Mulher
70% das brasileiras quer empreender para superar tratamento injusto em empregos
Hoje (19) é dia do Empreendedorismo Feminino. A iniciativa das Nações Unidas busca incentivar mulheres para criar e comandar seus próprios negócios. A data também é parte de uma campanha contra a desigualdade de gênero no mercado de trabalho. Ainda que existam avanços e motivos para comemorar, também existem desafios a serem superados, de acordo com a Pesquisa Global de Empreendedorismo Feminino 2020, encomendada pela Herbalife Nutrition.
A análise envolveu 9 mil mulheres em 15 países, incluindo 500 brasileiras, mostra que 72% delas sonham em abrir seus próprios negócios, sendo que 50% ainda não têm negócios e 22% possuem um e gostariam de abrir outro.
Entre as brasileiras, 73% sonham em se tornar empreendedoras – um aumento de 18 pontos percentuais em relação à pesquisa realizada no ano anterior, que constatou a aspiração de 55% delas em abrir um negócio próprio. Parte desse aumento pode ser devido à incerteza econômica que muitas enfrentam, especialmente durante a pandemia de Covid-19.
O que motiva as mulheres a terem o próprio negócio?
A pesquisa analisou os desafios que as mulheres enfrentam no local de trabalho e os objetivos delas em abrir seus próprios negócios. Em todo o mundo, a principal motivação para iniciar um negócio foi: “se tornar minha própria chefe” (61%) – percentual que foi um pouco maior no Brasil, com 63%.
Tornar-se uma referência para mulheres mais jovens foi considerado um fator motivador para 80% das entrevistadas, e 82% das brasileiras pensam assim. Mas, 62% das pesquisadas, revelam que gostariam de iniciar um negócio devido ao tratamento injusto em experiências anteriores em empresas, percentual que salta para 70% aqui no país.
Quais desafios as mulheres enfrentam no mercado de trabalho?
Para descobrir qual é o tratamento injusto, a pesquisa investigou e constatou que mulheres de todo o mundo enfrentaram desafios em ter sucesso no local de trabalho quando comparadas aos colegas do sexo masculino. Isso inclui menos oportunidades de promoção (33%) e falta de equiparação salarial (31%). No Brasil, 37% das entrevistadas afirmaram não existir uma equiparação salarial com os homens e pouco mais de 34% confirmaram ter menos oportunidades de promoção.
Os resultados também mostram que, globalmente, 43% das mulheres entrevistadas adiaram a ideia de ter filhos porque pensaram que isso afetaria negativamente sua carreira. Já no Brasil, este número sobe para 51%. Além disso, 25% das mulheres nos 15 países onde o estudo foi realizado, afirmaram ter enfrentado discriminação na gravidez, sendo que no Brasil aconteceu com mais de 18% delas.
Outro dado importante é que 42% das mulheres acreditam que foram injustamente negligenciadas por um aumento ou promoção por causa de seu sexo, algo que aconteceu, em média, em pelo menos três vezes em suas carreiras. Já no Brasil, 34% delas afirmaram ter sofrido essa situação, sendo que a maioria passou por isso duas ou três vezes.
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Mas, não é só: 72% das pesquisadas e 73% das brasileiras acreditam que as mulheres precisam trabalhar mais para ter as mesmas oportunidades que os homens na força de trabalho – e dois terços (67%) estão comprometidas em ajudar a quebrar essa barreira, sendo que 79% das mulheres brasileiras concordam com isso. Uma maneira que elas encontram de romper esse desafio é com a possibilidade de empreender.
Quais barreiras elas esperam enfrentar empreendendo?
Entretanto, isso não significa que elas esperam que o empreendedorismo seja um ambiente tranquilo: 33% das mulheres que planejam empreender estão “muito preocupadas” com o fracasso de seus negócios atuais ou futuros nos próximos cinco anos. Essa também é a preocupação de mais de 35% das brasileiras.
Os três principais desafios para iniciar um negócio revelaram ser em torno de dinheiro. Ganhar dinheiro suficiente para compensar custos é algo que preocupa 51% delas no total dos países e mais de 54% das mulheres brasileiras entrevistadas. Ter orçamento suficiente para crescer é outra preocupação de 51% das entrevistadas e de mais de 47% das brasileiras, assim como financiar seus negócios – algo que preocupa 48% das mulheres entrevistadas e que foi confirmado por 36% das brasileiras.
Essa preocupação com dinheiro ecoa na pesquisa do ano passado, pois as mulheres relataram que o financiamento de seus negócios era o aspecto mais desafiador (58%) em 2019.
Benefícios de empreender
Para muitas, no entanto, os benefícios de empreender superam os contras. O principal revelado por 54% delas é o potencial crescimento da renda, índice bem próximos ao do Brasil (55%), seguido pela habilidade de ser sua própria chefe – benefício apontado por 63% das brasileiras participantes. Além de mais flexibilidade no horário de trabalho/horário para atividades pessoais (46% das brasileiras, 45% no mundo).
Situações que as entrevistadas enfrentaram pessoalmente no trabalho
Países / Brasil
- Menos oportunidades de promoção em relação aos colegas do sexo masculino 33% / 34%
- Falta de equiparação salarial 31% / 37%
- Não serem levadas a sério pelos chefes/colegas 31% / 31%
- Assédio sexual/sexismo no local de trabalho 30% / 29%
- Espera-se que seja o principal cuidador de crianças, além de trabalhar 29% / 19%
- Falta de mulheres em cargos de chefia/gerência 25% / 24%
- Discriminação na gravidez 25% / 18%
- Exclusão nos campos dominados por homens 21% / 22%
- Falta de referências femininas 20% / 16%
- Discriminação ético-racial 14% / 13%
Mulher
Neste domingo, escritora alegretense será entrevistada na TV Cultura
Escritora Eliana Rigol aborda a história oculta das mulheres no Café Filosófico .Programa da TV Cultura vai ao ar no próximo domingo, dia 3, às 19h
A escritora gaúcha Eliana Rigol será a convidada do próximo Café Filosófico, que vai ao ar no domingo, dia 3, às 19h, na TV Cultura. No programa, ela irá abordar o tema da história oculta das mulheres, como parte da série “Novas mulheres, antigos papeis”, gravada em maio, no Instituto CPFL, em Campinas (SP), com curadoria da historiadora e roteirista Luna Lobão.
Para Eliana, que atualmente vive em Barcelona, na Espanha, foi uma honra ter sido convidada a subir no palco de um programa do qual sempre foi fã, mas onde, normalmente, só via homens sendo entrevistados. “Foi uma alegria genuína estar representando tantas e tantas mulheres no Brasil e no mundo que não tiveram momento para fala e escuta nesse mundo desenhado por homens e para homens”, conta.
Nascida em Alegrete, Eliana já morou em São Paulo, Toronto e Lisboa. Advogada de formação e escritora por vocação, ela atua com mentoria de mulheres (Jornada da Heroína) Ela é autora de quatro livros: Moscas no Labirinto (Pergamus, 2015), indicado ao Prêmio AGES, Afeto Revolution, finalista do Prêmio Jabuti, Herstory e Parir é sexual, os três últimos publicados pela editora Zouk, de Porto Alegre.
Mulher
Câncer de Mama: Proposta estabelece prazo para substituir implantes mamários
Com o objetivo de garantir bem-estar e dignidade às pacientes com câncer de mama, o deputado Gustavo Victorino protocolou, na Assembleia Legislativa, Projeto de Lei 350/23 que estabelece prazo para procedimentos cirúrgicos e garante acompanhamento às mulheres em tratamento.
A proposta determina o limite de 30 dias para substituição do implante mamário sempre que ocorrerem complicações inerentes à cirurgia de reconstrução da mama, bem como garante o acompanhamento psicológico e multidisciplinar especializado às pacientes que sofrerem mutilação total ou parcial de mama decorrente do tratamento de câncer.
Conforme o parlamentar, a proposição, que modifica o Estatuto da Pessoa com Câncer no Rio Grande do Sul (Lei nº 15.446/20), é um direito previsto na Lei Federal (no 14.538/2023), garantindo assim, um cuidado integral e humanizado à saúde da mulher: “Física e emocionalmente, o câncer de mama é devastador para a mulher e é nessa hora que o suporte médico e psicológico deve se fazer presente”, pontua o deputado Gustavo Victorino.
Crédito: Paulo Garcia Agência ALRS
Mulher
Bolsonaro sanciona lei de enfrentamento à violência contra às mulheres
Está publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (5), a Lei 14.330/22 que inclui o Plano Nacional de Prevenção e Enfrentamento à Violência contra a Mulher como instrumento de implementação da Política Nacional de Segurança Pública e Defesa Social.
A norma determina a previsão de ações, estratégias e metas específicas sobre esse tipo de violência que devem ser implementadas em conjunto com órgãos e instâncias estaduais, municipais e do Distrito Federal, responsáveis pela rede de prevenção e de atendimento das mulheres em situação de violência.
Depois de passar pela Câmara, o texto foi aprovado pelo Senado em março, como parte da pauta prioritária da campanha 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher.
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