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A expansão da produção de cogumelos


De acordo com dados da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA-SP), o Estado de São Paulo é hoje o maior produtor de cogumelos do Brasil. Em 2019 havia um total de 505 produtores distribuídos em 93 municípios paulistas, produzindo cerca de 12 mil toneladas de cogumelos por ano. Entre eles está Suzana Lopes de Araújo, produtora, consultora e instrutora do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural em São Paulo (SENAR-SP). Há 25 anos no setor, a proprietária da Suzana Shiitake é engenheira agrícola ambiental formada pela Universidade Federal de Viçosa (MG) e começou a produzir cogumelos depois de participar de um curso de produção de alimentos orgânicos.

Atualmente instalada em um sítio nos arredores de Cunha (SP), a empresa está distante dos polos que, de acordo com a SAA-SP, são hoje os maiores produtores de cogumelos do Estado, os municípios de Sorocaba, Mogi das Cruzes e Bragança Paulista. Mas a empresa Suzana Shiitake se destaca pela produtividade, inclusive recebendo visitas guiadas de interessados em conhecer os processos de produção de Shimeji, Champignon e Shiitake – os cogumelos hoje cultivados na propriedade.

Desde o segundo semestre de 2018, Suzana ministra três diferentes cursos pelo SENAR-SP. “Muita gente me procurava para saber como funciona o negócio e assim acabei me tornando instrutora”, explica. Hoje, as ações do SENAR-SP nesta área são compostas pelos seguintes cursos: Shiitake – Produção e Colheita; Shimeji – Produção e Colheita; e Agaricus – Produção e Colheita (que inclui champignon e cogumelo do sol). Para ter uma ideia da alta procura pelos cursos, apenas nos três meses iniciais foram atendidos cerca de mil alunos. Além de viajar pelo Estado para lecionar, Suzana presta consultorias nesta área, visitando diversos locais em todo o Brasil para realizar seu trabalho.

Como começar a produzir?

Para quem pensa em começar nesse segmento, o investimento inicial não é muito alto, nem mesmo a exigência de espaço. Suzana relata o caso de uma produtora que começou o cultivo em um cômodo da própria casa. Deu tão certo, que hoje ela está instalada em um sítio na zona sul da capital paulista.

A própria empresária chegou a trabalhar em empresas de desenvolvimento de projetos agrícolas e, também, em um hotel-fazenda, mas a vontade de empreender falou mais alto. Depois de uma primeira experiência frustrada com a produção de Shiitake em toras, ela se dedicou aos estudos e venceu desafios e sacrifícios pessoais para conquistar seu espaço no mercado. “Conheci um laboratório de produção de micélios e, durante quase dois anos, fiquei pesquisando e fazendo experimentos para que a produção ficasse da maneira que imaginei”, declara.

O sucesso foi tanto que, em 2000, Suzana organizou a primeira Festa do Shiitake de Cunha, com o objetivo de incentivar os pequenos produtores. Hoje, a exposição desses produtos já faz parte do tradicional festival de inverno da cidade e, também, dos pratos servidos nos restaurantes locais, tornando-se praticamente uma iguaria “típica”.

Para começar a produção, e para que ela seja economicamente viável, é necessário um espaço mínimo de 7×15 m, isso para qualquer tipo de cogumelo. Já para o Shiitake em toras o ideal é uma área de 7x30m. Suzana esclarece que para ingressar nesse tipo de produção é necessário, acima de tudo, extrema dedicação. Mesmo com um planejamento, exige-se o acompanhamento diário, pois nem sempre é possível prever o momento em que os cogumelos irão explodir. “É preciso entender que o cogumelo não é uma planta e está sujeito às variações climáticas. Por exemplo, quando o tempo está muito chuvoso eles podem explodir antes do previsto, porque seu metabolismo é acelerado nesse tipo de clima. Produzir cogumelos é uma questão de seguir estritos protocolos”, reforça.

A produtora conta que, com a pandemia de covid-19, não foram poucas as pessoas que deixaram as cidades e decidiram começar nova vida no campo. “Entre meus alunos, não são raros aqueles que passaram a morar no sítio que antes eram usados só para temporadas de férias. Em busca de uma fonte de renda, os cogumelos foram a opção de muitas pessoas. Este é uma parcela representativa dos alunos que frequentam os cursos do SENAR-SP”, declara.

Apaixonada pelo que faz, Suzana sente que é o momento de iniciar um trabalho que tem apelo de responsabilidade social. Sua opção foi pela produção de cogumelos terapêuticos, que podem ser utilizados como insumos de medicamentes para o tratamento de diversas doenças. “Junto com um biólogo, estou pesquisando novos substratos para colocar este projeto em prática”, adianta ela.

Outras informações acesse o Portal FAESP/SENAR-SP

Fonte: CNA Brasil

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Pedidos de recuperação judicial crescem entre produtores rurais

 No segundo trimestre de 2024, solicitações aumentaram mais de três vezes, com produtores de soja liderando

Fatores como juros altos e custos de produção elevados impactam negativamente o setor, especialmente em MG e MT. Agricultores enfrentam dificuldades financeiras crescentes e o primeiro semestre de 2024 registra alta em pedidos de recuperação judicial, refletindo a pressão sobre o agronegócio.

Um levantamento da Serasa Experian, divulgado nesta terça-feira (23 de outubro de 2024), mostrou um aumento nos pedidos de recuperação judicial por produtores rurais no Brasil. No segundo trimestre de 2024, o número de solicitações cresceu de 34 para 121. Esse aumento representa um crescimento de mais de três vezes em relação ao mesmo período do ano anterior. Os produtores de soja lideram com 53 pedidos.

Marcelo Pimenta, chefe de agronegócios da Serasa Experian, atribuiu o crescimento a uma série de fatores adversos. “O aumento dos juros, o preço ameno das commodities e os custos mais altos para a produção impactaram de forma negativa aqueles que já estavam comprometidos financeiramente”, afirmou. Essa situação destaca as dificuldades enfrentadas pelo setor, marcado por custos elevados e retornos financeiros incertos.

Minas Gerais e Mato Grosso foram os estados mais afetados, com 31 e 28 pedidos, respectivamente. No primeiro semestre de 2024, 207 produtores rurais buscaram recuperação judicial, um número significativamente maior que no mesmo período de 2023. Além disso, 94 empresas do agronegócio também solicitaram recuperação judicial no segundo trimestre de 2024, um aumento de 71% em comparação ao ano anterior.

Os desafios financeiros não se limitam a produtores individuais. O setor agrícola como um todo enfrenta problemas, afetando desde pequenos produtores até grandes corporações. A situação dos produtores de soja é particularmente preocupante, com preços desfavoráveis e custos de produção elevados. A volatilidade dos preços das commodities e o aumento dos custos de insumos, como fertilizantes e combustíveis, exercem pressão adicional sobre os agricultores, muitos dos quais operam com margens de lucro reduzidas

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Crianças vivenciam o agro na prática durante à Exposição Agropecuária

Associação De olho no material escolar? Isto mesmo existe uma associação criada no RS, dentro da Farsul, que está se espalhando pelo Brasil inteiro. Na Exposição Agropecuária de Alegrete ela está atuando para um público que participa ativamente. Tem sido assim manhã e tarde.

 

A Comissão Jovem do SRA, através do projeto Vivenciando a prática, abraçou à idéia Associação de olho no material escolar, a partir da associada Martha Louzada e aí às aulas fluiram.

Nesta quinta-feira foi uma turma do Colégio Luíza de Freitas Valle Aranha. Os alunos são acolhidos e inicia um tour pelo parque.

O objetivo do “De olho”, segundo Martha é “gerar um conhecimento sobre a importância do agro no cotidiano destas crianças”.

A caminhada inicia com a entrega de uma folha com as respectivas estações que ao longo do percurso vão sendo preenchidas com adesivos até à chegada na mina do tesouro. Cataventos para orientação climática e meio ambiente.

 

Eles são levado às baias, tocam nos cavalos, são sensibilizados sobre a importância dos animais na lida do campo, já no box dos bovinos, a turma pode falar e aprender um pouco mais sobre a produção leiteira e carne, e tiveram ainda a experiência de um couro estaqueado, sendo preparado para os guasqueiros.

 

Em todas estas paradas, eles
portanto, ali na prática, dezenas de crianças tomaram ciência de outro vasto léque de produtos feitos à partir do couro com impacto no cotidiano das pessoas, como gelatinas, capsulas, shampus e é claro, calçados, cintas e outros subprodutos.

 

Os alunos ainda visitaram os bretes dos ovinos, interagindo e aprendendo mais sobre os diversos usos tanto da carne como da lã.

 

Depois fizeram fotos e a caminhada prosseguiu. No setor de máquinas agrícolas outra aula entusiasmada, alegre e interativa. A penúltima.
Conduzidos pela turma da Comissão Jovem, em todo o trajeto, não escondem a expectativa do fechamento fo circuíto. Enfim, chegaram ao estande do Sicredi.

 

Lanche, atividade lúdica, com filme da turma da Mônica, sobre educação financeira e questionamentos sobre mesada, como gastar o dinheiro, uso racional da renda familiar, pagamentos das despesas, o que o dinheiro compra e o que não compra(valores éticos, afetivos e morais) e até sonho das carreiras profissionais.

Este era o tesouro, acompanhado de brinde e um baita lanche, fotos e muita alegria e novos aprendizados.

 

“Este projeto vem crescendo, porque nasceu da necessidade de termos dados para contrapor a base curricular injusta e preconceituosa com relação ao agro”, explica Martha Louzada.

Os sindicatos rurais, outras entidades e associados particulares, pagam para que insituições como a USP e a Embrapa façam levantamentos e criem acervos robustos em defesa do agro, para que sejam semeadas versões pedagógicas para públicos que vão desde alunos da primeira infância, até contrapontos na esfera política.

 

“Os dados levados à Brasília, junto à congressistas fez adiar a aprovação do novo texto do Plano Nacional de Educação. “O texto distorcia e tornava o agro como bandido na bibliografa que seria distribuída massivamente nas escolas brasileiras”, dispara Martha.
A difusão deste projeto está tomando corpo para “evitar os estragos de uma pedagogia distorcidade sobre à produção agropecuária e sua vasta cadeia produtiva” assegura ela.

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Produtores de Alegrete se somam ao grande protesto do agro gaúcho

Em Alegrete a concentração dos tratores, máquinas e caminhões acontece próximo do posto Texacão, na Br 290.
O movimento divulgou a pauta e o apartidarismo dos produtores.
Confira os 10 pontos que mobiliza o agro neste dia 8.

❌❌ *REGRAS 

Nosso objetivo é o *direito para os produtores*, totalmente pacífico, buscando defender os produtores:

01. Unindo os produtores rurais em uma frente unificada em prol dos interesses e direitos dos produtores da *agricultura e pecuária e toda sua cadeia produtiva* no estado do Rio Grande do Sul.

02. Inclusão e Representatividade:

• *Todos os produtores*, independentemente do porte ou especialização (seja na agricultura familiar, pequena, média, grande, do setor leiteiro, pecuária, orizicultura, uva, psicultura, apicultura, soja, hortaliças, fruticultura, *toda a cadeia produtiva*, etc.), são essenciais e bem-vindos.

03. Apartidarismo e Foco no Produtor:

• Nosso movimento é *apartidário*, *sem uso de quaisquer bandeiras*, centrado nos desafios e necessidades dos produtores, acima de quaisquer interesses políticos. Todo aquele que tiver interesse contrário, pedimos que se retire voluntariamente, e se, identificado será retirado do grupo e responderá por quaisquer atitudes que não seja as do objetivo do grupo. Buscamos aqui *renegociação* de dívidas que os produtores já vêm sofrendo primeiro com a seca dos últimos 3 anos e por último as chuvas que devastaram parte de nosso Estado. *Se esse não for seu objetivo ou não concordar com estas regras pode se retirar do movimento SOS AGRO RS.*

04. Apoio à Farsul e a FETAG:

• Comprometemos-nos integralmente com as demandas e propostas apresentadas pela Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (FARSUL), e pela FETAG.

05. *Defesa da Agricultura e Pecuária e de toda sua cadeia produtiva*

• Nossa missão é assegurar que as políticas públicas atendam efetivamente às demandas da agricultura e pecuária gaúcha, garantindo sua *viabilidade* e crescimento sustentável.

06. Transparência e Democracia:

•Todas as decisões do movimento serão tomadas de forma transparente e democrática, assegurando a participação *igualitária* de todos os membros.

07. Mobilização Responsável:

• Nosso engajamento será sempre *pacífico* e responsável, respeitando integralmente as leis e regulamentações vigentes.

08. Diálogo e Negociação:

• Priorizamos o diálogo contínuo com autoridades e instâncias pertinentes, buscando a negociação como principal meio de alcançar nossos objetivos.

09. Respeito e Solidariedade:

• Celebramos a diversidade de opiniões e experiências entre os produtores, promovendo um ambiente de respeito mútuo e solidariedade.

10. Compromisso com o Futuro:

• Assumimos o compromisso de trabalhar incansavelmente pelo futuro próspero da agricultura e pecuária no Rio Grande do Sul, garantindo sua sustentabilidade para as gerações vindouras.
Queremos possibilitar a permanência dos agricultores no setor e assim contribuir para reerguer o *ESTADO* do Rio Grande do Sul.”

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