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Covid: Ômicron tem sintomas leves até agora, diz médica que descobriu a variante


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BBC News Brasil

Ômicron tem sintomas leves até agora, diz médica que descobriu a variante
Reprodução: BBC News Brasil

Ômicron tem sintomas leves até agora, diz médica que descobriu a variante

Angelique Coetzee, a médica sul-africana que primeiro identificou a nova variante ômicron do coronavírus, diz que os pacientes infectados até o momento mostram “sintomas extremamente leves” — mas mais tempo ainda é necessário para avaliar o efeito em pessoas vulneráveis.

Ela conta que o primeiro caso foi identificado por volta de 18 de novembro.

“Tudo começou com um paciente com sintomas leves. Ele dizia estar com um cansaço extremo nos dois últimos dias e tinha dores no corpo e um pouco de dor de cabeça. Nem sequer uma dor de garganta, mas algo como uma garganta arranhando. Sem tosse, nem perda de olfato ou paladar”, relatou à doutora Coetzee, em entrevista à BBC News.

“Porque era muito incomum para esse paciente em específico ter esse tipo de sintomas, eu decidi testar. Fizemos um teste rápido, e deu positivo”, disse a médica, que então testou toda a família do paciente, com resultados positivos para o coronavírus, todos com sintomas leves.

Coetzee conta que, no mesmo dia, outros pacientes chegaram para ser atendidos com os mesmo sintomas, também testando positivo.

“Os pacientes se queixavam principalmente de dores no corpo e cansaço, um cansaço extremo em pacientes jovens, não em pessoas mais velhas. Então não estamos falando de pacientes que vão logo para o hospital e são internados”, afirma Coetzee.

Gráfico das variantes na África do Sul

Divulgação
Um gráfico divulgado pelas autoridades da África do Sul mostra as variantes de coronavírus mais dominantes no país ao longo da pandemia. Após ‘domínio da delta’ (mancha vermelha), ômicron (mancha azul) está rapidamente ganhando terreno

Ela então alertou as autoridades sul-africanas de saúde, por considerar que o que estava vendo não era condizente com a variante delta, primeiro identificada na Índia e que se tornou prevalente no mundo, inclusive na África do Sul.

Na semana seguinte, após o sequenciamento genético das amostras, ficou claro que se tratava de uma nova variante, a B.1.1.529, posteriormente batizada de ômicron.

“Clinicamente, o que estamos vendo na África do Sul — e eu estou no epicentro, realizando atendimentos — são casos extremamente leves. Ninguém precisou ser internado”, diz a médica.

“Conversei com colegas e eles relatam a mesma coisa.”

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‘Pânico é desnecessário, por enquanto’

Questionada se os países em que a variante foi identificada estão em pânico desnecessariamente, Coetzee diz que, nesse momento, avalia que sim.

“Os casos já devem estar circulando nos países sem serem notados. Então, nesse momento, eu diria que com certeza [o pânico é desnecessário]. Em duas semanas, talvez nossa avaliação mude.”

Casos de infecção pela variante ômicron já foram confirmados na Holanda, Reino Unido, Alemanha, Itália, Dinamarca, Austrália, República Tcheca, Israel, Bélgica, Hong Kong, Botsuana e África do Sul.

Israel decidiu fechar suas fronteiras a estrangeiros e o Marrocos suspendeu todos os voos ao país pelas próximas duas semanas.

Países como Brasil, Canadá, Estados Unidos, Irã e nações da Europa impuseram restrições para viajantes vindos de países da região sul do continente africano.

Segundo a doutora Coetzee, os casos da variante ômicron podem estar passando batido nos países.

“Os países estão lidando com muitos casos da delta. Nós tivemos um intervalo, cerca de oito a dez semanas desde nossa última onda de infecções e a chegada dessa nova variante. Por isso, para nós, foi fácil perceber que havia algo diferente”, conta a médica.

“Os médicos que estão focados na delta podem deixar isso passar batido, por que é fácil isso acontecer. Se não fosse por termos ficado sem casos de covid por semanas, nós também não teríamos percebido.”

A variante ômicron chamou a atenção das autoridades de saúde por ter uma grande variedade de mutações, que a tornam bastante diferente da covid original. São 50 alterações genéticas, sendo 32 delas na proteína spike, usada pelo vírus para se conectar à célula humana dando início à infecção e também usada como alvo em vacinas como as da Pfizer, AstraZeneca e Janssen.

Por conta disso, especialistas temem que as atuais vacinas podem ser menos eficazes contra a ômicron, mas isso ainda não está comprovado. Além disso, fabricantes de imunizantes já informaram que podem readaptar as vacinas para a nova variante rapidamente, se isso se mostrar necessário.


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Fonte: IG SAÚDE

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Saúde

Governador entrega veículo para Coordenadoria da Saúde

Na sexta-feira, 14 de fevereiro, o governador Eduardo Leite entregou 50 veículos novos à Secretaria da Saúde (SES) em Porto Alegre

Os veículos, sendo 25 sedans e 25 caminhonetes 4×4, custaram cerca de R$ 8,1 milhões, com recursos do Estado e do governo federal. Destinados às 18 coordenadorias regionais da SES e ao nível central, os carros visam melhorar a prestação de serviços de saúde.

 

A cerimônia contou com autoridades, como o próprio Governador Eduardo Leite, o deputado Frederico Antunes e a Secretária da Saúde, Arita Bergmann.

Entre os beneficiados estava a 10ª Coordenadoria de Saúde, representada por Haracelli Fontoura.

 

 

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Saúde

Aumento da depressão em idosos preocupa no Brasil

Dados do IBGE revelam que 13,2% dos idosos entre 60 e 64 anos sofrem de depressão, superando a média nacional. Solidão e perdas agravam depressão entre idosos

A incidência de depressão entre idosos no Brasil tem apresentado um aumento preocupante, com 13,2% das pessoas entre 60 e 64 anos diagnosticadas com a condição, superando a média nacional de 10,2% para indivíduos acima dos 18 anos, conforme dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Este aumento é ainda mais acentuado entre aqueles com 75 anos ou mais, registrando um crescimento de 48% entre 2013 e 2019. A história de Ciro Martins, 71 anos, reflete essa realidade. Após perder sua esposa em 2023, Ciro enfrentou uma profunda solidão que o levou à depressão.

A intervenção de um ex-colega de trabalho o encorajou a buscar ajuda profissional, resultando em um diagnóstico de depressão e um tratamento eficaz que revitalizou seu interesse pelas atividades diárias e pela socialização.

Especialistas apontam que a depressão em idosos é causada por uma combinação de fatores biológicos, como alterações nos níveis de neurotransmissores e o uso de medicamentos que podem agravar os sintomas, e sociais, principalmente o isolamento social e a solidão.

Alfredo Cataldo Neto, professor da Escola de Medicina da Pucrs, destaca a importância de uma abordagem diferenciada no tratamento da depressão em idosos, observando que os sintomas muitas vezes se manifestam de maneira distinta, com queixas físicas frequentemente substituindo expressões diretas de sofrimento emocional.

A solidão, agravada pela perda de cônjuges e mudanças familiares, é um dos principais desafios enfrentados pelos idosos. A taxa de suicídio entre essa faixa etária tem crescido no Brasil, evidenciando a gravidade da situação.

No Rio Grande do Sul, a expectativa de que 40% da população terá mais de 60 anos até 2070 ressalta a urgência de implementar políticas públicas voltadas para a saúde mental dos idosos.

Com informações do JC

 

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Saúde

O perigo que vem da China. Infectologistas recomendam precaução contra Metapneumovírus

 Sem vacina para HMPV, medidas como uso de máscaras e higiene são essenciais, dizem especialistas

Um surto de Metapneumovírus Humano (HMPV) foi identificado na China, levantando preocupações devido ao aumento de casos em algumas regiões do país.

Este vírus, responsável por sintomas como febre, tosse e congestão nasal, foi reportado nesta 3ª feira (08 de jan. de 2025). Apesar das preocupações, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e especialistas em infectologia descartam a possibilidade de uma nova pandemia no momento.

A OMS comunicou que mantém contato constante com as autoridades chinesas, que têm tranquilizado tanto a população quanto a comunidade internacional.

As informações indicam que a intensidade e a escala da doença são inferiores às de anos anteriores. O governo de Pequim adotou um novo protocolo de monitoramento para gerenciar a situação.

Segundo a infectologista Emy Gouveia, do Hospital Israelita Albert Einstein, a circulação do HMPV é comum, especialmente durante o inverno no hemisfério norte. Ela destacou a ausência de vacinas contra o HMPV e recomendou medidas preventivas como distanciamento social, uso de máscaras e higiene das mãos.

“Não existe um antiviral específico, e o tratamento para o paciente em casa consiste em medicamentos sintomáticos, repouso e hidratação,” afirmou Gouveia.

O HMPV foi identificado pela primeira vez em 2001 na Holanda, embora já circulasse antes dessa data. No Brasil, o vírus foi detectado em crianças menores de três anos em Sergipe, em 2004.

Gouveia observou que as mutações do HMPV são mais estáveis e raras em comparação com a Covid-19, o que facilita a gestão da doença.

A transmissão do HMPV ocorre por vias aéreas e contato com secreções contaminadas. O período de incubação varia de cinco a nove dias. Estudos indicam que a maioria das crianças até cinco anos já teve contato com o vírus.

Gouveia também alertou sobre o risco do HMPV em agravar doenças pulmonares pré-existentes, especialmente em crianças, devido à inflamação prolongada e hiperprodução de secreção.

 

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