agravo inusitado é monitorado pela vigilância estadual, seja proveniente de aeroportos ou portos”.

Os representantes paulistas ressaltam que “as medidas já conhecidas pela população seguem cruciais para combater a pandemia de coronavírus: uso de máscara, higienização das mãos (com água e sabão ou álcool em gel) e a vacinação”.

“Aproveitamos para reforçar a importância da vacinação, principalmente aquelas 3,9 milhões de pessoas que ainda não tomaram a sua segunda dose [em São Paulo], pois somente dessa forma estarão totalmente protegidas”, destaca o secretário de Estado da Saúde, Jean Gorinchteyn.

No Brasil inteiro, mais de 17 milhões de indivíduos estão com a segunda dose da vacina que protege contra a covid atrasada.


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Fonte: IG SAÚDE

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Saúde

O perigo que vem da China. Infectologistas recomendam precaução contra Metapneumovírus

 Sem vacina para HMPV, medidas como uso de máscaras e higiene são essenciais, dizem especialistas

Um surto de Metapneumovírus Humano (HMPV) foi identificado na China, levantando preocupações devido ao aumento de casos em algumas regiões do país.

Este vírus, responsável por sintomas como febre, tosse e congestão nasal, foi reportado nesta 3ª feira (08 de jan. de 2025). Apesar das preocupações, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e especialistas em infectologia descartam a possibilidade de uma nova pandemia no momento.

A OMS comunicou que mantém contato constante com as autoridades chinesas, que têm tranquilizado tanto a população quanto a comunidade internacional.

As informações indicam que a intensidade e a escala da doença são inferiores às de anos anteriores. O governo de Pequim adotou um novo protocolo de monitoramento para gerenciar a situação.

Segundo a infectologista Emy Gouveia, do Hospital Israelita Albert Einstein, a circulação do HMPV é comum, especialmente durante o inverno no hemisfério norte. Ela destacou a ausência de vacinas contra o HMPV e recomendou medidas preventivas como distanciamento social, uso de máscaras e higiene das mãos.

“Não existe um antiviral específico, e o tratamento para o paciente em casa consiste em medicamentos sintomáticos, repouso e hidratação,” afirmou Gouveia.

O HMPV foi identificado pela primeira vez em 2001 na Holanda, embora já circulasse antes dessa data. No Brasil, o vírus foi detectado em crianças menores de três anos em Sergipe, em 2004.

Gouveia observou que as mutações do HMPV são mais estáveis e raras em comparação com a Covid-19, o que facilita a gestão da doença.

A transmissão do HMPV ocorre por vias aéreas e contato com secreções contaminadas. O período de incubação varia de cinco a nove dias. Estudos indicam que a maioria das crianças até cinco anos já teve contato com o vírus.

Gouveia também alertou sobre o risco do HMPV em agravar doenças pulmonares pré-existentes, especialmente em crianças, devido à inflamação prolongada e hiperprodução de secreção.

 

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Saúde

Saquinhos de chá liberam milhões de microplásticos, alerta estudo

Pesquisa internacional mostra contaminação por plásticos em chás e possíveis impactos na saúde humana

Pesquisadores do projeto PlasticHeal, em colaboração com a Universitat Autònoma de Barcelona (UAB) e o Centro Helmholtz de Investigação Ambiental de Leipzig, Alemanha, descobriram que bolsitas de chá comerciais liberam milhões de microplásticos e nanoplásticos (MNPL) nas infusões.

 

Este estudo, divulgado em 03.jan.2025, revela que essas partículas podem penetrar nas células intestinais humanas e potencialmente alcançar a corrente sanguínea, destacando a necessidade de abordar a contaminação por plásticos em produtos de consumo diário.

A pesquisa focou em bolsitas de chá feitas de polímeros como nailon-6, polipropileno e celulose. Os resultados mostraram que o polipropileno foi o material que mais liberou partículas, com aproximadamente 1.200 milhões por mililitro de infusão.

As técnicas analíticas avançadas utilizadas incluíram microscopia eletrônica de barrido (SEM), microscopia eletrônica de transmissão (TEM), espectroscopia infravermelha (ATR-FTIR), dispersão dinâmica de luz (DLS), velocimetria laser Doppler (LDV) e análise de seguimento de nanopartículas (NTA), afirmou Alba García, investigadora da UAB.

O estudo também observou a interação dessas partículas com células intestinais humanas, descobrindo que as células produtoras de muco absorvem uma quantidade significativa desses MNPL, que podem inclusive penetrar no núcleo celular.

Isso sugere um papel crucial do muco intestinal na absorção dessas partículas e ressalta a necessidade de investigar mais a fundo os efeitos da exposição crônica a MNPL na saúde humana.

Os pesquisadores enfatizam a importância de desenvolver métodos padronizados para avaliar a contaminação por MNPL em materiais plásticos em contato com alimentos e a necessidade de políticas regulatórias para mitigar essa contaminação. 

 

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Saúde

Alegrete convoca doadores para enfrentar escassez de sangue O-

Com estoque crítico, Hemocentro de Alegrete organiza coleta externa e estende horários para receber doações

O Hemocentro Regional de Alegrete enfrenta uma situação crítica em seu estoque de sangue, com especial urgência para o tipo O-. A instituição possui apenas uma unidade disponível e busca atender às crescentes demandas por transfusões.

 

 

A crise levou ao pedido de auxílio ao Hemocentro de Santa Maria, que foi solicitado a enviar mais bolsas de sangue. A situação foi divulgada nesta 4ª feira (26 de dezembro de 2024), com o objetivo de mobilizar a comunidade para doações urgentes.

Fernanda Soares, assistente social do Hemocentro, destacou a necessidade de doações. “Devido à alta demanda por sangue do tipo O- e outras tipagens, foi lançada uma campanha de urgência para mobilizar doadores a comparecerem ao hemocentro e realizarem suas doações,” afirmou.

A meta é alcançar dez unidades até o final da manhã de 6ª feira (27 de dezembro de 2024).

Para facilitar o acesso dos doadores, o Hemocentro de Alegrete manterá o atendimento normal nesta 5ª e 6ª feira. Uma coleta externa está programada para a próxima 2ª feira (30 de dezembro de 2024) na cidade de Itaqui. “Fazemos um apelo para que a população se dirija ao Hemocentro de Alegrete e contribua com as vidas que dependem dessas doações,” reforçou Soares.

Localizado na Rua General Sampaio, 10, bairro Canudos, o Hemocentro opera das 7h às 13h. A necessidade de sangue do tipo O- é urgente devido à sua capacidade de ser transfundido em pacientes de qualquer tipo sanguíneo, o que o torna vital em emergências.

 

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