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Bailarinas da Cidade de Deus fazem vaquinha para estudar em Nova York


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Ana Caroline, Daniel Coelho, Gabrielle Bezerra, Giovanna Mendes, Luana Amara, Kemilly Lacerda e Valéria nas ruas de Cidade de Deus anunciando a vaquinha
Arquivo pessoal

Ana Caroline, Daniel Coelho, Gabrielle Bezerra, Giovanna Mendes, Luana Amara, Kemilly Lacerda e Valéria nas ruas de Cidade de Deus anunciando a vaquinha

A dança é um meio de expressão e de realizar sonhos . O começo do sonho das bailarinas Giovanna Mendes (12), Luana Amara (18), Kemilly Lacerda (15), foi passar em uma avaliação de ballet clássico por Audição da Companhia Ajkun Ballet Theatre, na qual foram aprovadas para o curso de inverno em Nova York com 75% de bolsa. Agora elas precisam arrecadar fundos para chegar lá. Elas são alunas da Academia Valéria Martins, um projeto de dança para todos na comunidade Cidade de Deus, no Rio de Janeiro.

Segurando a faixa onde se lê: “Da Cidade de Deus para Nova York”, o grupo tem pedido colaborações em semáforos para levantar dinheiro com visto, passagens aéreas e alimentação das três participantes deste ano. Três outros dançarinos se juntarão a elas: Ana Caroline (16), Daniel Coelho (20) e Gabrielle Bezerra 17. Eles foram aprovados na seletiva do ano passado, mas a viagem não aconteceu devido à pandemia da Covid-19. Todos são colegas no projeto.

Ana Caroline, Daniel Coelho, Gabrielle Bezerra, Giovanna Mendes, Luana Amara e Kemilly Lacerda
Arquivo pessoal

Ana Caroline, Daniel Coelho, Gabrielle Bezerra, Giovanna Mendes, Luana Amara e Kemilly Lacerda

“É isso que a favela produz: talento!”

“Eu sempre dancei, eu danço desde muito novinha e me profissionalizei, dancei fora, tive umas experiências bacanas. Consegui morar em outro país por uma temporada de dança e foi bem interessante. Alguns anos atrás, eu comecei a namorar um rapaz que morava nessa comunidade, Cidade de Deus. Uma vez, a minha sogra foi ver um espetáculo meu de dança. Ela ficou encantada e falou: ‘nossa, eu sempre quis isso na minha vida e eu nunca tive oportunidade'”, conta Valéria, a professora do espaço.

“Então minha sogra fala: ‘estou a fim de fazer uma loucura. Se eu reformar o meu quarto lá em cima, que fica no segundo andar, você daria aula para as crianças aqui da comunidade, que não tem condição de pagar?’ Eu falei que daria. No primeiro dia de inscrições já tinham 60 crianças.”

“Nós estamos lá há sete anos, atendemos 105 crianças no projeto. A sala continua pequena – é uma sala 7 por 3 (metros), que era o quarto da minha sogra.”

Kemilly, Giovanna e Luana no pequeno estúdio
Arquivo pessoal

Kemilly, Giovanna e Luana no pequeno estúdio

Nenhum apoio

Valéria conta que tudo o que elas mais querem é um apoio governamental para investir no projeto, realizar uma obra, ampliar o espaço e oferecer uma estrutura melhor. “Mas mesmo assim, a gente tem conseguido colocar ali, naquelas crianças, algo grande no peito delas. Pela luta. Elas lutam pelo o que elas querem, elas são disciplinadas, elas têm um objetivo.” A professora diz que as meninas representam essa luta.

Kemilly, Giovanna e Luana
Arquivo pessoal

Kemilly, Giovanna e Luana

O processo seletivo

Luana, 18 anos, passou na sua terceira tentativa para conseguir uma bolsa de 75% na Ajkun Ballet School, localizada em Nova York. Antes dela, outros bailarinos já haviam tentado uma oportunidade na escola que mais abre portas para bailarinos de outros países. A escola é dirigida por Chiara Ajkun, uma bailarina famosa nos Estados Unidos e realizou diversas apresentações internacionais.

“Ela tem um apoio do governo para apoiar imigrantes”, conta Valéria, que explica que o corpo da companhia de Chiara conta com um bailarino albanês e uma japonesa na posição de destaque.

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Eventualmente, Chiara viaja para algum lugar e abre audições para selecionar novos bailarinos. “Eles vão para lá e recebem aula por um tempo, e ela aproveita os melhores, mais dedicados e perseverantes.” Entretanto, desde a pandemia, ela faz audições on-line.

Vaquinha e ajuda de custo

Kemilly, Giovanna e Luana
Arquivo pessoal

Kemilly, Giovanna e Luana

Este é o terceiro ano que a escola consegue bolsas para bailarinas e, todas as vezes, são realizadas vaquinhas para arcar com os custos. O valor levantado para as duas bailarinas e um bailarino que passaram nas audições do ano passado já foram levantados e o das meninas que passaram este ano também. 

Contudo, a bolsa é somente de 75% e eles ainda terão outros custos além dos passaportes, vistos, passagens e alimentação.

“A gente bateu o valor da meta bem rápido, mas eu deixei a vaquinha aberta – ela vai ficar aberta até dezembro, quando nós vamos poder sacar o valor que tem – porque a gente calculou o valor da porcentagem descontado pelo site da vaquinha e os gastos colocados na descrição. O que passou, as meninas vão comprar sapatilhas porque algumas fazem aulas até sem sapatilhas. É difícil comprar uma sapatilha de ponta por R$ 200,00.”

Kemilly, Giovanna e Luana
Arquivo pessoal

Kemilly, Giovanna e Luana

As cinco bailarinas e um bailarino vão ano que vem (2022) para Nova York, realizar o sonho da bolsa alcançada. Para quem quiser ajudar na vaquinha, o link está  aqui.



Fonte: IG Mulher

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Neste domingo, escritora alegretense será entrevistada na TV Cultura

Escritora Eliana Rigol aborda a história oculta das mulheres no Café Filosófico .Programa da TV Cultura vai ao ar no próximo domingo, dia 3, às 19h

A escritora gaúcha Eliana Rigol será a convidada do próximo Café Filosófico, que vai ao ar no domingo, dia 3, às 19h, na TV Cultura. No programa, ela irá abordar o tema da história oculta das mulheres, como parte da série “Novas mulheres, antigos papeis”, gravada em maio, no Instituto CPFL, em Campinas (SP), com curadoria da historiadora e roteirista Luna Lobão.

Para Eliana, que atualmente vive em Barcelona, na Espanha, foi uma honra ter sido convidada a subir no palco de um programa do qual sempre foi fã, mas onde, normalmente, só via homens sendo entrevistados. “Foi uma alegria genuína estar representando tantas e tantas mulheres no Brasil e no mundo que não tiveram momento para fala e escuta nesse mundo desenhado por homens e para homens”, conta.

Nascida em Alegrete, Eliana já morou em São Paulo, Toronto e Lisboa. Advogada de formação e escritora por vocação, ela atua com mentoria de mulheres (Jornada da Heroína) Ela é autora de quatro livros: Moscas no Labirinto (Pergamus, 2015), indicado ao Prêmio AGES, Afeto Revolution, finalista do Prêmio Jabuti, Herstory e Parir é sexual, os três últimos publicados pela editora Zouk, de Porto Alegre.

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Câncer de Mama: Proposta estabelece prazo para substituir implantes mamários

 

Com o objetivo de garantir bem-estar e dignidade às pacientes com câncer de mama, o deputado Gustavo Victorino protocolou, na Assembleia Legislativa, Projeto de Lei 350/23 que estabelece prazo para procedimentos cirúrgicos e garante acompanhamento às mulheres em tratamento.

A proposta determina o limite de 30 dias para substituição do implante mamário sempre que ocorrerem complicações inerentes à cirurgia de reconstrução da mama, bem como garante o acompanhamento psicológico e multidisciplinar especializado às pacientes que sofrerem mutilação total ou parcial de mama decorrente do tratamento de câncer.

Conforme o parlamentar, a proposição, que modifica o Estatuto da Pessoa com Câncer no Rio Grande do Sul (Lei nº 15.446/20), é um direito previsto na Lei Federal (no 14.538/2023), garantindo assim, um cuidado integral e humanizado à saúde da mulher: “Física e emocionalmente, o câncer de mama é devastador para a mulher e é nessa hora que o suporte médico e psicológico deve se fazer presente”, pontua o deputado Gustavo Victorino.

 

Crédito: Paulo Garcia Agência ALRS

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Está publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (5), a Lei 14.330/22 que inclui o Plano Nacional de Prevenção e Enfrentamento à Violência contra a Mulher como instrumento de implementação da Política Nacional de Segurança Pública e Defesa Social.

A norma determina a previsão de ações, estratégias e metas específicas sobre esse tipo de violência que devem ser implementadas em conjunto com órgãos e instâncias estaduais, municipais e do Distrito Federal, responsáveis pela rede de prevenção e de atendimento das mulheres em situação de violência.

Depois de passar pela Câmara, o texto foi aprovado pelo Senado em março, como parte da pauta prioritária da campanha 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher.

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