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Em Campo

INCRA destina R$ 500 mil para fomento mulher

Novo Alegrete e Unidos Pela Terra estão na Lista

A linha de crédito do Incra específica para projetos produtivos desenvolvidos pelo público feminino da reforma agrária está disponível para 100 agricultoras de 43 assentamentos gaúchos. O total de R$ 500 mil foi liberado pela autarquia em abril. O Fomento Mulher representa quase 75% do montante autorizado no mês – de R$ 667,6 mil.
Outros R$ 150,8 mil foram aplicados na modalidade Apoio Inicial, beneficiando 29 famílias de 21 assentamentos. Os contemplados podem acessar R$ 5,2 mil cada para subsidiar necessidades primárias e de produção.
Também foram empregados R$ 16,8 mil para a complementação de créditos pagos anteriormente a seis beneficiários de cinco assentamentos.
Desde janeiro, a regional do Incra operacionalizou R$ 1,3 milhão em créditos no estado – superando todo o volume contratado no ano passado, que foi de cerca de R$ 1 milhão.
Foram beneficiados, aqui na região, os assentamentos Guajuviras, Cristo Rei, Madre Terra, Zambeze e Conquista do Caiboaté, em São Gabriel, e Santa Verônica, em Santa Margarida do Sul.

Incentivos
Os recursos de abril foram depositados esta semana em conta corrente e os assentados têm 120 dias para efetuar o primeiro saque. A operação é realizada via “Cartão do Assentado”. O titular precisa observar a validade do mesmo, além do funcionamento da agência bancária, se houver necessidade de atendimento presencial.
Entre as beneficiárias do Fomento Mulher, estão 12 agricultoras de nove assentamentos de Canguçu. Elas receberão o valor individual de R$ 5 mil para incrementar suas atividades no lote. A maioria das iniciativas, segundo a Emater, é para a bovinocultura – a entidade auxilia na elaboração dos projetos necessários à concessão do crédito pelo Incra.
Já Rosalina Batista da Silva, do assentamento Quikuio, investirá o Fomento Mulher na reforma do galinheiro e da horta – suas principais fontes de renda. As estruturas antigas dependem de consertos como cercamento de tela e telhado. “Eu não teria condições de fazer isso agora se não fosse com esse crédito”.
Ela também pretende construir um espaço separado para o ninho das poedeiras. “O galinheiro está pequeno e se eu arrumar posso aumentar a criação e as vendas”, justifica. O plantel de 40 galinhas produz entre três e quatro dúzias de ovos por semana (a quantidade dobra conforme a época). O produto é comercializado por encomenda na comunidade e no município vizinho de Cristal.
A horta de 120 metros quadrados, atualmente, é usada para autoconsumo. Com a possibilidade de melhorias, Rosalina quer plantar hortaliças para voltar a oferecer aos seus clientes.

Assentamentos com contratos atendidos em abril

Crédito Apoio Inicial: Fazenda Santa Helena (em São Miguel das Missões); Lago Azul, Santa Inês, Regina e Gloria (em Pedras Altas); Umbú, Rubira/Conquista da Luta e Passo do Moinho (em Piratini); São Manoel e Pinheiro Machado (em Pinheiro Machado); Madre Terra e Conquista do Caiboaté (em São Gabriel); Novo Alegrete e Unidos Pela Terra (em Alegrete); Jaguarão (em Aceguá); Estância do Fundo (em Candiota); Cambaí (em São Nicolau); Santa Verônica (em Santa Margarida do Sul); Conquista das Missões (em Ijuí); Chê Guevara (em Hulha Negra); Invernada das Mulas/Nova Aliança (em Tupanciretã)

Complementação de Apoio Inicial: São Manoel (em Pinheiro Machado); Bamburral (em Herval); Viamão (em Viamão); Novo Horizonte II e Santa Verônica (em Santa Margarida do Sul)

Fomento Mulher: Boa Fé, Colônia São Pedro, Nova Conquista, Renascer, Salso, Pitangueiras, Quikuio, Palmeira/Perseverantes na Luta e Herdeiros da Luta (em Canguçu); Cerro do Munhoz, Coqueiro, Recanto, Posto Novo e Fidel Castro (em Santana do Livramento); Nossa Senhora de Fátima, Santa Rosa e Invernada das Mulas/Nova Aliança (em Tupanciretã); Guajuviras, Cristo Rei, Zambeze, Conquista do Caiboaté (em São Gabriel); Alto Alegre, Upacaraí e Vista Nova (em Dom Pedrito); Conquista das Missões e Fazenda Cassacan (em São Borja); Fazenda Inhacapetum e Sepé Tiarajú (em Capão do Cipó); Novo Alegrete e Unidos Pela Terra (em Alegrete); São Virgílio e Santa Rita III (em Herval); União e Chê Guevara (em Hulha Negra); Trindade (em Trindade do Sul); Fazenda do Sobrado (em Pinhal Grande); Jaguarão (em Aceguá); Viamão (em Viamão);Rubira/Conquista da Luta (em Piratini); Novo Horizonte II e Santa Verônica (em Santa Margarida do Sul); Jaguarão Grande/Sete Povos (em Aceguá); Dos Cerros/Conquista dos Cerros (em Candiota)

 

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Em Campo

Noite dramática desperta o heroísmo de produtores no combate à incêndios

 Em madrugada dramática, a senhora Ivanete Dambrós Petrocelli, junto com os filhos, vizinhos e amigos se uniram para salvar propriedades de fogo que começou na estância da Charua

Na madrugada deste dia 20 de março, um incêndio de grandes proporções atingiu a localidade do Vasco Alves, em Alegrete. Ivanete Dambrós Petroce

lli, com a ajuda de filhos, amigos e vizinhos, lutou contra as chamas que ameaçavam casas, plantações e animais.

A comunidade usou baldes, pelegos molhados, um trator e máquinas de passar secantes para tentar controlar o fogo, que começou na manhã anterior na estância da Charua e se intensificou à tarde.

Apesar de um controle inicial, um foco remanescente reacendeu o incêndio, levando a uma situação crítica. Os esforços para combater as chamas duraram das 19h até às 3h da madrugada seguinte.

Ivanete criticou a falta de apoio dos órgãos públicos, afirmando que, mesmo após buscar ajuda do exército, bombeiros e prefeitura, a resposta foi insuficiente, deixando a comunidade a enfrentar a calamidade com seus próprios recursos.

O fogo, que ocorreu a cerca de 23 quilômetros de Alegrete, afetou diretamente as propriedades Santo Antônio e Estância da Árvore.

Moradores, incluindo funcionários e proprietários das áreas afetadas, uniram-se para combater o incêndio, utilizando um trator e técnicas improvisadas. Apesar da gravidade, a ausência de ventos fortes evitou que o incêndio se intensificasse ainda mais. A comunidade conseguiu controlar o fogo, evitando danos maiores.

O DESABAFO DE UMA MÃE DIANTE DA LUTA CONTRA UMA SITUAÇÃO GRAVE

Venho aqui com uma revolta mto grande, ontem mais uma vez, a zona rural do nosso município foi deixada à própria sorte. Um incêndio de grande proporção que começou cedo tomou conta de várias terras, colocando em risco casas, plantações, animais e vidas. Diante do desespero que estavamos enfrentendo, buscamos ajuda dos órgãos públicos, mas o que recebemos? Silêncio, descaso e promessas vazias.

Sem outra alternativa, os próprios moradores incluindo meus filhos, tiveram que se unir e enfrentar as chamas com as próprias mãos, usando baldes, pelegos molhados, tratores, pulverizadores e a força da união. Enquanto o fogo avançava, percebemos que aqueles que deveriam proteger e apoiar a população simplesmente nos abandonaram. Fui atrás do exército, bombeiros, prefeito, e oque recebi? Estamos vendo, se fosse depender do resolver deles teria pego fogo em todas casas.

Até quando vamos assistir a esse descaso? Até quando a zona rural será ignorada? Precisamos de respostas, precisamos de investimentos, precisamos ser ouvidos! Hoje apagamos o fogo sozinhos, mas amanhã, quem garantirá que não perderemos tudo??
Aqui estão os verdadeiros heróis, não teve avião, não teve bombeiros que contessem o fogo, foram eles que passaram o dia inteiro, e noite a dentro tentando apagar aquele imenso fogo pra não pegar nas casas.

 

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Cidade

Sol de rachar não impede Meneghetti de se unir aos moradores para fazer mutirão

Temperatura bem acima dos 40 graus centígrados e em pleno domingo.  Mutirão de Limpeza no Campo do Palmeiras. Meneghetti contou com a ajuda do setor do agronegócio

No dia do descanso semanal, era 7h30 e o sol com seus 38 graus, não foi páreo para as famílias que participam com seus filhos do projeto de Futebol no Campo do Palmeiras, dessem início ao mutirão de limpeza tanto do campo de jogo, tanto do local de refúgio, que fica entre árvores.

O local fica no bairro Capão do Angico. Um esforço para garantir que a área de lazer ficasse mais aprazível para todos.

O Vereador Leandro Meneghetti (PL), a convite do grupo participou ativamente da atividade, onde contou com o auxílio de amigos do setor do agro para ajudar na limpeza e também com máquina e implemento para a retirada dos entulhos.

O POVO PELO POVO

Antes de iniciar os jogos, a motivação uniu homens, mulheres e crianças, que juntaram garrafas, latas, plásticos, metais e até uma cama com colchão para deixar o local prazeroso para todos.

Mesmo com a falta de infraestrutura nós continuamos confiantes em levar adiante esse projeto que tanto agrega para as famílias que apoiam ativamente seus filhos. Hoje fizemos essa atividade e deu muito certo pelo apoio de todos.”, comenta Marta, uma das dirigentes do projeto.

O final das atividades culminou com uma ação dos participantes do projeto onde foram entregues kits de material escolar às crianças e também foi servido cachorro quente e refrigerante.

Foi uma ação simples, que contou com a ajuda de todos, onde o objetivo foi o de deixar um lugar melhor para as famílias que vem prestigiar e apoiar seus filhos, que na maioria das vezes não tem aonde ir e também de conscientizar a população de ajudar mais nessa questão do lixo e de outros materiais que são descartados em qualquer lugar. Reforço que cada um precisa fazer sua parte, constantemente, a questão ambiental também é sinônimo de saúde, educação”, fala Meneghetti.

Ele também se emocionou com o gesto do mutirão que está ajudando crianças e adolescentes a saírem do ciclo de drogadição, alcoolismo, violência e outras questões sociais que são preocupantes aos órgãos públicos.

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Em Campo

“Ambientalismo” mira o bioma pampa

Pesquisadores e ambientalistas buscam soluções sustentáveis para proteger a biodiversidade do Pampa

No Sul do Brasil, uma batalha ambiental está em andamento para preservar a rica biodiversidade do Pampa, um bioma que enfrenta desafios devido à entrada de espécies exóticas e práticas de silvicultura.

Essas atividades já resultaram na perda de mais de 30% da vegetação nativa ao longo das últimas quatro décadas. A situação mobiliza pesquisadores e militantes ambientalistas que buscam na ciência as metodologias adequadas para combater as espécies invasoras, respeitando os diferentes contextos em que são empregadas nas atividades econômicas do Estado.

O Pampa, que recobre 63% do estado do Rio Grande do Sul, é uma região de campos nativos sob clima subtropical, abrigando pelo menos 12.503 espécies de plantas, animais, fungos e bactérias.

Este bioma, que se estende também pelo nordeste argentino e todo o Uruguai, totalizando uma superfície de 100 milhões de hectares, enfrenta uma acelerada conversão de sua vegetação nativa.

Entre 2008 e 2018, três milhões e meio de hectares foram destruídos pela ação antrópica no Rio Grande do Sul, com apenas 3,23% do bioma sob proteção ambiental.

A pressão pela supressão da vegetação nativa vem de todos os lados, com a agricultura ostensiva e o plantio de pinheiros exóticos sendo alguns dos principais vetores de pressão.

A invasão de espécies de gramíneas exóticas, como o capim-annoni, que ocupa cerca de 20% das áreas originais do bioma, é outro problema.

O manejo inadequado dos campos, seja pelo excesso de pastejo pela pecuária ou pela remoção de pastejadores, favorece a expansão de espécies arbóreas e a formação de bancos de areia.

Diante deste cenário, cientistas e membros do terceiro setor buscam caminhos para que o Pampa não apenas sobreviva, mas também prospere, sem remover as atividades econômicas e socioculturais historicamente desenvolvidas na região.

A pecuária extensiva em campo nativo é apontada como uma atividade econômica compatível com a conservação da biodiversidade, sendo o gado considerado um aliado neste processo.

Iniciativas como a Alianza del Pastizal buscam incentivar produtores rurais a promover a conservação de áreas de campo nativo dentro de suas propriedades, através de técnicas de manejo favoráveis ao meio ambiente.

A região da área de proteção ambiental do Ibirapuitã, criada em 1992, é especialmente importante para os estudos de recuperação ambiental, abrigando uma das regiões mais bem preservadas do Pampa.

 

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