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Esquema ilegal em frigoríficos ajudava campanhas de partidos políticos

                                              Farra de adulteração em frigoríficos  descoberta e a casa cai

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Empresas de agronegócio investigadas na Operação Carne Fraca auxiliavam em campanhas políticas de partidos como o PMDB e o PP, de acordo com o superintendente regional da Polícia Federal, Maurício Moscardi Grillo.

Parte da propina paga pelas empresas para o Ministério da Agricultura para fazer “vista grossa” às irregularidades dos produtos era revertido para os partidos políticos. Ainda não há estimativa do valor repassado e outras siglas podem estar envolvidas nos esquemas.

Os empresários são acusados por lavagem de dinheiro e corrupção e, ainda de acordo com a PF tinham bens registrados em nome de terceiros. “Parte desde o fiscal até o responsável pelo ministério. Existia uma “força” para retirar os fiscais honestos do trabalho nessas empresas”, disse o superintendente. Em troca de propina, os fiscais deixavam passar carnes podres, com data de vencimento adulterada e com bactérias.

Em perícia, foram encontradas carnes estragadas em conhecidos supermercados de Curitiba e Região Metropolitana. Entre as marcas que vendem carnes irregulares estão Pecin e Master Carnes.

De acordo com a PF, foram encaminhados quatro containers de carne para a Europa, o que chegou foi analisado e encontrada bactéria nos produtos. Os outros três ainda estão no mar.

Parte da investigação foi deflagrada pela fábrica do restaurante Madero, que passou por uma tentativa de extorsão de agentes que exigiam propina. “Criavam circunstâncias de problemas, exigiam dinheiro e picanha, por mais vergonhoso que seja” afirmou Grillo.

Em nota, o presidente do Madero, Junior Durski, afirma que se sente orgulhoso por ter colaborado com a PF nas investigações. “Isto é o nosso dever como cidadãos brasileiros, pois ajuda a passar o Brasil a limpo, tornando-o um lugar mais digno e decente para que as nossas crianças cresçam e se alimentem de produtos e conceitos bons. É no mínimo a nossa obrigação, seja como pais, empresários ou simplesmente como cidadãos brasileiros de bem”, declarou. “Temos que ter muita disposição e coragem neste momento que o Brasil dá esta virada, denunciando e colaborando com a polícia e com a justiça, sempre que estes bandidos e corruptos batam às nossas portas. Só assim vamos tornar este maravilhoso país um lugar que nos orgulhemos, e que possamos trabalhar cada vez mais com muita força e determinação, fazendo as nossas empresas e o nosso país crescerem cada vez mais”, finaliza a nota.

Alimentos sem condições de consumo

Entre os crimes identificados na operação, estão re-embalagem de produtos vencidos; excesso de água; inobservância da temperatura adequada das câmaras frigoríficas; assinaturas de certificados para exportação fora da sede da empresa e do Mapa, sem checagem in loco; venda de carne imprópria para o consumo humano; uso de produtos cancerígenos em doses altas para ocultar as características que impediriam o consumo pelo consumidor. Segundo a PF, todas as 40 empresas investigadas tinham alguma irregularidade.

Segundo o superintendente da PF, um dos empresários chegou a negociar autorização para abrir um abatedouro de cavalos para venda da carne no Paraná. A propina prevista era de R$ 300 mil.

Frangos abatidos em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba, também estavam contaminados com a bactéria Salmonela, de acordo com a análise, e eram encaminhados para merenda escolar em Curitiba. Também havia adulteração em suplementos de proteína que deveriam ser adicionados à carne e que eram trocados por versões mais baratas, que não tinham o mesmo efeito benéfico, segundo a PF. Carnes infectadas também foram destinadas à exportação.

Três núcleos

Foram identificados, nas investigações, três grupos criminosos de servidores no Mapa/PR: núcleo baseado em Curitiba, liderado pelo fiscal agropecuário Daniel Gonçalves Filho, sucedido em suas funções por Gil Bueno de Magalhães, Superintendente regional do Mapa, e Maria do Rocio Nascimento, chefe do SIPOA; núcleo baseado em Londrina, chefiado por Juarez Santana, chefe da Unidade Técnica Regional de Agricultura de Londrina – UTRA/Londrina; e núcleo Foz do Iguaçu, coordenado por Antonio Garcez da Luz, chefe do escritório do Mapa em Foz do Iguaçu. Além do núcleo baseado no Mapa/GO, cujo líder é o Chefe do SIPOA, Dinis Lourenço da Silva, que adota modus operandi semelhante ao do Paraná.

São, ao todo, 34 funcionários públicos investigados, 20 deles com mandados de prisão. Entre os executivos, há três da BRF e dois da JBS – três dos executivos estão presos.

Carne Fraca

A megaoperação da Polícia Federal foi deflagrada na manhã desta sexta-feira (17), com o objetivo de desarticular uma organização criminosa liderada por fiscais agropecuários federais e empresários do agronegócio.

Aproximadamente 1.100 policiais federais cumprem 309 mandados judiciais, sendo 27 de prisão preventiva, 11 de prisão temporária, 77 de condução coercitiva e 194 de busca e apreensão em residências e locais de trabalho dos investigados e em empresas supostamente ligadas ao grupo criminoso.

Donos de empresas como Seara, BRF Brasil e JBS são acusadas de pagar propina para servidores do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento que faziam “vistas grossas” para irregularidades nos produtos, como colocar produtos vencidos em novas embalagens e adicionar às carnes produtos cancerígenos que deixam a carne estragada aparentemente própria para consumo humano.

 

As ordens judiciais foram expedidas pela 14ª Vara da Justiça Federal de Curitiba e estão sendo cumpridas em sete estados: São Paulo, Distrito Federal, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Goiás.

O nome da operação faz alusão à conhecida expressão popular em sintonia com a própria qualidade dos alimentos fornecidos ao consumidor por grandes grupos corporativos do ramo alimentício. A expressão popular demonstra uma fragilidade moral de agentes públicos federais que deveriam zelar e fiscalizar a qualidade dos alimentos fornecidos a sociedade.

 

 

Postado por: Andreza Rossini

Fonte : Portal Paraná

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Em Campo

Palestra sobre as perspectivas do clima abre a Semana Arrozeira

Palestra sobre as perspectivas do clima abre a Semana Arrozeira

A partir desta terça-feira o Agro do RS volta o olhar para Alegrete. A Semana Arrozeira de Alegrete se transforma na referência para debates imprescindíveis ao setor produtivo que só no município representa 25% de retorno do ICMS.
O trabalho é intenso nos estandes desde ontem. As empresas preparam a decoração enquanto o auditório recebe os detalhes finais.

Um palco novo, com 11 metros já está montado. Para a primeira noite, dia 30, o professor Luiz Carlos Molion, meteorologista da Universidade Federal de Alagoas, que já esteve no ano passado e encantou com sua palestra sobre o clima, abordará desta vez, sobre Perspectivas para o Clima para 2024 e tendências para os próximos 10 anos. Será moderador Gilberto Pilecco.

Na quarta-feira, dia 31, num primeiro momento, às 19h30min, a apresentação dos resultados do Projeto Agro verde oliva e entrega dos certificados aos participantes. Logo após, apresentação dos resultados do Núcleo de Assistência Técnica (NATE) IRGA nos anos 23/24 e a entrega do Selo Ambiental, a cargo de Ivo Mello, coordenador do 9º. NATE/IRGA Alegrete.

O segundo momento, às 20h30min, palestra com Marjorie Kauffmann e Marcelo Camardelli, respectivamente secretária e secretário adjunto do Meio Ambiente e Infraestrutura que vão abordar o tema “Avanços conseguidos nas políticas ambientais voltadas para o desenvolvimento do Agro”, tendo como moderadora Mônia Schluter.

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Em Campo

Cientista polêmico é o plastrante de hoje à noite na Semana Arrozeira

Alegrete abre o período de programações sobre esta cultura no RS. Para um Estado que já produziu 1 milhão de hectares por safra, e que vê a queda acentuada de área, ano a ano, mas com aumento da produtividade, há o dilema anual da comercialização da safra e otimização do excedente.

Por isso mesmo, a pauta abrange desde a questão ambiental do planeta, passa pelo cenário da produção e comercialização, debaterá a segurança jurídica e encerra com o cenário político nacional.

Para uma lavoura que viu um aumento de 20% no custo dos da produção, devido aos fertilizantes que dobraram de preço, em um ano, tem agora, um produtor muito preocupado, não só com o custo, de diversas variáveis, o clima e o medo de saber o que pode acontecer contra o agro, por decisões governamentais e ratificações jurídicas contra quem produz no campo.

Política tributária, taxa de câmbio, mercado latino e americano, logística e consumo interno, são alguns dos componentes que entram na mesa quando o assunto é arroz.

Nesta terça-feira, no pavilhão de ovinos, adaptado para o evento, o professor Molion, um dos maiores especialistas mundiais neste tema, fará sua conferência.
É a segunda vez que ele participa como palestrante, e é um ícone deste segmento, sendo um crítico da tese globalista sobre o aquecimento global.

SAIBA MAIS QUEM É O PALESTRANTE

Palestrante principal desta terça-feira, na abertura….

Luiz Carlos Baldicero Molion

Possui graduação em Física pela Universidade de São Paulo (1969), PhD em Meteorologia, University of Wisconsin, Madison (1975), pós-doutorado em Hidrologia de Florestas, Institute of Hydrology, Wallingford, UK (1982) e foi fellow do Wissenschaftskolleg zu Berlin, Alemanha (1989-1990). Foi por muitos anos pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais diretor da área de ciências espaciais e atmosféricas em 1985 e diretor associado em 1986, ano em que co-coordenou um projeto de pesquisa sobre a Amazônia em parceria com cientistas da NASA. Foi diretor da Fundação para Estudos Avançados no Trópico Úmido em Manaus, professor palestrante convidado da Western Michigan University de 15 a 30 de janeiro de 2001,e delegado do Brasil na 15ª reunião da Comissão de Climatologia da Organização Meteorológica Mundial em 2010. É Professor Associado da Universidade Federal de Alagoas.

 

A Associação dos Arrozeiros estará disponibilizando a transmissão em sua página no endereço abaixo..

wLhttps://www.facebook.com/arrozeirosde.alegrete?mibextid=ZbWKwL

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Em Campo

SEMANA ARROZEIRA. Pesquisador faz palestra sobre evolução do plantio

O que faz a planta evoluir? Uma boa nutrição, com certeza. Este é o tema que será explorado nesta manhã pelo professor Ibanor Aghinoni, dentro da programação da Semana Arrozeira.

O manejo, que muda constantemente, o uso racional de adubo ( a partir de novas regras) faz com que o aprendizado das pesquisas cheguem até às lavouras.

Anualmente, pesquisadores como o Professor Ibanor testam e validam produtos e estratégias de fertilização de sistemas de produção.

É sobre estas novas tecnologias e o impacto na produtividade que tecnicos e produtores estarão dialogando. Não é por acaso.

No Congresso Sulbrasileiro de Arroz Irrigado, do ano passado, realizado em Santa Maria , estas recomendações foram revisadas com a coordenação do Professor Ibanor que liderou o processo até sua aprovação na plenária do Congresso.

QUEM É O PALESTRANTE

Ibanor é uma das maiores autoridades deste tema no país.

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul-UFRGS (1969), mestrado em Ciência do Solo pela UFRGS (1972) e doutorado em Agronomia /Ciência do Solo – Purdue University (1979). Possui dois treinamentos de Pós-Doutorado: um na Purdue University, em 1986/87, e outro no Appalachian Soil and Water Conservation Laboratory/USDA, em 1993/94. Atualmente atua como Professor Titular no Departamento de Solos da UFRGS. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Fertilidade do Solo e Adubação, atuando principalmente no manejo da fertilidade do solo em sistemas de produção agrícola (plantio direto e integração lavoura pecuária), envolvendo as culturas de soja, milho e arroz irrigado e bovinos de corte.

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