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“Sempre imaginei que meu namorado passaria por racismo, mas jamais desta forma”


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“Eu e o meu namorado nos conhecemos por amigos em comum em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul. Fui colega de faculdade de uma amiga da época dele de escola. Acabou que virei bem próxima dessa amiga, saíamos juntas e quando conheci ele, começamos a ir todos juntos. Ele queria algo comigo desde o início, desde que nos conhecemos e eu sempre levei tudo na amizade.

Ficamos uns bons meses, 4 para 5 pra ser mais precisa, sendo somente amigos. Depois disso começamos a conversar sobre talvez investir em algo além da amizade, porque fomos percebendo que tanto ele quanto eu já sentíamos algo além dessa amizade, sempre ficávamos muito confortáveis juntos.


Ele sabia que sempre quis namorar alguém que já tivesse uma amizade forte porque sempre admirei casais que começavam a namorar depois de uma trajetória bonita de amizade. E assim aconteceu. Começamos a nos envolver emocionalmente em agosto e cerca de 2 meses depois começamos a namorar.

O episódio de racismo

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Eu sei que namoro com um homem negro e já estava 100% ciente de que episódios de injúria racial poderiam acontecer. Eu e o Jota sempre conversamos sobre isso. Porém, nunca havíamos passado por um situação similar, onde o ódio me fosse tão nítido.

O episódio de racismo começou literalmente “do nada”, eu estava trabalhando e recebi uma mensagem de alguém que não me seguia e não me conhecia. O nome dele é Àlvaro. Ele começou a puxar assunto comigo abordando questões raciais e políticas relacionadas ao Jota, meu namorado. 

Inicialmente parecia apenas um flerte. Mas o racismo foi nítido quando fui alongando a conversa. O homem buscava, através de argumentos acadêmicos, apontar os malefícios de se estar com alguém de cor diferente da minha. Ele falava que meus filhos seriam diferentes de mim, que perderiam uma enorme carga genética prussiana e que eu não merecia estar com meu namorado.

Falava que os negros tinham um cheiro diferente e se eu parasse de me relacionar com eles eu poderia não me contaminar. Que eu e o meu namorado não éramos iguais, que os europeus eram superiores porque não se deixaram se misturar com os africanos. 

Vejo que isso afeta o mundo, porque é complicado digerir palavras como as que li do Álvaro. Elas vem carregadas do que, parece ser, uma sabedoria, uma inteligência, não sei como podemos chamar, justamente porque ele é um homem que possui instrução, e num grau importante da formação acadêmica e isso é o que mais machuca, saber que ideias de cunho preconceituoso estão sendo espalhadas.

Nesses momentos a gente precisa mostrar a indignação e demonstrar o quão contrário a isso somos. É aquela história “se diante do preconceito a gente continua no mesmo ambiente, a gente também tá disseminando esse preconceito”. penso que aí cabe a nós, nos levantarmos e sairmos do ambiente quando ele viola a existência do outro. Eu, como psicóloga e fã da profissão que escolhi, jamais continuaria num ambiente que fere a existência de qualquer ser humano.

Apesar do Jota sofrer preconceito por estar comigo, temos uma relação de muita parceria. Vivemos a vida, a alegria, as tristezas e os desafios do outro. A maioria das pessoas entra em uma relação achando que parceria é alguém para sair, para ficar em casa olhando série, mas depois que a gente amadurece e traz esse amadurecimento para relação, a gente vê que parceria é além de ter alguém pra beber, viajar, se juntar com os amigos. E a gente tem esse “além” um no outro”. 

Fonte: IG Mulher

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Cinema brasileiro brilha com Globo de Ouro para Fernanda Torres

A conquista por sua atuação em “Ainda Estou Aqui” eleva as expectativas para uma futura indicação ao Oscar

Na noite de 05.jan.2025, a atriz Fernanda Torres fez história no cinema brasileiro ao receber o Globo de Ouro de Melhor Atriz (Drama) por sua atuação em “Ainda Estou Aqui”.

A cerimônia, realizada em Los Angeles, destacou-se pela presença de estrelas internacionais e marcou a primeira vez que uma brasileira conquistou tal prêmio, elevando o nome de Fernanda Torres no cenário mundial do cinema. A premiação ocorreu nesta 2ª feira (06.jan.2025).

Torres competiu com atrizes de renome, como Pamela Anderson, Angelina Jolie, Nicole Kidman, Tilda Swinton e Kate Winslet. Sua vitória não só celebra seu talento excepcional, mas também ressalta a qualidade do cinema nacional no exterior.

“Ainda Estou Aqui”, sob direção de Walter Salles, é um longa biográfico que narra a vida de Eunice Paiva, mãe do escritor Marcelo Rubens Paiva e viúva do ex-deputado federal Rubens Paiva.

O filme aborda a luta de Eunice durante a ditadura militar no Brasil, buscando manter sua família unida após o desaparecimento de seu marido. Baseado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, o filme atraiu mais de 3 milhões de espectadores no Brasil e recebeu aclamação internacional.

Embora “Ainda Estou Aqui” não tenha vencido na categoria de Melhor Filme Estrangeiro, superado por “Emilia Pérez”, a conquista de Fernanda Torres eleva as expectativas para uma indicação ao Oscar.

Este reconhecimento pode aumentar a visibilidade da atriz e do filme entre os votantes da Academia, potencialmente abrindo caminho para indicações em categorias como Filme Internacional e Melhor Roteiro Adaptado.

 

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Patroa assume o CTG Oswaldo Aranha em evento tradicionalista

Eva Ivone Pinto Neri é a nova patroa, prometendo reforçar tradições e valores locais com sua equipe

Com foco em tradições, a nova gestão apresenta líderes para invernadas cultural e artística, além de apoio social

Foi no domingo, a comunidade tradicionalista presenciou a posse da nova liderança do CTG Oswaldo Aranha. O evento, realizado na sede do grupo, teve a coordenação de Kellen Iung, da 4ª Região Tradicionalista. Eva Ivone Pinto Neri assumiu como a nova patroa, prometendo fortalecer as tradições e valores locais.

A nova equipe inclui José Bonassa e Erotinha Silveira como patrões de honra, e Ênio Pereira Aurélio e Marlon Dornelles Marchezan como os principais responsáveis pelas atividades do CTG, ocupando as posições de 1º e 2º capatazes, respectivamente.

O grupo também apresentou líderes para áreas como cultura, esportes, apoio social e atividades campeiras. Nívea Pinto Neri ficará à frente da Invernada Cultural, enquanto Daniela Marchezan comandará a Invernada Artística.

 

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Neste domingo, escritora alegretense será entrevistada na TV Cultura

Escritora Eliana Rigol aborda a história oculta das mulheres no Café Filosófico .Programa da TV Cultura vai ao ar no próximo domingo, dia 3, às 19h

A escritora gaúcha Eliana Rigol será a convidada do próximo Café Filosófico, que vai ao ar no domingo, dia 3, às 19h, na TV Cultura. No programa, ela irá abordar o tema da história oculta das mulheres, como parte da série “Novas mulheres, antigos papeis”, gravada em maio, no Instituto CPFL, em Campinas (SP), com curadoria da historiadora e roteirista Luna Lobão.

Para Eliana, que atualmente vive em Barcelona, na Espanha, foi uma honra ter sido convidada a subir no palco de um programa do qual sempre foi fã, mas onde, normalmente, só via homens sendo entrevistados. “Foi uma alegria genuína estar representando tantas e tantas mulheres no Brasil e no mundo que não tiveram momento para fala e escuta nesse mundo desenhado por homens e para homens”, conta.

Nascida em Alegrete, Eliana já morou em São Paulo, Toronto e Lisboa. Advogada de formação e escritora por vocação, ela atua com mentoria de mulheres (Jornada da Heroína) Ela é autora de quatro livros: Moscas no Labirinto (Pergamus, 2015), indicado ao Prêmio AGES, Afeto Revolution, finalista do Prêmio Jabuti, Herstory e Parir é sexual, os três últimos publicados pela editora Zouk, de Porto Alegre.

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