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Jogo viral macabro que tem causado preocupação em vários países do mundo já tem casos no Brasil

Entenda o ” jogo da Baleia Azul” e os riscos envolvidos aos jovens

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Um sinistro jogo viral tem causado alarme no mundo todo. É o jogo da Baleia Azul, disputado pelas redes sociais, que propõe desafios macabros aos adolescentes, como bater fotos assistindo a filmes de terror, automutilar-se, ficar doente e, na etapa final, cometer suicídio.

Funciona assim: ao todo, o participante precisa completar 50 desafios, sendo um por dia, que são distribuídos por um “mentor” em grupos fechados nas redes sociais. Diariamente, sempre às 4h20, o usuário recebe uma mensagem com o desafio daquele dia. Os objetivos iniciais do jogo são simples, como assistir a um filme de terror sozinho ou desenhar uma baleia numa folha, mas as tarefas ficam mais sérias e perigosas conforme mais atividades forem sendo completadas: desde subir no alto de um telhado ou edifício até tatuar uma baleia no braço com uma faca. O desafio de número 50, o último, é o suicídio.

Por ter se espalhado com rapidez pela internet, autoridades de alguns países estão tomando providências para evitar que novos casos sejam registrados. Na França, Inglaterra e na Romênia, as escolas têm feito alertas às famílias de adolescentes que apareceram com cortes nos braços, queimaduras e outros sinais de mutilação pelo corpo.

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No Brasil

Por aqui, pelo menos três estados registraram casos de suicídio que estariam relacionados ao jogo.

Em Vila Rica, uma cidade a 1.270 km de Cuiabá, no Mato Grosso, a Polícia Civil investiga o suicídio da estudante Maria de Fátima da Silva Oliveira, de 16 anos. Segundo o delegado André Rigonato, que conduz as investigações, a mãe da adolescente, Antônia Carlos da Silva, de 39 anos, afirma que ela teria apresentado cortes nos braços e coxas há cerca de dois meses, mas que a família não sabia da gravidade da situação.

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A mãe ainda entregou duas cartas escritas pela filha, nas quais falava sobre as regras do jogo – um dos papéis encontrados dizia “abrace os seus pais e diga a eles que os ama”, “peça desculpas” e “tire a sua vida”. Antônia disse que em nenhum lugar do papel havia referência ao jogo da Baleia Azul, mas que tinha uma cronologia a ser seguida. Ela chamou a filha para conversar sobre o assunto, que por sua vez disse que aquilo “era uma bobagem”.

Parentes e conhecidos de Maria também disseram que há dois meses a garota estava mais introvertida. “Ela não queria mais conversar, ficava só no mundinho dela. Uma vez chegou a dizer que a vida não tinha mais sentido algum. Ela nunca foi superficial, sem dúvida, era das mais inteligentes. De repente, começou a ficar calada”, declararam duas amigas da jovem.

Em Pará de Minas, em Minas Gerais, a polícia investiga a morte de Gabriel Antônio dos Santos Cabral, de 19 anos, que também participou do desafio da Baleia Azul. O corpo dele foi encontrado pela mulher sobre a cama do casal, onde foram encontradas cinco cartelas vazias de um antidepressivo. A delegacia regional acredita que o rapaz tenha ingerido dezenas desses comprimidos para tirar a própria vida.

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Maria de Fátima Santos, 37, mãe de Gabriel, disse às autoridades que o filho tentava sair do grupo no qual encontrou os desafios, mas sofria uma pressão muito grande. Ela conta que, nos últimos dias, o jovem vinha agindo de forma estranha. No último domingo (9), o próprio Gabriel contou à mãe sobre sua participação no jogo. Maria também disse que o filho já tinha cumprido alguns desafios, como tirar uma selfie assistindo a um filme de terror, filmar a si mesmo no alto de um edifício e se cortar ao tentar desenhar uma baleia no braço com uma lâmina de barbear – tarefa que não terminou.

Em Goiânia, Goiás, a polícia informou que está investigando o desaparecimento da estudante Amanda Batista Pereira, de 17 anos. Segundo a mãe da adolescente, Geisibel Pereira da Silva, de 34 anos, a menina foi vista pela última vez na quarta-feira (12), quando deixou um bilhete dizendo que se sentia muito pressionada na escola. Uma pesquisa nas redes sociais mostrou que a garota havia criado um novo perfil para participar de um grupo fechado sobre o jogo com outras três amigas.

Na Paraíba, o setor de inteligência da Polícia Militar abriu uma investigação para apurar a participação de estudantes de João Pessoa no jogo da Baleia Azul. Segundo o coordenador do Centro Integrado de Operações Policiais da Paraíba (Ciop), coronel Arnaldo Sobrinho, as denúncias são de que alunos de uma escola da zona sul da capital estariam participando do grupo e já teriam feito os desafios de automutilação.

Situação é preocupante

Entre especialistas e autoridades, a opinião é unânime: a rápida propagação de jogos como o Baleia Azul pode servir de gatilho para o aumento de casos de suicídio entre jovens, mas que não se pode culpar a brincadeira macabra por algo que tem acontecido há anos no Brasil e no mundo – e que, na maioria das vezes, não tem a devida atenção.

 

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A preocupação aumentou ano passado, quando fontes diversas chegaram a divulgar, sem confirmação, 130 suicídios supostamente vinculados a comunidades online identificadas como “grupos da morte”.

Tudo na internet se espalha muito rápido, mesmo as coisas mais inacreditáveis. Neste caso não é diferente. O fenômeno ganhou visibilidade e vem se alastrando pelo mundo. Em alguns países, como Inglaterra, França e Romênia, as escolas têm feito alertas às famílias, depois que adolescentes apareceram com cortes nos braços, queimaduras e outros sinais de mutilação.

Jogos com apelos de riscos letais têm virado moda entre os adolescentes. Um exemplo é o jogo da asfixia, que gerou vítimas no Brasil. Outro é o “desafio do sal e gelo”, no qual, para serem aceitos no grupo, os adolescentes devem queimar a pele e compartilhar as imagens nas redes sociais. Embora exista há anos, o desafio voltou com força recentemente. Sem falar no “Jogo da Fada”, que incita crianças o gás do fogão de madrugada, enquanto os pais dormem.

 

As recomendações para as famílias são: monitorar o uso da internet, frequentar as redes sociais dos filhos, observar comportamentos estranhos e, sobretudo, conversar e conscientizar os adolescentes a respeito das consequências de práticas que nada têm de brincadeira. Atenção redobrada com os jovens que apresentem tendência a depressão, pois eles costumam ser especialmente atraídos por jogos como o da Baleia Azul. Também as escolas devem colocar o assunto em pauta e incorporar no currículo, cada vez mais, a educação para a valorização da vida, o respeito pela vida dos outros e o uso consciente das mídias e tecnologias.

Fonte : G1

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Tamanduá é salvo depois de ser atacado por cães perto do Regalado

 Três espécies, incluindo um tatu-mulita, foram salvos de situações de risco, destacando a importância da conservação

Na manhã desta segunda-feira (25 de novembro de 2024), a Patrulha Ambiental (Patram) de Alegrete realizou o resgate de três animais silvestres em situações de risco.

Os esforços ocorreram em Alegrete, evidenciando a dedicação da Patram à conservação da biodiversidade local e ao bem-estar animal.

O primeiro animal resgatado foi um tatu-mulita (Dasypus hybridus), vítima de atropelamento. O incidente destaca os riscos enfrentados pelos animais silvestres devido à expansão urbana e rodovias.

O tatu-mulita recebeu cuidados veterinários e será reintroduzido em seu habitat natural após recuperação.

A Patram também atendeu a um chamado da comunidade, resultando no resgate de uma coruja-orelhuda filhote (Asio clamator), que caiu do ninho. Devido à impossibilidade de localizar o ninho original, a ave foi encaminhada para cuidados veterinários, onde permanecerá até que possa viver de forma independente na natureza.

O terceiro resgate foi de um tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla), encontrado em uma residência no bairro Santo Antônio, acuado por cães. O bairro é próximo a mata ciliar do arroio Regalado e é zona inundável a uma quadra do centro da cidade.

Este caso ilustra a frequente interação entre a vida selvagem e os espaços urbanos. O tamanduá-mirim, em boas condições de saúde, foi avaliado e devolvido ao seu habitat natural.

 

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Fantasia de Fevereiro conquista primeiro lugar no FAC

Lucas Nunes leva prêmio de R$ 5.000 com sua composição em evento cultural em Alegrete

No Festival de Arte e Cultura (FAC) 2024, realizado no Largo do Centro Cultural de Alegrete, “Fantasia de Fevereiro”, de Lucas Nunes, foi a grande vencedora. O evento ocorreu em 24 de novembro e premiou a composição com R$ 5.000.

A música destacou-se pela originalidade e harmonia, trazendo os músicos de Parobé para Alegrete após uma viagem de oito horas. O festival, um dos principais eventos culturais da cidade, celebrou a diversidade e a criatividade dos participantes. “Tick Tack”, de Mariana Rodrigues Padilha, e “A Roda dos Tempos”, de Bruno Khoi, conquistaram o segundo e terceiro lugar, respectivamente, com prêmios de R$ 2.500 e R$ 1.500.

Além das premiações principais, o FAC 2024 reconheceu talentos em diversas categorias. Ismael Rings recebeu o prêmio de Melhor Arranjo com “Encontro”, e Gabriel Coelho foi nomeado Melhor Instrumentista pela mesma composição.

A cantora Vale Mazui, com apenas 12 anos, impressionou ao ganhar o prêmio de Melhor Intérprete. A escolha popular foi “Tendências”, de Igor Martins, e Bernard Rehermann da Silva recebeu R$ 1.000 pela Melhor Letra com “Cidade”.

A cerimônia de premiação iniciou às 23h15 do dia 24 de novembro de 2024, homenageando Ricardo Sanchotene, um violonista que tem contribuído para a cena musical de Alegrete desde 2010.

O evento foi encerrado com uma apresentação em tributo à banda Queen por Thiago Millores, do Rio de Janeiro, marcando um fechamento memorável para o festival.

Foto:.Alair Almeida

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Moradores discutem melhorias no Bairro Nossa Senhora da Conceição

Encontro liderado por Adão Roberto e Carmelita visa calçamento, drenagem e iluminação

Em 19 de novembro de 2024, a Associação de Moradores do Bairro Nossa Senhora da Conceição e autoridades se reuniram para discutir melhorias como calçamento, drenagem e iluminação. Adão Roberto, da FRACAB e UAMA, e a presidente da associação, Carmelita Hoffman, lideraram o encontro, que ocorreu no próprio bairro.

As autoridades prometeram colaborar para elevar a qualidade de vida local, mas ainda não detalharam as ações ou prazos. A comunidade aguarda o cumprimento desses compromissos.

 

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