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Faixa etária mais atingida pelo câncer de próstata é a mais resistente ao exame


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Técnica desenvolvida por médicos religa os nervos rompidos na prostatectomia, que levava à disfunção erétil
Thinkstock/Getty Images

Técnica desenvolvida por médicos religa os nervos rompidos na prostatectomia, que levava à disfunção erétil

Manter certos preconceitos pode causar grandes prejuízos à saúde. É o que apontam os dados publicados Instituto Nacional do Câncer (INCA), que mostram que 75% dos casos em todo o mundo ocorrem a partir dos 65 anos – a idade que, não por acaso, é a mais resistente em fazer o exame de toque retal, procedimento que faz parte do protocolo preventivo da doença.

“Essa resistência em buscar uma consulta de rotina para fazer os preventivos de próstata vem diminuindo, de acordo com o que observamos, vem diminuindo na faixa etária até 55 anos. Isso ainda é muito comum no homem acima dos 65 anos”, conta o Dr. Fernando Leão, urologista e cirurgião robótico do Hospital Israelita Albert Einstein de São Paulo e Goiânia.

“Foi um outro tipo de criação, um outro tipo de sociedade, um outro tipo de informação – quando a informação era precária. O homem não era criado para cuidar da saúde, e sim para trabalhar e ser um provedor da família. Muitas vezes com tabus, como o que não pode adoecer e tem que produzir e honrar compromissos”.

O câncer de próstata, ao lado dos tumores nos rins, bexiga e pênis, lidera o caso de doenças entre homens na idade adulta. O protocolo de exames preventivos é indicado a partir dos 50 anos para quem não tem casos na família, mas dependendo do histórico, esse compromisso pode surgir um pouco mais cedo.

“A orientação é de que o homem sem antecedente familiar de câncer comece a partir dos 50 anos. Para quem tem histórico familiar, e não só de tumores malignos de próstata, mas mama, pulmão, intestino, a orientação é que a partir dos 40 anos comece a prevenção. Pelo antecedente familiar, esse homem tem de 2 a 3 vezes mais chances de desenvolver o câncer. Ele não tem a obrigatoriedade, simplesmente tem um risco aumentado”, explica.

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O câncer de próstata é uma doença silenciosa que precisa ser descoberta logo no início. E segundo o Dr. Leão, esse é o segredo para um tratamento com grandes chances de cura.

“As chances de curam só podem ser concretizadas com um diagnóstico, e sem sintomas, o diagnóstico só pode ser feito através dos exames de rotina. Eles envolvem o exame físico, de toque retal, o exame de sangue, onde há o PSA, marcador específico da próstata, e um exame de imagem como o ultrassom, para que se avalie rim, bexiga, e esse volume prostático”.

Para o médico, o novembro azul é de suma importância no combate à doença. “A campanha conscientização do mês de novembro tem como objetivo informar e conscientizar os homens da importância da ida ao consultório de um urologista para a prevenção e exames de rotina, principalmente em relação aos exames da próstata. Não só o aumento benigno da próstata, mas também em relação a doença maligna, que é o câncer de próstata”, diz.

“A informação já foi de difícil acesso, mas hoje em dias temos internet, redes sociais. O acesso a informação é mais fácil do que há 30, 40 anos atras. E os canais de comunicação, o jornalismo em geral, vem massivamente, ano a ano, fazendo esse trabalho”, finaliza.

Fonte: IG SAÚDE

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Saúde

Governador entrega veículo para Coordenadoria da Saúde

Na sexta-feira, 14 de fevereiro, o governador Eduardo Leite entregou 50 veículos novos à Secretaria da Saúde (SES) em Porto Alegre

Os veículos, sendo 25 sedans e 25 caminhonetes 4×4, custaram cerca de R$ 8,1 milhões, com recursos do Estado e do governo federal. Destinados às 18 coordenadorias regionais da SES e ao nível central, os carros visam melhorar a prestação de serviços de saúde.

 

A cerimônia contou com autoridades, como o próprio Governador Eduardo Leite, o deputado Frederico Antunes e a Secretária da Saúde, Arita Bergmann.

Entre os beneficiados estava a 10ª Coordenadoria de Saúde, representada por Haracelli Fontoura.

 

 

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Saúde

Aumento da depressão em idosos preocupa no Brasil

Dados do IBGE revelam que 13,2% dos idosos entre 60 e 64 anos sofrem de depressão, superando a média nacional. Solidão e perdas agravam depressão entre idosos

A incidência de depressão entre idosos no Brasil tem apresentado um aumento preocupante, com 13,2% das pessoas entre 60 e 64 anos diagnosticadas com a condição, superando a média nacional de 10,2% para indivíduos acima dos 18 anos, conforme dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Este aumento é ainda mais acentuado entre aqueles com 75 anos ou mais, registrando um crescimento de 48% entre 2013 e 2019. A história de Ciro Martins, 71 anos, reflete essa realidade. Após perder sua esposa em 2023, Ciro enfrentou uma profunda solidão que o levou à depressão.

A intervenção de um ex-colega de trabalho o encorajou a buscar ajuda profissional, resultando em um diagnóstico de depressão e um tratamento eficaz que revitalizou seu interesse pelas atividades diárias e pela socialização.

Especialistas apontam que a depressão em idosos é causada por uma combinação de fatores biológicos, como alterações nos níveis de neurotransmissores e o uso de medicamentos que podem agravar os sintomas, e sociais, principalmente o isolamento social e a solidão.

Alfredo Cataldo Neto, professor da Escola de Medicina da Pucrs, destaca a importância de uma abordagem diferenciada no tratamento da depressão em idosos, observando que os sintomas muitas vezes se manifestam de maneira distinta, com queixas físicas frequentemente substituindo expressões diretas de sofrimento emocional.

A solidão, agravada pela perda de cônjuges e mudanças familiares, é um dos principais desafios enfrentados pelos idosos. A taxa de suicídio entre essa faixa etária tem crescido no Brasil, evidenciando a gravidade da situação.

No Rio Grande do Sul, a expectativa de que 40% da população terá mais de 60 anos até 2070 ressalta a urgência de implementar políticas públicas voltadas para a saúde mental dos idosos.

Com informações do JC

 

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Saúde

O perigo que vem da China. Infectologistas recomendam precaução contra Metapneumovírus

 Sem vacina para HMPV, medidas como uso de máscaras e higiene são essenciais, dizem especialistas

Um surto de Metapneumovírus Humano (HMPV) foi identificado na China, levantando preocupações devido ao aumento de casos em algumas regiões do país.

Este vírus, responsável por sintomas como febre, tosse e congestão nasal, foi reportado nesta 3ª feira (08 de jan. de 2025). Apesar das preocupações, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e especialistas em infectologia descartam a possibilidade de uma nova pandemia no momento.

A OMS comunicou que mantém contato constante com as autoridades chinesas, que têm tranquilizado tanto a população quanto a comunidade internacional.

As informações indicam que a intensidade e a escala da doença são inferiores às de anos anteriores. O governo de Pequim adotou um novo protocolo de monitoramento para gerenciar a situação.

Segundo a infectologista Emy Gouveia, do Hospital Israelita Albert Einstein, a circulação do HMPV é comum, especialmente durante o inverno no hemisfério norte. Ela destacou a ausência de vacinas contra o HMPV e recomendou medidas preventivas como distanciamento social, uso de máscaras e higiene das mãos.

“Não existe um antiviral específico, e o tratamento para o paciente em casa consiste em medicamentos sintomáticos, repouso e hidratação,” afirmou Gouveia.

O HMPV foi identificado pela primeira vez em 2001 na Holanda, embora já circulasse antes dessa data. No Brasil, o vírus foi detectado em crianças menores de três anos em Sergipe, em 2004.

Gouveia observou que as mutações do HMPV são mais estáveis e raras em comparação com a Covid-19, o que facilita a gestão da doença.

A transmissão do HMPV ocorre por vias aéreas e contato com secreções contaminadas. O período de incubação varia de cinco a nove dias. Estudos indicam que a maioria das crianças até cinco anos já teve contato com o vírus.

Gouveia também alertou sobre o risco do HMPV em agravar doenças pulmonares pré-existentes, especialmente em crianças, devido à inflamação prolongada e hiperprodução de secreção.

 

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