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Semana Internacional do Café: diversidade regional, protagonismo feminino e abordagens sustentáveis


Semana Internacional do Café 2021 é marcada por diversidade regional, protagonismo feminino e  abordagens sustentáveis

Evento discutiu necessidades ambientais, apresentou inovações com foco em qualidade e produtividade e revelou oportunidades que nasceram com novos perfis de consumo

Minas Gerais, novembro de 2021 – A Semana Internacional do Café, encerrada na sexta-feira, 12, cumpriu a proposta de “retomar, reencontrar, reconectar”, slogan da edição deste ano. A retomada do formato presencial no Expominas, em Belo Horizonte, ganhou o suporte de uma programação digital robusta transmitida direto do pavilhão, encurtando ainda mais a distância entre produtores, marcas, consumidores e as atualizações estratégicas de mercado, incluindo a diversidade de origem dos cafés brasileiros e das políticas sustentáveis no setor.

EDIÇÃO 2021 EM NÚMEROS

Cerca de 10 mil visitantes puderam conferir, seguindo todos os protocolos de segurança, as novidades de 105 marcas expositoras, que ocuparam o espaço físico de um pavilhão e meio. Já na plataforma digital foram mais de 6 mil acessos, garantindo um alcance global ainda maior (25 países), somando o total de 16 mil visitantes híbridos. Na parte de conteúdo, a programação contou com 70 apresentações e 113 palestrantes, incluindo especialistas, produtores, pesquisadores e empresas. Em relação aos negócios, as rodadas nacionais foram muito movimentadas e os números ainda estão sendo compilados.

Com realização da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (FAEMG), Café Editora, Sebrae e Governo de Minas, por meio da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), a SIC, novamente, consolida sua importância para o desenvolvimento do agronegócio do café, alinhada com as necessidades e movimentos que devem pautar o futuro da indústria.

CONTEÚDO ESTRATÉGICO E EXPERIÊNCIAS

Enquanto o Fórum da Cafeicultura Sustentável levantou assuntos como aplicação as políticas de ESG na prática do campo, a inclusão de medidas de redução de emissões na cadeia de suprimentos, cafeicultura orgânica e bioinsumos, o Auditório Central e a Streaming Room, as duas principais áreas de transmissão, receberam temas como turismo rural, a diversidade dos cafés da Amazônia, e o nível de preocupação e exigência cada vez mais apurado dos consumidores. Também relacionado às tendências do mundo do café, o MCO Summit 2021, uma iniciativa do Sebrae Minas teve como tema o movimento das origens controladas e a busca pela diferenciação sustentável. Além disso, uma manhã inteira foi dedicada ao protagonismo e avanços fomentados pelo Encontro da Aliança Internacional das Mulheres (IWCA Brasil), que completou 10 anos.

Nos workshops realizados na Cafeteria Modelo, a mistura de teoria, prática e visão de mercado capacitou os participantes sobre cafés fermentados, leites vegetais e latte art, tipos diferentes de café e a importância dos aspectos sensoriais para a experiência de degustação. Ainda no campo prático, muita técnica e criatividade com nomes de referência no Barista Jam.

Na Torra Experience, outra atividade bastante demandada, o público pôde conferir a apresentação Como Adaptar os seus perfis de Torra ao seu estoque do café, comandada pela mestre de torra Daniela Capuano, mineira vencedora do concurso Un Des Meilleurs Ouvriers de France, em 2019. Além disso, práticas como a rotina da torrefação e primeiros passos e noções básicas de torra com especialistas.

TENDÊNCIAS, INOVAÇÃO E TECNOLOGIA

Na onda dos produtos preocupados com o impacto ambiental, o leite vegetal Naveia foi um dos lançamentos que aconteceram na SIC. No conceito,  a economia de água é de 95%  e menos 70% de CO2 emitidos na atmosfera, entre outras características sustentáveis. Conheça em: https://cutt.ly/kTvVj4d

Na mesma toada de cuidado com o planeta, a Ball apresentou o café em lata, que une dois dados relevantes: o fato do Brasil ser o segundo maior consumidor do grão do café no mundo, além do maior produtor, e a liderança mundial do país na reciclagem de alumínio, com uma taxa de 97%. Saiba mais: https://cutt.ly/dTvVy8N

Já a Bitcoffee chegou com a proposta do café comestível, ou seja, em formato sólido. Apresentado em três sabores: expresso, cappuccino e café com leite, o produto chama a atenção por oferecer um novo jeito de consumir. Veja em: https://cutt.ly/MTvC6qt

A tecnologia também teve bastante espaço na SIC. A empresa Satake, por exemplo, apresentou uma classificadora óptica, a FMSR 01-L, que usa inteligência artificial para separar os grãos por cor, sendo possível também utilizar outros parâmetros, com alta precisão. Mais informações em: https://cutt.ly/6TvC04g

PRÊMIOS

Comandada pela jornalista Mariana Proença, Diretora de Conteúdo da Café Editora, a SIC 2021 foi encerrada com a revelação dos melhores cafés do Brasil. 

No Prêmio Coffee of The Year Brasil, o grande vencedor na categoria arábica foi Elmiro Alves do Nascimento da Fazenda Santiago, em Olegário Mariano (Cerrado Mineiro), com uma pontuação de 90,83 pontos. No segmento arábica fermentado, o primeiro lugar ficou com Sandra Lelis da Silva, do Sítio Caminho da Serra, de Araponga (Matas de Minas), que marcou 89,1 pontos. Na categoria canéfora, o primeiríssimo lugar ficou com o tricampeão Luiz Cláudio de Souza, do Sítio Grãos de Ouro, em Muqui (Sul do Espírito Santo), com 86,06 pontos. Em canéfora fermentada, o prêmio foi para Poliana Perrut de Lima, da Chácara Paraná, Novo Horizonte D´Oeste (Matas de Rondônia), com 84,63 pontos.

Confira a lista completa de todas as categorias e vencedores do Coffee of The Year e do 5º Cupping de Cafés Especiais do Programa ATEG Café + Forte em: https://cutt.ly/yTbisBt

DEPOIMENTOS

Abaixo, algumas declarações de quem viveu a experiência: 

Patrocinadores

Para Taissara Martins, Gerente de Marketing e Sustentabilidade Cafés da Nescafé, participar como expositor / patrocinador foi importante “para levantar questões importantes para o produtor e para o consumidor, como a agricultura regenerativa, com olhar para a cafeicultura do futuro”, disse. “Foi muito proveitoso e tenho certeza que para todos os participantes também”, completou.

Guilherme Amado, Líder do Programa AAA da Nespresso no Brasil e no Havaí, destacou que de todas as edições que participou, “o mais legal é o ambiente criado e, mesmo acompanhando on-line, é possível ter a sensação de estar presente fisicamente”, comemorou.

Ronaldo Scucato, Presidente do Sistema OCEMG, disse: “A Semana Internacional do Café tornou-se um dos eventos mais importantes do país. Proporciona reflexões e debates, fomentando negócios deste que é o principal produto agrícola brasileiro. O ramo Agro, e em especial, o setor cafeeiro, tem grande representatividade no cooperativismo mineiro. As 53 cooperativas de café do Estado congregam 800 mil cooperados, em sua grande maioria pequenos produtores da agricultura familiar, que enxergam no cooperativismo uma forma eficiente de acesso a insumos, assistência técnica e crédito orientado.

Realizadores

Roberto Simões, Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (FAEMG), cargo que deixa neste ano, reforçou a essência democrática da SIC em prol do desenvolvimento do setor: “É um evento que abre espaço para micro e pequenos produtores, assim como atende as grandes marcas e fala diretamente com o varejo. Ao mesmo tempo em que valoriza raízes culturais, mostra novos caminhos e oportunidades”.

Para a secretária de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Ana Valentini, a Semana Internacional do Café  deste ano teve um significado ainda mais especial. “A SIC 2021 foi excepcional. O brilho no olhar de cada um pelo reencontro, pela retomada de negócios e a troca de experiências foi muito intenso, além do cheiro delicioso de café se espalhando por estandes cada vez mais lindos. O que define esta edição da SIC é a emoção e também a esperança de que estaremos todos juntos em 2022.”

João Cruz, Diretor Técnico do Sebrae Minas, completa: “a SIC 2021 foi mais que uma oportunidade para reconectar o mundo do café. Foi uma celebração da resistência e da competência dos produtores e empresários do setor que conseguiram superar os momentos difíceis que passamos. Ela demonstrou que a iniciativa e criatividade tomaram o lugar das dificuldades. A surpresa foi grande. Corredores cheios e muita disposição para participar das atividades propostas pelo evento. Mas nada superou a vontade de conversar, perguntar e aprender”.

“O tema retomar, reencontrar, reconectar não poderia ser mais propício. O momento é de união de toda a cadeia do café para trazer soluções e potencializar inovações. Depois de uma edição 100% digital, a diferença de aprender presencialmente ou negociar frente a frente, olhos nos olhos, ficou ainda mais perceptível e foi muito celebrada. Estamos imensamente felizes com o resultado”, finalizou Caio Alonso Fontes, Diretor da Café Editora.

Confira estes e outros depoimentos na íntegra em: https://cutt.ly/uTbk2iR



SOBRE A SIC

A Semana Internacional do Café (SIC) é uma iniciativa do Sistema FAEMG (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais), da Café Editora, do Sebrae e do Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa).

Realizada desde 2013 em Belo Horizonte, capital do maior estado produtor do país, a SIC tem como foco o desenvolvimento do mercado brasileiro e a divulgação da qualidade dos cafés nacionais para o consumidor interno e países compradores, além de potencializar o resultado econômico e social do setor. Em 2020, primeiro ano da pandemia, a SIC 100% Digital foi um grande sucesso. Teve 25 mil acessos, de 58 países e mais de 70 horas de conteúdo e 176 palestrantes com grande relevância no mercado nacional e internacional.

PATROCINADORES
A edição deste ano contou com patrocínio Nescafé, Nespresso e Sistema Ocemg (máster); Sicoob, 3Corações Rituais e Ball Corporation (specialty), Melitta (premium), Yara, Mosaic Fertilizantes, QIMA/WQS e Banco do Brasil (standard).

Fonte: CNA Brasil

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Incêndio em silo de arroz em Itaqui deixa dois mortos e vários intoxicados Itaqui

Um trágico incêndio em um silo de arroz, situado na rodovia de acesso ao trevo de Itaqui, marcou a manhã deste domingo (23), resultando na morte de duas pessoas e deixando diversas outras intoxicadas.

O Corpo de Bombeiros foi acionado por volta das 7h19 para debelar as chamas que consumiam a estrutura e realizar o resgate de trabalhadores.

Segundo informações do Corpo de Bombeiros, as vítimas fatais eram dois trabalhadores que entraram no secador de arroz sem a devida autorização da guarnição, vindo a desmaiar no interior da estrutura.

Apesar do rápido resgate e encaminhamento ao hospital, os dois homens não resistiram e faleceram.
Além das vítimas fatais, a ocorrência deixou dez pessoas intoxicadas, sendo quatro militares do Corpo de Bombeiros e seis civis.

Os militares que apresentaram sintomas foram prontamente atendidos e já receberam alta médica. Os civis, por sua vez, permanecem sob observação em unidade de saúde.

O incêndio teve início em um dos secadores de arroz do silo e demandou um intenso trabalho das equipes de bombeiros. Até o momento, os profissionais continuam no local realizando o resfriamento da estrutura para evitar novos focos.

Joicemar Ifran da Rosa(Pank), de 52 anos, e Ademir Ferreira da Roza Junior, de 34 anos, foram as vítimas fatais.

 

Os outros três colegas que foram prontamente socorridos e encaminhados ao Hospital São Patrício permanecem internados, recebendo os cuidados médicos necessários.

O Tenente Alex, comandante do pelotão do Corpo de Bombeiros, está à frente das operações no local.

As causas do incêndio e as circunstâncias que levaram à entrada não autorizada dos trabalhadores no secador estão sendo investigadas pelas autoridades competentes.

A comunidade de Itaqui lamenta profundamente o ocorrido e aguarda atualizações sobre o estado de saúde dos civis que permanecem em observação. A identidade das vítimas fatais não foi divulgada até o momento.

Com informações do Portal do Ferreira

Imagem: reprodução SB News/ Portal do Ferreira

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Safra gaúcha de grãos deve atingir 36,34 milhões de toneladas, estima Conab

Levantamento da estatal aponta queda na produção de soja e aumento nas produções de arroz, feijão, milho e trigo_

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) confirmou, nesta quinta-feira (13), que o Brasil pode alcançar um novo recorde na safra de grãos. O 6º levantamento da safra 2024/2025 projeta um volume de 328,31 milhões de toneladas, um aumento de 10,3% (30,56 milhões de toneladas) em comparação à safra anterior.

O crescimento da produção e produtividade, especialmente para soja, milho e arroz, somado a um aumento de 2,1% na área plantada, é atribuído à conjuntura mercadológica favorável e à expectativa de condições climáticas mais adequadas ao desenvolvimento das culturas.

No Rio Grande do Sul, a produção deve atingir 36,34 milhões de toneladas, uma redução de 1,3% em relação à safra passada. O estado se mantém na posição de terceiro maior produtor de grãos no país, atrás de Mato Grosso e Paraná, seguido por Goiás. Já a área plantada está prevista em 10,45 milhões de hectares, um aumento de 0,3%.

A queda na produção foi motivada pela estiagem, que impactou principalmente a cultura da soja. No entanto, há perspectiva de excelente produção nas safras de arroz e milho.

Durante o levantamento, realizado no final de fevereiro, a estiagem persistia no estado. As lavouras foram impactadas por chuvas irregulares e mal distribuídas, com temporais associados às altas temperaturas, o que gerou a escassez de precipitações significativas, afetando reservatórios de água.

“O nosso estado, que produz 11% da safra nacional de grãos, enfrentou novamente desafios climáticos que impactaram negativamente a cultura da soja. No entanto, o 6º levantamento apresenta perspectivas positivas para as safras de milho e arroz, o que representa um benefício significativo para o estado e para o Brasil, já que o Rio Grande do Sul é o principal produtor nacional de arroz e de milho 1ª safra”, destaca o presidente da Conab, Edegar Pretto.

*Os números da safra gaúcha

Arroz e feijão – A produção de arroz deve atingir 8,3 milhões de toneladas, um aumento de 15,9% em relação ao ciclo anterior. A área plantada está estimada em 951,9 mil hectares, com crescimento de 5,7%. A expectativa é de aumento da área cultivada em todas as regiões produtoras, especialmente na Sul e na Fronteira Oeste, devido à boa rentabilidade da cultura no momento do plantio, ao bom volume de água nas barragens e rios durante o plantio e à possibilidade de preparo antecipado das áreas, o que favorece boas produtividades.

A produção de feijão deve alcançar 76,9 mil toneladas, um aumento de 7,3%. A área plantada está prevista em 48,5 mil hectares. O cultivo de feijão cores da 1ª safra está concentrado no Planalto Superior, onde se utiliza de bons pacotes tecnológicos. A semeadura começou em dezembro e foi concluída em janeiro. Mais de 60% das lavouras estão no enchimento de grãos e 30% em florescimento. Embora a estiagem tenha impactado o desenvolvimento, as condições climáticas na região foram menos severas, e as lavouras ainda apresentam bom potencial produtivo.

A semeadura do feijão preto da 2ª safra continua no estado. Iniciada em janeiro, a operação avançou lentamente até fevereiro, quando as chuvas melhoraram as condições do solo, permitindo um aumento rápido da área semeada, que atingiu 88% no final do mês. No Planalto Médio, que é a principal região produtora, as expectativas são boas, especialmente devido à alta proporção de lavouras irrigadas. Nessa região, 90% da área foi semeada, 20% está em emergência e 80% em desenvolvimento vegetativo.

Soja – A produção de soja está estimada em 17,1 milhões de toneladas, uma redução de 13,2% em relação à safra anterior, posicionando o estado como o 4º maior produtor da oleaginosa, atrás de Mato Grosso, Paraná e Goiás. A área cultivada deve aumentar para 6,84 milhões de hectares, com um incremento de 74,4 mil hectares (1,1% a mais que na safra 2023/2024).

As lavouras de soja continuam sendo afetadas pela falta de chuvas regulares. As semeadas mais tarde sofreram prejuízos significativos, com perdas que podem ser irreversíveis. A estimativa de produtividade é de 2.495 kg/ha, uma redução de 7,5% em relação ao levantamento anterior, 16,1% abaixo da estimativa inicial e mais de 30% em relação ao potencial da cultura.

Milho – O RS é o maior produtor de milho 1ª safra. A semeadura foi concluída, e a colheita já ultrapassa 80%. A produção está prevista em 5,5 milhões de toneladas, um aumento de 13,7%. A área plantada pode chegar a 719,6 mil hectares, uma redução de 11,7%. A estimativa de produtividade média foi ajustada para 7.664 kg/ha, um aumento de 16% em relação ao mês anterior. Embora as lavouras ainda no campo tenham apresentado perdas, as lavouras já colhidas possibilitaram esse incremento. Apesar dos resultados positivos, algumas lavouras apresentaram perdas consolidadas devido à estiagem.

Trigo (safra 2025) – O estado gaúcho é o maior produtor de trigo no país. Para a safra de inverno de 2025, a produção deve crescer 4,4%, chegando a 4,1 milhões de toneladas. A área cultivada está prevista em 1,29 milhão de hectares, uma redução de 3,8% em relação ao ciclo de 2024. A produtividade média estimada é de 3.172 kg/ha. Os dados para o trigo, que será implantado por volta de maio, são baseados em modelos estatísticos e análises de mercado.

Foto: Sebastião José de Araújo/Embrapa

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Rio Grande do Sul enfrenta perdas bilionárias devido à estiagem

De 2020 a 2024, estado acumula prejuízo de R$ 117,8 bilhões em sua produção agrícola, segundo Farsul

Desde dezembro do ano passado, o governo federal reconheceu os decretos de situação de emergência em 65 municípios do Rio Grande do Sul.

Esses municípios foram afetados por uma severa estiagem que comprometeu a produção agrícola do estado. A falta de chuvas resultou em uma perda estimada de 50% da produção agrícola gaúcha.

As portarias foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU), oficializando a situação de emergência em diversas cidades. O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Defesa Civil Nacional, reconheceu a emergência em 22 municípios entre os dias 6 e 7 de março de 2025.

Entre os afetados estão Caçapava do Sul, Canguçu e Colorado, entre outros. Notavelmente, 12 desses municípios estão localizados na metade Sul do estado.

A situação em Bagé ilustra a gravidade da estiagem. A cidade anunciou racionamento de água a partir de 8 de março, evidenciando a crise hídrica.

A Barragem de Arvorezinha, esperança para mitigar os efeitos da seca, tem sua conclusão prevista apenas para 2028, após 17 anos de obras intermitentes. Em Bagé, as perdas na agricultura já superam R$ 70 milhões.

Em Canguçu, o impacto financeiro atingiu R$ 61 milhões até o momento do decreto de emergência. A estiagem não é um problema novo para o Rio Grande do Sul. De 2020 a 2024, o estado enfrentou perdas estimadas em R$ 117,8 bilhões, conforme dados da Assessoria Econômica da Federação da Agricultura no Rio Grande do Sul (Farsul).

Confira as cidades gaúchas com situação de emergência oficializada pelo governo federal até agora

  • 07/03 – Alecrim, Bossoroca, Entre-Ijuís, Esmeralda, Guarani das Missões, Inhacorá, Lavras do Sul, Maximiliano de Almeida, Monte Belo do Sul, Pinhal Grande, Porto Vera Cruz, São José do Inhacorá e São Valério do Sul;
  • 06/03 – Caçapava do Sul, Canguçu, Colorado, Miraguaí, Quatro Irmãos, Salvador das Missões, Santa Maria, Santa Rosa e São Borja;
  • 26/02 – Dilermando de Aguiar, Entre Rios do Sul, Erval Seco, Quevedos, Rio dos Índios, Rolador, Sant’Ana do Livramento, Santa Bárbara do Sul e São Paulo das Missões;
  • 25/02 – São Pedro do Butiá e Vitória das Missões;
  • 20/02 – Faxinalzinho, Jaguari e Pirapó;
  • 17/02 – Itacurubi, Jari, Roque Gonzales, São Gabriel, São Miguel das Missões e Silveira Martins;
  • 14/02 – São Francisco de Assis e Unistalda;
  • 12/02 – Cacequi, Esperança do Sul, Itaqui, Santiago e São Nicolau;
  • 10/02 – Capão do Cipó, Independência, Maçambará, Porto Lucena, Toropi e Tupanciretã;
  • 07/02 – Júlio de Castilhos, Nova Esperança do Sul, Rosário do Sul, Uruguaiana e Vila Nova do Sul;
  • 03/02 – Manoel Viana e Santa Margarida do Sul;
  • 19/02 – Doutor Maurício Cardoso e Arambaré

 

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