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Covid: por que Brasil é único país que dará 3ª dose de vacina da Janssen


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Covid: por que Brasil é único país que dará 3ª dose de vacina da Janssen
André Biernath – @andre_biernath – Da BBC News Brasil em São Paulo

Covid: por que Brasil é único país que dará 3ª dose de vacina da Janssen

Em meio ao anúncio de uma megacampanha de imunização, o Ministério da Saúde confirmou na terça-feira (16/11) que todos os brasileiros que tomaram a vacina da Janssen precisarão receber uma segunda dose desse mesmo produto e aguardar cinco meses para a aplicação da terceira dose, que deverá ser preferencialmente do imunizante da Pfizer.

O esquema tem levantado muitas dúvidas entre a população e algumas críticas entre os especialistas, que chamam a atenção para o fato de outras partes interessadas no assunto, como a Anvisa e a Janssen, não terem sido consultadas.

Em alguns lugares do mundo onde essa vacina está aprovada, já existem diretrizes sobre a necessidade de reforço, mas num esquema diferente do que foi definido no Brasil.

Nos Estados Unidos, por exemplo, desde 20 de outubro todos os indivíduos com mais de 18 anos que receberam o imunizante da Janssen têm indicação para tomar, dois meses depois, uma segunda dose de vacina, que pode ser da própria Janssen, da Pfizer ou da Moderna.

Ao contrário do que foi definido no Brasil, as autoridades americanas não preveem ou indicam até agora uma terceira dose dentro desse contexto específico (para todos os adultos que tomaram a vacina da Janssen).

“A necessidade de uma segunda dose da Janssen já era certa, mas não conheço nenhum outro país do mundo que orienta essa segunda dose e já agenda uma terceira para cinco meses depois”, observa a médica Isabella Ballalai, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).

Entenda a seguir como as autoridades brasileiras chegaram a essa decisão e as evidências científicas disponíveis até o momento sobre a necessidade de doses de reforço para quem tomou Janssen.

O que diz a ciência?

O fato de conferir proteção com uma única dose deu à vacina da Janssen uma vantagem produtiva e logística. Afinal, é muito mais fácil avançar na campanha e resguardar o maior número de pessoas com apenas uma aplicação.

Nos testes clínicos de fase 3, que serviram de base para a aprovação emergencial em vários países, esse imunizante obteve uma eficácia de 75% contra casos mais graves de covid-19.

Profissional de saúde segura ampola de vacina e agulha

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Perda de efetividade da vacina com o passar do tempo (e diante de novas variantes do coronavírus) é uma das justificativas para as doses de reforço

Porém, a chegada de novas variantes do coronavírus e a progressão dos meses após a vacinação levantaram dúvidas se essa imunidade pós-vacinação poderia se enfraquecer.

Foi justamente para avaliar isso que a Janssen fez uma análise de efetividade de vida real, que comparou, entre março e julho de 2021, 390 mil pessoas que haviam recebido a vacina da farmacêutica e 1,5 milhão de indivíduos que não foram imunizados.

A pesquisa mostrou que o imunizante de dose única até mantinha um boa efetividade contra a hospitalização e morte por covid, mas era possível aumentar ainda mais essa proteção com a aplicação de um reforço.

Segundo os dados da Janssen, dar uma segunda dose dois meses após a primeira aumenta em quatro a seis vezes o nível de anticorpos.

Agora, se essa segunda dose era dada seis meses depois, o nível de anticorpos contra o coronavírus se eleva em 12 vezes.

Essas informações foram compartilhadas com agências regulatórias, como a Food and Drug Administration (FDA), dos Estados Unidos, e com instituições internacionais, caso da Organização Mundial da Saúde.

Vale destacar ainda que a queda de imunidade e a necessidade de novas doses também foi apontada por outras investigações científicas independentes.

O médico José Cassio de Moraes, professor titular da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, ressalta que essas adaptações e mudanças no esquema vacinal são esperadas.

“Essas modificações são naturais, uma vez que falamos de uma doença relativamente nova e precisamos entender a epidemiologia, o surgimento de novas variantes do vírus e os estudos de efetividade das vacinas”, diz.

“O acúmulo desse conhecimento gera aperfeiçoamentos nas campanhas de imunização, com o objetivo de aumentar a proteção de todos”, complementa o especialista, que ajuda no planejamento dos esforços de imunização no Brasil desde a epidemia de meningite, nos anos 1970.

O que os países fizeram?

De acordo com o sistema de monitoramento do Centro de Inovação em Saúde Global da Universidade Duke, nos Estados Unidos, a Janssen negociou aproximadamente 894 milhões de doses de sua vacina com 20 nações e blocos econômicos diferentes.

Os principais compradores foram a União Europeia (240 milhões de doses), a União Africana (220 milhões) e a Covax Facility (200 milhões). A Covax é um mecanismo internacional que compra e distribui vacinas para os países mais pobres do planeta.

Na sequência, aparecem Estados Unidos (100 milhões), Brasil (38 milhões), Reino Unido (30 milhões), Bolívia (15 milhões) e África do Sul (11 milhões).

Ainda fazem parte da lista Canadá, Colômbia, Coreia do Sul, Filipinas, Chile, Tunísia, Nova Zelândia, Botsuana, Suíça, Tailândia, Peru e México.

Profissional de vacinação na África do Sul

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Na África do Sul, voluntários que participaram dos testes clínicos com a vacina da Janssen estão aptos a receber uma segunda dose

Algumas dessas nações alteraram recentemente o regime de doses ou as orientações de vacinação com o produto da Janssen.

Foi o caso dos Estados Unidos, como já citado no início da reportagem: desde 20 de outubro, as autoridades americanas indicam um booster (reforço) para todos os indivíduos com mais de 18 anos que receberam a vacina da Janssen. Essa dose extra pode ser feita com a própria Janssen, com Pfizer ou com Moderna.

Na União Europeia, ainda não há uma definição para todo o bloco: a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) continua a considerar como “vacinado” quem recebeu a dose única de Janssen.

Mas há a expectativa que isso mude nas próximas semanas, pois a EMA anunciou em 21 de outubro que vai analisar dados sobre a necessidade de reforço nesse contexto.

Alguns países do continente, como Áustria, República Tcheca, Alemanha, Hungria e Itália, também já oferecem uma dose de reforço a todo mundo que tomou essa vacina, informa a Reuters.

Já o Reino Unido, que até assegurou uma boa quantia de doses com a farmacêutica, decidiu doar boa parte de sua compra para o Covax Facility.

Em outras partes do mundo, essa questão ainda está sendo discutida. De acordo com o jornal The Korea Times , os responsáveis pela campanha de vacinação contra a covid-19 na Coreia do Sul pretendem antecipar a dose extra do imunizante para quem tomou Janssen, antes prevista para dezembro.

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Já na África do Sul, cerca de 490 mil voluntários dos testes clínicos da vacina da Janssen estão sendo recrutados novamente para receber uma segunda dose, como parte de uma nova etapa dos estudos científicos.

O que o Brasil fez?

Na mesma tendência dos países com as campanhas mais adiantadas, o Ministério da Saúde também passou a ofertar o reforço vacinal a toda a população com mais de 18 anos. O anúncio foi feito no dia 16 de novembro.

No caso do imunizante da Janssen, porém, há uma diferença importante no esquema vacinal adotado por aqui: de acordo com a orientação mais atualizada, quem tomou a primeira dose de Janssen deve aguardar dois meses para receber uma segunda dose desse mesmo fabricante.

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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga

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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, assegurou que país tem doses suficientes para aplicar a terceira dose em todos os brasileiros com mais de 18 anos

“Quem tomou a Janssen completará o esquema vacinal. Embora seja de dose única, compete a nós [Ministério da Saúde] as definições. A pessoa tomará duas doses, em um intervalo de dois meses”, explicou a secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, Rosana Leite de Melo.

Até aí, essa é a mesma diretriz seguida nos Estados Unidos. Mas o Ministério da Saúde se antecipou e já garante para esse grupo uma terceira dose, de preferência da Pfizer, cinco meses após a segunda aplicação.

Essa é a grande diferença em relação ao que é feito em outras partes do mundo.

Faz sentido?

A decisão pegou algumas instituições e a comunidade acadêmica de surpresa.

A imunologista Cristina Bonorino, professora da Universidade de Ciências da Saúde de Porto Alegre, explica que não há evidências científicas que justifiquem a terceira dose nesses indivíduos — o reforço, para quem recebeu a vacina da Janssen, já está na segunda dose aplicada dois meses depois.

“O que o Ministério da Saúde fez foi criar uma fórmula deles. Nenhum estudo fez exatamente isso [2 doses de Janssen com intervalo de dois meses + 1 dose de Pfizer cinco meses depois]”, analisa.

“Pode ser que [a estratégia] funcione, mas por ora ela é baseada no achômetro”, completa.

Que fique claro: os especialistas não lançam dúvidas sobre a efetividade das vacinas ou a necessidade de doses de reforço no geral, mas questionam a situação específica que envolve o imunizante da Janssen e a necessidade de indicar uma terceira dose nesse caso, uma vez que a segunda dose já é considerada como reforço em outros países.

Seguindo essa linha de raciocínio, a terceira dose está indicada justamente para os imunizantes que necessitam de duas doses no esquema inicial de proteção. No Brasil, esse é o caso de CoronaVac e dos produtos feitos por Pfizer e por AstraZeneca.

Outro ponto que chamou a atenção desde o anúncio foi a falta de alinhamento com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa. Até o momento, a vacina da Janssen está aprovada no Brasil de forma emergencial no esquema de dose única.

Aplicar duas doses, portanto, exigiria uma mudança de bula que precisa ser aprovada pela agência.

Procurada pela BBC News Brasil, a assessoria de imprensa da Anvisa encaminhou uma nota de esclarecimento sobre a questão, dizendo que aguarda um pedido de alteração no registro para contemplar a dose de reforço.

“Segundo a Janssen, a previsão é de que até a próxima semana a empresa entregue os estudos sobre eficácia e a segurança da dose de reforço da sua vacina à Anvisa”, destacou o órgão.

A informação foi confirmada pela própria farmacêutica, em nota enviada à BBC.

“A Janssen, farmacêutica da Johnson & Johnson, informa que sua vacina contra a covid-19 possui autorização de uso emergencial pela Anvisa para utilização em regime de imunização de dose única, apoiada pelos dados de eficácia e segurança do ensaio clínico de fase 3 realizado com 43.783 participantes em oito países, incluindo o Brasil.”

“O fluxo ideal seria a Janssen fazer o pedido de alteração de bula e a Anvisa responder o mais rápido possível”, concorda Moraes.

“O Ministério da Saúde fez uma indicação off label, ou fora da bula. Isso pode ser feito, mas é preciso extremo cuidado e apenas para atender situações emergenciais. A Anvisa deve sempre ter prioridade na aprovação de uso de qualquer produto”, pondera o médico.

A BBC News Brasil procurou o Ministério da Saúde para esclarecer os pontos levantados e entender melhor as evidências que levaram à decisão de oferecer uma segunda dose de Janssen e uma terceira aplicação após cinco meses. Até o fechamento desta reportagem, não recebemos nenhuma resposta.

Vai ter vacina para todo mundo?

Apesar de toda a discussão, a necessidade de doses de reforço (a segunda, no caso da Janssen, e a terceira, quando pensamos em CoronaVac, Pfizer e AstraZeneca) contra a covid se mostra cada vez mais real.

“Mesmo antes desses anúncios recentes, era certo para nós que esse tipo de recomendação ia se tornar realidade em algum momento”, admite Ballalai.

“O que precisávamos pensar eram as prioridades para esse reforço. Talvez pudéssemos focar num primeiro momento em gestantes ou em alguns outros grupos”, complementa a médica.

Ao falar do reforço para todos os adultos, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, assegurou que o Brasil terá vacinas suficientes para contemplar toda a população na campanha.

De acordo com as projeções oficiais, disponíveis no próprio site do Ministério da Saúde, o país deve receber 7,7 milhões de doses da Janssen ao longo de novembro. Para dezembro, são esperadas outras 28,3 milhões.

Até o momento, a farmacêutica tinha enviado ao Brasil 1,8 milhão de doses em junho e outras 3 milhões de unidades desse imunizante foram doados pelos Estados Unidos na virada do primeiro para o segundo semestre de 2021.

Ou seja: os 4,8 milhões de brasileiros que foram vacinados com o produto da Janssen entre julho e agosto precisam receber, ao longo das próximas semanas, a segunda dose preconizada pelo Ministério da Saúde — até porque aquele intervalo de dois meses já foi ultrapassado.

Vacinação no braço

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Especialistas orientam que as pessoas busquem os postos de saúde para tomar a segunda ou a terceira dose nas datas estipuladas. Medida aumenta imunidade contra as formas mais graves de covid

Se a chegada dos novos lotes da Janssen realmente acontecer em novembro, conforme o planejamento, essas doses seriam utilizadas em parte como reforço para esses quase 5 milhões de indivíduos.

Questionada pela BBC News Brasil, a farmacêutica informou que já entregou 1,1 milhão de doses no dia 12 de novembro e pretende fazer uma nova remessa de 1,04 milhão de unidades ao longo desta semana.

Na sequência, seguindo as diretrizes atuais, esse grupo terá que esperar mais cinco meses para receber a terceira dose, que será preferencialmente feita com o imunizante da Pfizer.

Do ponto de vista individual, Ballalai entende que quem faz parte do público-alvo deve participar da campanha e ir ao posto de saúde nas datas estipuladas.

“Não perca a oportunidade de tomar a segunda ou a terceira dose da vacina para manter um bom nível de imunidade contra a covid-19”, apela a médica.

Fonte: IG SAÚDE

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Saúde

O perigo que vem da China. Infectologistas recomendam precaução contra Metapneumovírus

 Sem vacina para HMPV, medidas como uso de máscaras e higiene são essenciais, dizem especialistas

Um surto de Metapneumovírus Humano (HMPV) foi identificado na China, levantando preocupações devido ao aumento de casos em algumas regiões do país.

Este vírus, responsável por sintomas como febre, tosse e congestão nasal, foi reportado nesta 3ª feira (08 de jan. de 2025). Apesar das preocupações, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e especialistas em infectologia descartam a possibilidade de uma nova pandemia no momento.

A OMS comunicou que mantém contato constante com as autoridades chinesas, que têm tranquilizado tanto a população quanto a comunidade internacional.

As informações indicam que a intensidade e a escala da doença são inferiores às de anos anteriores. O governo de Pequim adotou um novo protocolo de monitoramento para gerenciar a situação.

Segundo a infectologista Emy Gouveia, do Hospital Israelita Albert Einstein, a circulação do HMPV é comum, especialmente durante o inverno no hemisfério norte. Ela destacou a ausência de vacinas contra o HMPV e recomendou medidas preventivas como distanciamento social, uso de máscaras e higiene das mãos.

“Não existe um antiviral específico, e o tratamento para o paciente em casa consiste em medicamentos sintomáticos, repouso e hidratação,” afirmou Gouveia.

O HMPV foi identificado pela primeira vez em 2001 na Holanda, embora já circulasse antes dessa data. No Brasil, o vírus foi detectado em crianças menores de três anos em Sergipe, em 2004.

Gouveia observou que as mutações do HMPV são mais estáveis e raras em comparação com a Covid-19, o que facilita a gestão da doença.

A transmissão do HMPV ocorre por vias aéreas e contato com secreções contaminadas. O período de incubação varia de cinco a nove dias. Estudos indicam que a maioria das crianças até cinco anos já teve contato com o vírus.

Gouveia também alertou sobre o risco do HMPV em agravar doenças pulmonares pré-existentes, especialmente em crianças, devido à inflamação prolongada e hiperprodução de secreção.

 

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Saúde

Saquinhos de chá liberam milhões de microplásticos, alerta estudo

Pesquisa internacional mostra contaminação por plásticos em chás e possíveis impactos na saúde humana

Pesquisadores do projeto PlasticHeal, em colaboração com a Universitat Autònoma de Barcelona (UAB) e o Centro Helmholtz de Investigação Ambiental de Leipzig, Alemanha, descobriram que bolsitas de chá comerciais liberam milhões de microplásticos e nanoplásticos (MNPL) nas infusões.

 

Este estudo, divulgado em 03.jan.2025, revela que essas partículas podem penetrar nas células intestinais humanas e potencialmente alcançar a corrente sanguínea, destacando a necessidade de abordar a contaminação por plásticos em produtos de consumo diário.

A pesquisa focou em bolsitas de chá feitas de polímeros como nailon-6, polipropileno e celulose. Os resultados mostraram que o polipropileno foi o material que mais liberou partículas, com aproximadamente 1.200 milhões por mililitro de infusão.

As técnicas analíticas avançadas utilizadas incluíram microscopia eletrônica de barrido (SEM), microscopia eletrônica de transmissão (TEM), espectroscopia infravermelha (ATR-FTIR), dispersão dinâmica de luz (DLS), velocimetria laser Doppler (LDV) e análise de seguimento de nanopartículas (NTA), afirmou Alba García, investigadora da UAB.

O estudo também observou a interação dessas partículas com células intestinais humanas, descobrindo que as células produtoras de muco absorvem uma quantidade significativa desses MNPL, que podem inclusive penetrar no núcleo celular.

Isso sugere um papel crucial do muco intestinal na absorção dessas partículas e ressalta a necessidade de investigar mais a fundo os efeitos da exposição crônica a MNPL na saúde humana.

Os pesquisadores enfatizam a importância de desenvolver métodos padronizados para avaliar a contaminação por MNPL em materiais plásticos em contato com alimentos e a necessidade de políticas regulatórias para mitigar essa contaminação. 

 

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Saúde

Alegrete convoca doadores para enfrentar escassez de sangue O-

Com estoque crítico, Hemocentro de Alegrete organiza coleta externa e estende horários para receber doações

O Hemocentro Regional de Alegrete enfrenta uma situação crítica em seu estoque de sangue, com especial urgência para o tipo O-. A instituição possui apenas uma unidade disponível e busca atender às crescentes demandas por transfusões.

 

 

A crise levou ao pedido de auxílio ao Hemocentro de Santa Maria, que foi solicitado a enviar mais bolsas de sangue. A situação foi divulgada nesta 4ª feira (26 de dezembro de 2024), com o objetivo de mobilizar a comunidade para doações urgentes.

Fernanda Soares, assistente social do Hemocentro, destacou a necessidade de doações. “Devido à alta demanda por sangue do tipo O- e outras tipagens, foi lançada uma campanha de urgência para mobilizar doadores a comparecerem ao hemocentro e realizarem suas doações,” afirmou.

A meta é alcançar dez unidades até o final da manhã de 6ª feira (27 de dezembro de 2024).

Para facilitar o acesso dos doadores, o Hemocentro de Alegrete manterá o atendimento normal nesta 5ª e 6ª feira. Uma coleta externa está programada para a próxima 2ª feira (30 de dezembro de 2024) na cidade de Itaqui. “Fazemos um apelo para que a população se dirija ao Hemocentro de Alegrete e contribua com as vidas que dependem dessas doações,” reforçou Soares.

Localizado na Rua General Sampaio, 10, bairro Canudos, o Hemocentro opera das 7h às 13h. A necessidade de sangue do tipo O- é urgente devido à sua capacidade de ser transfundido em pacientes de qualquer tipo sanguíneo, o que o torna vital em emergências.

 

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