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Fiocruz: 1 dose de Astrazeneca tem eficácia de 42,4%; proteção sobe após 40 dias


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Fiocruz: 1 dose de Astrazeneca tem eficácia de 42,4%; proteção sobe após 40 dias
Tânia Rêgo/Agência Brasil

Fiocruz: 1 dose de Astrazeneca tem eficácia de 42,4%; proteção sobe após 40 dias

Levantamento da Fiocruz elaborado a partir do programa de imunização em massa feito no Complexo da Maré, o ‘Vacina Maré’, apontou que uma dose de  Astrazeneca tem eficácia de 42,4% contra a Covid-19, percentual que sobe progressivamente ao longo do tempo, chegando a 58,6% após 40 dias. O estudo, que envolveu cerca de 37 mil moradores da comunidade que tomaram a primeira dose entre os dias 29 de julho e 1º de agosto, mostra ainda que a proteção muda conforme a idade da pessoa vacinada: 57,5% para adultos de 18 a 35 anos, e 34,8% para pessoas de 36 a 59.

A eficácia em idosos não é avaliada no estudo, uma vez que, na época em que a vacinação em massa para toda a população adulta da Maré foi realizada (entre o fim de julho e o início de agosto), pessoas acima de 60 anos — que representam apenas 6% da população da Maré, segundo a Fiocruz — já tinham sido contempladas com as duas doses da vacina contra a Covid-19, ou seja, estavam com o esquema vacinal completo de acordo com calendário do município.

Fernando Bozza, coordenador da pesquisa de efetividade da vacinação em massa na Maré, destaca que o programa teve o objetivo de antecipar a vacinação de toda a população adulta jovem da comunidade com a primeira dose da AstraZeneca, contemplando ainda os que estavam com a vacinação atrasada. Quando o programa foi realizado, o município estava aplicando a primeira dose em adultos de 33 anos.

“Com as 37 mil primeiras doses, ultrapassamos nossa meta inicial, de vacinar 34 mil pessoas. Verificamos que, desse total, 88% (cerca de 32.500 moradores) retornaram para tomar a segunda dose em outubro. Apesar de concluirmos que a eficácia da vacina aumenta ao longo das semanas e de ainda estarmos fazendo análises de efetividade da segunda dose, já foi percebida a necessidade de se completar todo o esquema vacinal para uma imunização mais eficiente”, afirma Bozza.

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O trabalho de verificação da efetividade da vacina foi iniciada após os quatro dias de imunização em massa, considerando critérios como idade, sexo, tempo de infecção após a vacinação, tempo até a segunda dose, ocorrência de casos graves e prevenção de óbitos. O mutirão para a segunda dose ocorreu entre os dias 14 e 16 de outubro, e a Fiocruz ainda está fazendo análises sobre a sua efetividade naquela população.

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O ‘Vacina Maré’ é uma iniciativa da secretaria municipal de Saúde, da Fiocruz e da associação Redes da Maré e foi implantada nas sete unidades de atenção primária que atendem a comunidade e também em sete associações de moradores da região, totalizando 14 pontos de vacinação. A força-tarefa ainda acompanhará por mais meses (até janeiro de 2022) os efeitos da vacina em duas mil famílias da Maré, totalizando cerca de 8 mil pessoas.

Desde a primeira fase da #VacinaMaré, moradores estão sendo chamados a participar voluntariamente do estudo, assinando um termo de consentimento e se comprometendo a notificar os pesquisadores sobre sintomas e possíveis contaminações por Covid-19.

Fonte: IG SAÚDE

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Saúde

Governador entrega veículo para Coordenadoria da Saúde

Na sexta-feira, 14 de fevereiro, o governador Eduardo Leite entregou 50 veículos novos à Secretaria da Saúde (SES) em Porto Alegre

Os veículos, sendo 25 sedans e 25 caminhonetes 4×4, custaram cerca de R$ 8,1 milhões, com recursos do Estado e do governo federal. Destinados às 18 coordenadorias regionais da SES e ao nível central, os carros visam melhorar a prestação de serviços de saúde.

 

A cerimônia contou com autoridades, como o próprio Governador Eduardo Leite, o deputado Frederico Antunes e a Secretária da Saúde, Arita Bergmann.

Entre os beneficiados estava a 10ª Coordenadoria de Saúde, representada por Haracelli Fontoura.

 

 

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Saúde

Aumento da depressão em idosos preocupa no Brasil

Dados do IBGE revelam que 13,2% dos idosos entre 60 e 64 anos sofrem de depressão, superando a média nacional. Solidão e perdas agravam depressão entre idosos

A incidência de depressão entre idosos no Brasil tem apresentado um aumento preocupante, com 13,2% das pessoas entre 60 e 64 anos diagnosticadas com a condição, superando a média nacional de 10,2% para indivíduos acima dos 18 anos, conforme dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Este aumento é ainda mais acentuado entre aqueles com 75 anos ou mais, registrando um crescimento de 48% entre 2013 e 2019. A história de Ciro Martins, 71 anos, reflete essa realidade. Após perder sua esposa em 2023, Ciro enfrentou uma profunda solidão que o levou à depressão.

A intervenção de um ex-colega de trabalho o encorajou a buscar ajuda profissional, resultando em um diagnóstico de depressão e um tratamento eficaz que revitalizou seu interesse pelas atividades diárias e pela socialização.

Especialistas apontam que a depressão em idosos é causada por uma combinação de fatores biológicos, como alterações nos níveis de neurotransmissores e o uso de medicamentos que podem agravar os sintomas, e sociais, principalmente o isolamento social e a solidão.

Alfredo Cataldo Neto, professor da Escola de Medicina da Pucrs, destaca a importância de uma abordagem diferenciada no tratamento da depressão em idosos, observando que os sintomas muitas vezes se manifestam de maneira distinta, com queixas físicas frequentemente substituindo expressões diretas de sofrimento emocional.

A solidão, agravada pela perda de cônjuges e mudanças familiares, é um dos principais desafios enfrentados pelos idosos. A taxa de suicídio entre essa faixa etária tem crescido no Brasil, evidenciando a gravidade da situação.

No Rio Grande do Sul, a expectativa de que 40% da população terá mais de 60 anos até 2070 ressalta a urgência de implementar políticas públicas voltadas para a saúde mental dos idosos.

Com informações do JC

 

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Saúde

O perigo que vem da China. Infectologistas recomendam precaução contra Metapneumovírus

 Sem vacina para HMPV, medidas como uso de máscaras e higiene são essenciais, dizem especialistas

Um surto de Metapneumovírus Humano (HMPV) foi identificado na China, levantando preocupações devido ao aumento de casos em algumas regiões do país.

Este vírus, responsável por sintomas como febre, tosse e congestão nasal, foi reportado nesta 3ª feira (08 de jan. de 2025). Apesar das preocupações, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e especialistas em infectologia descartam a possibilidade de uma nova pandemia no momento.

A OMS comunicou que mantém contato constante com as autoridades chinesas, que têm tranquilizado tanto a população quanto a comunidade internacional.

As informações indicam que a intensidade e a escala da doença são inferiores às de anos anteriores. O governo de Pequim adotou um novo protocolo de monitoramento para gerenciar a situação.

Segundo a infectologista Emy Gouveia, do Hospital Israelita Albert Einstein, a circulação do HMPV é comum, especialmente durante o inverno no hemisfério norte. Ela destacou a ausência de vacinas contra o HMPV e recomendou medidas preventivas como distanciamento social, uso de máscaras e higiene das mãos.

“Não existe um antiviral específico, e o tratamento para o paciente em casa consiste em medicamentos sintomáticos, repouso e hidratação,” afirmou Gouveia.

O HMPV foi identificado pela primeira vez em 2001 na Holanda, embora já circulasse antes dessa data. No Brasil, o vírus foi detectado em crianças menores de três anos em Sergipe, em 2004.

Gouveia observou que as mutações do HMPV são mais estáveis e raras em comparação com a Covid-19, o que facilita a gestão da doença.

A transmissão do HMPV ocorre por vias aéreas e contato com secreções contaminadas. O período de incubação varia de cinco a nove dias. Estudos indicam que a maioria das crianças até cinco anos já teve contato com o vírus.

Gouveia também alertou sobre o risco do HMPV em agravar doenças pulmonares pré-existentes, especialmente em crianças, devido à inflamação prolongada e hiperprodução de secreção.

 

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